I VESTIVAL DE DOCUMENTÁRIOS DA CIDADE DE CACHOEIRA

O I Festival de Documentários de Cachoeira – I CachoeiraDoc tem como principal propósito contribuir para a afirmação e a renovação da tradição documental, através da partilha, da reflexão e do encontro. Para tanto, serão realizadas três mostras: a Mostra Competitiva Nacional , a Mostra Cinema sem FronteirasClássicos do Cinema do Real , além do Ciclo de Conferências : O Cinema e o Desafio do Real. Na sessão de abertura, ao ar livre, será exibido Nanook, o esquimó (1922), do pioneiro Robert Flaherty, com acompanhamento musical executado ao vivo. , a mostra retrospectiva
Cachoeira é o lugar escolhido para sediar este momento de celebração e experimentação do documentário, uma vez que, desde a fundação do Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), esta cidade histórica tem se transformado em um espaço privilegiado para a produção, a difusão e o pensamento do cinema, de um modo geral, e do documentário, mais especificamente.
O I CachoeiraDoc se realizará entre 05 e 11 de novembro de 2010 no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da UFRB, em Cachoeira, e conta com a parceria do Curso de Cinema e Audiovisual.
ACESSE A PROGRAMAÇÃO: http://www.cachoeiradoc.com.br/festival.html

CONCURSO CASULO: EU NEGRO ALÉM DA PELE

Tornar-se negro é ir além da pele. É reconhecer que a edificação da nossa cultura se fez, ao longo da história, com a contribuição expressiva do povo negro. A criatividade da negritude se encontra presente na nossa música, na dança, na culinária, na religião, na ciência, na literatura, no futebol e na alegria peculiar do brasileiro. Em um país cuja formação étnica é multicultural, o espírito negro se encontra em todos nós. Há um pouco de negritude em nossa alma e em nossa herança. No entanto, a consciência deste fato nem sempre é enaltecida. Para que isto ocorra e necessário que tenhamos a vontade de assumir o que somos, criando, através deste querer a possibilidade de afirmar a importância da presença negra na nossa vida e nosso porvir. Tornar-se negro é sentir e se expressar como um negro, se transportar para o universo da cultura negra e, enfim, inventar um jeito negro de ser.

O CONCURSO
O Concurso Casulo convida estudantes de todo o país a se transportarem para o universo da cultura negra. Eu Negro é o tema que deve inspirar os participantes em suas criações.
O Casulo é um concurso de arte pública aberto a todos os estudantes brasileiros de cursos superiores e técnicoprofissionalizantes, artistas ou não. Os trabalhos poderão ser figurativos, abstratos, fotográficos, gráficos ou tipográficos ou qualquer outro tipo de representação visual.

O PROJETO
O principal objetivo do projeto é revelar e dar espaço a jovens talentos, reproduzindo o trabalho vencedor em um painel de 324m2 fixado na fachada do NAVE, no Rio de Janeiro. Por ali passam, todos os dias, cerca de 40 mil pessoas.

O PRÊMIO
O autor da obra vencedora ganhará um iPad. Uma chance e tanto!
MAIORES INFORMAÇÕES ACESSE: http://www.nave.org.br/casulo/conceito.php

PESQUISANDO A HISTÓRIA: REVISTA MUITO

Urano Andrade é um caçador de histórias. Ao lado de uma equipe formada por Jetro Carmo, Cândido Domingues e Jacira Primo, ele é uma espécie de Indiana Jones do Arquivo Público da Bahia, que completa 120 anos em 2010. O repórter Vitor Pamplona mostra o trabalho deste grupo que, ao vasculhar o passado, desenterra informações perdidas há séculos e ajuda a resolver questões atuais. 
Click na imagem para ampliá-la:
ACESSE TODOS OS NÚMEROS: http://issuu.com/revistamuito/docs


O ALUFÁ RUFINO - Tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico Negro - 1822-1853)

Este livro, escrito a seis mãos por especialistas na história da escravidão no Brasil, reconstitui a movimentada biografia de Rufino José Maria e faz uma abrangente análise do contexto histórico do Brasil e da África no século XIX.
Nascido no antigo reino africano de Oyó, escravizado na adolescência por um grupo étnico rival, adquirido por traficantes brasileiros e levado para Salvador da Bahia, o protagonista destas fascinantes páginas da história do Brasil teve sua biografia dividida pelo oceano. A vida de Rufino foi plena de aventuras e desventuras. Após conseguir sua alforria, tornou-se cozinheiro assalariado de navios negreiros e, na maturidade, no Recife, alcançou o posto de alufá, guia espiritual da comunidade de negros muçulmanos.
ACESSE: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=13033

Prêmio Top Blog 2010 2ª Fase. Já votou no Pesquisando a História?

Na primeira fase do prêmio Top Blog 2010 ficamos entre os 100 mais votados, e já estamos entre os 30! Agora é a 2ª fase e gostaria de contar novamente com seu voto e divulgação.  Clique aqui para votar e repasse aos amigos. Você receberá um email do site para a confirmação do voto.
 
Para votar, é muito rápido. Basta clicar no link abaixo, depois no botão "Votar". Você então digita seu nome e o seu email, para que eles enviem uma confirmação. Cheque sua caixa de entrada (ou de spams) e confirme seu voto através do email que o pessoal do Top Blog enviará.

Balaio de Histórias

O próximo evento do projeto Balaio de Histórias ocorre em Ituiutaba (MG), na próxima sexta-feira. O debate sobre a secularização da morte no século XIX irá contar com a presença da historiadora Cláudia Rodrigues, doutora e mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense. A palestra ocorre às 14 horas e é seguida de uma apresentação do grupo Ciranda de Lia.
O evento ocorrerá será realizado em parceria com o Ponto de Cultura Arte Educando, localizado no Teatro Vianinha, que fica no centro da cidade de Ituituaba (Rua 24, número 154). O projeto do Ponto propõe uma coleta, registro e apropriações das narrativas orais do triângulo mineiro. O objetivo é repassar , para o maior número de pessoas possível, a cultura oral da região.
ACESSE: http://www.revistadehistoria.com.br/balaio/2010/07/11/arteeducando/

III Lavagem da Biblioteca Pública do Estado da Bahia

Ler é uma viagem. Embarque nessa!
Em comemoração ao Dia Nacional da Cultura, 05 de novembro, a primeira Biblioteca Pública do Brasil, aos 199 anos, realizará a sua III Lavagem. Uma grandiosa festa que confirma a baianidade da instituição e que em 2010 vem com uma responsabilidade ainda maior: comemorar os 40 anos de inauguração da sua atual sede, nos Barris. Não faltarão motivos para celebrar!
A única Lavagem “Profano - Literária” do calendário cultural da cidade, leva o livro, a literatura e a sua morada mais antiga no Brasil para as ruas. Uma ação cultural de grande porte que proporciona, por onde quer que o cortejo passe, o contato direto das pessoas com este universo cultural de saberes e prazeres.
A celebração terá início às 8h, com concentração feita por Adailton Poesia e a Banda Tambores da Raça, na Praça do Campo Grande. Às 9h, um cortejo formado por baianas, poetas, escritores, artistas, circenses, intelectuais, estudantes, populares e um mini-trio comandado pelo grupo cênico-musical Os Multipétalos passará pelas ruas do Centro Antigo com o tema “Ler é uma viagem. Embarque nessa!”, distribuindo livros e fazendo ressoar a sua importância. Serviços já oferecidos pela Biblioteca também irão para a rua, através de stands de seus setores, agregando valor de ação cultural aos atendimentos e serviços usuais. Após o cortejo, acontece a lavagem das escadarias da BPEB, que também fará a inauguração do seu novo banner, permanecendo com o slogan De Braços Abertos para Você, que na nova versão, apresenta crianças, idosos, negros, brancos e deficientes, a fim de demonstrar que a biblioteca está aberta à diversidade e à pluralidade do ser humano, e baseada no respeito ao conhecimento.  
Às 14h, a grande convidada para esta celebração, Márcia Short, sobe ao palco do Quadrilátero para animar o público com sua energia e vibração. Com 20 anos de carreira, a cantora já passou por grupos como Banda Mel, BandâBah, Timbalada, realizou turnês internacionais nos Estados Unidos, Europa e tem uma trajetória musical reconhecida e aplaudida em todo o Brasil.
Segundo a diretora da BPEB, Ivana Lins, o objetivo da Lavagem é “reafirmar a importância de uma ação cultural que leva o livro, a literatura e sua morada mais antiga na Bahia para a rua, proporcionando, por onde quer que o cortejo passe, o contato direto das pessoas com este universo”, enfatiza.
 
Informações:
Assessoria de Comunicação
FPC - Fundação Pedro Calmon - SecultBA
(71) 3116-6918 / 6919
 

Atlas of the Transatlantic Slave Trade

Between 1501 and 1867, the transatlantic slave trade claimed an estimated 12.5 million Africans and involved almost every country with an Atlantic coastline. In this extraordinary book, two leading historians have created the first comprehensive, up-to-date atlas on this 350-year history of kidnapping and coercion. It features nearly 200 maps, especially created for the volume, that explore every detail of the African slave traffic to the New World. The atlas is based on an online database (www.slavevoyages.org) with records on nearly 35,000 slaving voyages—roughly 80 percent of all such voyages ever made. Using maps, David Eltis and David Richardson show which nations participated in the slave trade, where the ships involved were outfitted, where the captives boarded ship, and where they were landed in the Americas, as well as the experience of the transatlantic voyage and the geographic dimensions of the eventual abolition of the traffic. Accompanying the maps are illustrations and contemporary literary selections, including poems, letters, and diary entries, intended to enhance readers’ understanding of the human story underlying the trade from its inception to its end.

This groundbreaking work provides the fullest possible picture of the extent and inhumanity of one of the largest forced migrations in history.

David Eltis is Robert W. Woodruff Professor of History and principal investigator, Electronic Slave Trade Database Project, Emory University. The author of The Rise of African Slavery in the Americas, he lives in Atlanta. David Richardson is director, Wilberforce Institute for the Study of Slavery and Emancipation, and professor of economic history, University of Hull, England. He serves on the advisory board of the Electronic Slave Trade Database Project and lives in England. Together, the authors coedited Extending the Frontiers: Essays on the New Transatlantic Slave Trade Database.
ACESSE: http://yalepress.yale.edu/yupbooks/book.asp?isbn=9780300124606

A livraria LDM convida: Bate Papo e Lançamento de Livros Com Luis Pimentel

O autor e suas obras:

Nascido em Itiúba, desmamado em Gavião, criado em Feira de Santana, e morando há muito tempo no Rio de Janeiro, Luís Pimentel é jornalista e escritor. Trabalhou em diversas redações de jornais e revistas (Última Hora, Jornal do Brasil, O Dia, Extra, Bundas, Opasquim21, entre outros) e foi autor-roteirista de programas de televisão como Chico Anysio Show, Escolinha do Professor Raymundo e Zorra Total.
Pimentel Tem diversos livros publicados, entre contos, poesia, ficção infanto-juvenil, textos de humor e sobre personagens ou aspectos da música brasileira. Entre eles destacam-se Um cometa cravado em tua coxa, contos (Record), O calcanhar da Memória, poesia (Bertrand), Com esses eu vou, crônicas e perfis da MPB (ZIT), Grande homem mais ou menos (Bertrand), Entre sem bater, o humor na imprensa brasileira (Ediouro), Pau Brasil (Moderna), Plantio e colheita, poesia (Prumo) e Neguinho aí, infantil (Pallas).
Por sua obra literária já recebeu inúmeros prêmios, entre eles o Prêmio Jorge de Lima de Poesia, da União Brasileira de Escritores; Prêmio Cruz de Souza, da Fundação Catarinense de Cultura; Prêmio Literatura Para Todos, do Ministério da Educação e Cultura; e o Prêmio Nacional de Dramaturgia Cidade de Belo Horizonte, com uma peça teatral inspirada na vida e na obra do compositor Assis Valente.
Venha conversar com o autor; vai ser uma boa prosa.
Sábado, 13 de novembro de 2010, a partir das 10h, na Livraria LDM. (Rua Direita da Piedade, nº22, Piedade. Próximo à Secretaria de Segurança Pública e ao Banco do Brasil.).
Mais informações:
71 2101-8007/ 8000

Processo seletivo para bolsas de Pós-Doutorado no Canadá - 2011-2012

Inscrições online até 15 de novembro de 2010 com apresentação dos documentos de apoio até 01 de dezembro de 2010.

Como parte de seu Programa de Bolsas de Estudo, o Governo do Canadá oferece bolsas para pesquisa de pós-doutorado com a duração de um ano. As bolsas são válidas para as universidades canadenses públicas e reconhecidas e institutos de pesquisa afiliados. O Programa de Bolsas para Pesquisa de Pós-Doutorado do Governo do Canadá (PDRF 2011-2012) visa proporcionar oportunidades de pesquisa a promissores doutores recém diplomados nas áreas de humanas, ciências sociais, ciências naturais e engenharia. Prioridade

será dada a candidatos que nunca estudaram no Canadá por meio de bolsas de estudo do governo canadense.

O valor da bolsa de estudo é de $36,500 dólares canadenses, sujeito a impostos no Canadá.


Elegibilidade:

Candidatos devem ser cidadãos brasileiros. Qualquer pessoa que tenha obtido a cidadania canadense ou solicitado visto de residência permanente não é elegível ao programa.

Candidatos devem ter completado um doutorado no curso dos últimos três anos ou ter completado todos os requisitos do doutorado antes da concessão da bolsa.


Candidatos devem ter sido aceitos para uma posição de pós-doutorado em uma universidade canadense pública e reconhecida ou em instituto de pesquisa afiliado de sua escolha.


Instruções:

Passo 1: Envio de candidatura via online através do site www.scholarships.gc.ca até 15 de novembro de 2010.

Passo 2: Envio da documentação de apoio à Embaixada do Canadá até 01 de dezembro de 2010 nos termos das diretrizes do programa, disponíveis no site
www.scholarships.gc.ca.

Embaixada do Canadá

Assessoria para Assuntos de Educação
Tel.: (61) 3424-5400
Fax: (61) 3424-5490
e-mail: academic.bsb@international.gc.ca ou
academique.bsb@international.gc.ca

Universidades holandesas abrem inscrições para estudantes internacionais

Há opções para graduação, mestrado, doutorado, além de cursos de curta duração e especializações em
todas as áreas. Os principais requisitos de admissão são testes de proficiência em inglês e comprovação do grau de escolaridade, mas é importante checar quais são as exigências específicas de cada universidade. 

Bolsas de estudos 
Para se candidatar a um dos programas de bolsas disponíveis é preciso ter sido aceito em uma universidade holandesa, por isso, essa etapa é fundamental no processo.Entre as opções de bolsas disponíveis, destaca-se o Huygens Scholarship Programme, bolsa integral oferecida pelo governo holandês para estudantes de excelência em nível de mestrado. A bolsa do programa Huygens tem duração de até dois anos e durante esse período o estudante recebe ainda uma ajuda de custo de 1.380 euros.

Como se InscreverAs inscrições vão até o primeiro trimestre de 2011, mas quem quiser concorrer a um dos programas de bolsas deve conseguir a carta de aceitação até o final desse ano. Seguindo o calendário europeu, o ano acadêmico na Holanda tem início em setembro de 2011.

Para maiores Informações  acesse o site
:: www.nesobrazil.org

I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades

De 25 a 27 de novembro de 2010 acontecerá em Salvador/BA o I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades – Gênero, Raça e Educação nos Países da Diáspora depois de Durban, que tem como tema a intersecção de gênero-raça no contexto educacional do Brasil, Nigéria e Filadelfia. Estarão reunidas 500 pessoas, entre convidados nacionais e internacionais, ativistas, estudantes, professoras(es) da Rede Municipal de Educação de Salvador e público em geral.
O objetivo do evento é favorecer, fortalecer, estimular o intercâmbio de experiências educacionais voltadas para a superação do racismo, sexismo, homofobia e outras formas de discriminação, tendo em vista influenciar a criação de políticas voltadas para a garantia da igualdade racial e de gênero. Acontecerão conferências, mesas redondas, grupos de trabalho, mini-cursos, oficinas e atividades culturais, onde especialistas compatilharão saberes e práticas vivenciados em seus contextos educacionais. O I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades - FIEDI será realizado nas dependências do Hotel Pestana (Rio Vermelho). 
ACESSE A PROGRAMAÇÃO COMPLETA: http://www.fiedi.com.br/

Livro com manuscritos inéditos de José de Alencar

Ensaios foram escritos em 1877, pouco antes da morte do escritor cearense, e teorizam sobre a origem e a extinção da humanidade.

O livro traz textos de Alencar, guardados há mais de 130 anos, que não haviam sido publicados integralmente ainda. Após três anos de pesquisa no acervo do Museu Histórico Nacional, a equipe do professor Marcelo Almeida Peloggio identificou fragmentos e anotações em 11 cadernos do escritor cearense que compõem dois manuscritos sobre a origem da humanidade e sua extinção, “Antiguidade da América” e “A raça primogênita”.
“São textos de caráter antropológico e filosófico, talvez os últimos escritos de Alencar. Aventam a hipótese de que o homem surgiu na América e aqui vai se extinguir”, diz Peloggio, coordenador do Grupo de Estudos José de Alencar da UFC. Os ensaios consideram que o berço da humanidade seria a América e que o mundo terminaria em uma hecatombe, um grande massacre, que se passaria no continente.
De acordo com a pesquisa de Peloggio, os escritos foram produzidos entre setembro e novembro de 1877, pouco antes da morte do escritor, em 12 de dezembro daquele ano. “Alencar estava debilitado ao fim de sua vida, mas com uma capacidade de produção incrível”, afirma o pesquisador.

O livro “Antiguidade da América e A raça primogênita”, com manuscritos inéditos do escritor José de Alencar, será lançado pela Editora Universidade Federal do Ceará (UFC), na quinta-feira, dia 28 de outubro, na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi de Fortaleza. O evento irá acontecer no Espaço Raquel de Queiroz, às 19 horas.

CONVOCAÇÃO X ENCONTRO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS

VENHA DEBATER QUESTÕES DE CINISMO E DE HIPOCRISIA NA SOCIEDADE
A Fundação Instituto de Direitos Humanos promove, anualmente, um encontro estadual para debater e propor alternativas sobre assuntos que tratam de violação ou de omissão aos direitos fundamentais da pessoa humana, sendo que o X ENCONTRO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS ocorrerá nos dias 15 e 16 de dezembro de 2010, na Cidade de Cachoeira, no Auditório Leite Alves do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, cujo tema é “OS DIREITOS HUMANOS CONTRA A PRÁTICA DE CINISMO E DE HIPOCRISIA NA SOCIEDADE”.

Pretende-se, nesse encontro, promover debates no sentido de que os participantes compreendam que as ações individuais e isoladas têm escassa repercussão na sociedade e são insuficientes para promover as mudanças necessárias, bem como a tentativa de ajudar a imprimir uma conscientização coletiva de que o julgamento pessoal é apenas íntimo e que não repercute se não for compartilhado. A inteligência do homem está na essência de ser homem, e que não se pode mensurar a sua capacidade simplesmente por formação educacional ou condição econômico-social.

Promoção: Fundação Instituto de Direitos HumanosLocal: Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Cidade de Cachoeira.
Período: 15 e 16 de Dezembro de 2010.
Inscrição Gratuita pelo site: www.idh.org.br

GEOGRAFANDO NAS SEXTAS: O CAMPO BAIANO EM DEBATE

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Laurentino Gomes em Salvador - Lançamento de seu livro: 1822

Laurentino Gomes vem a Salvador lançar o seu novo livro, “1822”, dia 26/10 terça feira,  a tarde na Livraria Saraiva do “Salvador Shopping”. O jornalista paranaense que ficou três anos seguidos no topo da lista dos mais vendidos no Brasil e em Portugal com o “1808” faz lançamento na Livraria Saraiva MegaStore do Salvador Shopping seguida de Palestra “1822” e sessão de autógrafos.
Para escrever “1822”, sobre a Independência do Brasil, Laurentino fez longas pesquisas no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, em Salvador. “Fiquei emocionado quando descobri a Carta da Câmara de Vereadores de Santo Amaro, em apoio a D. Pedro I’, contou.

"Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado."

Nesta nova aventura pela História, Laurentino Gomes, o autor do best-seller "1808", conduz o leitor por uma jornada pela Independência do Brasil. Resultado de três anos de pesquisas e composta por 22 capítulos intercalados por ilustrações de fatos e personagens da época, a obra cobre um período de quatorze anos, entre 1821, data do retorno da corte portuguesa de D. João VI a Lisboa, e 1834, ano da morte do imperador Pedro I.

"Este livro procura explicar como o Brasil conseguiu manter a integridade do seu território e se firmar como nação independente em 1822", explica o autor. "A Independência resultou de uma notável combinação de sorte, acaso, improvisação, e também de sabedoria de algumas lideranças incumbidas de conduzir os destinos do país naquele momento de grandes sonhos e perigos".

Autor: Laurentino Gomes
Editora: Nova Fronteira
Categoria: Geografia e Historia / Historia do Brasil
Número de páginas: 328

CONHEÇA A PRIMEIRA LOJA VIRTUAL VOLTADA AOS BLOGUEIROS!

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A saudade que mata - Pesquisa discute a polêmica questão do banzo como "nostalgia mortal" dos escravos

Reprodução do livro rio de janeiro - Cidade Mestiça
"Vai com a sombra crescendo o vulto enorme/ Do baobá.../ E cresce na alma o vulto de uma tristeza, imensa, imensamente...”, escreveu o poeta parnasiano Raimundo Correia no soneto Banzo. Essa tristeza, batizada de banzo, era um estado de depressão psicológica que tomava conta dos africanos escravizados assim que desembarcavam no Brasil e seria uma enfermidade crônica: a nostalgia profunda que levava os negros à morte. “No século XIX, obras como as do médico francês François Sigaud e do naturalista Carl F. von Martius, bem como crônicas de viajantes europeus, veicularam essa ideia de uma nostalgia fatal dos escravos. Nestes relatos, as mortes voluntárias dos cativos são descritas como uma forma passiva de suicídio – recusar alimentos e deixar-se morrer de inanição e tristeza – e também pelos métodos universais, como enforcamento, afogamento, uso de armas brancas etc.”, explica a psiquiatra Ana Maria Galdini Oda, professora adjunta do Departamento de Medicina do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), que analisou o banzo em sua pesquisa Dos desgostos provenientes do cativeiro: uma história da psicopatologia dos escravos brasileiros no século XIX, que recebeu da FAPESP uma bolsa do Programa de Jovem Pesquisador em Centro Emergente. “Invariavelmente, os narradores atribuíam esse desejo de morrer a uma enfermidade melancólica, relacionada à situação de cativeiro: o desgosto causado pelo afastamento violento da África, a revolta pela perda de liberdade e as reações aos castigos pesados e injustos.”
Segundo a pesquisadora, a análise histórica da enfermidade reafirma a necessidade de desfazer explicações simplificadoras sobre os males de escravos, seja o banzo, seja a sua forma extrema, o suicídio, como decorrentes dos “desgostos provenientes do cativeiro”, fórmula usada no século XIX para encobrir a natureza violenta da relação entre escravos e senhores. Na história do banzo, então, se cruzam várias rotas da história: histórias da psicopatologia, do tráfico transatlântico de escravos e das doenças. “A enfermidade sempre aparece numa dupla posição: ela é uma entidade clínica, uma variação da nostalgia europeia nos trópicos, associada a outras doenças dos negros e, ao mesmo tempo, não se dissocia dos debates políticos sobre o cativeiro negro”, observa a pesquisadora. Segundo o Vocabulário, de Bluteau, de 1712, um jogo está banzeiro quando nem uma das partes ganha, uma indefinição enervante. “A história do banzo remete a um jogo assim, de escravos contra senhores, da vida contra a morte, em longa e tensa peleja.” Curiosamente, o conceito de banzo deve sua origem a uma formulação europeia sobre a nostalgia como doença. O ponto inicial dessa história é a dissertação do médico suíço Johannes Hofer (Basileia, 1678), De nostalgia, que descreve a “nostalgia”, palavra composta a partir dos radicais gregos nóstos (regresso) e álgos (dor física ou moral), como uma enfermidade a que os suíços seriam predispostos, conhecida como Heimweh (ou maladie du pays, na França, ou mal del corazón na Espanha). A melancolia seria uma indisposição por se estar ausente do lar que se transformava em enfermidade mortal.
No decorrer dos séculos XVIII e XIX, a nostalgia tornou-se objeto de muitos trabalhos médicos e, aos poucos, a melancolia helvética foi rapidamente se tornando menos suíça: a elevada ocorrência dessa enfermidade nos exércitos de várias nações europeias tornara a patologia um objeto de especial interesse dos médicos militares (como o cirurgião do exército de Napoleão, Larrey), que relatavam verdadeiras epidemias de nostalgia. Até o célebre Phillipe Pinel dedicou--se ao tema na Encyclopédie méthodique. “Certamente, os postulados dos vários médicos militares e outros cientistas foram estendidos para os africanos escravizados. Assim, pode-se considerar o banzo como uma aplicação do conceito de nostalgia, desenvolvido na Europa”, diz a autora. Mas o primeiro ilustrado a analisar a questão sob o ponto de vista dos escravos e descrever o banzo foi o advogado português, nascido na Bahia, Luis Antonio de Oliveira Mendes, na sua Memória (1793) sobre a grande mortalidade dos africanos transportados ao Brasil, feita a pedido da Academia Real de Ciências de Lisboa. “Seu trabalho foi a primeira publicação em língua portuguesa a se ocupar da saúde dos escravos e é a principal fonte para as descrições do banzo no século XIX”, diz Ana Maria. Destacando as ligações entre as enfermidades mortais e o péssimo tratamento dado aos cativos, Oliveira Mendes assinala que, mesmo bárbaros, os africanos eram sinceros e constantes nos afetos. O banzo é apresentado como uma “gravíssima doença, causada pela exacerbação do sentimento de saudades”.
Essa imagem do banzo como fruto da crueldade do tráfico estendeu-se à primeira metade do século XIX e foi incorporada às narrativas de viagem, aos compêndios de medicina tropical e a teses de medicina. “É a vocação do banzo para ser um tipo de ‘enfermidade-argumento’, mobilizada na luta contra a escravidão”, lembra a autora. Sigaud, em Do clima e das doenças do Brasil (1844), lançado pela primeira vez em português este ano pela editora Fiocruz, considerava o banzo como uma doença mental, uma variante da nostalgia-melancolia desencadeada por causas morais tais como as saudades da África ou o ressentimento por castigos injustos. Já Martius, em Natureza, doen­ças, medicina e remédios dos índios brasileiros (1844), faz uma comparação entre o banzo do negro e do índio, afirmando que em ambos a melancolia reina como causa da morte, com a ressalva de que os negros pareciam sentir mais do que os indígenas os sentimentos dolorosos, já que estes últimos seriam frios e distantes em oposição aos africanos, emotivos e passionais. Joaquim Manuel de Macedo, em sua monografia sobre a nostalgia, escrita em 1844 (o mesmo ano da publicação de A moreninha) como tese apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro para a obtenção do título de doutor, considera o banzo como uma moléstia mental originada das saudades da pátria, tendo como sede o cérebro. “Identificado com a classe senhorial, o escritor romântico não demonstra simpatia alguma pelos escravos, mas pensava que a nostalgia dos negros merecia ser estudada, pois a considerava como potencial ameaça à economia nacional”, relata a pesquisadora. Além dos três, outros estrangeiros trataram da questão da morte voluntária entre escravos no século XIX: Debret, Henry Koster, Rugendas, Thomas Ewbank, Robert Walsh, F. Dabadie, entre outros. “Depois desse interesse, o banzo permanecerá quase adormecido até os anos 1930 e 1940, quando os chamados estudos afro-brasileiros o recolocaram como potencial objeto de investigação. Ele será tomado como algo real, uma doença um pouco misteriosa, mas sem muita problematização”, conta a autora. 
Reprodução do livro rio de janeiro - Cidade Mestiça
Lar - Surge mesmo uma nova etimologia para a palavra: banzo seria ligado ao quimbundo mbanza, aldeia, e assim significaria a “saudade da aldeia” e, por extensão, do lar. “A origem africana da palavra me parece um pouco incerta. No Vocabulário, de Bluteau, por exemplo, a palavra “banzar” aparece como a ação de ‘pasmar com pena’ e “banzeiro” seria algo ‘inquieto, mal seguro’. Há quem acredite na origem portuguesa da palavra.” Em 1933, o conceito reapareceu nas páginas finais de Casa-Grande & Senzala (1933), de Gilberto Freyre, cuja visão marcou os relatos modernos da palavra: “Não foi de todo alegria a vida dos negros. Houve os que se suicidaram comendo terra, enforcando-se, envenenando-se. O banzo, a saudade da África, deu cabo de muitos. Houve os que de tão banzeiros ficaram lesos, idiotas”, escreveu Freyre. Em 1939 começaram a surgir visões médicas da moléstia, como a do parasitologista Manoel Augusto Pirajá, que afirmava ser o banzo uma forma da doença do sono, a tripanossomíase africana, hipótese descartada atualmente. “Uma proposta a se considerar é a do psiquiatra Álvaro Rubim de Pinho, da Faculdade de Medicina da Bahia, exposta em Aspectos históricos da psiquiatria folclórica no Brasil (1982). Segundo ele, o banzo seria aproximado das chamadas ‘síndromes de campo de concentração’, diz a autora. O modelo é multicausal: o mal dos escravos seria um quadro em que se superporia um estado mental depressivo (característico de situações de terror, fome, confinamento etc.) a sintomas decorrentes de acentuada carência nutricional e de vulnerabilidade a doenças graves, várias das quais seriam as responsáveis pelos sintomas físicos e mentais do banzo.”
A produção historiográfica dos anos 1960 e 1970, contestando o que se chamou de “mito da escravidão branda”, preconizado por Freyre, enfatizou o caráter violento das relações entre senhores e escravos e deu nova acepção ao banzo. “Estudos desse período associam atos como suicídios, homicídios e agressões físicas à excessiva carga imposta pelo cativeiro e para alguns autores (como Alípio Goulart em Da fuga ao suicídio, de 1972, ou Fernando Henrique Cardoso em Capitalismo e escravidão no Brasil meridional, de 1962) eles eram evidentes manifestações de rebeldia, das poucas facultadas aos escravos. Os suicídios seriam sinais de rebelião individual, assim como os quilombos e as insurreições, de rebeldia coletiva”, explica a pesquisadora. Para ela, porém, seja na perspectiva de Freyre, seja nesta, mais engajada, se deu pouco espaço aos fatores subjetivos envolvidos nas ações dos sujeitos históricos. Assim, o suicídio cativo pode ser visto também, mas jamais unicamente, como forma de protesto ou fuga da situação de cativeiro, sempre considerando a complexidade da experiência do cativeiro e a capacidade humana de descobrir formas de viver em situações adversas. “Atribuir a motivação para a morte apenas à condição cativa é uma abordagem simplista. Os atos suicidas são manifestações extremas que não podem ser reduzidas a uma explicação única, seja ela sociológica, antropológica ou psicopatológica”, assegura o historiador Saulo Veiga Oliveira, que analisou a questão no artigo “O suicídio de escravos em São Paulo”, publicado na revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos. “Basta ver que o alto índice de suicídios entre escravos nas últimas duas décadas da escravidão é, em geral, atribuído aos ‘desgostos do cativeiro’, como reação à condição servil. Mas há muitos outros motivos: problemas com a Justiça ou o medo de castigos impostos pelo senhor.”
Assassinatos - “O índice de ‘mortes voluntárias’ entre escravos, quando comparado ao de homens livres, era duas ou três vezes mais elevado e, em geral, atribuído ao banzo”, afirma o historiador Renato Pinto Venâncio, da Universidade Federal de Ouro Preto e autor de Ancestrais: uma introdução à história da África Atlântica (Editora Campus). “Mas, como todo testemunho do passado, isso deve ser lido com olhos críticos: o registro de suicídio pode encobrir assassinatos praticados por senhores. Isso não implica diminuir o banzo como uma das expressões trágicas da loucura comum a milhões de pessoas vítimas do tráfico de escravos. A divulgação desse sofrimento nos jornais deve ter contribuído para a formação da sensibilidade abolicionista na sociedade imperial. Daí se entender o banzo como uma forma não intencional de protesto político, um exemplo primário de luta pela não violência.” Os números esconderiam outras motivações. “Os homens livres ocultavam seus casos procurando evitar sanções morais e religiosas, que impediam o sepultamento em cemitérios, o que pode explicar o número elevado de mortes de cativos”, explica o historiador Jackson Ferreira, da Universidade Federal da Bahia e autor do artigo “Por hoje se acaba a lida: suicídio escravo na Bahia (1850-1888)”. “Os atos suicidas foram mais que expressão e mecanismos de desespero, mas formas de negociar melhores condições, de resistir às condições de cativeiro ou libertar-se dele, abandonando definitivamente esta ‘terra de vivos’, como escreveu o escravo Timóteo em sua nota de suicídio.”
Ana Maria Oda está pesquisando atualmente o curioso “suicídio por ingestão de terra”, citado com frequência por viajantes, no projeto Geofagia e escravidão, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e vinculado ao Grupo de Pesquisa Escravidão, Raça e Saúde, sediado na Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz. “A pica (alteração do hábito alimentar que inclui a ingestão de terra ou barro – a geofagia –, de cal, madeira etc.) é interpretada como uma deliberada ação em direção à morte, um método de suicídio lento dos negros escravos”, diz a pesquisadora. Debret retratou escravos com máscaras de ferro colocadas para evitar a prática. “A geofagia como suicídio não se sustenta. Não se determinaram as suas consequên­cias sobre a saúde, más ou boas.”
http://racismoambiental.net.br/2010/06/a-saudade-que-mata-pesquisa-discute-a-polemica-questao-do-banzo-como-nostalgia-mortal-dos-escravos/

A NACIONALIDADE DE ADÃO E EVA - RESOLVIDA!

 
Um alemão, um francês, um inglês e um brasileiro, apreciam o quadro de Adão e Eva no Paraíso.

O alemão comenta:
- Olhem que perfeição de corpos:
Ela, esbelta e espigada;
Ele, com este corpo atlético, os músculos perfilados.
Devem ser alemães.


Imediatamente, o francês contesta :
- Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende das figuras…
Ela, tão feminina…
Ele, tão masculino…
Sabem que em breve chegará a tentação…
Devem ser franceses.


Movendo negativamente a cabeça o inglês comenta :
- Que nada! Notem a serenidade dos seus rostos, a
delicadeza da pose, a sobriedade do gesto.
Só podem ser ingleses.

Depois de alguns segundos mais, de contemplação silenciosa,

O brasileiro declara
:
- Não concordo. Olhem bem:
não têm roupa,
não têm sapatos,
não têm casa,
tão na merda…
Só têm uma única maçã para comer.
Mas não protestam ,
Ainda estão pensando em sacanagem e pior,
Acreditam que estão no Paraíso .
Só podem ser brasileiros…

O DIA EM QUE ADIARAM O CARNAVAL: O POLÍTICA EXTERNA E A CONSTRUÇÃO DO BRASIL

O governo brasileiro anunciou, em 1912, uma medida inédita: protelou de fevereiro para abril as comemorações carnavalescas por luto nacional. É que, na véspera da tradicional festa, morria José Maria Paranhos da Silva Junior, o Barão do Rio Branco, diplomata tido como um dos “santos de nossa nacionalidade”. Mas o povo não desperdiçou a ocasião e brincou o carnaval nas duas datas.

Esse episódio inusitado, que mistura diplomacia e festa popular, enseja a profícua reflexão que o novo livro de Luís Cláudio Villafañe G. Santos nos apresenta. O legado do Barão do Rio Branco é o mote para uma sofisticada análise sobre a ideia de Brasil e de nação a partir da influência da política externa.

Tema caro às Ciências Sociais, a nacionalidade revela-se nesta obra como uma construção multifacetada. O autor percorre a história brasileira do século XIX aos dias atuais e mescla, com densidade, referências ecléticas, que vão das raízes dos nossos “símbolos” culturais – os bailes de Carnaval e o futebol – ao constante diálogo com as questões geopolíticas.

Nessa trajetória, Villafañe ressalta o papel do nacionalismo e do território; daí a importância do Barão do Rio Branco e de sua atuação na consolidação das fronteiras nacionais. Nas palavras do autor: “Ainda hoje, a referência ao que seriam as diretrizes do Barão permanece um dos eixos inevitáveis da retórica sobre a política externa do país. A legitimação de muitas escolhas políticas continua a passar pela sacralização que lhe confere uma suposta origem nas ideias e práticas de Rio Branco”. Tecendo sofisticados elos entre política e cultura, O Dia em que Adiaram o Carnaval constitui-se, assim, como referência fundamental para quem procura entender as intricadas vinculações da identidade nacional com as relações exteriores brasileiras.
ACESSE: http://www.editoraunesp.com.br/

A nova arma dos diabólicos terroristas do PT...

(CLICK NA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA)

O esporte e as novas leituras do político: o caso de Angola Colonial


Marcelo Bittencourt
Universidade Federal Fluminense
Doutor em História
pela Universidade Federal Fluminense

Data e horário:
sexta-feira
22 de outubro de 2010
15:30h


Local:
Fundação Clemente Mariani
Rua Miguel Calmon, 398
Ed. Conde Pereira Marinho
Comércio - 40015-010 - Salvador BA

Inscrições e informações:
(71) 3243 2491 | 3243 2666
academico@fcmariani.org.br


Como seria a capa da Veja em maio de 1888?


Um tesouro holandês escondido em Recife

Convento de Santo Antônio, localizado na capital pernambucana, guarda maior coleção de azulejos antigos dos Países Baixos fora da Europa.
por Heloísa Broggiato

Quando os holandeses invadiram Pernambuco, em 1630, transformaram o Convento de Santo Antônio, no Recife, em um forte. Ao partir, deixaram ali uma preciosidade. A maior coleção de azulejos holandeses do século XVII fora da Europa.


Ao retomar o controle do local, os portugueses redecoraram o forte com seus próprios azulejos, mas o patrimônio deixado pelos rivais sobreviveu. As 923 peças holandesas, em branco e azul, se diferenciavam das demais por não apresentarem imagens religiosas, mas sim figuras de cavaleiros, barcos, animais, monstros marinhos, paisagens e jogos infantis – temas típicos da cerâmica dos Países Baixos da época.


Ao longo dos séculos, porém, a coleção desapareceu sob camadas de tinta aplicadas durante as várias reformas pelas quais o convento passou. O tesouro holandês só foi redescoberto em 1966, e recentemente uma missão de restauradores e historiadores holandeses visitou o Recife para avaliá-lo. A World Monuments Fund já demonstrou interesse em financiar a restauração dos azulejos por considerá-los um patrimônio mundial. http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/um_tesouro_holandes_escondido_em_recife.html

Concurso público UNIPAMPA

Concurso público, nível professor assistente, para as áreas de História do Brasil, História da América, História Moderna e História da África da Universidade Federal do Pampa, Unipampa, campus Jaguarão. O período de inscrições é de 27/09/2010 a 25/10/2010.

Para maiores informações, leiam o seguinte edital (107/2010):
http://www.unipampa.edu.br/portal/dmdocuments/Edital_107-2010_Concurso_publico_para_docente.pdf

I Colóquio Laboratório de Estudos do Império Romano UFRB-UFBa-UFOP

O Laboratório de Estudos sobre o Império Romano (LEIR) integra seis universidades públicas – USP, UFES, UFG, UFRB, Unesp/Franca e UFOP –, com o propósito de estimular a pesquisa especializada sobre o Império Romano. Além do intercâmbio entre pesquisadores, o Laboratório se propõe a realizar um programa de Colóquios e publicações regulares. O presente evento se dá dentro do marco do projeto de pesquisa conjunto LEIR-UFRB, sob coordenação do prof. Fábio Joly, e UFOP, coordenado pelo prof. Fábio Faversani, que conta com apoio do CNPq. Seu tema geral é “Fronteiras entre a formalidade e a informalidade no Império Romano”. 21 de outubro, 15 horas Conferência de abertura: Prof. Dr. Norberto Luiz Guarinello (USP) – Fronteiras e integração no Mediterrâneo antigo 22 de outubro, 10 horas Mesa-redonda Prof. Dr. Fábio Duarte Joly (UFRB): Fronteiras entre a escravidão e a liberdade no Império Romano Prof. Dr. Fábio Faversani (UFOP): Entre a formalidade e a informalidade: leitura de um episódio de Tácito Mamede Queiroz Dias (graduando/UFOP): O passado e a história: um estudo sobre o conceito de auctoritas em Tácito 22 de outubro, 14 horas Mesa-redonda Sarah Fernandes Lino de Azevedo (mestranda/UFOP): História e Retórica: personagens e exempla na narrativa dos Anais de Tácito Ygor Klain Belchior (mestrando/UFOP): Uma análise dos estudos críticos sobre Tácito em Portugal no século XIX Antonio Modesto dos Santos Junior (graduando/UFRB): As faces de Júlio César: a construção da figura de César na Guerra Gálica, de César, e nas biografias de Plutarco e Suetônio 22 de outubro, 16 horas Conferência de encerramento: Profa Dra Marina Cavicchioli (UFBa) - Fronteiras de gênero na Roma antiga Local Auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras – UFRB, Cachoeira-BA Apoio e Realização LEIR – UFRB LEIR – UFOP Programa de Pós-Graduação em História – UFBa Mestrado em Ciências Sociais: Cultura, Desigualdades e Desenvolvimento – UFRB

PESQUISANDO A HISTÓRIA ENTRE OS 30 MAIS VOTADOS!!!


Mais uma vez venho agradecer a colaboração e o empenho de todos que seguem votando em nosso Blog. Estamos entre os 30 mais votados, e olha que tem muita gente boa concorrendo! Peço a todos que continuem votando e nos ajudando a  divulgar o nosso trabalho!!! 
Acompanhe o boletim de votação: http://www.topblog.com.br/2010/index.php?pg=top30&c=11&b=1dfde4453e3b295f965c16f8a15dad46
Deu início no dia 10/10 o 2º turno do prêmio TopBlog 2010, no qual o blog Pesquisando a Historia está concorrendo. Por isso, pedimos a ajuda de vocês para que, não só o BLOG, mas esta forma de divulgar, preservar e democratizar a documentação e pesquisa histórica, ganhe destaque na blogosfera.
Para votar, é muito rápido. Basta clicar no link abaixo, depois no botão "Votar". Você então digita seu nome e o seu email, para que eles enviem uma confirmação. Cheque sua caixa de entrada (ou de spams) e confirme seu voto através do email que o pessoal do Top Blog enviará.

VOTE NUM CLICK:
http://www.topblog.com.br/2010/index.php?pg=busca&c_b=115993

Ciclo de Debates Museu e Memória Afro-Brasileira

Endereço:
Rua Benfica, 1150 - Madalena
Recife - PE
Cep: 50720-000
Contatos:
Tel.: +55 81 3228-3011
E-mail: mab@iphan.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Site oficial: www.museus.gov.br

Veja a programação completa:
http://www.museudaabolicao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=63:ciclo-de-debates-museu-e-memoria-afro-brasileira&catid=3:informes&Itemid=17

Revista Histórica – edição 44 ª

Informamos a publicação da 44ª edição da revista Histórica – publicação on-line do Arquivo Público do Estado de São Paulo.
Acesse http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/
 
Submissão de artigos para a próxima edições:
Edição 45 – Dezembro
Tema: O feminino e a sociedade
Prazo de envio: 5 de novembro
 
Edição 46 – Fevereiro
Tema: As experiências das Áfricas no Brasil
Prazo de envio: 5 de janeiro
 
Att,
Monique Félix
Difusão Editorial
Arquivo Público do Estado de São Paulo
(11)2089 -8100

“Valdenilton Nascimento dos Santos”.

 Ana Eliza
Se eu tivesse um blog, meu post de hoje teria o título “Valdenilton Nascimento dos Santos”.
Valdeniton é adulto de rua. Já foi criança de rua, desde sempre, aqui na Liberdade, onde morei e onde ainda passo alguns fins de semana. Valdenilton tem toda a liberdade aqui no bairro, todos sabem quem é ele, todos o conhecem. Uns insistem que ele rouba. Eu que pergunto e acredito na resposta, ouvi Valdenilton dizer que tem uma lei: não rouba. Pede ! Pede, com gentileza eu diria.

Ganhou, sem querer, o apelido de Saddam. É preto, de dentes estragados, de cabelo black power. Tem brilho na pele e brilho no olho. Valdenilton é meu seguidor no tuitter da vida real. Sempre que me vê me saúda, alegre, “amiga!” – acho que ele ensaiou um tia que eu desaconselhei.

Desde pequena eu penso sobre moradores de rua. Sempre teorizei que eles são carentes de abraço. Nas muitas vezes que saí para o trabalho, recusei abraços de Valdenilton, informando a ele que eu estava “limpa”, que ia para o trabalho. Ele pareceu sempre compreender. Já cheirou muita cola, pra “matar o frio e esquecer a fome”, diz ele. Hoje diz que não faz mais isto. Não sei onde Valdenilton passa a noite, mas sei que ele não tem casa. Conta que a mãe morreu, “queimada” – acho que foi isso. Vivia com um cachorro e com outros meninos “cheiradores de cola”, que acredito terem morrido. Valdenilton sempre me conta uma noticia deles, mas eu nunca sei quem são eles. Prefiro focar nele. Ele que me inspira confiança, beleza até. Ele que me lembra, muito, o Sandro, do onibus 174 (e da chacina da Candelaria).

Valdenilton já livrou minha irmã de um assalto, achando que era eu. “Libera, libera, que é tia”. Valdenilton já carregou muitas compras minhas. E nunca me cobrou nada. Sempre diz “se a senhora puder, compre isso.” Na padaria, sempre encontro com ele e sempre brinco de oferecer e de não oferecer algo – sou contra facilidades de qualquer tipo. Outro dia, me disse que gosta mais de leite que café. Recomendei ao atendente que desse a ele um leite morno e com carinho. Olhos arregalados, o atendente. "Mas já viu ?" O atendente sempre quer dar de modo brusco e eu sempre lembro que eu estou comprando o leite., que o menino merece ser bem tratado.Trocou um sanduíche por 2 paes “sem nada dentro pra ter 2” Sempre oferece a opção mais em conta. Outro dia confessou: eu queria era comer pipoca. A galera não acreditou quando eu perguntei: qual o seu sabor favorito ? Às vezes quero mimar o menino que mora nele.

Estava na fila da lotérica quando ele apareceu. Todos me olharam estranhamente. Sempre me olham assim. E sentou no chão e disse que ficaria ali pra “me proteger”. Ofereceu pra ir na fila do idoso pagar a minha conta. Recusei, dizendo a ele que ele não era idoso. Ele riu com gosto. Chegou um bêbado pra me pedir dinheiro e Valdenilton se levantou e mandou o cara sair. Observei tudo. Abriu a carteira e me mostrou a identidade. Disse que queria meu número de telefone, mas que não era pra eu dizer ali, “pois todo mundo podia ouvir e querer anotar”. Foi comigo até a porta de casa, viu que eu tinha sacado algum dinheiro, em nenhum momento pediu nada e me desejou boa semana, boa viagem, me perguntando quando eu voltaria a morar aqui.

Hoje encontrei Valdenilton na padaria, e ele me pediu que “comprasse alguma comida com aquele meu cartão” – ele sabe que eu tenho sodex. Disse pra ele que tinha zerado o saldo – o que foi verdade. Ofereci comida de casa e ele seguiu comigo. Antes me abraçou, sem pedir, informando que tava limpo – de corpo e de alma ? pensei. Foi comigo até a escada do prédio. Sentou-se, disse que estava cansado. Ficou sorrindo, esperando. Sorriso largo aquele. Voltei com o prato de feijão e arroz “sem farinha”, conforme indicação dele. E trouxe salgadinhos e bolo. Ele foi logo dizendo, menino, que veio com sobremesa. Fiquei vendo ele comer e meu coração pensava este texto. Dei a ele o meu número e ele confirmou se podia ligar a cobrar. “Vou ligar hoje a noite”. Sugeri que ele ligasse num dia que não tivesse me visto, quando tivesse saudade. Se despediu pedindo, humilde, que eu desse a ele uma camisa do Vitoria (que é meu time, inclusive), no dia do aniversário dele – 17 de novembro. Um grande amigo faz aniversario no dia 16. Daqui a um mês, Valdenilton fará 28 anos. De camisa vermelha e preta, será que ele prefere bolo de morango ou de chocolate ?