Pasquale
De Chirico foi um escultor, desenhista e professor italiano. Ele nasceu na
histórica comuna de Venosa, no sul da Itália, em 24 de maio de 1873. Filho de
Miguel Ângelo De Chirico e Donata Maria Rosina De Chirico. Descendente de uma
família de artistas, Pasquale foi estudar escultura no Reale Istituto di Belle
Arti di Napoli, onde foi aluno do mestre escultor Achille D’Orsi. Depois,
completou seus estudos em Roma.
Aos
20 anos de idade, em 1893, Pasquale emigrou para São Paulo, onde abriu uma
fundição, casou-se, morou por dez anos na Cidade e teve duas filhas. Mudou-se
para Salvador, em 1903, quando Theodoro Sampaio o convidou para fazer as
esculturas da Faculdade de Medicina da Bahia, que estava sendo reformada após
um incêndio.
Pasquale
montou seu atelier na Rua do Tijolo (atual rua 28 de Setembro, no Centro
Histórico) e tornou-se o mais importantes escultor na Bahia, em sua época. Esse
prolífico artista possui muitas obras espalhadas por Salvador. Várias de suas
esculturas, em bronze, foram fundidas na Itália.
Lecionou
escultura e desenho na Escola de Belas Artes da Bahia, de 1918 a 1942.
Inicialmente como professor contratado, depois tornou-se o titular da cadeira
de escultura. Posteriormente, a sala de escultura dessa Escola, que é parte da
UFBA, recebeu seu nome.
Pasquale
morou de aluguel por vários anos até construir sua casa própria no Rio
Vermelho, com projeto de sua autoria, onde veio a falecer em 31 de março de
1943.
Entre
suas mais importantes obras estão:
1903
- Esculturas da Faculdade de Medicina da Bahia, treze peças.
1916
- Trabalho artístico, em bronze e ferro fundido, do Relógio de São Pedro.
c.
1916 - Monumento ao Barão do Rio Branco. Nota: existem referências que indicam
que esse Monumento foi inaugurado em 1919, mas uma antiga fotografia de São
Pedro, mostra que ele existia antes do Relógio, inaugurado em 1916.
c.
1919 - esculturas das Guardiãs na fachada do Palácio Rio Branco.
1920
- Monumento a Jesus - o Salvador (Cristo da Barra).
1923
- Monumento à Castro Alves.
1923
- Herma do General Labatut, no Largo da Lapinha.
1924
- Monumento a Almeida Couto.
1924
- Conjunto em homenagem ao Barão de Macaúbas.
1932
- Monumento ao Conde dos Arcos.
1934
- Monumento ao Visconde de Cayru.
1935
- Busto de Ruy Barbosa, em Alagoinhas.
1936
- Busto do Irmão Joaquim do Livramento, na Igreja dos Órfãos de São Joaquim.
1937
- Monumento a D. Pedro II, no Jardim de Nazaré.
1937
- Medalhão a Eurycles de Mattos (encrustado em uma coluna de granito), Rio
Vermelho (desaparecido).
1938
- Estátua de Góes Calmon, Academia de Letras da Bahia (antes estava nos
Barris).
1942
- Busto de D. Pero Fernandes Sardinha, na Praça da Sé.
1943
- Monumento ao Padre Manoel da Nóbrega.
Escultura
de Thomé de Souza, em gesso, e escultura do governador desnudo, ambas no
Palácio Rio Branco (provavelmente por volta de 1919, ano da inauguração do
Palácio).
Busto
de Theodoro Sampaio no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.
Monumento
ao Cardeal De Lucca, em Venosa, Itália.
Escultura
Remorso no pátio da Escola de Belas Artes da UFBA.
Fonte: Arquivo Público do Estado da Bahia
Seção Republicana / Secretaria de Segurança Pública
Caixa: Nº 37/6479
Pacote: 02
Datas limites: 1917-1946
Para saber mais: