tag:blogger.com,1999:blog-38928294425997543432024-03-13T06:30:18.152-03:00PESQUISANDO A HISTÓRIA Unknownnoreply@blogger.comBlogger2354125tag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-29412384018912138432024-02-09T21:20:00.002-03:002024-02-09T21:20:44.090-03:00Estatística da Capitânia de Rios de Senna do Ano de 1806 <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://pt.slideshare.net/slideshows/estatstica-da-capitnia-de-rios-de-senna-do-ano-de-1806-pdf/266245222" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1658" data-original-width="1255" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivo6HGa7XQpH88bSq1EVDeR_Lcz9U4x8Bw3s44CaBKTUDLW85AxK4JHJC770fv-CQWkIAdvxKfHNUqRpKZeyPoCMA3eqQxFZ72GgdleHhyphenhyphenxpCjHL2U1sfrXWdwmjOi4dSDs1SItB05oZoALIQ_AnCAeYY7z-4LxX7vo1jYfgH3L9WLLcMN4OopWRFgUZ0/w485-h640/20240207_080454.jpg" width="485" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://pt.slideshare.net/slideshows/estatstica-da-capitnia-de-rios-de-senna-do-ano-de-1806-pdf/266245222" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1632" data-original-width="1262" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhycCsoo9iIXV2n8AYJj4K7kI2I9wVWEDmhQg-uJKqmeHD_hmHLqf1WfYLcGD-UOqNGPOxrD4XKVyfOVtr6z9Pu0CBdRuCvJmZKBwdKuwPRLKVHBcvK5hKXdli2FWDlSQjrN8DWFtv836eNmLa-E7cwu0oXB0Mfv8CGTk9MFAhCqpzAWRU2nNNl8PgB2EM/w494-h640/20240207_080506.jpg" width="494" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://pt.slideshare.net/slideshows/estatstica-da-capitnia-de-rios-de-senna-do-ano-de-1806-pdf/266245222" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1698" data-original-width="1342" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3ukSlfqwydFXD5NM6jg3WwZJa9L_QZHa182Tdi7HpW0ICYyzvCqTWOKA391HvW8JhRWhMCYYo4k1nufbN86O06f9WClbsRGin4sCjgmiXfZln_efUErWZI345atgb2FoJgHA7p0fj89XAHTP8IL2epbEqNOpRng3_LkFdeL6BLghKwGuUfnXsdw3EDAA/w506-h640/20240207_080519-2.jpg" width="506" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGgeTV5lHDnTCGLvG0hYqs-JvcDb7LvOGX2eHvrVOVKU7C-k54Vn7WIPWIr-39ixRPWqpyUI8x-tD0At6OJqqPwjNwZKbK39qY6KbXjq8bBZkqpoutXD5Agt_nxJseQeCsGgTf1_wpyL7pWZc8VqbWT3EoUE4jRfP5jfxRMqlswQwAoy86jPra54ni3WU/s1719/20240207_080519.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1719" data-original-width="1349" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGgeTV5lHDnTCGLvG0hYqs-JvcDb7LvOGX2eHvrVOVKU7C-k54Vn7WIPWIr-39ixRPWqpyUI8x-tD0At6OJqqPwjNwZKbK39qY6KbXjq8bBZkqpoutXD5Agt_nxJseQeCsGgTf1_wpyL7pWZc8VqbWT3EoUE4jRfP5jfxRMqlswQwAoy86jPra54ni3WU/w502-h640/20240207_080519.jpg" width="502" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheL5aBkj4gEuSXj_0vjLh3KR6izezevDRLzN2o9jZkKPCGkyRlRxCxjTUsCguZygHA5kGmoklDsgzyGbWI9FL5c770O8GpCbGq5JXufcoGt1gGo87kaylZ-J-NVXgjt2RucNjCHch87S6JsPQtzTRCwJQcg272Z903pHT3yQuVN4G6vvU5gzdGuPG8m3U/s1725/20240207_080534-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1725" data-original-width="1302" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheL5aBkj4gEuSXj_0vjLh3KR6izezevDRLzN2o9jZkKPCGkyRlRxCxjTUsCguZygHA5kGmoklDsgzyGbWI9FL5c770O8GpCbGq5JXufcoGt1gGo87kaylZ-J-NVXgjt2RucNjCHch87S6JsPQtzTRCwJQcg272Z903pHT3yQuVN4G6vvU5gzdGuPG8m3U/w484-h640/20240207_080534-2.jpg" width="484" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><b>Fonte:</b> Arquivo Nacional, Caixa: 93, Pacote: 1, Código do fundo: D9. Vice Reinado sem data. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Documento gentilmente cedido por Eduardo Cavalcanti, pesquisador sediado no Rio de Janeiro. </span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><b>Acesse na íntegra:</b> </span><span style="text-align: left;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><a href="https://pt.slideshare.net/slideshows/estatstica-da-capitnia-de-rios-de-senna-do-ano-de-1806-pdf/266245222">https://pt.slideshare.net/slideshows/estatstica-da-capitnia-de-rios-de-senna-do-ano-de-1806-pdf/266245222 </a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><br /></span></div><p style="text-align: justify;"><br /></p></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-85171579920952171072023-10-21T14:56:00.001-03:002023-10-21T14:56:31.041-03:00MARIA DE FÁTIMA NOVAES PIRES | Vicente, José e Luzia – “viver das criações”<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKspaBmuoMqk-QBC3eefveSeBaGP33OH04TOk0tCidahP7ZkGvKkMWcJ4M2p5QcOOd-HaURbpxrBzZ14ivD0_lw3NO-J7zstb9TKAbb_RulHeGgG_1nN7sloLt_-vZEpXJcIygG4S5aV-PKfVLimmzKX5VCALER2bb8Fb_36sbxvS1qjMIoLvhVWfodPk/s853/683981.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="605" data-original-width="853" height="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKspaBmuoMqk-QBC3eefveSeBaGP33OH04TOk0tCidahP7ZkGvKkMWcJ4M2p5QcOOd-HaURbpxrBzZ14ivD0_lw3NO-J7zstb9TKAbb_RulHeGgG_1nN7sloLt_-vZEpXJcIygG4S5aV-PKfVLimmzKX5VCALER2bb8Fb_36sbxvS1qjMIoLvhVWfodPk/w640-h454/683981.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O arquivo
não é uma nota; não foi composto para surpreender, agradar ou informar, mas
para servir a uma polícia que vigia e reprime. É a coleta de palavras
(falsificada ou não, verídica ou não – esse é um outro problema), cujos
autores, coagidos pelo fato, jamais imaginaram que pronunciariam um dia. [...]
vestígio bruto de vidas que não pediam absolutamente para ser contadas dessa
maneira, e que foram coagidas a isso porque um dia se confrontaram com as
realidades da polícia e da repressão. Fossem vítimas, querelantes, suspeitos ou
delinquentes, nenhum deles se imaginava nessa situação de ter de explicar, de
reclamar, justificar-se diante de uma polícia pouco afável. Suas palavras são
consignadas uma vez ocorrido o fato, e ainda que, no momento, elas tenham uma
estratégia, não obedecem à mesma operação intelectual do impresso. Revelam o
que jamais teria sido exposto não fosse a ocorrência de um fato social
perturbador. De certo modo, revelam um não dito. [1]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Autos
criminais seguem o ritmo de outros documentos que ficam para a história: “a sua
natureza essencialmente lacunar – ‘o arquivo não é um stock de que se
retirariam coisas por prazer; ele é constantemente uma falta’ – e até, por
vezes, ‘a impotência de não saber o que fazer deles’”. [2] Mas podemos acrescentar,
ao tratarmos de fontes judiciárias, que elas têm a capacidade de evidenciar
ambiguidades no âmbito de sistemas escravistas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Autos
criminais, cíveis e tantos outros permitem à historiografia brasileira
documentar amplamente lutas, enfrentamentos, desobediências cotidianas. A
resistência tem sido uma importante resposta às mais variadas formas de
opressão. Trazer a história de Vicente e seus parceiros para uma revista
extramuros acadêmicos é ampliar o conhecimento desse fato, que (oxalá) nada
mais terá de amnésico. [3]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
história de Vicente começa com a sua fuga de uma fazenda em Casa Branca, sertão
da província de São Paulo, numa época em que o tráfico interprovincial de
escravizados estava em alta e os preços de cativos caminhavam na mesma direção.
A fazenda pertencia a Benedicto Ferreira, um senhor de Campinas-SP, que, por
certo, se aborreceu diante da situação. Na sua bem-sucedida fuga, Vicente
retornou a Caetité-BA e aquilombou-se em Bonito, atual Igaporã-BA.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De
imediato nos perguntamos como Vicente conseguiu tal proeza. Algumas comparações
podem ajudar. Na mesma Campinas, cerca de sete anos antes da fuga de Vicente,
no dia 5 de dezembro de 1872, “às 6 horas da manhã mais ou menos”, Manoel,
escravizado, natural do Ceará, também evadira: “[...] agora sabe-se com certeza
que elle se dirigiu para a Província de Cuyabá ou Goiás; tendo-se agregado a
uma tropa que para ali se dirigia”. Manoel fugiu sob a acusação de assassinato
de João da Silva Ferreira, administrador da fazenda Funil e filho do senhor de
Manoel. Assim como Vicente e Manoel, escravizados buscaram tropas para escapar
ao cativeiro em terras alheias. Fugas intensificadas por ocasião do tráfico
interprovincial. Vicente e Manoel, baiano e cearense, respectivamente, são
representativos de muita gente escravizada transportada compulsoriamente das
províncias do Norte para as temidas matas do café nas províncias do Sul. As
tropas apareciam para escravizados fugitivos como um meio mais seguro e
eficiente, haja vista o conhecimento dos caminhos e a chance de apoios diretos
ou indiretos. E isso implicava em acordos prévios com trabalhadores das tropas,
sejam estes livres ou escravizados. [4]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao que
tudo indica, Vicente Caetano de Brito foi negociado no sertão da Bahia para São
Paulo em finais dos anos 1870. Passamos a conhecer um pouco mais da sua
história com processos criminais que registram aquilo que Arlette Farge
sabiamente denomina de “um fato social perturbador”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No dia
três de dezembro de 1886, Vicente foi preso, qualificado e inquirido pela Justiça
em Caetité, sob a acusação de assassinato. Disse em seu depoimento: “[...] veio
de São Paulo, a sete anos pouco mais ou menos”, que era “lavrador e carpina”.
Questionado sobre a acusação de assassinato – unânime entre as testemunhas –
afirmou “[...] que atribui ser por ter elle réo andado sempre ocultamente [...]
que tem prova com todos os moradores do Bonito, e principalmente com os seos
ex-senhores Joaquim Caetano Villas e o Capitão Júlio Bernardes de Brito, em
cuja companhia estava trabalhando quando se deo a morte de José”. [5]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGOIaFtUKkWcdhTv37IJyomO1swGvrqv3f96KPDOz43PXx6OohiN8hUF1u5WzJEz9hzpBTiBETahMkNAY3i-wq7DRYQ3t7fEaU-gQA2MaVoh-2lecw6jRfuVEP3GZjUE2FvqJpggqyyxoKfvWdqdC296KCH0MbxyU5GAGfmTgEimo43m3onpA_ugOc3vo/s533/mambituba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="313" data-original-width="533" height="376" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGOIaFtUKkWcdhTv37IJyomO1swGvrqv3f96KPDOz43PXx6OohiN8hUF1u5WzJEz9hzpBTiBETahMkNAY3i-wq7DRYQ3t7fEaU-gQA2MaVoh-2lecw6jRfuVEP3GZjUE2FvqJpggqyyxoKfvWdqdC296KCH0MbxyU5GAGfmTgEimo43m3onpA_ugOc3vo/w640-h376/mambituba.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Em dias
do mês de agosto ou setembro [1885] [...] no lugar denominado trez passagens,
distrito do Bonito, tendo Vicente se offerecido para acompanhar José de tal,
crioulo, escravo do casal do finado Tenente Coronel Bernardo de Brito Gondim,
que tinha vendido um gado que possuía para com o resultado pecuniario tratar de
sua liberdade; aconteceo que no referido lugar das trez passagens, elle Vicente
consumou o plano que tinha, assassinando o infeliz Jose, com o único e exclusivo
fim de roubal-o, e não satisfeito em conduzir o dinheiro, conduzio também uma
capanga da vítima conhecida por muitas pessoas que virão em mão do denunciado.
[6]</span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Vicente e
José lutaram de modo pertinaz pela liberdade. Uma luta que transformou antigos amigos
em algozes, gerando perdas para ambos. Os acontecimentos que marcaram essas
lutas somam-se aos depoimentos de testemunhas: “[...] que sabendo vir o réo
presente em companhia de seo marido, dito José, pedira ella ao réo que não o
matasse em caminho, porque receiava que elle assim o fizesse visto como todos
sabem ser elle um malvado”. [7] Vicente, considerado pelas testemunhas
“malvado”, e José, “bem insinado”, eram amigos. Tanto que, na noite anterior à
morte de José, Vicente o ajudara na contagem do dinheiro, na confecção da
capanga de couro que havia “cosido no bolso delle José”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O corpo
de José foi encontrado pelos “camaradas” da casa de seu senhor, no
despenhadeiro das “Trez Passagens”. Desconfiaram pelo “[...] grande fedor de
animal morto” e considerando que “[...] o referido escravo, [não] sendo certo
da vista, poderia ter se abysmado no despenhadeiro. [...] Seguirão e voltarão
trazendo o chapéo do referido escravo, facão do mesmo, um saco com baitata e
cebôlas, e mais uma toalha com uma banda de rapaduras”. [8]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
reconhecimento dos pertences de José revela uma vida social de grande
proximidade:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[...] por
ser voz geral que depois da morte de José, o réo presente appareceo dispondo de
quantia que por certo seria do assassinado José, por quanto elle testemunha
conheceo perfeitamente uma cédula de vinte mil réis, por haver nella encontrado
um signal ainda em mão de Atilio Fagundes de Brito, que com esse dinheiro havia
pago a José Crioulo umas rezes que comprou ao mesmo José. [9]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A capanga
de José era “[...] conhecida por muitas pessoas que virão em mão do
denunciado”. Também disseram que, depois do ocorrido, Vicente “[...] appareceo
com dinheiro fazendo compras, inclusive de uma casinha”. O sapateiro Cezar
Alves Moreira, de 19 anos, disse que “[...] vira o réo presente com a mesma
capanga de José”. [10]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Consta no
processo criminal de 1885 que José havia “[...] vendido um gado que possuía
para com o resultado pecuniário tratar de sua liberdade”. José vendeu reses.
Como as adquiriu? Ao que tudo indica, o sistema de sorte (ou giz) estendia-se a
escravizados. [11]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Vicente
encontrava-se preso em 1892, sentenciado “no grau máximo do art. 359 do Código
Criminal”, [12] quando o seu pedido de apelação foi negado. Não ficam bem
claros os percursos de Vicente nesses autos, no entanto é possível acrescentar
referências ao acompanhar a sua trajetória noutra acusação, em processo
criminal anterior, como veremos adiante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Antes, é
preciso compreender porque, no depoimento de três de dezembro de 1886, Vicente
considerou que a acusação lhe recaía por “[...] ter elle réo andado sempre
ocultamente”. Essa questão somente é esclarecida em processo criminal anterior,
de 13 de junho de 1881, no qual o escravo Vicente fora acusado pela morte da
“liberta Luzia”. [13]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nos autos
de 13 de junho de 1881, consta que Vicente, natural de Caetité, estava com 24
anos de idade e pertencia a Benedicto Ferreira, um senhor de Campinas,
província de São Paulo. Segundo o Promotor Público da Comarca, Vicente fugira e
teria se aquilombado nos arredores do arraial do Bonito (atual Igaporã,
província da Bahia). Nesses autos, Vicente fora acusado pelo assassinato da
liberta Luzia, “[...] às 10 horas da noite, em sua caza”, [14] na vila de
Caetité: primeiro a teria espancado e depois disparado um tiro, “[...] de que
morréo incontinente”. O promotor, que relatou “o ocorrido” no inquérito, tomou
iniciativas imediatas. Pediu prontamente ao juiz da Comarca de Caetité, “[...]
que se sirva de mandar proceder a formação da culpa, passando-se mandado de
prizão contra o denunciado, e formando-se força para captura delle e de todos
os mais que forem encontrados no quilombo”. [15]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
promotor público solicitou ainda, ao mesmo juiz, que o réu fosse enquadrado no
art. 192 do Código Criminal, “[...] por ter-se verificado a circunstância
qualificativa do artigo 16 parágrafo 14 do mesmo código, em grau médio (galés
perpétuas)”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
depoimento das testemunhas, Vicente foi também acusado de praticar furtos nas
fazendas da vizinhança, fato que não negou em seu depoimento. Disse viver,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[...] de
comer criações do Senhor Julio Bernardo de Britto, do Senhor Alferes Joaquim
Caetano Villas Boas, do Senhor Tenente Landisláo Jozé da Cunha, do Senhor
Constantino Chaves, do Senhor Alferes Antonio Pinheiro, e do Senhor Galdino
Cardoso de Souza. [16]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando
questionado sobre os cativos que viviam no quilombo, acrescentou que “[...]
tinha trez mulheres, sendo duas de nomes Bernardina e Maximiniana e os escravos
Cyro do Senhor Polycarpo Xavier de Azevedo, Victor do senhor Doutor Fraga e
Cypriano do Tenente Landislao”. Seguiu o seu depoimento discorrendo sobre
furtos e repasses que realizava com seus parceiros de quilombo e também com
outros cativos na região. Vicente expôs essa trajetória com riqueza de detalhes,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[...]
Disse que elle com Severiano carregarão arrôes do Senhor Ernesto de Brito para
o que já Severiano havia arrombado a porta e janella da caza onde estava o
arrôz. Disse que foi chamado por Severiano para furtarem um porco no quintal do
Senhor Silvestre, e que chegando lá furtarão uma trouxa de roupa pertencente ao
mesmo Silvestre; havia promessa de Severiano quando houvesse sal de lhe dar um
bôi manso da Gameleira do Tenente Vicente Pinheiro para ser morto para o
quilombo. Disse que fazia furtos de mandioca da roça do Tenente Ladislao elle
com Severiano e na mesma roça vio por vezes o Roberto do José Pereira, tambem
furtando; disse que Severiano tornou-se contra elle por cauza de um dinheiro
que o mesmo lhe ficou devendo e não quiz pagar. Com o mesmo Severiano furtarão
uma porca do Senhor Alferes Joaquim Caetano e que foi visto neste dia pelo
Senhor Joaquim Borges. [...] Disse mais que quanto a morte de Luzia de tal, que
imputavão a elle, que não foi elle, pois em a noite que matarão elle estava na
Gameleira onde foi robar do escravo Athanasio e ahi matou uma ovelha. E nada
mais respondeo nem lhe foi perguntado [...][17]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao falar
das criações e produção local e explicitar um dinamismo muito próprio ao
quilombo, que fabricava farinha e negociava com a vila a produção e os bens
furtados, iluminou amplos aspectos da vida cotidiana sertaneja. Trouxe ainda
ligações mantidas entre trabalhadores livres e escravizados e demonstrou o
repasse realizado por escravizados que adquiriam pólvora, chumbo e bala (também
na vila), produtos proibidos à venda para cativos. Consta nos autos o registro
de que Luzia frequentava o quilombo, assim como outros escravizados e
trabalhadores livres. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
depoimento de Vicente aparecem articulações entre escravos do quilombo e
pequenos comerciantes do arraial do Bonito (atual Igaporã). Embora (e
estranhamente) não tenha sido chamado a depor nos autos de 1881, Severiano foi
mencionado por Vicente, no seu minucioso depoimento, como principal articulador
dessas relações:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[...] a
farinha feita no quilombo erão dispostas neste arraial pelo Severiano o qual
ficou com o couro e as criações alli matadas [...] quando não hia Severiano ao
quilombo mandava sua caseira Candinha [...] elle fornecia a Honório farinha,
carne, mandioca, e o dito Honório também freqüentava o quilombo [...] Disse que
com Severiano furtou um capado do Senhor Alferes Jozé Caetano Villas Boas [...]
Severiano e Honório dispunha dos couros e das creações e comprava pólvora,
chumbo e ballas para elle Vicente. [18]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
possível supor que Severiano fosse o mediador das negociações entre
aquilombados e senhores locais, fator que lhe serviu de proteção até mesmo
perante a Justiça. Os depoimentos, em sua maioria, falam ainda de um escravo
por nome Martinho, visto na casa de Luzia logo após o crime, que a todos contou
ter assistido ao assassinato, mas não reconheceu o responsável, “[...] pelo
escuro da noite”. Deve-se considerar que se tratava de uma pequena vila, onde
deveria “correr”, por todos os lados, conversas sobre os recorrentes furtos
praticados por Vicente, dando margem à “população do lugar”, principalmente aos
senhores da região, afastá-lo da circulação na vila e arredores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A liberta
Luzia pareceu não ser bem quista pela vizinhança da vila: “[...] Luzia tivera,
três dias antes do crime, uma dúvida com Ana Maria, amazia de Bernardino Rego”.
Outra testemunha, quando questionada se Luzia tinha alguma malquerença, disse
que “[...] algumas pessoas queixavam della”; noutro depoimento, um vizinho
disse que “tinha algumas mulheres na rua que prometião de dar nella Luzia”.
[19]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Apesar de
aparecer nos depoimentos indicações de intrigas de Luzia com mulheres da
vizinhança, que inclusive a ameaçavam, o escravo Vicente foi incriminado, mesmo
negando a sua participação no crime e atribuindo aquela acusação “[...] ao ódio
particular que lhe vota toda a população do lugar”. Teria Vicente assassinado
Luzia? Talvez jamais possamos nos certificar. Os processos, quando trazem uma
acusação dessa natureza, apresentam a ambiguidade de vozes dissonantes e
dificilmente, mesmo com apurada leitura, é possível concluir com segurança.
Ainda é preciso dizer que interessa ao pesquisador contemporâneo a
reconstituição de contextos, o que nos desloca e desobriga das ilusões de um
suposto “resgate do que realmente aconteceu”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Trajetórias
semelhantes à de Vicente recolocam a importância de processos criminais como
fonte da história, especialmente quando o tema de estudos se dirige a
experiências sociais de escravizados e forros. Nota-se, prima facie, que apesar
do cativo não ser “reconhecido” nos Tribunais, isto é, ser considerado
juridicamente incapaz, também nesse espaço a sua situação foi ambivalente. Ali,
queira ou não, a Justiça, “[...] teve de reconhecer a capacidade de ação dos
escravos, colher seus depoimentos e interrogá-los, julgá-los e puni-los por
seus atos e iniciativas”. [20]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Podemos,
no entanto, afirmar que as ações de Vicente feriram normatizações daquela sociedade,
romperam com a ordem, ao tempo em que colocaram em xeque a propriedade
legitimadora da sociedade escravocrata: vimos até aqui um escravo fugitivo,
aquilombado, praticante de furtos e, por fim, acusado de assassinato.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
encaminhamento final dos autos, o curador (espécie de advogado) de Vicente
apelou para o Tribunal da Relação, em Salvador, capital da Província, mas não
foi possível verificar se houve comutação da pena. Na pronúncia da sentença
final, Vicente foi condenado e incurso no art. 192 do Código Criminal (já
referido).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os autos
permitem identificar redes de contato de escravizados “aquilombados” com gente
da região para a realização de pequenos negócios. [21] Esses pequenos negócios,
que auferiam ganhos a escravizados do sertão, se diferenciavam daqueles
conquistados em cidades como Salvador ou Rio de Janeiro. [22] É certo que, em
ambos os casos, escravizados amealhavam a sobrevivência em conformidade com
perfis de economias locais. No caso do sertão, como essa economia se dirigia
para os trabalhos no campo, foi principalmente dali que cativos buscaram reunir
pecúlio para alforrias. Dificilmente senhores do sertão poderiam prover o
sustento de todos os seus escravos e camaradas, também, por isso, era
necessário tornar mais flexível o acesso aos meios de subsistência. Nessa
medida, ampliavam-se as margens de negociação entre escravizados e senhores.
Essa condição revela-se essencial para compreendermos de que modo, desde a
escravidão, cativos e forros interagiram na microeconomia regional, organizaram
e improvisaram a sobrevivência cotidiana, e constituíram laços que os impeliram
a permanecer na região no pós-abolição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De outro
lado, processos criminais semelhantes àquele que envolveu Vicente confirmam as
considerações traçadas pela historiadora Maria Cristina Wissenbach quanto às
ações de escravizados consideradas pelas autoridades judiciais como furtos:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[...] os
inquéritos relativos a tais crimes demonstram a presença de receptadores –
alianças fundamentais na destinação dos produtos do roubo e, portanto na
consumação dos crimes – e que depõe sobre a larga rede de agentes vinculados à
economia informal, realizada na base de barganhas, trocas e empréstimos [...]
aos olhos dos poderes públicos, a preocupação concentrava-se nos graus de aderência
entre escravos e homens livres, presentes nessas práticas que, constantemente,
oneravam os moradores da cidade. [23]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
trajetória de Vicente também nos lembra uma situação já acentuada pela
brasilianista Mary Karasch: “[...] muitos escravos rebeldes nem pensavam no
processo de alforria, preferindo ‘libertar-se’ por meio da fuga”. [24] Faça-se
a ressalva de que, enquanto muitos encontravam “sua liberdade nas florestas”,
Vicente quis vivê-la em meio a seus amigos e parentes, no arraial do Bonito,
próximo a Caetité, de “onde era natural”. De certo que, para Vicente, o seu
retorno à “terra natal” mostrava-se bem mais vantajoso, haja vista que poderia
contar com o apoio de amigos, parentes, outros cativos e forros, homens livres
e mesmo de senhores locais, como vimos. Apesar de todas as mazelas de uma fuga
longa e difícil, foi bem menos complicado para escravizados como Vicente
readaptarem-se ao antigo lar do que se ajustarem às novas condições de vida das
províncias distantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Análise
da vida cotidiana presente nos autos criminais alargam as possibilidades de
apreensão dos mais variados aspectos das trajetórias de escravizados e forros.
As alforrias constituíram um desses aspectos, notadamente naquele momento de
acentuadas migrações compulsórias que reduziam drasticamente as chances de
conquistar a tão sonhada carta de liberdade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaXpUkHlqAiuPGiFOyVVD2016VJyGzmT-WtgiB4LLnDSvszDVl57gKsIQi4kPscNdgOL8oHmG-hQJsNgT1spfgaUKxoGhGv6jfk5fwFtXP9FAetHcn2-ZNByQ2icDZ_ABFSaI0XDTUUtOXCJE6LnMU4AM3AHWvEuv6091joBir65cUWMFhHL0WVO61qq8/s475/Rancho%20para%20pouso%20de%20tropeiros,%20gravura%20de%20Rugendas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="475" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaXpUkHlqAiuPGiFOyVVD2016VJyGzmT-WtgiB4LLnDSvszDVl57gKsIQi4kPscNdgOL8oHmG-hQJsNgT1spfgaUKxoGhGv6jfk5fwFtXP9FAetHcn2-ZNByQ2icDZ_ABFSaI0XDTUUtOXCJE6LnMU4AM3AHWvEuv6091joBir65cUWMFhHL0WVO61qq8/w640-h432/Rancho%20para%20pouso%20de%20tropeiros,%20gravura%20de%20Rugendas.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Lentamente,
autos criminais revelam muito mais que crimes... uma leitura crítica dessa
fonte permite pensar “fatos sociais perturbadores” transmutados em crimes nos
espaços jurídicos. Nas delegacias e fóruns, o “viver das criações”
transformava-se em furto, portanto, em crime... jamais em meio de sobrevivência
para aqueles que precisavam tirar o sustento das “mãos cerradas da fortuna”, na
feliz expressão de Ecléa Bosi. [25]</span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nos
limites deste texto, autos criminais registraram fugas bem arquitetadas e
sucedidas no auge do tráfico interprovincial; frequentes negociações entre
senhores locais e aquilombados; inserção de cativos na economia local, aspecto
relevante para aferição de pecúlio à conquista de alforrias, tema recorrente na
nossa historiografia. [26] Vicente, José, Luzia e tantos outros dão mostras das
dinâmicas da vida escrava no Brasil oitocentista... e, assim como eles, muitos
escravizados vieram à luz porque “um dia se confrontaram com as realidades da
polícia e da repressão”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>NOTAS</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1. FARGE,
Arlette. O sabor do arquivo. São Paulo: EDUSP, 2009.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.
PEDRONI, F. Imagens apesar de tudo, parte 2. NOTA manuscrita. Disponível em:
<https://notamanuscrita.com/2021/01/26/resenha-imagens-apesar-de-tudo-parte-2/>.
Acesso em: 27 set. 2021.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3. Lembro
que a trajetória de Vicente foi documentada em dois momentos de meus estudos e
pode ser consultada em O crime na cor (2003) e Fios da Vida (2009), ambos
publicados pela Editora Annablume, São Paulo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4. PIRES,
M. de Fátima N. Travessias a caminho – tráfico interprovincial de escravos,
Bahia e São Paulo (1850-1880). Revista África(s), v. 04, n. 08, jul./dez. 2017.
Disponível em: www.revistas.uneb.br/index.php/africas/article/view/4390. Acesso
em: 21 set. 2021. Esclareço que mantenho a ortografia original dos documentos
em meus textos. Considero que o estilo narrativo agrega informações que devam
passar pelo escrutínio crítico do pesquisador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5. APEB.
Seção Judiciário. Processo-crime de 1885-1889. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">Est. 17, cx. 611, doc. 1, f. 26-26v.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">6. PEB.
Seção Judiciário. Processo-crime de 1885-1889. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">Est. 17, cx. 611, doc. 1, f. 10.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">7. APEB. </span><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seção Judiciário. Processo-crime
de 1885-1889. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">Est. 17, cx. 611, doc. 1,
f. 17.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">8. APEB. </span><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seção Judiciário. Processo-crime
de 1885-1889. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">Est. 17, cx. 611, doc. 1,
f. 19.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">9. APEB. </span><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seção Judiciário. Processo-crime
de 1885-1889. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">Est. 17, cx. 611, doc. 1,
f. 20.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">10. APEB. </span><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seção Judiciário. Processo-crime
de 1885-1889. Est. 17, cx. 611, doc. 1, f. 20.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">11. “Pelo
sistema da sorte, recebiam, conforme contratado, um de cada quatro, cinco ou
seis bezerros dos que ferrasse, anualmente, no gado sob seus cuidados[...].
Denominavam também de giz esse sistema que retribuía o vaqueiro com
aproximadamente 25% da produção do gado, no final do quatriênio contratado.
[...] O regime de sorte estendia-se, eventualmente, aos criatórios de equinos e
muares das mesmas fazendas de gado e mais raramente às miúças – ovinos,
caprinos e suínos – típicas de pequenos criadores, para autoconsumo”. NEVES,
Erivaldo Fagundes. Uma Comunidade Sertaneja - da sesmaria ao minifúndio (um
estudo de história regional e local). Salvador: Editora da Universidade Federal
da Bahia; Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana, 1998. p.
251-252 (grifo nosso). Deve-se lembrar que as reses perdidas ou mortas eram
descontadas do quinhão do vaqueiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">12.
Código Penal dos Estados Unidos do Brasil (decreto n. 847, de 11 de Outubro de
1890: 312): “Art. 359. Se para realizar o roubo, ou no momento de ser
perpetrado, se commeter morte: Pena – de prisão cellular por doze a trinta
annos. Paragrapho único. Se commetter-se alguma lesão corporal das
especificadas no art. 304: pena – de prisão cellular por quatro a doze annos.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">13. APEB.
Seção Judiciário. Processo-crime de 13.06.1881. Série: Apelação crime. Est. 05,
cx. 176, doc. 13, 117 f.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">14. APEB.
Processo-Crime de 13.06.1881. Sessão Judiciário. Série: Apelação crime. Est.
05, Cx. 176, Doc. 13, fl. 15.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">15. APEB.
Processo-Crime de 13.06.1881. Sessão Judiciário. Série: Apelação crime. Est.
05, Cx. 176, Doc. 13, fl. 42.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">16. APEB.
Processo-Crime de 13.06.1881. Sessão Judiciário. Série: Apelação crime. Est.
05, Cx. 176, Doc. 13.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">17. APEB.
Processo-Crime de 13.06.1881. Sessão Judiciário. Série: Apelação crime. Est.
05, Cx. 176, Doc. 13.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">18. APEB.
Processo-Crime de 13.06.1881. Sessão Judiciário. Série: Apelação crime. Est.
05, Cx. 176, Doc. 13, f. 58-59.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">19. APEB.
Processo-Crime de 13.06.1881. Sessão Judiciário. Série: Apelação crime. Est.
05, Cx. 176, Doc. 13, fl. 45-48.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">20.
WISSENBACH, Maria Cristina C. Sonhos Africanos. Vivências Ladinas. Escravos e
forros no Município de São Paulo - 1850-1880. São Paulo: Hucitec, 1998.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">21. R.
Conrad assinalou situação semelhante: “Em 1876, na província do Rio de Janeiro
[...] (os) Quilombo Grande e Quilombo do Gabriel [...] estavam localizados num
vasto pântano de mangues com uma saída para o mar, facilitando a comunicação
com o Rio de Janeiro e um mercado dessa cidade para lenha de mangue, que ali
crescia em abundância de alimentos e cachaça. Num dos quilombos, a polícia
encontrou cinco armas de fogo, duas espadas, dois machados e duas foices. No
segundo, foram encontrados um mosquete de caça carregado, uma canoa, machados,
foices, enxadas, uma rede de pesca, algumas ferramentas de carpinteiro e
sessenta e quatro embalagens de lenha, com tudo isso tendo sido confiscado”.
CONRAD, Robert E. Os Últimos Anos da Escravatura no Brasil (1850-1888). 2. ed.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">22. M.
Karasch afirma: “[...] o ambiente urbano do Rio facilitava a alforria. Os
escravos tinham maior probabilidade de obter a liberdade na cidade do que nas
zonas rurais”. KARASCH, M. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850).
São Paulo: Companhia das Letras, 2000. Sobre escravos de ganho em Salvador, ver
MATTOSO, K. Ser escravo no Brasil. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990; e, para
São Paulo, DIAS, Maria Odila L. S. Quotidiano e poder em São Paulo no século
XIX. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">23. WISSENBACH, op. cit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">24. KARASCH, op. cit.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">25. DIAS, 1995.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">26. A
participação de escravizados em pequenos negócios e nas mais variadas partes do
Brasil foi amplamente documentada pela historiografia da escravidão. A lei de
1871 somente “regulariza” essa situação: “Art. 4º: É permitido ao escravo a
formação de um pecúlio com o que lhe provier de doações, legados e heranças, e
com o que, por consentimento do senhor, obtiver do seu trabalho e economias. O
Governo providenciará nos regulamentos sobre a collocação e seguranças do mesmo
pecúlio”. CONRAD, op. cit. Mendonça afirma: “Ainda que fosse prática recorrente
nas relações de escravidão, foi efetivamente a lei de 28 de setembro de 1871
que reconheceu ao escravo o direito de constituir um pecúlio com o qual pudesse
indenizar seu senhor para obter a alforria. [...] Artigo 4º da Lei n.º 2.040,
de 28 de setembro de 1871 [...]” MENDONÇA, Joseli M. Nunes. A arena jurídica e
a luta pela liberdade. In: SCHWARCZ, Lilia M. e REIS, Letícia V. de Souza.
Negras imagens: ensaios sobre a Cultura e Escravidão no Brasil. São Paulo: Edusp:
Estação Ciência, 1996.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">MARIA DE
FÁTIMA NOVAES PIRES. É professora Associada III da Universidade Federal da
Bahia (campus de Salvador), Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, área de
Teoria da História e História da Historiografia. Escreveu O Crime na cor:
escravos e forros no alto sertão da Bahia (1830-1888) (São Paulo, Annablume,
2003); Fios da vida: tráfico interprovincial e alforrias nos Sertoins de Sima
(1860-1920) (São Paulo, Annablume, 2009).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p>FONTE: <a href="https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2021/12/maria-de-fatima-novaes-pires-vicente.html?m=1">https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2021/12/maria-de-fatima-novaes-pires-vicente.html?m=1 </a></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p><a href="https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2021/12/maria-de-fatima-novaes-pires-vicente.html?m=1"> </a></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-47218686822104817092023-10-16T20:03:00.000-03:002023-10-16T20:03:14.105-03:00COMPRADA PARA CASAR-SE E VIVER DE PORTAS ADENTRO COM SEU SENHOR <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6nwigb-dEsiYp3YtfIIo421jQtiLnMt1bN-lyDPZb7D6tP9rGy4bYMXuobT52OoBG2kR4pRnSCCJIIUMMb_kWWTQny-0f10PEIeBSwAaSrE_D7wzQbTekIKrrKion6Y1uaDU2Ti-7Y9uhIXctj2GbjKXOMIwboReFpzbxDfxT5BO0pvvcfLrCi6DhQfA/s1099/247313263_2931518053845059_9063078618366319036_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1099" data-original-width="843" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6nwigb-dEsiYp3YtfIIo421jQtiLnMt1bN-lyDPZb7D6tP9rGy4bYMXuobT52OoBG2kR4pRnSCCJIIUMMb_kWWTQny-0f10PEIeBSwAaSrE_D7wzQbTekIKrrKion6Y1uaDU2Ti-7Y9uhIXctj2GbjKXOMIwboReFpzbxDfxT5BO0pvvcfLrCi6DhQfA/w490-h640/247313263_2931518053845059_9063078618366319036_n.jpg" width="490" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cópia da
Carta de Liberdade da preta Luiza de Nação Mina conferida por seu senhor João
de Deus <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Digo eu
João de Deus crioulo forro que por esta confirmo a liberdade que já conferia a
Luiza de nação mina escrava no ano de mil setecentos noventa e cinco por compra
que dela fiz a José de Siqueira Silva por cento e cinquenta mil réis para com
ela me casar como me casei e com ela vivo de minhas portas a dentro e poderá
gozar da dita Liberdade que ratifico como se de ventre livre nascesse, e para
sua inteira validade lhe faltar alguma cláusula em direito necessário aqui a
dou por expressa e declarada rogando as Justiças de Sua Majestade a queiram
fazer cumprir e guardar como nela se contém, e por não saber ler nem escrever
roguei ao Senhor João Pinto de Lacerda esta por mim fizesse e como testemunha
assinasse e a me assinar com o meu sinal costumado que é uma cruz. Bahia,
quatorze de julho de mil oitocentos e dois. Sinal de João de Deus, uma cruz.
Como testemunha que esta fiz João Pinto de Lacerda, Manoel Pereira Dias, como
testemunha que também vi fazer. Ignacio Barboza da França Corte Real,
Reconhecimento, Reconheço a letra dos sinais supra serem dos próprios que
escreveram e assinaram pelos ter visto escrever e assinar algumas vezes da
Bahia, quinze de julho de mil oitocentos e dois. Estava o sinal público.
Antônio Barbosa de Oliveira. Distribuição. Ao Tabelião Ferreira, Bahia, quinze
de julho de mil oitocentos e dois. Simões. E não se continha mais na dita carta
de Liberdade que eu Valentim Rodrigues Ferreira Tabelião Público do Judicial e
notas nesta sobredita cidade do Salvador Bahia de Todos os Santos e seu termo
por Sua Alteza Real que Deus Guarde bem e fielmente, fez aqui copiar da própria
que me foi apresentada e a entreguei a quem de como a recebeu abaixo assinou e
com outro Oficial comigo ao concerto assinado esta conferi, subscrevi,
concertei e assinei na Bahia, aos quinze de julho de mil oitocentos e dois. E
eu Valentim Rodrigues Ferreira Tabelião que a subscrevi, concertei e assinei. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">FONTE:
Arquivo Público do Estado da Bahia, Seção Judiciária, Livro de Notas 147,
página: 172. <o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-48724834627495509552023-09-26T19:13:00.003-03:002023-10-12T17:07:28.710-03:00Journal of Slavery and Data Preservation - Manumission Papers, Bahia, 1831-1840 <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCAZGfvDR24nLIJyn-OT5HuF4ROlIsnAoa51kjCHEwBNw6yULeCIGgScbaT28HvCTLmwQnjoaPotRnhFhUrMJaCcWBwuLzglqbPJmMFUnEcIIQX5m8QNzLt10kKBdYB-eE0SLVQksKnAm9iV1EGx7UKQ3hkRkbJ38A8noTEIPVu5mn867NgLxApjZhhbA/s707/Captura%20de%20tela%202023-09-26%20190329.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="707" data-original-width="621" height="725" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCAZGfvDR24nLIJyn-OT5HuF4ROlIsnAoa51kjCHEwBNw6yULeCIGgScbaT28HvCTLmwQnjoaPotRnhFhUrMJaCcWBwuLzglqbPJmMFUnEcIIQX5m8QNzLt10kKBdYB-eE0SLVQksKnAm9iV1EGx7UKQ3hkRkbJ38A8noTEIPVu5mn867NgLxApjZhhbA/w635-h725/Captura%20de%20tela%202023-09-26%20190329.jpg" width="635" /></a></div><div style="text-align: center;"><b>Acesse o artigo na íntegra: </b></div><p></p><p style="text-align: center;"><b><a href="https://jsdp.enslaved.org/fullDataArticle/volume4-issue4-manumission-papers-bahia/">https://jsdp.enslaved.org/fullDataArticle/volume4-issue4-manumission-papers-bahia/</a></b></p><p style="text-align: center;"><b>Acesse a revista: </b></p><p style="text-align: center;"><b><a href="https://jsdp.enslaved.org/">https://jsdp.enslaved.org/ </a></b></p><p style="text-align: center;"><b>Acesse o banco de dados: </b></p><p style="text-align: center;"><b><a href="https://dataverse.harvard.edu/file.xhtml?fileId=7407018&version=1.0&toolType=PREVIEW">https://dataverse.harvard.edu/file.xhtml?fileId=7407018&version=1.0&toolType=PREVIEW</a></b></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-61235352902554177302023-08-02T21:21:00.005-03:002023-08-02T21:27:21.402-03:00DE ESCRAVIZADO NA BAHIA A CATIVO NA NOVA INGLATERRA <p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXy4ojfypiTh2ymhAqWLX_rIkMoxOftPmExpJlsgbZVU6ZyWBZOTTHURcJ12ER2rH2wVMV2hjJgAzI4wceWpqkJRte0guebjepFOpZsS4PO5NEyiZv_EelmP68t6anjsDUb-DjI4TrJ_AuOFhOcjYmxb7xyIDnP37lpIIEB3QxiXFYfuLeFOuNmUyYsSI/s2389/DSC00634.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2389" data-original-width="1616" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXy4ojfypiTh2ymhAqWLX_rIkMoxOftPmExpJlsgbZVU6ZyWBZOTTHURcJ12ER2rH2wVMV2hjJgAzI4wceWpqkJRte0guebjepFOpZsS4PO5NEyiZv_EelmP68t6anjsDUb-DjI4TrJ_AuOFhOcjYmxb7xyIDnP37lpIIEB3QxiXFYfuLeFOuNmUyYsSI/w432-h640/DSC00634.jpg" width="432" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3QGMGNfEVrM3OmkG7MrsNTOoFyvvrC-CRKOIFFghCtF7jpBFFjkKnmgWib8YNl0aj3ujw-uJ83z3xZ0Ij71MyNX4F7IV-Rsm1jp6YXHDfr7962ZvPUumHiMwkwwgc6PMCLhkPzLSa0WzEoNNg_i3Z8xsE-gRLDWeqoz0xAqWuvRHFtDI9RNefPpW7IvY/s1546/DSC00635.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="566" data-original-width="1546" height="158" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3QGMGNfEVrM3OmkG7MrsNTOoFyvvrC-CRKOIFFghCtF7jpBFFjkKnmgWib8YNl0aj3ujw-uJ83z3xZ0Ij71MyNX4F7IV-Rsm1jp6YXHDfr7962ZvPUumHiMwkwwgc6PMCLhkPzLSa0WzEoNNg_i3Z8xsE-gRLDWeqoz0xAqWuvRHFtDI9RNefPpW7IvY/w434-h158/DSC00635.jpg" width="434" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em 1805, João da Silveira Torres passa carta de alforria a seu escravizado Luís, natural
do gentil da Costa da Mina, oficial de Tanoeiro, seria mais uma carta de
alforria dentre as milhares registradas nos Livros de Notas do Tabeliães Baianos,
não fosse o fato de Torres narrar o motivo da alforria: “Digo eu João da
Silveira Torres, que entre os bens que possuo sou senhor e possuidor de um
escravo de nome Luís do Gentil da Costa da Mina oficial de Tanoeiro o qual por
ser tomado pelos Ingleses na mesma Costa da Mina e levado Cativo para a Nova
Inglaterra por onde andou, e fazendo o mesmo escravo todas as diligências para
vir a minha companhia e ainda a sua custa e trabalho até que o conseguiu, e por
esta causa é minha vontade dar-lhe Liberdade gratuitamente”... <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As
informações acima descritas na carta dão conta da história de Luís, mas não nos
diz muito a respeito de como ele conseguiu chegar de volta a Bahia. Quanto ao
seu senhor, é descrito como homem do mar em outros documentos, provavelmente um
traficante de escravizados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Essa e
outras histórias fazem parte de um projeto que já segue a 13 anos, e que em
breve poderá ser acessado. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Carta de
Liberdade de Luís da Costa da Mina <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Digo eu
João da Silveira Torres, que entre os bens que possuo sou senhor e possuidor de
um escravo de nome Luís do Gentil da Costa da Mina oficial de Tanoeiro o qual
por ser tomado pelos Ingleses na mesma Costa da Mina e levado Cativo para a
Nova Inglaterra por onde andou, e fazendo o mesmo escravo todas as diligências
para vir a minha companhia e ainda a sua custa e trabalho até que o conseguiu,
e por esta causa é minha vontade dar-lhe Liberdade gratuitamente, e a puder
lograr e possuir de hoje para todo o sempre sem que por meus herdeiros e
sucessores ou outras quaisquer pessoas que nisso Direito tenha que lhe possa
impedir, pois que, de hoje e para todo o sempre se acha livre de todo o
Cativeiro e o faço de minha Livre Vontade e sem Constrangimento de Pessoa
alguma, para o que peço as justiças de Sua Alteza Real que se lhe faltar aqui
alguma cláusula, condições ou solicitação de que o Direito recomenda ei por
expressadas e declaradas em si de cada uma fizesse especial menção como também
a queiram cumprir e guardar como nela se contém para constar em todo o tempo
por ser feita tão somente assinado. Bahia, 14 de fevereiro de 1805. João da
Silveira Torres, Ignacio Francisco Braga. Distribuição. Ao Tabelião Campelo.
Bahia, 22 de fevereiro de 1805. Sinal. Reconheço o Sinal retro sendo do próprio
nele contendo por se comparecerem com todos que do mesmo tenho visto em tudo
sempre. Bahia, 22 de fevereiro de 1805. José Rodrigues estava o Sinal público.
E não se continha mais coisa alguma neste de tudo disse a verdade que aqui foi
declarado de como a recebeu, o que assinei junto com o oficial abaixo assinado.
Bahia, 22 de fevereiro de 1822. <o:p></o:p></span></p>Fonte: Arquivo Público do Estado da Bahia, Seção de Arquivos Judiciários, Livro de Notas 152, páginas: 79v/80. <p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-69644465633883828652023-07-24T21:31:00.004-03:002023-07-24T21:31:56.921-03:00REIVINDICAÇÕES DE UM PESCADOR BAIANO NO SÉCULO XVIII <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3zfVyyt17kS4cguMY0dUMXYrxSX52l0vmOtx-cJLc57RkVzVLFfmDV7Dt5E-5kLTKw5f4P3E3t_fuX3xlgP_VhPJRchH9FL2WqUjBGWxkBcGtFMsH1wxKVBHf56REe1FndxwrgBLqsxaQwWkZ8dsE6PDlqbLDWfHjb7TsOqZtuKGLPnOgOLvwDAluENw/s591/56039880-antique-illustration-of-fishermen.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="591" height="475" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3zfVyyt17kS4cguMY0dUMXYrxSX52l0vmOtx-cJLc57RkVzVLFfmDV7Dt5E-5kLTKw5f4P3E3t_fuX3xlgP_VhPJRchH9FL2WqUjBGWxkBcGtFMsH1wxKVBHf56REe1FndxwrgBLqsxaQwWkZ8dsE6PDlqbLDWfHjb7TsOqZtuKGLPnOgOLvwDAluENw/w640-h475/56039880-antique-illustration-of-fishermen.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Requerimento
do pescador José de Moura Miguel ao rei Dom João V solicitando alvará para que
nenhum oficial de justiça atente contra o suplicante. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">15 de
dezembro de 1735</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Diz Joze
de Moura Miguel morador na Freguesia de Nossa Senhora da Encarnação de Passé,
termo da Cidade da Bahia de Todos os Santos, que ele Suplicante vive da oficina
de Pescador pelo rios deste Recôncavo para suprimento desta Cidade e seus
arrabaldes com redes de malha grande a peixes de corsso nos fundos e altos, sem
se arrastar nas praias da terra firme, só nas coroas dos Altos com muito
trabalho das pessoas que o acompanham, e como o Suplicante se veja afetivamente
oprimido dos oficiais e rendeiros da dita Cidade, sem o Suplicante ter caído
nas penas expostas pelo Senado; e a dita rede se não possa conduzir a praça da
mesma Cidade pela grandeza, para se embarcar e desembarcar, o faz em um carro
que o Suplicante mandou fazer para a condução da dita rede, e porque o Senado
não quer admitir ao Suplicante para que possa pescar em toda a parte deste
Estado, nem mandar fazer vistoria da dita rede por homens que entendam de
pescaria e digam a verdade como é certo ser a dita rede maior da bitola do que
dá o Senado da Câmara, e não é prejudicial a criação do peixe miúdo, mas antes
é muito conveniente ao bem comum, pois mata cações e tubarões, os quais dão
muita perda, tanto a homens que por desgraça acertam de cair no mar, como
também a criação de peixes miúdos. Portanto pede a Vossa Majestade lhe faça
mercê mandar passar Alvará, para que nenhum oficial de justiça ou rendeiro do
ver possa contender com o Suplicante, e que possa pescar em toda a parte deste
Estado visto o que almeja. E receberá mercê. <o:p></o:p></span></p><p>
<span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Fonte: Projeto Resgate –
Bahia Avulsos – 1604-1828 – Disponível em: </span><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="http://www.resgate.bn.br/"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">www.resgate.bn.br</span></a> </span><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVRVZ9t-iH4QNd8ez7tQZM6u5R7ht-Q_HEi13o_YSk8zkDbPviRt5LVQq9lae1DthQ0LjrbNggEv8iqUlEwNNayZlblDD6P6ksNM3x11V5jXDtK7hnNlIdLhG_Rh-M_HqtlTARsKBMz2yrj-AM_Obc719DdWTIGPwvfU-fYNJliA2dDEa5gysYvDxssZQ/s2339/I0033978-8-0-002552-001628-003402-002171-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2339" data-original-width="1628" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVRVZ9t-iH4QNd8ez7tQZM6u5R7ht-Q_HEi13o_YSk8zkDbPviRt5LVQq9lae1DthQ0LjrbNggEv8iqUlEwNNayZlblDD6P6ksNM3x11V5jXDtK7hnNlIdLhG_Rh-M_HqtlTARsKBMz2yrj-AM_Obc719DdWTIGPwvfU-fYNJliA2dDEa5gysYvDxssZQ/w446-h640/I0033978-8-0-002552-001628-003402-002171-2.jpg" width="446" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJE1bMGWszH3tr6YXqoXRhezBpu1Ua0afENOBcNr2bozb7edlaQCd8Rn2lc0BnaKDNntX_LmSsLVeqPmiODezPVhBEF8FAlOKdPZoEiZxXleYFrUmMeXFZzZdkXZC0yJxEJZvAXXz_L7vBbHEL4z1qwMjDu7n_QEZKwWOb3AHeJFG5ggr-wQjwZCRsoys/s1622/I0033979-8-0-002307-001622-003076-002163-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1082" data-original-width="1622" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJE1bMGWszH3tr6YXqoXRhezBpu1Ua0afENOBcNr2bozb7edlaQCd8Rn2lc0BnaKDNntX_LmSsLVeqPmiODezPVhBEF8FAlOKdPZoEiZxXleYFrUmMeXFZzZdkXZC0yJxEJZvAXXz_L7vBbHEL4z1qwMjDu7n_QEZKwWOb3AHeJFG5ggr-wQjwZCRsoys/w445-h296/I0033979-8-0-002307-001622-003076-002163-2.jpg" width="445" /></a></div><br /><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span><p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-27930643965918447562023-05-26T17:16:00.006-03:002023-05-26T17:21:42.194-03:00HISTÓRIA DAS MERCADORIAS - TRABALHO, MEIO AMBIENTE E CAPITALISMO MUNDIAL (SÉCULOS XVI-XIX)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.guaritadigital.com.br/casaleiria/acervo/historia/historiadasmercadorias/index.html" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2246" data-original-width="1412" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7p8q4UQClhLYc5UH-Js-Z-bQm5U9XUO3aPq0mTmhgAHPr6DV3LeLujyaBPbjMvYiIvrTHuAaqXiff-8VWzHM5e7GkiZ8i0rXmMm6b5E0sase8UIdl8zaRbFdhQ3POUqIQCeBKCavSnfYrwB2sjpDHHYWikYSaMyUfONgQURzMir0XMEKDgfrzWoWC/w402-h640/Gebara%20e%20Marques%20-%20Hist%C3%B3ria%20das%20mercadorias%20-%20Copia.jpg" width="402" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="http://www.guaritadigital.com.br/casaleiria/acervo/historia/historiadasmercadorias/index.html">CLICK NA IMAGEM E ACESSE NA ÍNTEGRA</a></b></div><br /> <p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-1909475884100441382023-03-26T12:59:00.005-03:002023-03-26T12:59:54.009-03:00ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA: NOVOS RUMOS NA GESTÃO DE JORGE X <p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>"Nosso
desafio é aproximar o Arquivo Público da sociedade baiana"</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>Novo
diretor do espaço, Jorge X pretende chamar a população baiana para pesquisar
suas raízes étnicas </b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif;">Publicado
domingo, 26 de março de 2023 às 06:00 h | Autor: Gilson Jorge</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://atarde.com.br/muito/nosso-desafio-e-aproximar-o-arquivo-publico-da-sociedade-baiana-1223636?fbclid=IwAR0jS1NjfwKJZwO2ML6Dw5QEO0RLEOPpvIhQjUs0mf3vHaIRsCBlH8NnD54" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="802" data-original-width="1200" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF2ByFlUpJgVFidBpqYNs4owrde_y_RilSmMBtPAzGY0bXYZ_GZNH_9xyjPuVf6Tt-ed2IDSVosymLXMUdWiaCt57MKpKDwre3jyLRjPXDKuJ1QKdjDiJ5iixhzFHP8TxMRu2JGWfYRnY94s1BrV922_1LlgutW687DjWpbwOKMlUVCFyKvdRbmBD2/w640-h428/Artigo-Destaque_01223636_00.jpg" width="640" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;">Jorge X,
novo Diretor do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB) - Foto: Rafaela
Araújo | Ag. A TARDE</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na
comunicação oficial referente ao seu cargo, o novo diretor do Arquivo Público
do Estado da Bahia ainda assina seu nome de batismo, Jorge Vieira, enquanto
aguarda liberação jurídica para poder se apresentar formalmente com seu nome
político, Jorge X. Uma forma de expressar a sua rejeição aos sobrenomes
impostos pela colonização portuguesa no Brasil. E esse tema deve ganhar
relevância em sua gestão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesta
entrevista, Jorge X explica como pretende chamar a população baiana para
pesquisar, através da documentação oficial, as suas origens étnicas na África.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>Primeiro,
a grande curiosidade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já extinguiu-se o
risco de o Arquivo Público do Estado perder essa sede em um leilão?</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não. O
processo ainda corre em relação ao leilão do imóvel.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>Como é o
perfil de quem procura o Arquivo para pesquisar documentos? Quais são os papéis
mais procurados?</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Na nossa
gestão, vai ter uma mudança. Inclusive a gente teve uma reunião sobre isso
agora. Vamos ampliar em 50% o número de documentos a que pesquisadores,</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">historiadores e arquivistas terão acesso aqui
no Arquivo Público do Estado da Bahia. Hoje, são dez documentos por
pesquisa.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">A partir de abril, vamos
ampliar para quinze documentos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">As
consultas podem ser feitas atualmente uma vez por semana, mas agora essa
consulta será diária. Os documentos custodiados aqui no Arquivo Público do
Estado da Bahia são atas notoriais dos períodos colonial e republicano, os
alvarás de compra e venda de escravizados.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">São
documentos que retratam a importância do Arquivo Público do Estado da Bahia.
Aqui também está um conjunto documental destacado como memória do mundo. O
Arquivo Público do Estado da Bahia só perde em importância para o Arquivo
Nacional.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>Eu
conversei com um pesquisador que não mora no Brasil e ele demonstrou
preocupação com o prazo para reserva de vaga na pesquisa porque ele só tinha
uma semana a mais disponível antes de viajar e temia não conseguir fazer a
pesquisa. Como estão os prazos para reserva?</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A pessoa
reserva e o Arquivo Público tem uma capacidade de reserva de 48 horas para a
documentação ser preparada. Nosso patrimônio arquivístico é muito sensível, há
documentos de 1823 custodiados aqui. Se não houver um preparo para que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fiquem disponíveis para os pesquisadores,
eles podem se degradar ou sofrer algum tipo de acidente. Então, assim. Não é
tão simples.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A gente precisa de uma
equipe para ir até o depósito do arquivo e deixar pronta essa documentação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>Quantos
pesquisadores em média visitam o arquivo em um mês?</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No último
ano, tivemos 732 pessoas que vieram ao Arquivo Público do Estado da Bahia.
Nossa sala de pesquisa tem capacidade para acomodar 16 pesquisadores. Nosso
sistema de pesquisa parte do princípio da isonomia e da impessoalidade do
serviço público. Um pesquisador que venha de longe faz a reserva e tem a garantia
do acesso à documentação. Com esse sistema, a gente garante uma fila de
acesso.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sem esse sistema, a consulta
pode ficar difusa. E aí tem uma relação de poder estabelecida diante do
arquivo, nós não queremos isso. A administração pública preza pelos princípios
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da
eficiência. Nós, nesse lugar, estamos prezando por isso. Para nossa gestão,
todos são iguais no acesso ao que temos aqui salvaguardado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>Qual o
tamanho do acervo do Arquivo Público do Estado da Bahia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e quais os documentos mais consultados?</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Temos por
volta de 41 milhões de documentos. Arquivisticamente, são 7,5 mil metros
lineares, um cálculo que os arquivistas utilizam para medir a documentação no
seu espaço de custódia. Os documentos mais procurados são, com certeza, os do
acervo jurídico, que dão direito a dupla nacionalidade, os documentos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fundiários para acesso a terras, imóveis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Recentemente,
houve o centenário da morte de Ruy Barbosa e tem essa questão dos documentos comprobatórios
de origem de pessoas escravizadas,</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">
</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">destruídos quando ele foi ministro da Fazenda.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Aqui no Arquivo Público do Estado da Bahia há
documentos que podem mapear a origem ancestral</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">
</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">de cidadãos baianos?</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Sim, com
certeza há registros da escravidão e é bom que se informe também que a Fundação
Pedro Calmon desenvolveu uma experiência de rastreamento genético, do qual eu
fiz parte como estudante, que é justamente resgatar esses registros, uma parte
desses registros, já que não foram todos destruídos por Ruy Barbosa.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Hoje, eu
sei que minha ancestralidade vem do povo Ticar, no atual país de Camarões.
Razão pela qual eu registrei meu filho com o último sobrenome Ticar. Esse
resgate faz com que ele leve nossa ancestralidade que foi tirada no processo de
colonização. Essa experiência tecnológica colocou a fundação na vanguarda dessa
questão e o nosso dever é fazer um pareamento entre a tecnologia e os registros
que nós salvaguardamos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>O senhor
considera a possibilidade de fazer um chamamento ou mesmo uma campanha
especificamente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que os baianos tentem descobrir a sua
ancestralidade exata?</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
certeza. Junto com o professor Vladimir Pinheiro, presidente da Fundação Pedro
Calmon, já estamos falando sobre isso. A ideia é aproximar os serviços do
Arquivo Público do Estado da Bahia da sua população. A história da comunidade
negra, da comunidade indígena, da população soteropolitana e baiana está aqui
registrada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">O nosso
desafio é aproximar o Arquivo da sociedade baiana, nesse sentido. E aí o que
não falta é ideia. Dinamização da comunicação, trazer as escolas públicas para
dentro do Arquivo, aumentar o fluxo das universidades, que já estão presentes
aqui. Os pesquisadores também colaboram muito com nossa gestão, dando
sugestões, dicas. E estamos numa perspectiva de uma gestão participativa.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Ontem
(segunda, 20), eu tive uma reunião com historiadores, na pessoa do grande
pesquisador João Reis. Aliás, não chamo aquilo de uma reunião, foi uma
consultoria.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Aprendi muito e estou
trazendo contribuições valorosas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><b>Tipo...</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Ampliar o
número de acessos, dinamizar as redes sociais, ampliar a ideia de abertura do
Arquivo Público, e futuramente a construção de um prédio inteligente, que possa
salvaguardar a história do povo baiano.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">
</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Seria um prédio talvez no Centro Administrativo, com estruturas de aço e
vidro, que não sejam inflamáveis.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>Uma
pessoa que queira descobrir a origem histórica de sua família na África, em
quanto tempo consegue a resposta?</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há alguns
procedimentos em relação aos documentos aqui custodiados. É preciso preencher o
nosso formulário de direito de uso de imagem, isso é importantíssimo. Se o
documento puder ser fotografado, a pessoa pode tirar foto. Informar os dados
pessoais, os documentos que pretende acessar e o período da documentação,
colonial, Império.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Em 48
horas, a pessoa tem acesso à documentação solicitada. A documentação será
retirada do depósito, higienizada e preparada para consulta. Se ela não estiver
em condições de manuseio pelo público externo, haverá um técnico para
auxiliar.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">O Arquivo Público é um
instrumento da sociedade baiana.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">A
sociedade tem o direito de acessar.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b><span style="color: red;">ACESSE NA
ÍNTEGRA: <a href="https://atarde.com.br/muito/nosso-desafio-e-aproximar-o-arquivo-publico-da-sociedade-baiana-1223636?fbclid=IwAR0jS1NjfwKJZwO2ML6Dw5QEO0RLEOPpvIhQjUs0mf3vHaIRsCBlH8NnD54">JORNAL A TARDE</a></span></b><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-45639675846933889142023-03-11T16:08:00.000-03:002023-03-11T16:08:14.947-03:00Historiador encontra rara carta de ex-escravizado tratando do racismo nas cadeias de SP após a abolição <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEVTnnnn8MC28eIi5ofTCMv3555OsrC-dBHl0IvyPXwnhttDl8-LhOGQfPWr0vM8bx23Ly_SvR42LY_4_7oJFrOT1WM6Lv_wmegs5JK1XOqb8sdf99iXtagpgQnj4I7uvKNNAbhFGFo6YhkYs0N0RyxFbWy3Db7L5Pul1G98RHPCztCuGgeXcDx-rj/s1102/Captura%20de%20tela%202023-03-11%20160520.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="627" data-original-width="1102" height="364" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEVTnnnn8MC28eIi5ofTCMv3555OsrC-dBHl0IvyPXwnhttDl8-LhOGQfPWr0vM8bx23Ly_SvR42LY_4_7oJFrOT1WM6Lv_wmegs5JK1XOqb8sdf99iXtagpgQnj4I7uvKNNAbhFGFo6YhkYs0N0RyxFbWy3Db7L5Pul1G98RHPCztCuGgeXcDx-rj/w640-h364/Captura%20de%20tela%202023-03-11%20160520.jpg" width="640" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Escrita
em dezembro de 1888, a carta é considerada pelo historiador Flávio Gomes, que a
achou, uma raridade. Além de dominar as letras, o escritor tinha consciência da
questão racial, exalta o pesquisador A carta, escrita em dezembro de 1888, é
considerada pelo historiador Flávio Gomes, que a achou, uma raridade. O preso,
ex-escravizado, além de dominar as letras, tinha consciência da questão racial,
exalta Gomes. “Senhor. Vem este triste, pobre e miserável sentenciado à galé
perpétua, queira a Vossa Excelência, pela sua humanidade de justiça a fim de
dar as mais divinas providências a este regulamento de absurdo, que há aqui,
nesta Cadeia Pública”, apela o ex-escravizado na carta endereçada ao
“ilustríssimo excelentíssimo senhor doutor alferes de Polícia da Capital”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>Diferenças
para visitas </b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A escrita
original em duas páginas, com erros de português mas boa caligrafia, foi
transcrita pelo Núcleo de Paleografia do Arquivo Público do Estado de São
Paulo. O ex-escravizado, que deu à carta o caráter de petição, denuncia que “a
cor preta tem sido tocada daqui como cachorro”. Ele considera um absurdo que o
carcereiro proíba a entrada de “mulher de nós, que somos escravos”, mesmo nos
dias de visita, enquanto os encontros para presos estrangeiros eram permitidos
a qualquer hora. Em outro momento, o ex-escravizado fala de discriminação nos
horários impostos aos negros. “A cor preta não pode parar até o meio-dia, e a
cor branca para até o meio-dia”, relata. Embora Flávio Gomes, especialista em
escravidão no Brasil, não saiba a que horário exatamente Queirós se referia —
pode ter, por exemplo, relação com trabalhos forçados — ele sustenta que o
autor tinha noção clara das transformações que o país vivia, sete meses após a
decretação da Lei Áurea, e exigia que a mudança chegasse à cadeia. — Nas
Américas, são raros os documentos escritos pelos escravizados. A carta sugere
que João de Queirós acompanhava os movimentos externos, como a Abolição, assim
como mostrava as diferenças raciais dentro da prisão, vendo o cárcere como
continuidade da escravidão — explica o professor. — Este documento revela
também como o sistema prisional do século XIX se articula com escravidão e
racismo, onde os condenados, muitos ex-escravizados e mesmo africanos, eram
encarcerados por décadas, com suas penas de morte transformadas em prisão
perpétua. Mas as condições de alimentação, visitas, roupas e acompanhamento
médico são atravessadas por diferenças raciais e percepções preconceituosas do
poder público. Na petição, </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Queirós se apresenta como sentenciado a “galés
perpétua” (à época, era considerada a pena mais severa do código depois da pena
de morte, geralmente aplicada em casos de homicídio). Brasileira, historiadora
e professora em Princeton University, Isadora Mota disse que o documento
encontrado pelo colega Flávio Gomes é raríssimo porque, no caso de homens
escravizados, apenas dois em cada mil possuíam a habilidade de ler e escrever.
— O uso da escrita, no entanto, mesmo que parcial, era mais comum do que os
números oficiais registram. Um condenado a galés perpétua como João, por exemplo,
dificilmente teria sido incluído na contagem oficial. Os caminhos e
manifestações do letramento negro eram múltiplos. Alguns escravizados
aprenderam sozinhos a ler ou tomaram parte em situações informais de leitura
oralizada. Muitos podiam assinar apenas seus nomes quando forçados a comparecer
em juízo — diz. Isadora concorda com a análise de Gomes quando afirma que a
carta é “um incrível testemunho de um homem liberto sobre os limites da
abolição da escravidão no Brasil”. Para ela, Queirós demonstra que o fim do
cativeiro não extinguiu a discriminação racial como realidade cotidiana dos
negros nas prisões do país: — O fato de que ele escreveu um requerimento legal
para contestar a discriminação racial é evidência importante da consciência
política dos ex-escravizados. Sabiam que precisavam lutar para que a liberdade
concedida em lei viesse a existir de fato. Vejo a carta de 1888 também como
legado para o movimento negro no país. A pesquisa de Gomes em arquivos públicos
de São Paulo, Espírito Santo e Maranhão é financiada pelo CNPq, com destaque
para o projeto “Escrita, Escolarização, Cor e no Brasil da Escravidão e
pósemancipação (1860-1908)”, coordenado por ele, e com pesquisadores da UFRJ,
Uerj, PUC-SP, Colégio Pedro II, UFBA e Princeton University.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>FONTE:</b> <b><a href="https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2023/03/historiador-encontra-rara-carta-de-ex-escravizado-tratando-do-racismo-nas-cadeias-de-sp-apos-a-abolicao.ghtml">O GLOBO</a> </b></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-36920961537411228132023-02-21T13:15:00.000-03:002023-02-21T13:15:09.117-03:00PERIPIRI UMA FAZENDA QUE SE TORNOU BAIRRO NO SUBÚRBIO DE SALVADOR <p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_rkPTPST4NUI8VyT0IzDWOAqvnr9Yxp25KBpslPyDPVl7WLjB-H5dr58ST14PFcJpISfAmFZSG34UC_qsAmsjnS6Kki9W7oDkoq2SKwo3bLBb1Cp5Z6M-gLBivBoUkUJJYXmjBd2ZkJW7DvVmo9szC67gUXF8sEVqnGjnZ3hLEj69EZIMWI-aNi_8/s960/mapa-Trem-Suburbios-Salvador-1992-detalhe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="740" data-original-width="960" height="494" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_rkPTPST4NUI8VyT0IzDWOAqvnr9Yxp25KBpslPyDPVl7WLjB-H5dr58ST14PFcJpISfAmFZSG34UC_qsAmsjnS6Kki9W7oDkoq2SKwo3bLBb1Cp5Z6M-gLBivBoUkUJJYXmjBd2ZkJW7DvVmo9szC67gUXF8sEVqnGjnZ3hLEj69EZIMWI-aNi_8/w640-h494/mapa-Trem-Suburbios-Salvador-1992-detalhe.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em idos
de 1801, dirigiu-se o Tabelião Manoel Ribeiro de Carvalho a residência do casal
Francisco Lopes de Araújo Villas Boas e Ana Maria de Almeida, para lavrar
escritura de troca e permutação das fazendas Piripiri e Sapoca, com o casal
Francisco Gomes de Souza e Maria Madalena de Souza. Através deste documento de
escritura é possível levantar a cadeia sucessória da dita fazenda, hoje Bairro
de Peripiri, Subúrbio de Salvador, trazendo luz sobre a sua história. Além da
indicação dos antigos proprietários é possível verificar a extensão da
propriedade, seus limites com outras fazendas, como a dos Coutos, hoje Bairro de Fazenda Coutos, o tipo de negócio ali estabelecido, neste caso a
lavoura de cana de açúcar e a produção de farinha de mandioca e cachaça e ainda
utilização de pessoas escravizadas com a indicação de suas senzalas. As escrituras
aqui transcritas, de forma parcial, fazem parte do Projeto: Programa de
Arquivos Ameaçados, e encontram-se disponíveis no site: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://eap.bl.uk/search?query=EAP703">https://eap.bl.uk/search?query=EAP703</a>
Mas também podem ser consultadas no Arquivo Público do Estado da Bahia através
de agendamento prévio pelo E-mail: <a href="mailto:cadd.apeb@fpc.ba.gov.br">cadd.apeb@fpc.ba.gov.br</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcT7TRG_sHQKLz_m0JzFEok90B9vVHC6S2zDeTPYqnIt8z5vExcRDH3KnBgIvQnhNd4PmCE1LpezfDn2YLzYe8cz3sMiXSbQYNxXFRYJ7XDiPhw_FJvN9NKMkgIlTAlM71SD8L4AEJTqPeqvmfnjEgVDg4pqxxGQAnaf56fGkA49ewE7ZZdImkRwU1/s5961/EAP703_APEB_LN144_703.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5961" data-original-width="4025" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcT7TRG_sHQKLz_m0JzFEok90B9vVHC6S2zDeTPYqnIt8z5vExcRDH3KnBgIvQnhNd4PmCE1LpezfDn2YLzYe8cz3sMiXSbQYNxXFRYJ7XDiPhw_FJvN9NKMkgIlTAlM71SD8L4AEJTqPeqvmfnjEgVDg4pqxxGQAnaf56fGkA49ewE7ZZdImkRwU1/w432-h640/EAP703_APEB_LN144_703.jpg" width="432" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Escritura
de troca e permutação que fazem Francisco Lopes de Araújo Villas Boas e sua
mulher Dona Ana Maria de Almeida da sua Fazenda chamada Piripiri, com Francisco
Gomes de Souza e sua mulher Dona Maria Madalena de Souza com a sua Fazenda
chamada Sapoco como abaixo se declara</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Saibam
quantos este público instrumento de Escritura de troca e permutação ou como em
direito melhor nome e lugar haja virem, que sendo no ano do Nascimento do Nosso
Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e um aos vinte e três dias do mês de
outubro do dito ano nesta Cidade do Salvador Bahia de Todos os Santos e casas
de morada de Francisco Gomes de Souza onde eu Tabelião fui chamado, sendo ali
apareceram presentes partes a esta outorgantes havidos e contratados a saber,
de uma o dito Francisco Gomes de Souza e sua mulher Dona Maria Madalena de
Souza, da outra Francisco Lopes de Araújo por si e como procurador de sua
mulher Dona Ana Maria de Almeida como se o fosse ser pela procuração que
apresentou em que lhe da o poder... E logo por este foi dito a mim Tabelião
perante as testemunhas adiante nomeadas e assinadas que ele dito e sua mulher,
legítimos senhores e possuidores de uma Fazenda de terras próprias chamada Piripiri
sita na Freguesia de Nossa Senhora do Ó de Paripe, com sua casa de vivenda, um
telheiro, casa de fazer farinha, tudo coberto de telha e algumas senzalas
cobertas de palha, cujas terras são de plantar canas e mandiocas, com suas
matas de madeira de lei com canas e mais benfeitorias que na dita Fazenda se
acharem, e tem de frente pela praia duzentas e cinquenta e três braças e meia e
de comprimento, pelas parte do Norte mil novecentas e quarenta e sete braças e
seis palmos e de largura nos fundos quinhentas e treze braças, partem pelo Sul
com terras de Francisco Teixeira dos Santos desde a Praia até os fundos, e pelo
Norte com terras de José Pinheiro de Queiroz até o Rio Pirajá, e pelo Noroeste
com o mar salgado, os fundos vão terminar com terras de Dona Elena da Silva
Sampaio e de João Barboza de Araújo, pela Estrada que vem de Cotegipe para a
Estrada do Sertão e Cidade, tudo demarcado com seus marcos de pedra de uma
contraparte e assim mais uma sorte de terras com todos os seus matos que nela
tem, que foram de João Luiz Barreto, que pega do dito Rio chamado Pirajá para
cima que foram cabeceiras da dita Fazenda de José Pinheiro de Queiroz, que
partem pelo Sul com terras da Fazenda dos Coutos e nos fundos com terras do
mesmo João Barboza, demarcada também com seus marcos de pedra, cujas terras e
metade da dita Fazenda do Piripiri as possuem por título de compra que delas
fizeram a Inacio de Mattos Felix de Menezes por escritura lavrada na nota do
Tabelião Campelo, e noutra metade da mesma Fazenda a houveram por herança de
seu sogro e Pai o Capitão José de Almeida Barreto, a qual Fazenda e sorte de
terras assim confrontada e demarcada e com quem mais direito haja de partir,
confrontar e demarcar, assim da mesma forma que a possuem livres e
desembargadas de todo e qualquer encargo e melhor e melhor puder ser dele
outorgante por si e com procurador de sua mulher que se achavam juntos e
amigavelmente convencionados com o outorgante Francisco Gomes de Souza e sua
mulher Dona Maria Madalena de Souza a trocaram e permutaram com outra Fazenda
que também possuem em terras próprias denominada Sapoca, com suas casas de
senzalas e uma Armação na Praia, tudo coberto de telha, de plantar canas, matos
e todas as mais benfeitorias e plantas de canas que nela se acha, cujas terras
partem pelo Sul com a Fazenda que hoje é do Tenente João Pedro de Carvalho e
pelo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Norte com terras de João do Rozario
de Souza e João Francisco Pontes, e pelos fundos com a Estrada Geral que vai
para São Thomé, e com terras de João Barboza de Araújo até da dita Fazenda,
demarcada com marcos de pedra, cuja Fazenda possuem eles ditos Francisco Gomes
de Sousa e sua mulher por compra que dela fizeram a Francisco Dias Coelho como
Testamenteiro de Antonio Soares Vieira por Escritura na nota do Tabelião
Antonio Barboza de Oliveira voltando estes a ele outorgante pelo excesso de
maioria que há na Fazenda do Piripiri para com a da Sapoca a quantia de três
contos e oitocentos mil réis que são nove mil cruzados e duzentos mil réis em
desobriga daquele dito Francisco Lopes de Araújo Villas Boas deva a Inacio de
Mattos Felix de Menezes e a Manoel José de Araújo Borges ou a sua Mãe Dona Ana
Joaquina de Araújo Borges, assim como procurador de sua mulher Dona Ana Maria
de Almeida e Francisco Gomes de Souza e sua mulher Dona Maria Madalena de
Souza, cada um no que lhe toca, que trocavam como logo trocaram as ditas
propriedades na mesma forma que acima fica dito para que desde já logrem e
hajam a possuam mansa e pacificamente como suas próprias que ficam sendo por
virtude desta troca e permutação que fazem muito de suas livres vontades, modo
próprio, sem constrangimento de pessoa alguma, e por este mesmo instrumento
possam tomar posse cada um da Fazenda e mais benfeitorias que lhe fizerem
justiça... Paripe, vinte e um de outubro de mil oitocentos e um. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZKwRWwscUF_ez8a7AJOEoMhqAgYk9yaULZ0S8T5vOpPKoSqrNfg4qJ3U1oipbmkFbLHBOd3k4QxPG6Mx8GIqEWqSUfrRoVKdxijppAieLDbTNEKi_KG2xT1IvfGpQJxxlku9WIRrdw4Yl_B5rec0pStiWN5wDlIFP5oZyiGEEOABzBpQTm_teWMHb/s5906/EAP703_APEB_LN168_220.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5906" data-original-width="4063" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZKwRWwscUF_ez8a7AJOEoMhqAgYk9yaULZ0S8T5vOpPKoSqrNfg4qJ3U1oipbmkFbLHBOd3k4QxPG6Mx8GIqEWqSUfrRoVKdxijppAieLDbTNEKi_KG2xT1IvfGpQJxxlku9WIRrdw4Yl_B5rec0pStiWN5wDlIFP5oZyiGEEOABzBpQTm_teWMHb/w440-h640/EAP703_APEB_LN168_220.jpg" width="440" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Escritura
de venda paga e quitação que fazem Francisco Gomes de Souza e sua mulher Dona
Maria Madalena de Souza ao Capitão José Gomes Pereira de uma fazenda em terras
próprias denominada Piripiri, cita na Freguesia de Paripe, pelo preço e quantia
de 10:000$00 como abaixo se declara<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Saibam
quantos este público instrumento de Escritura de venda paga e quitação ou como
em direito melhor nome haja virem que sendo no ano do Nascimento do Nosso
Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e onze anos, ao primeiro dia do mês de
agosto do dito ano nesta Cidade do Salvador e Bahia de Todos os Santos e
Cartório do Tabelião Joaquim Tavares Macedo Silva para quem sirvo ali
apareceram presentes partes a esta Outorgantes havidos e contratados, de um
lado como vendedores Francisco Gomes de Souza Cavaleiro Professo na Ordem de
Cristo e sua mulher Dona Maria Madalena de Souza e da outra como comprador José
Gomes Pereira pessoas reconhecidas de mim Tabelião pelas próprias de que faço
menção abaixo assinadas, que eles eram senhores e possuidores de mansa e
pacifica posse a vista de todos sem contradição de pessoa alguma de uma Fazenda
em terras próprias denominada Piripiri cita na Freguesia de Paripe, que parte
do Norte com uma Fazenda do Setúbal do Capitão Manoel Ignacio Lisboa, até o Rio
Pirajá dali para cima com a Fazenda dos Coutos, até a Estrada que sai do Macaco
e dali por diante com terras de João Barboza de Araújo ou sua Mãe até a Estrada
Real do Sertão, pelo Sul com terras de Francisco Teixeira, em que se acha de
renda Antônio Vaz de Carvalho desde o Mar até a mesma Estrada Real do Sertão e
pelo Oeste com o Mar Salgado, e pelo Leste com a mesma Estrada Real, em cuja
venda senão compreende senão tão somente as terras e edifícios de pedra e cal
como sejam, uma casa de alambique, outra que serve de venda e armazém, uma
engenhoca de moer canas, um telheiro de queimar cal, um forno de cozer louça de
barro, e a casa de vivenda já velha e arruinada. Reservando os vendedores ali
todas as plantas que ali houverem, para as colherem por sua conta e todos os móveis
e utensílios, digo, os móveis utensílios do lavatório do dito alambique e
Fazenda, bem como todos os escravos, gados ou qualquer outros fôlegos vivos,
embarcações grandes e pequenas, ferramentas e tudo o mais que por sua natureza
for amovível. Cuja Fazenda assim da mesma forma acima declarada disseram eles
vendedores que por este público instrumento, e ter pago a siza de um conto de
réis, como constava do conhecimento que apresentou a abaixo desta vai lançado
para se dar incorporado como translado da mesma escritura vendiam como logo
venderam ao comprador para lhe seus herdeiros assim se foi pelo preço e quantia
de dez contos de réis, cujo pagamento está p comprador obrigado a pagar-lhe em
desobrigação... <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>FONTES: </b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Arquivo
Público do Estado da Bahia, Seção Judiciária Livro de Notas 144, páginas: 349v
a 351v e Livro de Notas 168, páginas: 108 a 109v. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mapa disponível em: <a href="http://vfco.brazilia.jor.br/ferrovias/Bahia/suburbios/Trem-Suburbano-Salvador-1992-mapa.shtml">http://vfco.brazilia.jor.br/ferrovias/Bahia/suburbios/Trem-Suburbano-Salvador-1992-mapa.shtml</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para saber mais sobre Peripiri: <a href="https://www.encontrasalvador.com.br/sobre/bairro-periperi-salvador/">https://www.encontrasalvador.com.br/sobre/bairro-periperi-salvador/</a>
<o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-44706973320392430402023-02-09T20:33:00.003-03:002023-02-09T21:37:46.061-03:00DA CRIAÇÃO DE PEIXES NO DIQUE A LAPDAÇÃO DE DIAMANTES EM SALVADOR NO SÉCULO XIX<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Em 1876, Francisco Rocha arrendara o Dique do Tororó
para ali implantar uma criação de peixes para revenda na Bahia. Nesta matéria de
O MONITOR, além de detalhes do contrato, o articulista narra em sua transcrição
os limites da área e negócios como lapidação de diamantes no arrabaldes da
cidade, trata ainda da Invasão Holandesa e suas heranças. Uma matéria para melhor
conhecer a cidade no século XIX.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEGaGsbt6q4AhYDgOJRhtK7bjnJ-Eo6tkazFyI4oBmBiT9dSP3o8Sm08Y5MTILosqDGSzJ6AQjxw8jIeIy_lUn_CbO3MBhjsLVaZDfMPvrDw_SReKynx0g0dYauK2eyP4uYjIrM3LwAT8alEavb45kuUSbSQWIPrbYh81Q4eTTv5H5ejutjoelx84l/s1580/seculo-17-salvador.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="915" data-original-width="1580" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEGaGsbt6q4AhYDgOJRhtK7bjnJ-Eo6tkazFyI4oBmBiT9dSP3o8Sm08Y5MTILosqDGSzJ6AQjxw8jIeIy_lUn_CbO3MBhjsLVaZDfMPvrDw_SReKynx0g0dYauK2eyP4uYjIrM3LwAT8alEavb45kuUSbSQWIPrbYh81Q4eTTv5H5ejutjoelx84l/w640-h370/seculo-17-salvador.jpg" width="640" /></a></div><br />Ilustríssimos Excelentíssimos Senhores, Presidente
e membros da Assembleia Provincial. <o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Diz o Doutor Francisco Antônio Pereira Rocha que
tendo arrendado em 1876 a Câmara Municipal desta cidade, por espaço de 27 anos,
o Dique Novo, que se estende da Fonte das Pedras até o lugar do Moinho, e seus
braços que entram pelo Tororó, Garcia e Barris, outrora até a camisa de fogo do
Forte de São Pedro, na propriedade do finado Manuel Alves de Sá, sob as
seguintes condições: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">1ª Pagar a renda de 50$000 nos primeiros nove anos,
100$000por cada um dos nove seguintes, e 200$000 por cada um dos nove anos últimos
anos, ficando então todas as benfeitorias fixas pertencendo a municipalidade,
que poria em hasta pública o novo arrendamento, preferindo para ele o
suplicante os seus herdeiros. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">2ª Plantar na margem de toda a estrada Dois de
Julho um pé de Eucaliptos Glóbulos, de sessenta em sessenta palmos, e no
intervalo outros tantos de Salgueiro, (chorão,</span> <span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">saule
pleureur).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">3ª A povoar o mesmo Dique de peixes fluviais, das
melhores espécies indicadas e outros exóticos, que podem viver entre os
trópicos e se possam aclimar, visto não ser o Dique d’águas estagnadas, antes
renovadas quase diariamente, despejando [...] horas, pelas duas [...] sempre
abertas, mais de três mil metros cúbicos d’água potável, que alimenta os
motores das duas fábricas de lapidação de diamantes, nos lugares da antiga Bate
Folha, e depois do Moinho do Meira, e finalmente da fábrica do superior Rapé
Areia Preta de Gantois & Paillet, vendida a Meuron & Companhia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">4ª Fazer na margem do Dique, em frente ao do novo
Bairro do Tororó, que é lugar mais estreito do trânsito em canoas, para maior
comodidade dos moradores do mesmo, uma casa coberta de telhas para ali ser
mercado do peixe. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">5ª Só aí poder vender o peixe, sob pena de 100$000
de multa; finalmente, a vender, a nunca mais de duzentos réis o peixe cada
quilo, e de todo o tamanho e qualidade, sob a mesma multa, excetuando só os
crustáceos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">6ª Finalmente, a dar uma vez por mês o produto de
toda a pescaria daquele dia (de jejum de preceito) grátis, para ser repartido
pelas casas de educação e caridade, sem que a Câmara por sua parte lhe desse o
menor auxílio, exceto proibir a pesca no mesmo Dique, sem sua licença para
evitar a devastação que no peixe (que ali se reproduz), de continuo fazem os
meninos e os vadios, pescadores d’água doce, usando de redes de pequenas
malhas, gerirés, anzóis de unha de gato e até de tingui, côcae mesmo de cal,
que deu cabo do peixe, que em abundância (até o Surubi) se criava e se vendia a
80 réis o arrátel de 16 onças, fixado por edital do almotacel Bottas, ainda
depois da invasão de Mauricio de Nassau, no ano de... como consta dos registros
municipais, que se criava, dizemos, no Velho Dique, que, começando na horta do
Convento de São Bento, entrava pala baixa da Lapa, se estendia desde a
Barroquinha, Rua da Lama, atual Rua da Vala e se fechava e abria no lugar das
Sete Portas, por onde despejava o Rio das Tripas, até fazer junção com o Rio
Camorogipe e ia desaguar na Mariquita povoação do Rio Vermelho, como ainda
hoje. Ficou, pois, o Dique Velho despovoado de peixe e foi preciso formar o
atual, represando para isso por um forte morachão ou tapagem, cuja terra foi
tirada como se observa da chamada Ladeira do Moinho, montículo em terreno dos
antecessores do Teixeira que por isso ficou com o direito a uma das portas de
esgoto, situada em suas terras que pelo represamento ficaram alagadas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Apesar de um tão vantajoso contrato, quase se pode
chamar leonino teve o suplicante de ver-se impossibilitado de dar-lhe execução,
por que as câmaras conservadoras nunca trataram de formular a postura
indispensável para que o suplicante tivesse uma garantia a sua propriedade,
isto é: o peixe que lançasse naquele grande estuário só par acrescer e
engordar, por que a fecundação e encubação dos ovos, bem como os primeiros
cuidados a das aos cayorrinhas só se podem praticar em aparelhos especiais e
tanques, ou rigolas apropriadas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Agora, porém, nutre o suplicante bem fundada
esperança de que os atuais vereadores, homens do progresso, não queiram por
mais tempo conservar as coisas no status quo e que formularam uma postura
rigorosa que vos dignareis aprovar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><b><span style="color: red;">FONTE:
O MONITOR, 9 DE JULHO DE 1880, disponível em:</span></b> <a href="https://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=704008&pesq=%22Bate%20Folha%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=4116">https://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=704008&pesq=%22Bate%20Folha%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=4116</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="color: red;"><b>Para
saber mais sobre o Dique:</b></span> <a href="http://saosalvadordabahiadetodosossantos.blogspot.com/2015/05/dique-do-tororo.html">http://saosalvadordabahiadetodosossantos.blogspot.com/2015/05/dique-do-tororo.html</a>
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-8177199657030713322023-02-07T20:57:00.000-03:002023-02-07T20:57:13.446-03:00O SÍTIO DAGOMÉ: UM CANDOMBLÉ RURAL NO SÉCULO XIX (SALVADOR, BAHIA) <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/50247/28474" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="821" data-original-width="617" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFgvYtjmbAkC8DDdDwMrGErI9_0b2DhdZUYll3ct8v2kGARszrBsaNbfDU3-Xt54pFvnNQBAhFCssxuITyPlLqGDMJ_U0Gylpb04f--l3k3vJQnEMxYFXdZyPOWXR6nGsa8fjXLbmI7dLSIBdemQwwTahYeAdL-ZRMxwc4lL8QU-V_V3E1E-lVyQ7K/w480-h640/Captura%20de%20tela%202023-02-07%20203859.jpg" width="480" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: red;">"</span><a href="https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/50247/28474"><b><span style="color: red;">Click na imagem e acesse na íntegra</span></b></a><span style="color: red;">"</span></div><br /> <p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-30223927674224331352023-01-30T17:08:00.003-03:002023-01-30T17:08:21.853-03:00LANÇAMENTO DO LIVRO ENVELHECER DE LUIZ GERALDO SILVA <p></p><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV-QVAXDZg8X2ODgpzFqkp1NdsgkFH2YJ3O54iY-GBkTi1b8C8bmmEfI6zmlVaeEiQ7KyBwEweE_7swd-lia7_7O9o2SHRi-G8UjMNCf4dbkOOaUokoVtGD5rqIS6xuomM_T2j9evinxRpOdvsqWvIfc2bMrQGymRsB31fg_qH7xYaMYIA79RRoOls/s1593/IMG_0525%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1593" data-original-width="1593" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV-QVAXDZg8X2ODgpzFqkp1NdsgkFH2YJ3O54iY-GBkTi1b8C8bmmEfI6zmlVaeEiQ7KyBwEweE_7swd-lia7_7O9o2SHRi-G8UjMNCf4dbkOOaUokoVtGD5rqIS6xuomM_T2j9evinxRpOdvsqWvIfc2bMrQGymRsB31fg_qH7xYaMYIA79RRoOls/w640-h640/IMG_0525%20(1).jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiasM7LWvhXWNKKCUKif55SJEf4hlsOfTt-H25FcGKXnbJbT-WGujpN1HirWY0b2Ru-8NvByKG4_RckVrRpxosTxEBXHYvL98C1v4jO922wDJvtNiR-MZ294dr2Y3VEwy6qr5lOsfaf9ZlvIC8ZM_0CUPEySSU8f1z7MbxksvPRhrws8Ypyz3iTrZI-/s3256/capaEnvelhecer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2454" data-original-width="3256" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiasM7LWvhXWNKKCUKif55SJEf4hlsOfTt-H25FcGKXnbJbT-WGujpN1HirWY0b2Ru-8NvByKG4_RckVrRpxosTxEBXHYvL98C1v4jO922wDJvtNiR-MZ294dr2Y3VEwy6qr5lOsfaf9ZlvIC8ZM_0CUPEySSU8f1z7MbxksvPRhrws8Ypyz3iTrZI-/w640-h482/capaEnvelhecer.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-87454897991978842032023-01-24T06:53:00.004-03:002023-01-24T06:53:56.071-03:00HISTORIADORA NEGRA ASSUME DIREÇÃO-GERAL DO ARQUIVO NACIONAL <p style="text-align: center;"> <span style="font-family: Georgia, serif;"><b><span style="font-size: large;">Ana Flávia Magalhães Pinto será a
primeira mulher negra a ocupar a função em 185 anos</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 150%;"><b><span style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></b></span></p><p></p><div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeqts20xAwtgVaEbTM5HEyFAi-0_BJxcCu7KMq-qVEabOCv8o8lgaoixbU6vPCpabsn7jeR5rrcGWnO70PqRaW_-PosRt1thCarMCXbXNrjOsJTuEe0kbpUxoKTJ0so0foyWQGF1z14oHU9E9jYRMn4rxQos2_tSoAWRdXBmMJsKehAnDftkdOBnD2/s1085/Captura%20de%20tela%202023-01-24%20064839.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="598" data-original-width="1085" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeqts20xAwtgVaEbTM5HEyFAi-0_BJxcCu7KMq-qVEabOCv8o8lgaoixbU6vPCpabsn7jeR5rrcGWnO70PqRaW_-PosRt1thCarMCXbXNrjOsJTuEe0kbpUxoKTJ0so0foyWQGF1z14oHU9E9jYRMn4rxQos2_tSoAWRdXBmMJsKehAnDftkdOBnD2/w640-h352/Captura%20de%20tela%202023-01-24%20064839.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ana Flávia Magalhães Pinto,
historiadora, professora da Universidade de Brasília e diretora-geral do
Arquivo Nacional<o:p></o:p></span></p><p><br /></p><p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A historiadora e professora da
Universidade de Brasília (UnB) Ana Flávia Magalhães Pinto é a nova
diretora-geral do Arquivo Nacional. O nome será anunciado nesta terça-feira
(23).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No novo governo, o órgão passou a
ter status de secretaria dentro do recém-criado Ministério da Gestão e Inovação
em Serviços Públicos, sob o comando da ministra Esther Dweck.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Primeira mulher negra a ocupar a
função em 185 anos do Arquivo, Ana é doutora pela Unicamp, mestre pela UnB,
licenciada em História pela Universidade Paulista (Unip) e também formada em
Jornalismo pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ela desenvolve pesquisas nas
áreas de História, Comunicação, Literatura e Educação, com ênfase em atividades
político-culturais de pensadores negros, imprensa negra e luta racial.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O Arquivo Nacional possui um
acervo de valor inestimável para sociedade, reunindo milhões de documentos
textuais tanto em sua sede, no Rio de Janeiro, como em sua Superintendência
Regional em Brasília.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De acordo com o governo, se
fossem empilhados, somariam 55 quilômetros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Além disso, há cerca de 1,91
milhão de fotografias e negativos, 200 álbuns fotográficos, 15 mil
dispositivos, 4 mil caricaturas e charges, 6 mil cartazes e cartazetes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Também fazem parte do acervo 1
mil cartões postais, 1,2 mil desenhos, 200 gravuras e 21 mil ilustrações, 44
mil mapas e plantas arquitetônicas, filmes, registros sonoros e uma coleção de
livros que supera 112 mil títulos, sendo 8 mil raros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> <b>FONTE: </b></o:p></span></p>https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/historiadora-negra-assume-direcao-geral-do-arquivo-nacional/ <p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-75532953383779411752022-10-18T18:13:00.002-03:002022-10-18T19:07:12.108-03:00O GOLPE FINAL NO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMiT32OGntvsmfLT-Mh8VlyOuzY7gvm9W7cdNtZlz1REaBseWSGA2EK3V97J1fw73nwKgVBP_0CQX_C-9G4nBnJcJkcVHJIc0HfrOp1rlh6mx9I234ryOTWj7O6NliIE-qIN_2kMfOvM-eC3y8N4MaZJdSXmOeFzGp0P_7Q0yjeUWXFNVwFRT0AsAL/s727/Captura%20de%20tela%202022-10-17%20134327.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="372" data-original-width="727" height="328" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMiT32OGntvsmfLT-Mh8VlyOuzY7gvm9W7cdNtZlz1REaBseWSGA2EK3V97J1fw73nwKgVBP_0CQX_C-9G4nBnJcJkcVHJIc0HfrOp1rlh6mx9I234ryOTWj7O6NliIE-qIN_2kMfOvM-eC3y8N4MaZJdSXmOeFzGp0P_7Q0yjeUWXFNVwFRT0AsAL/w640-h328/Captura%20de%20tela%202022-10-17%20134327.jpg" width="640" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A saga do
APEB teve início ainda nas discussões na Assembleia Provincial em 1890, a contragosto do poder público, que defendia como um desperdício de dinheiro tal
obra. Relembre a postagem: <a href="https://uranohistoria.blogspot.com/2021/11/arquivo-publico-do-estado-da-bahia.html">Arquivo Público do Estado da Bahia, cronologia histórica de uma morte anunciada.</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ao longo
de mais de 130 anos nada mudou, e muita coisa se perdeu ao longo desse período,
mas o golpe final foi dado em 17 de outubro de 2022, sendo o prédio arrematado
em leilão. Após um imbróglio judicial iniciado em 2005, que demandava sobre projetos
realizados por um grupo de Arquitetos para extinta Bahiatursa, na gestão do
então Governador Paulo Souto, 1990. <a href="https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/11/predio-tombado-do-seculo-16-que-abriga-arquivo-publico-da-bahia-vai-a-leilao.shtml ">Entenda a história</a>. Resultado? O prédio que
abriga o APEB foi dado em garantia ao pagamento. Desde 2010 que o prédio sofria
com a falta de manutenção, mas ao longo dos anos foram investidos milhões de
reais em obras de requalificação elétrica e estrutura do prédio, houve a <a href="https://uranohistoria.blogspot.com/search?q=REFEIT%C3%93RIO ">tentativa de construção de um refeitório</a>, mas a obra foi embarga pelo Ministério Público,
após serem encontrados materiais arqueológicos no local, reveja essa história.
Todos esses milhões investidos vão agora para particulares, milhões esses do erário
público, há de se salientar que todos os recursos foram investidos na manutenção
do prédio, o que é importante, mas, por outro lado, nada foi revertido para conservação
direta do acervo, como, climatização dos depósitos, compra de desumidificadores,
material de conservação e restauro, digitalização. Ou seja, o prédio foi
reformado para o leilão. Toda a saga do APEB pode ser <a href="https://uranohistoria.blogspot.com/search?q=arquivo+p%C3%BAblico ">acompanhada neste Blog</a>,
o capítulo final se encerra com essa postagem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-34673426414220792892022-10-10T22:15:00.001-03:002022-10-10T22:15:40.739-03:00PRÉDIO QUE ABRIGA O ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA VAI Á LEILÃO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbri5T-TmJuj9Fs6ar8BXRDjzopZIEGmi4Z_XT146nsj6xXNCmBcNHyY9ov5enc04x0LN7unFAPK7k4yoSNwJhWm3QTd5rY2xlBczMjj_M5uXRfJShXbyEb_32aWXOfht5nLUjVyB46uatx3Hhscndq1DZcGvKPFCsgb56_cAaUHNvIDVrXnObPac9/s1000/Captura%20de%20tela%202022-10-10%20214640.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="897" data-original-width="1000" height="574" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbri5T-TmJuj9Fs6ar8BXRDjzopZIEGmi4Z_XT146nsj6xXNCmBcNHyY9ov5enc04x0LN7unFAPK7k4yoSNwJhWm3QTd5rY2xlBczMjj_M5uXRfJShXbyEb_32aWXOfht5nLUjVyB46uatx3Hhscndq1DZcGvKPFCsgb56_cAaUHNvIDVrXnObPac9/w640-h574/Captura%20de%20tela%202022-10-10%20214640.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem tiver interesse ainda pode
dar seu lance! </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Pela bagatela de R$13.806.175,20, o interessado pode levar o
antigo prédio da Quinta do Tanque e de quebra ainda pode ter a chance de ficar
com alguns papéis do que resta do acervo do APEB, já que o leilão está marcado
para o dia 17 de outubro de 2022, e não haverá tempo de retirar o acervo, o
relógio está contando no site do leiloeiro com direito a fotos do prédio para os interessados: <a href="https://www.cravoleiloes.com.br/oferta/quinta-do-tanque-salvador-ba-2516682">https://www.cravoleiloes.com.br/oferta/quinta-do-tanque-salvador-ba-2516682</a>
e o edital pode ser acessado aqui: <a href="chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://s.sbwebservices.net/event/222030/attachment/ed8b69d7-ef8f-42eb-801f-a65aa15ea028.pdf">EDITAL LEILÃO</a> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Uma audiência no Ministério Público
estava marcada para amanhã, 11 de outubro, porém foi adiada para o dia 22 de
novembro, ou seja, após um mês do leilão.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Acesse: <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/104423,audiencia-que-discute-situacao-arquivo-publico-do-estado-e-remarcada">Audiência remarcada</a></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Dê seu lance! </span></p></div><p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-52649419880041259992022-09-03T17:03:00.001-03:002022-09-03T17:03:36.921-03:00BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, COMISSÃO FORMADA PARA CONSTRUÇÃO DO MONUMENTO DO IPIRANGA EM 1875 <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDUGFJyVdWo0BlQNlq8PYofcbvNQv5pCIcOUBdvBR_9ELrVxepykH5EmIU8UPG_mRhh6HVtVon5z_t7_3IuRw8NptQ8pqfNmyXrpvpcm9pBq_tyrpAUn9OdHtyNO3_WDItY0Krgk0O9K9uO5odlbnMnjZF1EYA0lDHW22WYVv8hU6JsUZpy9T6dA7r/s1200/fg117742.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="815" data-original-width="1200" height="434" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDUGFJyVdWo0BlQNlq8PYofcbvNQv5pCIcOUBdvBR_9ELrVxepykH5EmIU8UPG_mRhh6HVtVon5z_t7_3IuRw8NptQ8pqfNmyXrpvpcm9pBq_tyrpAUn9OdHtyNO3_WDItY0Krgk0O9K9uO5odlbnMnjZF1EYA0lDHW22WYVv8hU6JsUZpy9T6dA7r/w640-h434/fg117742.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Passados 53 anos da Independência do Brasil,
reuniu-se uma comissão a fim de erigir o Monumento Nacional do Ypiranga, para
tanto fora enviado ofício ao Presidente da Província da Bahia para que se
junta-se os meios necessários para a sua construção. O conjunto escultórico em
granito e bronze realizado pelo italiano Ettore Ximenes, foi inaugurado no dia
7 de setembro de 1922, em comemoração ao centenário da Independência, mas s[o
foi concluído quatro anos depois. Em 1953, uma cripta foi construída no interior
do monumento para abrigar os restos mortais de Dom Pedro I e de suas duas
esposas, as imperatrizes Dona Leopoldina de Habsburgo e Dona Amélia de
Leuchtenberg.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O documento mostra que a obra foi idealizada ainda
no século XIX. <o:p></o:p></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfaMw-T8DUvDKEutAD-4-OCKKPsLtS33PGNqAkj6NA26q-fJbT9jhrb86sgtn3Kp8-r44F2ENUfHd3ZnlaFAXqPMb4lSH39Me71SvrH9LdZ-mYnrLUP7zyArWlcW2_elgyh283KMNQGRCLmhFS3opA-2KzcDiEAZMYTUDcv7vvS0yjfv2zS1wsik7T/s2405/DSC01757.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2405" data-original-width="1864" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfaMw-T8DUvDKEutAD-4-OCKKPsLtS33PGNqAkj6NA26q-fJbT9jhrb86sgtn3Kp8-r44F2ENUfHd3ZnlaFAXqPMb4lSH39Me71SvrH9LdZ-mYnrLUP7zyArWlcW2_elgyh283KMNQGRCLmhFS3opA-2KzcDiEAZMYTUDcv7vvS0yjfv2zS1wsik7T/w496-h640/DSC01757.JPG" width="496" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpoWHmYO01TZFC4QdO71TpWfZTI-1YaqvX4A6QAEX_U7qE-ZErGTpxvQbNjd9E4wg0GiD-f0BiFwDCh5xuXMnRWLzuMkS3B8BbYe9-g9JDzXmd5mu1wtLz3lL5kyomFY_LuzTNQiyAkhmubh1A-c8o40bvqfAQKm_Hq79P0NFF9UN8WiF_jKSxdP1d/s2472/DSC01758.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2472" data-original-width="1817" height="677" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpoWHmYO01TZFC4QdO71TpWfZTI-1YaqvX4A6QAEX_U7qE-ZErGTpxvQbNjd9E4wg0GiD-f0BiFwDCh5xuXMnRWLzuMkS3B8BbYe9-g9JDzXmd5mu1wtLz3lL5kyomFY_LuzTNQiyAkhmubh1A-c8o40bvqfAQKm_Hq79P0NFF9UN8WiF_jKSxdP1d/w497-h677/DSC01758.JPG" width="497" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIqy2QTUuHYqyO9u2nOtI59qVFxBk68vKys9wL9hvfXpZNUEYFoIDuXT4Qxs4ZCiuCEPNjTGZT2d3x-biY4_tELUBdfzbT4GGh7piBYrRcjz8VZL-1pazDN-F5xit3fgWY_88_9zvqztwfgZhu1NzAGbloENISaUnXy57y9u0M-_5HGoInJ0Yj9q8V/s2439/DSC01759.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2439" data-original-width="1818" height="680" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIqy2QTUuHYqyO9u2nOtI59qVFxBk68vKys9wL9hvfXpZNUEYFoIDuXT4Qxs4ZCiuCEPNjTGZT2d3x-biY4_tELUBdfzbT4GGh7piBYrRcjz8VZL-1pazDN-F5xit3fgWY_88_9zvqztwfgZhu1NzAGbloENISaUnXy57y9u0M-_5HGoInJ0Yj9q8V/w508-h680/DSC01759.JPG" width="508" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2RJ4nXZOiWFaxCVvpm-U36_nd5aE1bs5UersNbO34aamOmGOw8dwMxfbTWidqtE5yhgph7Pxd6goPw-_s5OlV9OLrhJJqlvTFPzU5nynTV7UFU476vbAuzE8rfZQlH9WLFLppTdU7mv6KM6qVXHn4JKMHfCa6fLA6GX4CCmX-HwA_GDm0p5ykKZoK/s2209/DSC01760.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2209" data-original-width="1881" height="611" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2RJ4nXZOiWFaxCVvpm-U36_nd5aE1bs5UersNbO34aamOmGOw8dwMxfbTWidqtE5yhgph7Pxd6goPw-_s5OlV9OLrhJJqlvTFPzU5nynTV7UFU476vbAuzE8rfZQlH9WLFLppTdU7mv6KM6qVXHn4JKMHfCa6fLA6GX4CCmX-HwA_GDm0p5ykKZoK/w519-h611/DSC01760.JPG" width="519" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br /></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Comissão de Obras, São Paulo, 21 de setembro de
1875. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Movimento do Ypiranga – A comissão nomeada pela
câmara municipal da cidade de São Paulo para promover a ereção do monumento
nacional do Ypiranga, dirigiu a Vossa Excelência Presidente da Província o
seguinte ofício. Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Tendo a Câmara Municipal desta Cidade tomado a si
promover a ereção do Monumento Nacional do Ypiranga comemorativo da
Independência do Brasil, e havendo para esse fim nomeado uma Comissão de que
somos órgãos, temos a honra de transmitir a Vossa Excelência o Manifesto junto
que em nome dela dirigimos a nação; e invocando o acrisolado patriotismo de
Vossa Excelência, rogamos-lhe de tomar sob sua proteção tão indeclinável, quão
gloriosa empresa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Em consequência digne-se Vossa Excelência fazer que
nessa Província o Manifesto receba a maior possível publicidade; e interpor o
prestígio de sua autoridade em ordem a que não só as Câmaras Municipais nomeiem
Comissões em cada Distrito de Paz de seu Município para agenciarem subscrições
e arrecadarem seu produto que sejam, admitindo assinatura por mais módicas que
sejam, e enviando-nos a relação dos subscritores e importância dos ditos
produtos cobrados; mas também a que o Inspetor da Tesouraria de Fazenda
providencie a recepção pelas Agências Fiscais que pertencem tais Distritos, das
contribuições que lhes forem entregues e remessa a Tesouraria, sendo por esta
enviado o montante delas ao Tesouro Nacional. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Finalmente, rogamos a Vossa Excelência que se digne
providenciar como entender afim de que chegue ao conhecimento dos que tiverem
de se corresponder sobre este assunto, que sendo obra pública empreendida pela
Câmara Municipal desta Cidade em seu Município segundo o respectivo Regulamento
a correspondência pode transitar pelo correio livre de porte; visto tratar-se
de serviço público. Deus Guarde a Vossa Excelência. São Paulo, 28 de setembro de
1875. Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor Presidente da Província da Bahia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O Presidente da Comissão, Ernesto Mariano da Silva
Ramos. O Secretário, Diogo de Mendonça Pinto. De que do manifesto que
publicamos em um dos números passados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A Câmara Municipal desta Imperial Cidade, atendendo
a que a Independência do Brasil foi aclamada no Ypiranga, bairro da mesma
Cidade, e por isso convicto que lhe corre o dever de assumir a iniciativa na
ereção do Monumento a tão glorioso feito, deliberou em sessão de 5 de agosto do
corrente ano promover a sua realização. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Dando conhecimento a Vossa Excelência desse nobre
empenho, e ratificando a rogativa que a respeito a Comissão existente nesta
Cidade por ela incumbida de curar dos meios de satisfazer tão imprescindível
necessidade nacional, a Vossa Excelência dirige, rogando-lhe a coadjuvação que
puder dispensar, confiada que se dignará prestar mais esse serviço ao país,
inscrevendo-se assim entre os maiores auxiliares da gloriosa empresa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Des Guarde a Vossa Excelência. Paço da Câmara
Municipal da Cidade de São Paulo,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de
outubro de 1875. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Ernesto Mariano da Silva Ramos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Fonte: Arquivo Público do Estado da Bahia, seção
colonial/provincial, Comissões do Governo, Comissões de Obras – 1847-1875.
Maço: 1589. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivnlLgPL9mMTVLQmk0GDZm25VwIC7_CzNvQXhEJ8uLiismJw4KtusW29jZq5GgWzQDUSEI_f_bYRyqunQ4I0FjfGiymdCowNrUpQUJgXdNJqDDCe5I1nl94fDgA-VY0-Md_7LObpapE6RrWY_GGhvBgReLKNtcG9RoFrvjB7BrjBVjZJ-5Hg4V__7G/s2418/DSC01761.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2418" data-original-width="1780" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivnlLgPL9mMTVLQmk0GDZm25VwIC7_CzNvQXhEJ8uLiismJw4KtusW29jZq5GgWzQDUSEI_f_bYRyqunQ4I0FjfGiymdCowNrUpQUJgXdNJqDDCe5I1nl94fDgA-VY0-Md_7LObpapE6RrWY_GGhvBgReLKNtcG9RoFrvjB7BrjBVjZJ-5Hg4V__7G/w472-h640/DSC01761.JPG" width="472" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkG9DtQzCbql4yDIFfQgZ-ZTEJg_dw3h-zLfcMC6qfSPgyKcnPwRBLG1zZEhJx8gWNweAZQf4fO2QKbQTu2zoiN8Wdfuj6zGu7RZnHw3QPWMYeT5Xd0Bsx__JV6ezjCp3YFPKEkMMUXTUkzCQN7E3jAgvt_-__flYXw_KV3636k-spDQVtCMVR7UIb/s2522/DSC01762.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2522" data-original-width="1764" height="661" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkG9DtQzCbql4yDIFfQgZ-ZTEJg_dw3h-zLfcMC6qfSPgyKcnPwRBLG1zZEhJx8gWNweAZQf4fO2QKbQTu2zoiN8Wdfuj6zGu7RZnHw3QPWMYeT5Xd0Bsx__JV6ezjCp3YFPKEkMMUXTUkzCQN7E3jAgvt_-__flYXw_KV3636k-spDQVtCMVR7UIb/w463-h661/DSC01762.JPG" width="463" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbXKDzpgUZ0cobgdTIfUxQnD6kQ31EpH3TIL09kmgUMDuJCk37NOH7aSsNQyHVmC2sADt5BVpQl-G53Qy42rwBGmG2S7AOuSrsTQm4nA-NpRJ7UrBd_FDfMdrYpMhCJ73BUCqgvZS3zHnSn36Lk0XasHLCqRGU_SevIBRf69c4TIHphuwL-pjHP64d/s2313/DSC01767.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2313" data-original-width="1443" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbXKDzpgUZ0cobgdTIfUxQnD6kQ31EpH3TIL09kmgUMDuJCk37NOH7aSsNQyHVmC2sADt5BVpQl-G53Qy42rwBGmG2S7AOuSrsTQm4nA-NpRJ7UrBd_FDfMdrYpMhCJ73BUCqgvZS3zHnSn36Lk0XasHLCqRGU_SevIBRf69c4TIHphuwL-pjHP64d/w400-h640/DSC01767.JPG" width="400" /></a></div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9_Kze-ojNykESMtrhJU-BJGWonk_16ydW5ss-N8lzusN2NM7qdPM9dvdWvPLR9_01UQUFlkydSBgbV4PhTUQloNt8jWtSLzk6EV98N0FcYQ8YFLJN0COKrcIrhtZeMUAljABJVwaGpp2uKjj1MFFsSRJIObpEc3XYyqIC-nBavN5KQ0wxWP-9ZWTN/s2313/DSC01767.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2313" data-original-width="1443" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9_Kze-ojNykESMtrhJU-BJGWonk_16ydW5ss-N8lzusN2NM7qdPM9dvdWvPLR9_01UQUFlkydSBgbV4PhTUQloNt8jWtSLzk6EV98N0FcYQ8YFLJN0COKrcIrhtZeMUAljABJVwaGpp2uKjj1MFFsSRJIObpEc3XYyqIC-nBavN5KQ0wxWP-9ZWTN/w400-h640/DSC01767.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG0wO2k1GCxDqJPqLJUtMVF6MK9IO-cu1e-Z7U89FX8YmzySmGIGV2doyyl1Xvl8xeQo_lY-J6Z2pFJNqSxErdK5gWr1WAWM7MyxjqFwviVlmfwPitDBZgzw_YPmugSY2U39omUsjUdMUsMtWPKHby4dNJ8F-AEX3V_HffirmR3Hl0zsMZiavzhk0d/s2530/DSC01766.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2530" data-original-width="888" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG0wO2k1GCxDqJPqLJUtMVF6MK9IO-cu1e-Z7U89FX8YmzySmGIGV2doyyl1Xvl8xeQo_lY-J6Z2pFJNqSxErdK5gWr1WAWM7MyxjqFwviVlmfwPitDBZgzw_YPmugSY2U39omUsjUdMUsMtWPKHby4dNJ8F-AEX3V_HffirmR3Hl0zsMZiavzhk0d/w224-h640/DSC01766.JPG" width="224" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVcbsHYZKrIeGUGTCoIMv0J0RfJfZJMGj94nDswUDfuLey-tFB2KN9ULlJcLbU0cRAnPgF028wO3vu-wIYo4vpQl6lx8uNUOT_GE56IA971e6sTUARB4mGYXOOCdcpgJao9x4y2Yc2MtIVP6OVrAvMlGIQ8m_h_fUnVmGMGOcfZkItSXHBBxiK0d3_/s2501/DSC01765.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2501" data-original-width="867" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVcbsHYZKrIeGUGTCoIMv0J0RfJfZJMGj94nDswUDfuLey-tFB2KN9ULlJcLbU0cRAnPgF028wO3vu-wIYo4vpQl6lx8uNUOT_GE56IA971e6sTUARB4mGYXOOCdcpgJao9x4y2Yc2MtIVP6OVrAvMlGIQ8m_h_fUnVmGMGOcfZkItSXHBBxiK0d3_/w222-h640/DSC01765.JPG" width="222" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdIwDMFC34Fb23XDruC-MBXdNFAL6QASqgpSCVsaFJMKlkXoNVL-DHMGtuFpS7kwBYEOhi2-_7Trbk6mfBFuFBNOuCTktMZql9DBdh32HquU8Mph9_iP45QL5ZJJssTnLv7rIFxQeRusNIZg-aIObSNXQPR_Tmv3swqp2HRoKcOh592BwykNSNlkAa/s2434/DSC01764.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2434" data-original-width="888" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdIwDMFC34Fb23XDruC-MBXdNFAL6QASqgpSCVsaFJMKlkXoNVL-DHMGtuFpS7kwBYEOhi2-_7Trbk6mfBFuFBNOuCTktMZql9DBdh32HquU8Mph9_iP45QL5ZJJssTnLv7rIFxQeRusNIZg-aIObSNXQPR_Tmv3swqp2HRoKcOh592BwykNSNlkAa/w234-h640/DSC01764.JPG" width="234" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPYtJF8-KV3WMd-3xiRd8gNeKyLvywmPOoxFIJS3IROvnDM2065ZxoaLdVKWSvMbDHf_OvOIhgfMeIeAgkyzbm_jIIJuVqUFcK4Z_1z4nbkv985mfgw2sf4-Co5fMVM9ztDfuxozH-SKUMu_Pn_2FhYCTsmDsSK77mn1MvqO205DxsZ0-n7Z8ccAyu/s2543/DSC01763.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2543" data-original-width="888" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPYtJF8-KV3WMd-3xiRd8gNeKyLvywmPOoxFIJS3IROvnDM2065ZxoaLdVKWSvMbDHf_OvOIhgfMeIeAgkyzbm_jIIJuVqUFcK4Z_1z4nbkv985mfgw2sf4-Co5fMVM9ztDfuxozH-SKUMu_Pn_2FhYCTsmDsSK77mn1MvqO205DxsZ0-n7Z8ccAyu/w224-h640/DSC01763.JPG" width="224" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-37779689567079385762022-08-17T21:38:00.001-03:002022-08-17T21:39:07.786-03:00ANAIS DO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA PARA BAIXAR<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs2PtfeyUKFl2vJAFmo9pR00s3kNySjJ2xmoghbhmrfy55PBnqFxaKswQQ_flK8cv4_uNY8rEPqDrsTkvjzX2vKaj0rUX_1Xb470PJac3JhlDJuvp1XOpXpXbWlx3c-b6odiz4WMAWMJQswxcOIJTdK2mI-6OCSdqMbno6srpT4Jr5aqvtvbzIiVUM/s1607/Captura%20de%20tela%202022-08-17%20213210.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="637" data-original-width="1607" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs2PtfeyUKFl2vJAFmo9pR00s3kNySjJ2xmoghbhmrfy55PBnqFxaKswQQ_flK8cv4_uNY8rEPqDrsTkvjzX2vKaj0rUX_1Xb470PJac3JhlDJuvp1XOpXpXbWlx3c-b6odiz4WMAWMJQswxcOIJTdK2mI-6OCSdqMbno6srpT4Jr5aqvtvbzIiVUM/w640-h254/Captura%20de%20tela%202022-08-17%20213210.jpg" width="640" /></a></div><p><br /></p><div style="text-align: center;"><b><span style="color: red;">DOWNLOAD </span></b></div><p></p><p style="text-align: center;"><a href="http://www.atom.fpc.ba.gov.br/index.php/anais-do-arquivo-publico/digitalobject/browse?page=1&sort=alphabetic">http://www.atom.fpc.ba.gov.br/index.php/anais-do-arquivo-publico/digitalobject/browse?page=1&sort=alphabetic</a></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-42210814450891024942022-08-12T19:48:00.002-03:002022-08-12T19:48:28.586-03:00Provisão de casamento de Machado de Assis e Carolina Novaes <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCDSGuIdXwj9RNa-2V6pOuF2MoFDbDL35rl0q2HVCVDLcwlDx0u9wkLlzblHyOb2zIa9ZErrh9maMHTaJbB4JO_BK-qlQuokRWyF8A3p3h4Zj0TnzsbOX9YtBww1Pqxttw85an6Ncaf7Eu-EfaaQpMg3-Qinlr40ynqscH8vd8zgfStdOD0UMe_NJY/s944/machado-de-assis-horz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="589" data-original-width="944" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCDSGuIdXwj9RNa-2V6pOuF2MoFDbDL35rl0q2HVCVDLcwlDx0u9wkLlzblHyOb2zIa9ZErrh9maMHTaJbB4JO_BK-qlQuokRWyF8A3p3h4Zj0TnzsbOX9YtBww1Pqxttw85an6Ncaf7Eu-EfaaQpMg3-Qinlr40ynqscH8vd8zgfStdOD0UMe_NJY/w640-h400/machado-de-assis-horz.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjau1Zu8CMrb_mHux9K8Hom_aqJcbR0kMOgei2Y8yaoxYqysC2ts3V8f8kdnIrVaifT5C_ew88pmc9ER6UoBKPmoCUrefCr_GSqCgrxe9wPd_SLoZlIxOZDlPWKUvpmmgM0QdNDHlwuS8OI42bjcOvAg6uProrv5d4rkDbd55yZC0lniDreBh9MIwmR/s13203/record-image_%20(11).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1816" data-original-width="13203" height="88" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjau1Zu8CMrb_mHux9K8Hom_aqJcbR0kMOgei2Y8yaoxYqysC2ts3V8f8kdnIrVaifT5C_ew88pmc9ER6UoBKPmoCUrefCr_GSqCgrxe9wPd_SLoZlIxOZDlPWKUvpmmgM0QdNDHlwuS8OI42bjcOvAg6uProrv5d4rkDbd55yZC0lniDreBh9MIwmR/w640-h88/record-image_%20(11).jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Passou Provisão
em data de vinte e seis do corrente mês e ano para o Reverendo Pároco da
Freguesia de Santa Rita ou do D. Espírito Santo, desta Corte receberem
Matrimônio na sua Paroquia Joaquim Maria Machado de Assis natural desta Corte,
com Carolina Augusta Xavier de Novaes natural de Portugal. Rio, 28 de outubro
de 1869. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Disponível
em: <o:p></o:p></span></p>
<span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><a href="https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-GPV8?i=54&personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A6X8Y-S282">https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-GPV8?i=54&personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A6X8Y-S282</a></span><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyF65v9-AqSz6_NAp8wwasgHjzfbvJEPDN3bAYqYpDDWoU_YORj4vZsLfthx3vyUgdKcntYiGGhQBxandf0L9nVyNHgBttFgnXBXXLr51MPjra1ZR7mtr7AB6VT_R5eg9zIZE2Y87rMlN8PV-SmfAgTYEg1P6Ty7ob7rwJvwUvsUOjY9IYTn15GDR5/s5766/record-image_%20(11)-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4161" data-original-width="5766" height="462" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyF65v9-AqSz6_NAp8wwasgHjzfbvJEPDN3bAYqYpDDWoU_YORj4vZsLfthx3vyUgdKcntYiGGhQBxandf0L9nVyNHgBttFgnXBXXLr51MPjra1ZR7mtr7AB6VT_R5eg9zIZE2Y87rMlN8PV-SmfAgTYEg1P6Ty7ob7rwJvwUvsUOjY9IYTn15GDR5/w640-h462/record-image_%20(11)-2.jpg" width="640" /></a></div><br /><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-7920172207704037952022-07-31T16:01:00.001-03:002022-07-31T16:01:34.269-03:00PROCLAMAÇÃO BAHIANOS! UM ESCRITO SEDICIOSO NA BAHIA EM 1848 <p><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em fevereiro
de 1848 a Europa vivenciava a Primavera dos Povos, do lado de cá estourava a Praieira.
Na Bahia, com sua longa tradição em revoltas, não seria diferente. Na manhã
chuvosa do mês de fevereiro um papel despertou à atenção de um menino, logo interceptado
por um agente do Estado, saltou-lhe aos olhos a palavra proclamação, não
contente com o que havia lido transmite a seus superiores a intenção sediciosa do
escrito. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTQNw0O4HBH_kh1Agv94PndQ4XD-aiHOGNPZzkFINnfJg03pQ62mOIoRzyzXzMWhXtKNm4tC9A9ZoJH5u71ELy6W-E5_YMWOZQcdoxzrHlztUNJ2VibSr_s082x0moTUF6nSBs2WXkavqZAUVLqCU48Q1PWcdQwIeIldbIyOQ1M4JweWd_rkZTViZR/s5548/DSC00326.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5548" data-original-width="4325" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTQNw0O4HBH_kh1Agv94PndQ4XD-aiHOGNPZzkFINnfJg03pQ62mOIoRzyzXzMWhXtKNm4tC9A9ZoJH5u71ELy6W-E5_YMWOZQcdoxzrHlztUNJ2VibSr_s082x0moTUF6nSBs2WXkavqZAUVLqCU48Q1PWcdQwIeIldbIyOQ1M4JweWd_rkZTViZR/w498-h640/DSC00326.jpg" width="498" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ilustríssimo
Excelentíssimo Senhor <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Transmito
ao conhecimento de Vossa Excelência o papel que sob a denominação de
proclamação foi encontrado junto ao Quartel do Corpo Policial. Das minuciosas
indagações a que tenho particularmente procedido não resulta possibilidade de
alteração da tranquilidade pública. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Deus
Guarde a Vossa Excelência por muitos anos. Bahia, 25 de fevereiro de 1848. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ilustríssimo
Excelentíssimo Senhor Desembargador <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Presidente
da Província <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">João
Joaquim da Silva <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipkU6sJzNP3VgzKIjN6Uz181CpLB8gERM70BcEB-ovWecQw70BFz0vTdvU6o11_sWOFs_t189LBW_i3TEYzmDJ_IlrzKZ7h8Sa6_s10w8HXq55Id23aic53WzA4mcd4TkCm4Q0DJcKbWTuFYwse_YwaZKoy10NEpXa25BUTVqPUfVEFNgwIYq2YInn/s5677/DSC00327.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5677" data-original-width="4227" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipkU6sJzNP3VgzKIjN6Uz181CpLB8gERM70BcEB-ovWecQw70BFz0vTdvU6o11_sWOFs_t189LBW_i3TEYzmDJ_IlrzKZ7h8Sa6_s10w8HXq55Id23aic53WzA4mcd4TkCm4Q0DJcKbWTuFYwse_YwaZKoy10NEpXa25BUTVqPUfVEFNgwIYq2YInn/w476-h640/DSC00327.jpg" width="476" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ilustríssimo
Senhor Major Comandante Geral <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Participo
a Vossa Senhoria, que hoje as 6 horas da manhã estando eu na porta do Quartel,
vi que um menino abaixou-se e apanhando um papel lia a palavra proclamação,
então o chamando entregou-me ainda molhado o papel escrito, que com esta
apresento a Vossa Senhoria, sendo achado ao pé da Igreja defronte ao mesmo
Quartel. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quartel
na Mouraria, 25 de fevereiro de 1848. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Francisco
Joaquim da Silveira<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Tenente
do Estado<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2zMKckro3c7XsnbmQ-pHNUquCwSFX05WIGFe-CAmW4XXw8rgzG4MmKUBHSLf59eQlPtUcg0dkePtgTIZ-32g6NVUiHs74cP0LMmZfRSXRR-aqyvcEt1TqLezc0OvXDK0-gsc5YXuiJhHtPKgdm-GfNabJVP97f2QTxMucVrWdLFZSdqVQdyFTTupk/s5978/DSC00328.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5978" data-original-width="4013" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2zMKckro3c7XsnbmQ-pHNUquCwSFX05WIGFe-CAmW4XXw8rgzG4MmKUBHSLf59eQlPtUcg0dkePtgTIZ-32g6NVUiHs74cP0LMmZfRSXRR-aqyvcEt1TqLezc0OvXDK0-gsc5YXuiJhHtPKgdm-GfNabJVP97f2QTxMucVrWdLFZSdqVQdyFTTupk/w430-h640/DSC00328.jpg" width="430" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Proclamação
Bahianos <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Até onde
chegará nossa indiferença pelos males da pátria, oprimida por tanto tempo por
uma Côrte altiva, infame e prostituída? Não consintamos que semelhante estado
continue, e unidos e fortes levantemos o grito de nossa separação. Bahianos as
armas, vitória ou morte. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCOToHNWleHxxbwmcZIOhkzwNCRtyGp3ae3YP0BBuwUZICEMvPmn1JCjcW6YV2pHSvE--wnnYzAZzzitgfVAVx_Io8YOjknbztO6ENIDyZzbdtEVfxc6htJ1jlKsvz5vaBGbsExB8PJdIsZoRR0pdqB2_TAWS4u509pEFWRq_KttOP1yWmsLCyEk2d/s5838/DSC00329.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5838" data-original-width="4111" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCOToHNWleHxxbwmcZIOhkzwNCRtyGp3ae3YP0BBuwUZICEMvPmn1JCjcW6YV2pHSvE--wnnYzAZzzitgfVAVx_Io8YOjknbztO6ENIDyZzbdtEVfxc6htJ1jlKsvz5vaBGbsExB8PJdIsZoRR0pdqB2_TAWS4u509pEFWRq_KttOP1yWmsLCyEk2d/w450-h640/DSC00329.jpg" width="450" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBa-b6MSmBlRBC4UirTlbnEa0nWZi-gO3eUFgg_kQtpIAgRefdk5oqN6pxI1t9HwEItdOQnwVtN16ueDAqhgXaBTLjLsH-A3WAnXRsJYfEJO3EIyZhsXuKH0L94xZhaizIYtB-Ekgjxtm8Y9JJa1ZhjNR06sJsaX3Wrq8Br_Pw5vpkKh4FYk16r2z3/s5953/DSC00330.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5953" data-original-width="4029" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBa-b6MSmBlRBC4UirTlbnEa0nWZi-gO3eUFgg_kQtpIAgRefdk5oqN6pxI1t9HwEItdOQnwVtN16ueDAqhgXaBTLjLsH-A3WAnXRsJYfEJO3EIyZhsXuKH0L94xZhaizIYtB-Ekgjxtm8Y9JJa1ZhjNR06sJsaX3Wrq8Br_Pw5vpkKh4FYk16r2z3/w434-h640/DSC00330.jpg" width="434" /></a></div><br /><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Proclamação
Bahianos <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Até
quando havemos de sofrer, que uma corte infensa aos nossos interesses zombe de
nós, tratando somente de sua grandeza e prosperidade? Até que ponto há de
arrasar-nos essa nossa culpável paciência? Basta de padecimentos. Chegou à
ocasião de despertamos do profundo sono de indolência, em que por tanto tempo
jazemos sepultados. Unamo-nos e levemos a efeito a sagrada causa da separação e
independência de nossa província dessa Côrte inimiga. Os nossos irmãos, os
briosos pernambucanos e todos do Norte, que tem experimentado o peso do mais
cruel despotismo, auxiliam nossa pretensão, que é santa e protegida de céu;
porque contém a defesa dos direitos e liberdade de um povo. Honrados e bravos
militares, esta causa também é vossa; protegei-a com as vossas armas e valor;
nunca elas servirão se não para defesa de nossos mais importantes direitos.
União, coragem e atividade coarão nossos esforços vivam os defensores da
separação e independência do Norte. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Documento
encontrado e gentilmente cedido por Eduardo Cavalcante, profissional em
pesquisa histórica, grande conhecedor dos acervos históricos do Rio de Janeiro.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Contato: </span><a href="mailto:cvlcnt@gmail.com"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">cvlcnt@gmail.com</span></a><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> / </span><a href="mailto:cvlcnt@uol.com.br"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">cvlcnt@uol.com.br</span></a><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Fonte:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Arquivo Nacional, Série Justiça, Registro da
correspondência com diversas autoridades das províncias – Bahia. Limites
1848-1850. Notação I J 1 710. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-13593887906795916862022-07-26T22:18:00.001-03:002022-07-26T22:19:42.275-03:00CONSTRUÇÃO DE UMA ARENA PARA TOURADAS EM SALVADOR DO SÉCULO XIX <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidN9qQvdh1_sQTifr_b_xvQcbKeTKKXVpt6fLI52-uzmQ73ONtqHpN5zlAXeELN6zgI3kGXtcd5BDg55Se8AkeWhpuK5SVzp_P8_aosahzMVATE9-8iqJRASDz-T11hgRquDsTMik8gtK4UHf46WYyK9xHDpKtZ9jcVyx4IKc7rVe4vgA5a2qRCjVN/s597/touradas1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="597" height="406" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidN9qQvdh1_sQTifr_b_xvQcbKeTKKXVpt6fLI52-uzmQ73ONtqHpN5zlAXeELN6zgI3kGXtcd5BDg55Se8AkeWhpuK5SVzp_P8_aosahzMVATE9-8iqJRASDz-T11hgRquDsTMik8gtK4UHf46WYyK9xHDpKtZ9jcVyx4IKc7rVe4vgA5a2qRCjVN/w640-h406/touradas1.jpg" width="640" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Escritura de trato, ajuste e convenção que fazem
Urbano José da Costa, Francisco José de Moraes, Antonio Domingues de Carvalho,
João Antonio Maria Pereira, José da Silva Dias e José de Miranda Lima; com José
Esteves de Carvalho, da feitura de uma Praça para o espetáculo de Touros, como
abaixo de declara.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Saibam quantos este público instrumento de
Escritura de contrato, ajuste e convenção ou como em direito melhor nome e
lugar tenha e virem, que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus
Cristo de mil oitocentos e dezessete, aos cinco dias do mês de Março do dito
ano nesta Cidade de Salvador, Bahia de todos os Santos e meu Cartório aí apareceram
presentes partes a esta outorgantes havidos e contratados, a saber de uma parte
Urbano José da Costa, Francisco José de Moraes, Antonio Domingues de Carvalho,
João Antonio Maria Pereira, José da Silva Dias e José de Miranda Lima e da
outra parte José Esteves de Carvalho, aqueles os reconheço pelos próprios de
que faço menção e este as testemunhas abaixo me certificaram ser o próprio; e
logo por aqueles me foi dito em presença das mesmas testemunhas, que eles tem
contratado com o sobredito José Esteves de Carvalho Mestre Carpina, fazer uma
Praça no Forte de São Pedro dirigida ao espetáculo de Touros com a extensão de
quatrocentos palmos de fundo e trezentos de frente no seu quadro, que preenche
no seu circulo cento e oitenta camarotes com oito palmos de frete cada um, e
sete de fundo; uma varanda pela sua retaguarda com nove palmos de largura, que
será coberta de telha, e ripada de juçara com doze bancos no seu oblíquo
circulando a mesma Praça, cujos camarotes terão suas portas de fechar com
chave, e toda esta construção sem que haja perfeição, isso sim, segurança,
obrigado ele construir e entrega-la pronta pela quantia de quatorze mil
cruzados em que se tem ajustado, a pagamentos, a saber o primeiro de um conto e
duzentos mil réis que recebe ao fazer desta Escritura; o segundo de dois contos
e duzentos mil réis, estando coberta; e o terceiro e último de outros dos
contos e duzentos mil réis três dias depois de finda a obra, que todos estes
pagamentos perfazem a referida quantia dos quatorze mil cruzados concorrendo
ele construtor com todos os materiais, carretos, oficiais e tudo quanto for
necessário para a mesma obra, até seu final cumprimento, obrigados somente eles
outorgantes a dar armazém pronto para a sua arrecadação e se obrigam também a
pagar a ele construtor qualquer inovação que intentarem além da obra aqui
ajustada e ele construtor se obriga a dar acabada de toda a mesma obra no dia
vinte e três de junho deste corrente ano de mil oitocentos e dezessete; e por
que pode acontecer que a estação do inverno embarace por alguns dias o
andamento da referida obra, eles outorgantes terão para com ele construtor
alguma contemplação, uma que não seja por falta dos materiais que os deve ter
prontos para a construção da obra, sem embargo de carestia de preço ou
diminuição deste; pois que assim se acham justo com o dito construtor, pelo
qual me foi também logo dito que ele aceitava, como logo aceitou a presente
Escritura de ajuste trato e convenção com ele feita contadas as cláusulas e
condições, e obrigasse dela; e que para segurança da sua parte oferecia por seu
fiador a Manoel José de Almeida, o qual presente se achava e por ele me foi
dito que por sua pessoa e bens se obrigava, se obriga a tudo quanto se obriga o
seu fiado, o construtor José Esteves de Carvalho constante desta Escritura,
como se fosse com ele justo; e logo pelos ditos outorgantes me foi dito que
eles aceitavam o fiador o referido obrigando-se de tudo quanto se obrigou o seu
fiado. E finalmente por eles partes, cada qual no que lhes toca me foi mais
dito que eles por suas pessoas e bens se obrigavam a terem, manterem, cumprirem
e guardarem a presente Escritura e de nunca a encontrarem, revogarem,
reclamarem, nem outra disseram por si, ou por outrem, por ser muito de suas
livres vontades feita. Em fé e testemunho de verdade assim me outorgaram e me
requereram lhe fizesse este instrumento nesta nota em que assinaram, pediram e
aceitaram para se lhes dar os traslados necessários; sendo a tudo presentes por
testemunhas as abaixo assinadas. Eu Francisco Teixeira da Mata Bacelar Tabelião
a escrevi. José Esteves de Carvalho, Antonio Domingues de Carvalho, Francisco
José de Moraes, Urbano José da Costa, José de Miranda Lima, José da Silva Dias,
João Antonio Maria Pereira, Manoel José de Almeida. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Fonte:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Arquivo Público do Estado da Bahia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Seção Judiciária, Livro de Notas 191, páginas: 12v
a 13v. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-spacerun: yes;">Para saber mais: </span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><a href="https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/3693">“A los toros!”: as touradas em Feira de Santana(1893-1905) </a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="https://seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/view/35394">AS TOURADAS NA CIDADE DA BAHIA: TRANSIÇÕES NA DINÂMICA PÚBLICA SOTEROPOLITANA</a></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><a href="https://historiadoesporte.wordpress.com/2009/05/31/111/">AS TOURADAS DE 1808 </a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-86570287338453945552022-07-20T21:57:00.004-03:002022-07-20T22:12:51.338-03:00COM UM PEDACINHO DE PAPEL, UM PAU NO LUGAR DE PENA E ACENOS RECEBEU A SUA LIBERDADE MARIA LEOCADIA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz4Gh5BESc8sTb3ky3MTk6CghEEm0WNoQReDllGuM9o3_2ZdabatZP68KKbLr2aOUfPInHFKVglobwZtHjzIMX6U4pV6ExhOUw8bllBz0wiGalUspQ5dToBGvTRKChlTN4c0Cc-BPGR6Iu921uO3sCx4uXVK0qanTwELQysSq_GbfIXKppECEYQFli/s5055/DSC08363.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5055" data-original-width="4747" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz4Gh5BESc8sTb3ky3MTk6CghEEm0WNoQReDllGuM9o3_2ZdabatZP68KKbLr2aOUfPInHFKVglobwZtHjzIMX6U4pV6ExhOUw8bllBz0wiGalUspQ5dToBGvTRKChlTN4c0Cc-BPGR6Iu921uO3sCx4uXVK0qanTwELQysSq_GbfIXKppECEYQFli/w639-h640/DSC08363.jpg" width="639" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFCa1bhbN7I7fzzKnF_KirfXi1zKs3L0dZ1cOYCur4zX-SFjwglr2ZDtos_-2vW7gpnnWO7dTcq0Pu8OCEWITvw_Dcwm7g54E1fzc-Td_WAVp5GbKPYzY5eJuPRhor-h9saIj1XHPO5y2ZqYmAO4hwH7r7oFL9-OLFwKN8E8shiMn5OQ0mACQzfcJ3/s6997/DSC08364.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3428" data-original-width="6997" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFCa1bhbN7I7fzzKnF_KirfXi1zKs3L0dZ1cOYCur4zX-SFjwglr2ZDtos_-2vW7gpnnWO7dTcq0Pu8OCEWITvw_Dcwm7g54E1fzc-Td_WAVp5GbKPYzY5eJuPRhor-h9saIj1XHPO5y2ZqYmAO4hwH7r7oFL9-OLFwKN8E8shiMn5OQ0mACQzfcJ3/w640-h314/DSC08364.jpg" width="640" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: georgia;"><span>Em 1817 Thereza Maria de Jesus, provavelmente mulher egressa da escravidão, narrava na carta de alforria de Maria </span>Leocadia pedaços de sua vida. Libertando duas de suas filhas, uma delas muda, a qual ao seu modo pediu a sua Mãe que libertasse a sua cria. </span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: 12pt;">Cópia da carta de Liberdade da crioulinha Maria
Leocadia conferida por sua Senhora Thereza Maria de Jesus</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: georgia;">Digo eu Thereza Maria de Jesus, que tendo antes de
casada duas filhas, uma de nome Felicia Maria do Sacramento, que a tirei do
cativeiro dando por sua Liberdade cento e oitenta mil réis a seu Senhor Manoel
José de Faria, e por gratificação desse benefício tratou de cometer dentro da
minha casa traição e amizade ilícita, deflorando-se com meu sobrinho e Primo
Seu Luis Brandão de Mello casando-se por isso contra a minha vontade por já se
achar dele pejada, e ainda mais por caridade sobre o crime cometido do
defloramento lhe dei um crioulinho de nome Luis, com dez anos de idade, que
logo tratou de o vender a Domingos Pereira por cento e dez mil réis para pagar
dívidas feitas com funções e conveniências. E a segunda minha filha de nome
Maria Thereza moça muda, a esta fiz doação de uma crioulinha de nome Maria
Leocadia, filha da minha escrava manutinida de nome Efigênia nação nagô, logo
antes de batizar-se valendo vinte mil réis, a qual minha dita filha muda antes
do seu falecimento por acenos e com um pedaço de papel na mão e um pedacinho de
pau em lugar de pena sobre o papel, com os olhos na dita crioulinha, que se
acha agora com a idade de cinco anos incompletos, me pediu lhe passasse eu
Carta de Liberdade, e a mandasse embora, razão por que não obstante ser eu sua
herdeira forçada com licença de meu marido o Senhor Antonio Mendes de Jesus,
abaixo assinado, a ei por forra, livre e isenta de toda a escravidão como se
nascesse de ventre livre, e rogo as Justiças de Sua Majestade Fidelíssima, de
um e outro foro que esta façam cumprir e guardar como nela se contém, e quanto
por maior validade lhe falte alguma clausula ou clausulas em direito
necessários aqui as hei por expressas e declaradas como se de cada uma fizesse
expressa e declarada menção, e por não saber ler nem escrever pedi e roguei a
Luis Gonzaga de Santa Ana que esta por mim fizesse e assinasse perante as
testemunhas abaixo também assinadas. Bahia, dezoito de janeiro de mil
oitocentos e dezessete. A rogo de Thereza Maria de Jesus, e como testemunha que
esta fiz e assinei por mandato da manumite-te Luis Gonzaga de Santa Ana,
Antonio Mendes de Jesus, Joaquim de Santa Ana, Luis de França Vieira. Ao Tabelião
Albergaria. Bahia, três de fevereiro de mil oitocentos e dezessete, Simões.
Reconheço serem própria por conferência. Bahia, vinte quatro de abril de mil
oitocentos e dezessete. Em testemunho de verdade estava o sinal público.
Marcelino Epifânio Soares de Albergaria. E copiada a dita carta de Liberdade a
qual me reporto, esta conferi, concertei, subscrevi e assinei, e a própria
entreguei a quem abaixo a assinou. Bahia, 25 de abril de 1817. Eu Marcelino
Epifânio Soares de Albergaria que a subscrevi. Conferida por mim Tabelião. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Marcelino Epifânio Soares de Albergaria.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: georgia;">Fonte: Arquivo Público do Estado da Bahia, Seção
Judiciária, Livro de Notas 192, páginas: 38v/39. <o:p></o:p></span></span></p><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-20562229796938830892022-01-17T20:05:00.002-03:002022-01-17T20:05:48.697-03:00Dois meses depois de anúncio de leilão, plano para o Arquivo Público não foi definido. <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgZ0bVh_nLeF3EACeFz59kzkTWOeBOeD2GDiIwx31qT5gRLN8KfZVgwCantefPVH_7V_keRKqcd-xDiVEaHttEYoZsljEYSKtDGtyHvwWuW4A58yVTYinZXCilY4Zz9RimI4vvmJvMY08APlP3dRza-IqrL6cZRhct6cViBArbOy6CBKIJcK_ippO-_=s940" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="627" data-original-width="940" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgZ0bVh_nLeF3EACeFz59kzkTWOeBOeD2GDiIwx31qT5gRLN8KfZVgwCantefPVH_7V_keRKqcd-xDiVEaHttEYoZsljEYSKtDGtyHvwWuW4A58yVTYinZXCilY4Zz9RimI4vvmJvMY08APlP3dRza-IqrL6cZRhct6cViBArbOy6CBKIJcK_ippO-_=w640-h426" width="640" /></a></div><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">(Foto: Marina
Silva/Arquivo CORREIO)<o:p></o:p></span></p><b><div style="text-align: center;"><b style="font-size: 12pt;">Estado
diz que vai adotar medidas para acervo continuar onde está e Apeb completa 132
anos com fantasma à espreita: a falta de casa própria.</b></div></b></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A falta
de casa própria sempre ameaçou a integridade do acervo do Arquivo Público da
Bahia (Apeb). Sem endereço fixo, as mudanças não tinham planejamento e, em cada
uma delas, perdas ocorriam. Um dia depois do aniversário de 132 anos do
Arquivo, comemorado no domingo (16), a história ainda se repete. Nada se sabe
sobre o futuro dele. A possibilidade de o Solar da Quinta, onde hoje os acervos
estão localizados, <a href="https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/predio-do-arquivo-publico-da-bahia-na-baixa-de-quintas-vai-a-leilao/">ser leiloado</a> ainda existe e, mesmo após determinação
judicial, não há um plano de preservação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Foi na
manhã do dia 7 de novembro do ano passado que o fantasma da falta de casa
voltou a rondar o Apeb. A notícia perturbou o domingo de defensores do
patrimônio histórico: o Solar da Quinta seria leiloado para quitar uma dívida
da extinta Bahiatursa, transformada em Superintendência de Fomento ao Turismo
da Bahia há sete anos. O anúncio da venda desencadeou uma avalanche de notas de
repúdio, até que o leilão foi suspenso (Veja, no fim da reportagem, linha do
tempo interativa da história do Apeb).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O Ministério
Público do Estado da Bahia (MP-BA) interveio com uma manifestação contrária à
venda e o juiz George Alves de Assis, da 3ª Vara Cível de Salvador, <a href="https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/judiciario-decide-suspender-leilao-do-arquivo-publico-da-bahia/">acolheu a suspensão por, no mínimo, 60 dias.</a> Na decisão, o juiz apontou que, sem um
projeto de remoção do acervo, o leilão não aconteceria. Dois meses depois,
tendo o prazo ultrapassado, o MP afirmou à reportagem que ainda aguarda o
estado enviar o Plano de Salvaguarda e Remoção.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O diretor
da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, diz que o governo da Bahia manterá uma
"posição firme de que o acervo e o patrimônio devem continuar onde
estão". Para isso, completa Araújo, "nós vamos adotar todas as
medidas que forem necessárias no campo político, administrativo, jurídico, para
que isso seja assegurado". Sobre o plano, em si, não explicou. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">"Com
isso, nós estamos assegurando a proteção do acervo documental, a proteção do
edifício arquitetônico, e, consequentemente, a proteção do patrimônio cultural
da Bahia. Nós não cogitamos abrir mão daquele edifício, como não cogitamos a
remoção desse acervo", afirma o diretor da fundação responsável pela
administração do Apeb.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa
remoção de arquivo já ocorreu, pelo menos, seis vezes - a quantidade de vezes
que o Arquivo Público mudou de sede. Primeiro, o Apeb foi acomodado na Academia
de Belas Artes, depois improvisado no Palácio do Governo e mais adiante
amontoado numa velha casa da Rua do Tesouro, no bairro do Comércio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ainda
houve a transferência para o Palacete Tira-Chapéu, na Rua Chile, em seguida a
mudança para o prédio onde hoje funciona a Delegacia de Defesa do Consumidor,
até que o Apeb foi acomodado no atual endereço: o Solar da Quinta, datado do
século XVI, que já serviu de abrigo para jesuítas - o Padre Antônio Vieira
escreveu lá muitos dos seus sermões e cartas - e onde também funcionou um
leprosário.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O Arquivo
foi criado em 16 de janeiro de 1890, no governo de Manuel Victorino. A ideia de
reunir o acervo histórico baiano num só lugar, na verdade, dividida opiniões -
havia políticos que achavam desnecessário juntar em um só lugar o acervo,
devido aos gastos. Venceram aqueles que defendiam a organização de um único
arquivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://uranohistoria.blogspot.com/2021/11/arquivo-publico-do-estado-da-bahia.html" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="268" data-original-width="398" height="430" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiEB9vTisiYe5qvivMAnDPzWnU5KO2KTyKAB2NDq-1sEJjNo_nf_thbSvdffSHmCNOjU8ieCpiXCrxyYhx1Psvzwutn3cTS4WR9TGvwc5eUchzT7WcEQCaFh0YsU0L03vv_6ZfGQnsaFEB_Fg_PUdpBMDTB_mnhpE-zUrtEJ5omXNFegyWkmBDFM-of=w640-h430" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://uranohistoria.blogspot.com/2021/11/arquivo-publico-do-estado-da-bahia.html">Uma dasmudanças do APEB (Urano Andrade/Biblioteca Nacional)</a></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A mudança
para o Solar acontece em 1980. O imóvel é tombado desde 1949 pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em todas as mudanças
anteriores, perdas incalculáveis, e até desconhecidas, de acervo aconteceram.
Aos 132 anos, o Arquivo e seus defensores se preparam para um novo tempo de
incertezas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Arquivo
Público serve aos quatro continentes do mundo <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O Apeb é
a segunda maior instituição arquivística do país e está entre as maiores do
mundo. São 40 milhões de documentos que abastecem os quatro continentes do
planeta com manuscritos e impressos originais, produzidos, recebidos e
acumulados quando a cidade de Salvador se distinguiu por ser a capital
político-administrativa do Estado do Brasil, de 1549 a 1763. Se organizados de
maneira linear no chão, os documentos formariam um caminho de sete quilômetros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Desde
2006, o historiador e pesquisador freelancer (faz pesquisas por encomenda)
Urano Andrade, 49 anos, circula da manhã ao fim do dia pelo Arquivo Público. Na
pandemia, as visitas se tornaram menos frequentes, por imposição das
circunstâncias. Se Urano precisasse calcular, perderia as contas de quantos
personagens e histórias simbólicos, mas completamente desconhecidos, ele
encontrou no arquivo. Um dos achados é a trajetória de um africano liberto que
se tornou dono de uma padaria em plena Salvador Colonial.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEglBzE072-yEOex9TPqAx-5esg7gu_DkJu9KvszTcfb3CTjGpSEeH1kypEyVFWAFsIg9P8ve5OXKbj6zB-asvsTT4uAtrqqogjhqFiJuzdOxdAISER0fBkSmGDznBezHcXANHE1R4doVC8N8xpfZ6AqABBC9Ysfn-nqwjpViD41rX_xeMwiSnR0v93O=s940" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="627" data-original-width="940" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEglBzE072-yEOex9TPqAx-5esg7gu_DkJu9KvszTcfb3CTjGpSEeH1kypEyVFWAFsIg9P8ve5OXKbj6zB-asvsTT4uAtrqqogjhqFiJuzdOxdAISER0fBkSmGDznBezHcXANHE1R4doVC8N8xpfZ6AqABBC9Ysfn-nqwjpViD41rX_xeMwiSnR0v93O=w640-h426" width="640" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Acervos
são considerados "memória do mundo" (Foto: Marina SIlva/Arquivo
CORREIO)<o:p></o:p></span></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há também
a história da senhora que vendeu a liberdade a uma escravizada, mas exigiu o
bebê dela, ainda na barriga, em troca. Nos documentos do arquivo, Andrade
revisita a perversidade do passado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Hoje, o
pesquisador trabalha na elaboração de três bancos de dados, todos para
universidades dos EUA. Um, para Universidade de Princeton, sobre escravizados
libertos que retornaram para o continente africano. Outro, para a Universidade
Emory, de Atlanta, em que constarão as cartas de alforria guardadas pelo Apeb.
O último, que trará os testamentos de africanos, para a Universidade de Nova
York. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">"O
Arquivo Público é a história viva. Já trabalhei para América do Norte e Sul,
Ásia, muitos países", conta Urano. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A briga
judicial pelo prédio tinha começado um ano antes do início da jornada de Urano
no Arquivo. Mas a disputa começou na década anterior. O Solar da Quinta do
Tanque é, desde 1990, objeto de uma ação, movida pela TGD Arquitetos, contra a
Bahiatursa. O escritório de arquitetura alega que não foi pago por serviços que
prestados à estatal. Foi em 2005, no entanto, que a ação foi executada e a
Bahiatursa ofereceu, para penhora, o Solar. Nos corredores e salões do Arquivo,
os frequentadores pouco ou nada sabiam desses detalhes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Durante a
pandemia, as visitas <a href="http://www.fpc.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=370">precisam ser agendadas</a> e, por dia, são permitidas dez
delas, das 9h30 às 16h30. As preciosidades que podem ser visitadas incluem,
detalha a Fundação Pedro Calmon, por exemplo, o livro 1º de Provisões Reais
(1548), que descreve os objetos e materiais utilizados na construção da
"Cidade de São Salvador", em 1549.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há quatro
arquivos do acervo considerados pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como memórias do mundo. São eles o
Tribunal da Relação do Estado do Brasil e da Bahia (1652-1822),<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Registros de Entrada de Passageiros no Porto
de Salvador (1855-1964), Cartas Régias (1648-1821) e da Companhia Empório
Industrial do Norte (1891-1973).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A lista
de documentos valiosos, no entanto, vai além. Lá, estão os registros da criação
da Faculdade de Medicina e da vinda da família real ao Brasil, em 1808, e o
acervo sobre a Revolta dos Malês, por exemplo. O acervo do Arquivo, de tão
variado, já transformou em pesquisadores até antigos funcionários.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma delas
é Libânia Silva, 29. A historiadora trabalhou no Arquivo entre 2010 e 2019 e,
no horário do almoço, passou a visitar os acervos da Conjuração Baiana.
"Isso me ajudou bastante. Tive oportunidade de trabalhar com pessoas que
estavam ali há 30 anos", diz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Hoje,
Libânia cursa mestrado em Letras, na Universidade Federal da Bahia (Ufba), na
área de paleografia, estudo de manuscritos históricos que é essencial para
compreensão dos documentos. Alguns destes que, no Apeb, já provocaram choros na
pesquisadora: de tristeza - como quando encontrou o documento que solicitava a
retirada de corpos esquartejados dos mártires da Conjuração Baiana - e de
emoção - pelas "letras belíssimas, resquícios de ouro, laçadas
impressionantes, tão artísticas".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><b><span style="color: red;">Acesse a
fonte: Correio da Bahia, 17 de janeiro de 2022.</span></b></span></p>
<span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><a href="https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/dois-meses-depois-de-anuncio-de-leilao-plano-para-o-arquivo-publico-nao-foi-definido/?utm_source=correio24h_share_whatsapp">https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/dois-meses-depois-de-anuncio-de-leilao-plano-para-o-arquivo-publico-nao-foi-definido/?utm_source=correio24h_share_whatsapp</a></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-5551831937995266262022-01-06T20:03:00.001-03:002022-01-06T20:03:34.858-03:00EM BUSCA DA LIBERDADE EM PORTOS ESTRANGEIROS <p><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhRNQe3KFjJix2jOeCWvvDQU21u14TIEXsUH_1r3ffypkLr27RlHcbpIL-WjK16xV3rgfbZcObFLOyaqadwC0h6H1I67-o6fSTw5Gs_41dwWo963iktmm3IZGX4fU8dXKmtxMSCHRfhGyHMuUOGR7_IGLcfXQgPEyPn53U8A5FrymR0_q-C6qN27kWf=s1086" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="652" data-original-width="1086" height="409" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhRNQe3KFjJix2jOeCWvvDQU21u14TIEXsUH_1r3ffypkLr27RlHcbpIL-WjK16xV3rgfbZcObFLOyaqadwC0h6H1I67-o6fSTw5Gs_41dwWo963iktmm3IZGX4fU8dXKmtxMSCHRfhGyHMuUOGR7_IGLcfXQgPEyPn53U8A5FrymR0_q-C6qN27kWf=w640-h409" width="640" /></a></div><o:p><div><o:p><br /></o:p></div><div><o:p><br /></o:p></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Janeiro,
Ministério dos Negócios da Marinha em 31 de janeiro de 1856. <o:p></o:p></span></p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O fato de
se admitirem escravos a matrícula nos navios nacionais para portos estrangeiros
tem dado lugar a questões desagradáveis, quando os ditos escravos desertam e
procuram prevalecer-se do favor da legislação dos países, que não reconhecem a
escravidão, é convindo evitar semelhantes questões, sempre difíceis e odiosos,
e o mesmo prejuízo dos proprietários de escravos, julgo acertado recomendar a
Vossa Excelência para que o faça a Capitânia do Porto da Província que no
despacho das embarcações para tais portos, a exceção dos Estado Oriental, com
quem temos Tratado, que nos garante a entrega dos desertores e escravos, não admita
a matrícula marinheiros, que não sejam livres, fazendo compreender aos donos
dos escravos a risco, que convém de os perder, e que, quando por meios brandos
não consiga conserva-los, se negue a concessão da matrícula, participando Vossa
Excelência a esta Secretária de estado o que ocorrer. A Capitânia, dando execução
a esta ordem não fará, contudo, publicar. Deus guarde a Vossa Excelência. João
Maurício Wanderlei.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;">Fonte: APEB, Seção Colonial/Provincial, Maço: 934 </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3892829442599754343.post-41235903600205388282021-11-20T08:57:00.001-03:002021-11-21T19:04:37.272-03:00Arquivo Público do Estado da Bahia, cronologia histórica de uma morte anunciada.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFLhfdeUQjJVAkzNlA5ayXi3YWEw2JNIAmJ9yb1or52xjvIYE198pgUzibcxmzVo0mOYyNVqF3UkgnfHvUVsktyo5_8LOAP-j7SYzW8_xslWNeyYjPngTDvkAXr5ZJ_h1fJmJj8Ki4g6U/s1600/12045693_1042928809073506_6806876926987561544_o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFLhfdeUQjJVAkzNlA5ayXi3YWEw2JNIAmJ9yb1or52xjvIYE198pgUzibcxmzVo0mOYyNVqF3UkgnfHvUVsktyo5_8LOAP-j7SYzW8_xslWNeyYjPngTDvkAXr5ZJ_h1fJmJj8Ki4g6U/w640-h480/12045693_1042928809073506_6806876926987561544_o.jpg" width="640" /></a></div>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Criado em
16 de janeiro de 1890, no governo de Manuel Victorino, o Arquivo Público do
Estado da Bahia já causava debates acalorados entre os nobres deputados da
Assembleia Provincial. Na sessão ordinária de número 76, realizada em 30 de
julho de 1889, a discussão corria entono da contenção de gastos, a criação de
um Arquivo Público entrava na pauta como um estorvo desnecessário e oneroso; nesse
sentido exclamava o Sr. Deputado Aristides Borges: "Será inadiável a
criação do Arquivo Público; pois esta província não tem até hoje nos diversos
ramos de sua administração ocupado um lugar, não direi o primeiro do Império,
mas que não é inferior ao de suas irmãs, sem que tenha um Arquivo Público, quando
em ocasiões mais prósperas o poderia ter criado? Pode ser de utilidade a
criação de um Arquivo Público, e não contesto; mas eu vejo que em todas as
repartições há um arquivo, há um arquivo no tesouro provincial, na secretária
do governo e temos a biblioteca pública. E não se arquiva coisa nenhuma nestas
repartições. Vamos nos servindo com estes arquivos parciais, e quando as
circunstâncias forem outras, então criaremos o arquivo público". Infelizmente
esse pensamento perdura até os dias atuais. Nossos arquivos sempre foram vistos
como depósitos de papéis velhos, relegados a locais insalubres e sem espaço
adequado, raras são as exceções, como é o caso do Arquivo do Estado de São
Paulo, projetado para tal. Em Salvador, a prefeitura local está construindo o
Museu da Cidade, onde será abrigado todo o acervo do Arquivo Municipal, o qual
está sendo tratado e digitalizado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Superada
a crise e cessada as discussões, em 16 de janeiro de 1890, cria-se o Arquivo
Público. Em 17 de janeiro de 1891, festejava-se um ano da sua criação, para
comemorar a data foi homenageado o seu criador com a colocação de sua foto no
prédio da Academia de Belas Artes da Bahia, onde encontrava-se o Arquivo, localizado na Rua 28 de Setembro, à
época o arquivo possuía cerca de 1 milhão de documentos, dos quais já se havia
catalogado cerca de vinte mil. Também nesta ocasião discursou o seu diretor
Francisco Vicente Vianna: "São estas, pois, as considerações em que hoje
se acha o arquivo público do estado da Bahia, pequeno, é verdade, mas cheio de
esperanças. Quando relembro as dificuldades e os desenganos com que ela desde
então teve de lutar, titubeando, caindo, mas sempre se levantando". Mal sabia
Francisco Vicente Vianna que o Arquivo continuaria titubeante ao longo de toda
a sua história. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Desde a
sua criação muitas foram as dificuldades encontradas para se manter viva a
História da Bahia e do Brasil, não só o Arquivo Público, mas também a
Biblioteca Púbica passou por dificuldades. Vejamos o que relatava o articulista
do Diário de Notícias em 19 de abril de 1905: “Estes dois antigos monumentos,
que guardam os mais preciosos documentos da nossa história e cultura
intelectual, acham-se em deplorável estado: o primeiro porque, abatendo parte
do teto do edifício, em que está instalado, viu-se a sua administração obrigada
a remover, confusamente, para salvar de total prejuízo, o seu precioso
material, e a Biblioteca, porque, retirada por força maior do consistório da
Igreja Catedral, (vai por cerca de 6 anos!) ainda não foi reinstalada,
achando-se a sua grande e rica livraria amontoada em um dos cômodos do
pavimento inferior do Palácio do Governo”.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Em resposta, o governador José Marcelino de Souza dizia: “Quanto ao
Arquivo já providenciei para os reparos do edifício, a fim de ser tudo reposto
em seu competente lugar; e sobre a Biblioteca estou com todo cuidado, empenhado
em reinstalá-la, convenientemente, o que já não foi possível por falta de
edifício apropriado.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Pois bem,
não parava por aí, a saga continuava, e a cada despejo, parte do acervo ia se
perdendo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dez anos depois, novo despejo,
em 19 de março de 1915, o Arquivo Público é mudado para uma velha casa à Rua do
Tesouro, essa era a matéria que estampava a capa do Jornal A Notícia. Vejamos
de que forma isso foi relatado: “O transporte foi feito por caminhões e os
montões de folhas preciosas do Arquivo eram atirados das janelas do edifício da
Escola, dentro do caminhão, sem nenhum cuidado, sem nenhum carinho. A remoção
terminou ontem”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na imagem podemos ver
os documentos sendo transportados. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720160&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=930" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1468" data-original-width="2048" height="458" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOrGbMAl70VWdKoFIn5gXyVEqIPsTNJtbywHxz36ZbsgdZgoxlwdXFxx0U7orGRxzpJL69R2XmdHOaIJmTereCECAWlnHK1MeEbJw1FqsFYJk5SiLA88vpUI87RjZ869HlsxPAhB-YL3o/w640-h458/I0000930-03%252805396x06949%2529+-+C%25C3%25B3pia-3.jpg" width="640" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Passado o
dano, em 1919 era anunciada a compra do antigo prédio da Associação dos
Empregados do Comércio, para nele instalar o Arquivo Público, o valor pago foi
de 40:000$00 (quarenta mil réis). A compra não agradou muita gente, a oposição
se pronunciou através do articulista, que salientava: “Deus queira, porém, que
esse dispêndio de dinheiro não seja para felicidade e gozo de algum afilhado do
situacionismo que, a título de conservação, o queira presentear com um palacete
para morar... de graça”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A saga do
Arquivo Público do Estado da Bahia segue ao longo dos séculos, em 2011, um
risco de incêndio deixou as escuras o atual prédio, foram mais de três anos
para a resolução do problema, reformas foram feitas, houve a requalificação da parte elétrica; recentemente a estrutura física do prédio passou por reforma, telhado,
forro, assoalho, portas e janelas, pintura, entretanto, nada foi investido para
a conservação do acervo, não há climatização, desumidificadores e o quadro de
pessoal é deficitário, muitos dos funcionários estão se aposentando. O prédio também não é adequado, umidade e a proximidade com imóveis em seu em tono trazem risco ao acervo. Em 2011 foi
relatado pela Direção do APEB a <a href="https://paracatumemoria.wordpress.com/2011/12/05/arquivo-publico-da-bahia-tem-capacidade-de-acondicionamento-documental-esgotada/" target="_blank">falta de espaço</a> para acondicionamento de novos
documentos gerados pelas repartições públicas: “Essa avaliação é feita por
Comissões de Avaliações, formadas em cada órgão do Estado”, explicou ao A Tarde
a coordenadora de Arquivos Intermediários, Adriana Souza Silva. O local que
padece de espaço também não tem estrutura física para esta atividade. Para
prevenir incêndios, devido à condição precária de rede elétrica, o primeiro
andar do prédio está sem iluminação há dez dias". Estamos em 2021, o que vem
sendo feito de toda a documentação produzida nas centenas de repartições públicas
do Estado? Para onde estão indo esses acervos? Que história iremos contar sobre?
A solução foi realizar uma triagem do que se receberia: “Para não se perder os
documentos mais importantes, uma seleção do que entra começou a ser feita em
2010, com o Programa Estadual de Gestão de Documentos, que orienta órgão e
entidades da administração pública sobre os procedimentos necessários para o
armazenamento arquivístico”. Como se define qual documento é mais importante?
Quem o define? O que o define? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Chegamos
em 2021 e a situação é crítica, o atual prédio do APEB está sub judice, foi
dado o prazo de sessenta dias para que todo o acervo fosse relocado, será que
veremos a mesma cena de 1915? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Fontes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">1 - A
HORA, 11.02.1919<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=176419&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=85">http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=176419&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=85</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">2 -
Diário da Bahia, 27.12.1889 <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=801097&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=2236">http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=801097&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=2236</a>
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">3 -
Jornal de Notícias, 17.01.1891 <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=222216&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=47">http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=222216&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=47</a>
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">4 -
Jornal de Notícias, 10.02.1898 <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=222216&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=1296">http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=222216&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=1296</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">5 - A Notícia,
09.03.1915 <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720160&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=874">http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720160&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=874</a>
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">6 - A
Notícia, 13.03.1915 <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720160&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=930">http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=720160&pesq=%22Arquivo%20P%C3%BAblico%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=930</a>
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">7 -
Arquivo Público de Paracatu - MG <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="https://paracatumemoria.wordpress.com/2011/12/05/arquivo-publico-da-bahia-tem-capacidade-de-acondicionamento-documental-esgotada/">https://paracatumemoria.wordpress.com/2011/12/05/arquivo-publico-da-bahia-tem-capacidade-de-acondicionamento-documental-esgotada/</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">8 -
Pesquisando a História <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="https://uranohistoria.blogspot.com/2014/02/suspensao-de-atendimento-externo-no.html">https://uranohistoria.blogspot.com/2014/02/suspensao-de-atendimento-externo-no.html</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com