CONVERSANDO COM SUA HISTÓRIA: A ARTE DA PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA MEMÓRIA


Prezado(a)s,

O mês de agosto da 12ª edição do curso Conversando com a sua História será realizado em parceria com o Museu de Arte Moderna da Bahia MAM, tendo como tema “A arte da produção e organização da memória”, e integrará a programação da 3º Bienal da Bahia, compondo o projeto Campo Gravitacional: arquivo e ficção, sob a curadoria de Ana Pato. O supracitado projeto visa observar e discutir as práticas e os procedimentos em torno dos espaços da memória, mais especificamente dos arquivos e bibliotecas. O projeto prevê uma série de ações, que tem como pressuposto a problemática do arquivo, tendo a arte contemporânea como fio condutor. Nesse sentido, o objetivo dos encontros é discutir a arquitetura da memória, a natureza burocrática dos arquivos, a memória oral, histórias e ficções dos espaços de memória da Bahia e a (in)visibilidade dos arquivos. Para tanto, diferentes instituições foram convidadas para apresentar seus acervos bem como historicizar a instituição a partir da proposta que deu origem a mesma, o projeto inicial, seus fundadores, colaboradores e mantenedores.
A atividade acontece todas as segundas-feiras, às 17 horas, na sala Kátia Mattoso - auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia
Programação:

Agosto – A arte da produção e organização da memória
04/08 – Entre o público e o privado: a construção da memória sobre a Bahia
Mosteiro de São Bento
Palestrante: Alícia Duhá Lose
Palestra: O Privado de interesse público: construção da memória no Mosteiro de São Bento da Bahia.

Arquivo Público do Estado Da Bahia
Palestrante: Maria Teresa Navarro de Britto Matos
Palestra: Memória e História do Arquivo Público do Estado da Bahia: 1890 a 2014
 Mediadora: Ana Pato

11/08 – A arquitetura da organização arquivística: práticas e procedimentos
Instituto Histórico e Geográfico da Bahia
Palestrante: Maria Helena Flexor
Palestra: Práticas e procedimentos em arquivos: visão de pesquisadora

Fundação Gregório de Mattos
Palestrante: Ruth Marcellino da Motta Silveira
Palestra: "O Arquivo Histórico Municipal de Salvador: registro vivo da história da primeira Capital do Brasil"
Mediadora: Fátima Fróes

18/08 – Tipologias de espaços de memória
 Terreiro Ilê Axé Opó Afonjá
Palestrante: Marcos Santana
Palestra: "Conhecendo quem somos, amamos e preservamos o que temos!"

Escola Parque
Palestrante: Tyrone Braga Santiago
Palestra: CECR - Escola Parque: 64 anos de educação integral e integração com a comunidade

Museu de Arte Moderna
Palestrante: Marcelo Rezende
Palestra: "A reinvenção da memória".
Mediador: Luiz Freire

25/08 – Descortinando a memória através da oralidade e da arte
Centro de Estudos Afro-orientais
Palestrante: Luzia Reis
Palestra: O Centro de Estudos Afro Orientais: arquivos, memórias e histórias
Terreiro Pilão de Prata
Palestrante: Pai Air

Teatro Vila Velha
Palestrante: Márcio Meirelles
Palestra: “A memória é uma ilha de edição”
 Mediadora: Suki Vilas Boas

01/09 – Tecendo histórias entre papeis, fotografias e itens museais
 Fundação Pierre Verger
Palestrante: Ângela Elisabeth Lühning
Palestra: O que fotos dizem e não dizem: o acervo da Fundação Pierre Verger.

Centro de Memória da Bahia
Palestrante: Walter Silva
Palestra: Centro de Memória da Bahia: olhares republicanos sobre a Bahia
Mafro - Palestrante: Graça Teixeira
Mediadora: Jamile Borges

Atenciosamente,
 Centro de Memória da Bahia
Fundação Pedro Calmon - Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Governo do Estado da Bahia

55-71-3117-6067

ARQUIVO PÚBLICO CONQUISTENSE: FONTES HISTÓRICAS DO SERTÃO DA BAHIA

FUNDO “INTENDÊNCIA” ESTÁ TOTALMENTE INVENTARIADO E DISPONÍVEL NO ARQUIVO PÚBLICO CONQUISTENSE


O Arquivo Público Conquistense concluiu hoje a organização do Fundo das Intendências de Vitória da Conquista, com documentos que abrangem o período de 1893 a 1930. O produto deste esforço é o Inventário Sumário do Fundo “Intendências”, um conjunto com 130 livros ocupando 3,6 metros lineares de documentação textual. O acesso a este acervo já é totalmente livre para a população.
O conteúdo deste fundo é basicamente de registros, compreendendo resoluções, marcas de fogo, atas do conselho municipal, cadernetas escolares, cadastro de eleitores, processo de pagamento, arrecadação de tributos, cadastro de contribuintes, recibos, memorial de tesouraria, livros-diário e razão.
Desta coleção, destacam-se as Marcas de Fogo, livros de registro de patente das marcas de ferrar gado. Esta coleção é um documento importante para o registro da memória da ocupação das terras desta região com a prática da pecuária. As Marcas são também um ícone da memória do coronelismo.


Fotos: Afonso Silvestre 

O Arquivo, portanto, continua cumprindo a sua função de Lugar de Memória, organizando seu acervo e disponibilizando o mesmo para pesquisa e consulta, que podem ser realizadas em qualquer momento, sob a orientação e o acompanhamento dos servidores.

ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL DE CAETITÉ


A criação do Arquivo Público Municipal de Caetité remonta ao ano de 1995 por iniciativa de professores da UNEB, que apresentaram à Gerência de Arquivos Municipais do Arquivo Público da Bahia APB, em março de 1996, um projeto de criação de um arquivo público para a cidade de Caetité.
Posteriormente, em 19 de abril de 1996, foi convocada uma reunião na Câmara de Vereadores de Caetité, com a finalidade de discutir os termos de um convênio de parceria envolvendo a Prefeitura Municipal, o APB e a UNEB. Nessa reunião, onde estiveram presentes o então Prefeito Municipal, o Sr. Olimar Oliveira Rodrigues, a Secretária de Educação do Município, a Sra. Sônia Silveira, o Presidente da Câmara de Vereadores, o Sr. Francisco Nelson C. Neves, o representante da direção da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caetité, o professor Manoel Raimundo Alves, os representantes do APB, o Sr. Divaldo Alcântara e a Sra. Maria Solenar R. Nascimento, e os professores Paulo Henrique Duque Santos, Maria de Fátima Novaes Pires e Tânia Portugal, foram estabelecidos os primeiros encaminhamentos relativos à formalização do convênio, implantação do Arquivo e sua incorporação ao Sistema Estadual de Arquivos, possibilitando a Caetité tornar-se um dos vinte primeiros municípios baianos a adotar política pública de guarda e preservação de acervos.


DEFESA DE DOUTORADO: O FEITIÇO DA CURA - HISTÓRIAS DO POVO DE SANTO, FEITICEIRAS E CURANDEIROS DA BAHIA - 1930-1960


Moleque escravo açoitado até a morte pelo crime de sodomia (1678)

Gravura de Debret, 1835
Publicado em 17 de julho de 2014
Por Luiz Mott.

O segundo registro de um crime homofóbico ocorrido no Brasil nos leva a Sergipe del Rey, no ano do Senhor de 1678. A vítima é um moleque escravo que foi açoitado até à morte por ter mantido relação sodomítica com um capitão do exército. Tal episódio encontra-se registrado no 14º Caderno do Nefando da Inquisição de Lisboa: Frei Inácio da Purificação, carmelita da Bahia, denuncia ao Santo Ofício uma série de delitos contra a Fé e bons costumes observados na Ouvidoria de Sergipe: “na Vila Nova do Rio São  Francisco,  vi um homem por nome Capitão Pedro Gomes, tão escandaloso em cometer o pecado nefando, que publicamente o comete com brancos e pretos, e na mesma fama está também incurso um sacerdote, Padre Diogo Pereira, morador na Cotinguiba,  a 5 léguas de Sergipe del Rey”.


1590 é a data oficial da conquista de Sergipe e fundação da cidade de São Cristóvão. Assim sendo, em 1678, quando da denúncia deste crime de morte contra um jovem escravo sodomita, a Ouvidoria de Sergipe, agregada à Capitania da Bahia, já contava com quase um século de colonização, tanto que nesse sumário inquisitorial, dos 19 denunciantes, 6 já eram sergipanos natos, 6 portugueses e os 7 restantes, naturais das capitanias limítrofes. Estima-se que nessa Comarca viviam então aproximadamente 17 mil habitantes, dos quais 1/4 constituído de brancos luso-brasileiros, conhecidos como “mazombos”, predominando contudo os negros crioulos e africanos, mulatos, mamelucos e índios aldeados. Sergipe contava então com quase uma vintena de engenhos de açúcar, sua principal fonte de renda.

ACESSE O TEXTO NA ÍNTEGRA: http://historiahoje.com/?p=2946 

FERREIROS DE SANTO DE SALVADOR: ARTE, RESISTÊNCIA E HISTÓRIA

(Foto: Lucas Marques) 

Matéria sobre a expulsão dos artesãos de ferro do local que ocupam há mais de um século, os Arcos da Ladeirada Conceição.
Estranhamente, o despejo foi decretado pelo IPHAN, em nome da preservação do patrimônio histórico da cidade:
"Deixamos aqui registrado os nossos primeiros questionamentos: para além da agravante problemática acerca do patrimônio material e das mudanças que essa desocupação vai gerar no planejamento financeiro dessas pessoas, qual será o impacto imaterial que a ruptura de uma tradição, feita a esses moldes, irá acarretar? Qual tipo de amparo, como se deu o diálogo e qual o suporte planejado entre SUCOM (Superintendência de Controle e Ordenamento do Solo), IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ) e SECULT (Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) na gestão desse conflito? Para onde vão Zé Diabo e todos os outros e qual a preocupação real do município e estado com uma atividade imprescindível para a manutenção dos cultos aos Orixás e Inquices das religiões de matrizes africanas na Bahia?

A ação põe ainda em risco a possibilidade de fragilização e até mesmo de extinção de um técnica e processo criativo centenária, que através da oralidade vem ensinando quem somos e para onde vamos. Embates que cada dia mais invadem nossas timelines nos fazendo conhecer e temer termos como gentrificação, aculturação e especulação. São essas as primeiras perguntas que fazemos e aguardamos respostas nessas 24 horas de um total de 72 que iremos cobrar e acompanhar. Que a prática-afetiva entre deuses, homens e coisas, não se separem. "
ACESSE MATÉRIA: 

IV Congreso Internacional Ciencias, Tecnologías y Culturas

 IV Congreso Internacional Ciencias, Tecnologías y Culturas, USACH, octubre, 2015.

Universidade do Chile

SIMPÓSIO: Trabalho forçado nas sociedades da América Latina (XVI-XIX).


CONVOCATÓRIA

O trabalho forçado na América Latina acompanhou a expansão europeia em diferentes cantos do “Novo Mundo”, onde espanhóis, portugueses, ingleses, holandeses e franceses buscaram estabelecer instituições e práticas de trabalho que permitiam aproveitar os recursos humanos e naturais do vasto continente. Desde o início da época colonial, os indígenas foram submetidos a numerosas formas de trabalho forçado, incluindo a escravidão, a encomienda, a mita e o repartimiento. Além disso, praticamente todas as áreas do continente chegaram a conhecer a escravidão negra e outras formas de trabalho coercitivo.
O processo gradual da abolição da escravatura não significou o fim do trabalho coercitivo na América Latina. Muitas formas de mão de obra forçada perduraram, outras surgiram durante a época republicana e contemporânea: recrutamento, trabalho carcerário, inquilinaje, pongueaje, entre outros regimes de trabalho que não se podem classificar como “livres”.
            O objetivo deste simpósio é examinar e comparar, com um enfoque continental, comparativo e interdisciplinar, as formas, condições e representações da escravidão e de outros tipos de trabalho involuntário (incluindo o supostamente livre) na América Latina, desde os primeiros tempos de colonização no século XVI até a atualidade. Entre as disciplinas que dialogarão com esta discussão estão: a história, a sociologia e a antropologia.
Os trabalhos apresentados abordarão diferentes aspectos da problemática tais como: o processo de transição entre diferentes tipos de mão de obra coercitiva; as representações sobre raça ou etnicidade, gênero etário e trabalho; as tensões e complementaridades em torno da implementação e persistência da escravidão e outras instituições de trabalho; e os debates sobre as formas características do trabalho forçado tanto do passado quanto da época contemporânea.
ACESSE:

PASQUALE DE CHIRICO - 1873-1943


Pasquale De Chirico foi um escultor, desenhista e professor italiano. Ele nasceu na histórica comuna de Venosa, no sul da Itália, em 24 de maio de 1873. Filho de Miguel Ângelo De Chirico e Donata Maria Rosina De Chirico. Descendente de uma família de artistas, Pasquale foi estudar escultura no Reale Istituto di Belle Arti di Napoli, onde foi aluno do mestre escultor Achille D’Orsi. Depois, completou seus estudos em Roma.
Aos 20 anos de idade, em 1893, Pasquale emigrou para São Paulo, onde abriu uma fundição, casou-se, morou por dez anos na Cidade e teve duas filhas. Mudou-se para Salvador, em 1903, quando Theodoro Sampaio o convidou para fazer as esculturas da Faculdade de Medicina da Bahia, que estava sendo reformada após um incêndio.
Pasquale montou seu atelier na Rua do Tijolo (atual rua 28 de Setembro, no Centro Histórico) e tornou-se o mais importantes escultor na Bahia, em sua época. Esse prolífico artista possui muitas obras espalhadas por Salvador. Várias de suas esculturas, em bronze, foram fundidas na Itália.

Lecionou escultura e desenho na Escola de Belas Artes da Bahia, de 1918 a 1942. Inicialmente como professor contratado, depois tornou-se o titular da cadeira de escultura. Posteriormente, a sala de escultura dessa Escola, que é parte da UFBA, recebeu seu nome.
Pasquale morou de aluguel por vários anos até construir sua casa própria no Rio Vermelho, com projeto de sua autoria, onde veio a falecer em 31 de março de 1943.

Entre suas mais importantes obras estão:
1903 - Esculturas da Faculdade de Medicina da Bahia, treze peças.
1916 - Trabalho artístico, em bronze e ferro fundido, do Relógio de São Pedro.
c. 1916 - Monumento ao Barão do Rio Branco. Nota: existem referências que indicam que esse Monumento foi inaugurado em 1919, mas uma antiga fotografia de São Pedro, mostra que ele existia antes do Relógio, inaugurado em 1916.
c. 1919 - esculturas das Guardiãs na fachada do Palácio Rio Branco.
1920 - Monumento a Jesus - o Salvador (Cristo da Barra).
1923 - Monumento à Castro Alves.
1923 - Herma do General Labatut, no Largo da Lapinha.
1924 - Monumento a Almeida Couto.
1924 - Conjunto em homenagem ao Barão de Macaúbas.
1932 - Monumento ao Conde dos Arcos.
1934 - Monumento ao Visconde de Cayru.
1935 - Busto de Ruy Barbosa, em Alagoinhas.
1936 - Busto do Irmão Joaquim do Livramento, na Igreja dos Órfãos de São Joaquim.
1937 - Monumento a D. Pedro II, no Jardim de Nazaré.
1937 - Medalhão a Eurycles de Mattos (encrustado em uma coluna de granito), Rio Vermelho (desaparecido).
1938 - Estátua de Góes Calmon, Academia de Letras da Bahia (antes estava nos Barris).
1942 - Busto de D. Pero Fernandes Sardinha, na Praça da Sé.
1943 - Monumento ao Padre Manoel da Nóbrega.
Escultura de Thomé de Souza, em gesso, e escultura do governador desnudo, ambas no Palácio Rio Branco (provavelmente por volta de 1919, ano da inauguração do Palácio).
Busto de Theodoro Sampaio no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.
Monumento ao Cardeal De Lucca, em Venosa, Itália.
Escultura Remorso no pátio da Escola de Belas Artes da UFBA. 

Fonte: Arquivo Público do Estado da Bahia 
Seção Republicana / Secretaria de Segurança Pública 
Caixa: Nº 37/6479 
Pacote: 02 
Datas limites: 1917-1946 

Para saber mais: