O Forte de Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador,
sediará nesta sexta-feira (5), a partir das 18h, o lançamento do livro
autobiográfico "O Pelé da Capoeira". A obra trata da história de vida do
mestre capoeirista baiano conhecido como “Pelé da Bomba”, registrado
civilmente como Natalício Neves da Silva, autor do livro.
Nascido em 1934, no distrito de Cipoá, município de Governador Mangabeira, no Recôncavo baiano, Mestre Pelé da Bomba se iniciou na capoeira em 1946, logo após a 2ª Guerra Mundial, na rampa do antigo Mercado Modelo, na Cidade Baixa, em Salvador. Teve como mestre, Bugalho, já falecido, considerado um dos maiores tocadores de berimbau da Bahia.
Mestre Pelé da Bomba fez história nas rodas de capoeira das festas de largo da capital baiana, como na Conceição da Praia, Boa Viagem e Lavagem do Bonfim, ficando conhecido como "gogó de ouro" por sua voz original e inconfundível. Ensinou no Corpo de Bombeiros da Bahia, onde era membro da corporação, daí o nome “Bomba”.
Capoeira de Angola
Por sua experiência, o mestre é sempre convidado para palestras, exibições públicas e já viajou por diversos países da Europa representando a Capoeira Angola da Bahia. No livro, são narrados o significado e a história da Capoeira Angola e do samba de roda na Bahia. A idéia é que a publicação auxilie na propagação da cultura popular e na preservação de elementos fundamentais para a cultura local, como memória, oralidade, temporalidade, ancestralidade e ritualidade.
Em atividade desde a década de 1960, tempo em que poucos eram mestres de fato, o Mestre Pelé da Bomba é frequentemente convidado por escolas e instituições diversas, do Brasil e do exterior para palestras e simpósios. Segundo dados recentes do Ministério da Cultura (MinC), a capoeira é o produto cultural brasileiro mais difundido no mundo.
Em 2006, o Estado da Bahia, por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), reconheceu oficialmente a capoeira como Patrimônio Cultural baiano. Em 2008, foi a vez do Governo Federal, que registrou a manifestação como Patrimônio Nacional através do Ministério da Cultura.
Presos políticos
Administrado pelo Ipac, o Forte de Santo Antônio é propriedade da União, mas está cedido à SecultBA. A fortaleza fica no mesmo lugar de extinta trincheira militar construída em 1627, após a expulsão dos holandeses de Salvador. Em 1638, antes da segunda invasão holandesa, o Conde de Bagnoli mandou erguer o forte que acabou funcionando como um dos pontos de resistência à invasão. Em 1659, foram feitas reformas na edificação que ainda era de terra. A construção de pedra e cal foi realizada já no final do século 17.
Além de fortificação estratégica, já que fazia cruzamento de tiro com o forte do Barbalho e tinha plena visão da Baía de Todos os Santos, o prédio foi destinado a vários usos, inclusive, como prisão. Na década de 1950 foi transformado em Casa de Detenção, depois desativada em 1976, e durante o regime militar abrigando presos políticos.
A edificação chegou a ser ocupada por populares e depredada, mas, em 1997, o MinC e o Ipac iniciaram estudos para sua restauração e reativação, concluída em 2006. Atualmente o forte sedia diversas ações de caráter social, educativo e fundamentalmente cultural, desde atividades das academias de capoeira até eventos de linguagens e manifestações artísticas.
Nascido em 1934, no distrito de Cipoá, município de Governador Mangabeira, no Recôncavo baiano, Mestre Pelé da Bomba se iniciou na capoeira em 1946, logo após a 2ª Guerra Mundial, na rampa do antigo Mercado Modelo, na Cidade Baixa, em Salvador. Teve como mestre, Bugalho, já falecido, considerado um dos maiores tocadores de berimbau da Bahia.
Mestre Pelé da Bomba fez história nas rodas de capoeira das festas de largo da capital baiana, como na Conceição da Praia, Boa Viagem e Lavagem do Bonfim, ficando conhecido como "gogó de ouro" por sua voz original e inconfundível. Ensinou no Corpo de Bombeiros da Bahia, onde era membro da corporação, daí o nome “Bomba”.
Capoeira de Angola
Por sua experiência, o mestre é sempre convidado para palestras, exibições públicas e já viajou por diversos países da Europa representando a Capoeira Angola da Bahia. No livro, são narrados o significado e a história da Capoeira Angola e do samba de roda na Bahia. A idéia é que a publicação auxilie na propagação da cultura popular e na preservação de elementos fundamentais para a cultura local, como memória, oralidade, temporalidade, ancestralidade e ritualidade.
Em atividade desde a década de 1960, tempo em que poucos eram mestres de fato, o Mestre Pelé da Bomba é frequentemente convidado por escolas e instituições diversas, do Brasil e do exterior para palestras e simpósios. Segundo dados recentes do Ministério da Cultura (MinC), a capoeira é o produto cultural brasileiro mais difundido no mundo.
Em 2006, o Estado da Bahia, por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), reconheceu oficialmente a capoeira como Patrimônio Cultural baiano. Em 2008, foi a vez do Governo Federal, que registrou a manifestação como Patrimônio Nacional através do Ministério da Cultura.
Presos políticos
Administrado pelo Ipac, o Forte de Santo Antônio é propriedade da União, mas está cedido à SecultBA. A fortaleza fica no mesmo lugar de extinta trincheira militar construída em 1627, após a expulsão dos holandeses de Salvador. Em 1638, antes da segunda invasão holandesa, o Conde de Bagnoli mandou erguer o forte que acabou funcionando como um dos pontos de resistência à invasão. Em 1659, foram feitas reformas na edificação que ainda era de terra. A construção de pedra e cal foi realizada já no final do século 17.
Além de fortificação estratégica, já que fazia cruzamento de tiro com o forte do Barbalho e tinha plena visão da Baía de Todos os Santos, o prédio foi destinado a vários usos, inclusive, como prisão. Na década de 1950 foi transformado em Casa de Detenção, depois desativada em 1976, e durante o regime militar abrigando presos políticos.
A edificação chegou a ser ocupada por populares e depredada, mas, em 1997, o MinC e o Ipac iniciaram estudos para sua restauração e reativação, concluída em 2006. Atualmente o forte sedia diversas ações de caráter social, educativo e fundamentalmente cultural, desde atividades das academias de capoeira até eventos de linguagens e manifestações artísticas.
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