Quadros, objetos
de prata, livros raros, antiguidades: os Arquivos Nacionais dos Estados
Unidos disponibilizarão uma base de dados on-line de bens culturais
roubados dos judeus ou perdidos na época nazista, em colaboração com
países europeus.
Os Arquivos Nacionais americanos abriram um site na internet onde é
possível navegar através de arquivos americanos, franceses, britânicos,
alemães, belgas ou ucranianos e ter acesso a milhões de páginas de
documentos e imagens digitalizadas que explicitam estes bens.
O site (www.archives.gov/research/holocaust/international-resources)
foi lançado oficialmente nesta quinta-feira em Washington em uma
cerimônia da qual participaram dirigentes dos arquivos nacionais de
vários países.
"Este projeto faz da história um instrumento da justiça", resumiu
James Hastings, coordenador do projeto dos Arquivos Nacionais em
Washington.
"Investigadores de todo o mundo podem utilizar a partir de agora um
ponto único de entrada para ter acesso a estes documentos
digitalizados", declarou David Ferriero, diretor dos Arquivos Nacionais
americanos.
Esta colaboração, que engloba 11 organizações de sete países, conta
com a participação de instituições como o Museu americano do Holocausto,
a "Conferência sobre reivindicações materiais judaicas contra a
Alemanha" em Nova York - que já tem um registro on-line de 20 mil obras
-, os Arquivos do Memorial da Shoah, na França, e o Museu Histórico
alemão.
"Serão somadas outras colaborações no futuro", prometeu Hastings.
Muitos destes documentos já serviram para identificar e devolver bens
saqueados aos judeus, mas muitos outros ainda têm a possibilidade de
permitir novas devoluções e indenizações, indicaram os responsáveis
internacionais dos arquivos de vários países.
"Isto realmente foi feito para ajudar os herdeiros das vítimas",
explicou à AFP Frederic Du Laurens, diretor dos Arquivos Franceses,
cujos amplos recursos estão incluídos neste site.
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