Ubiratan Castro de
Araújo foi mais um dos estudantes que realizou a sua formação acadêmica no período
mais duro da ditadura militar brasileira, graduou-se em História pela Universidade
Católica do Salvador (1970), e em Direito pela Universidade Federal da Bahia (1971). Meio ao
turbilhão da época realizou o Mestrado em História na Université de Paris X,
na, França.
Em 1978 Ubiratan Castro
de Araújo passou a lecionar na Universidade Federal da Bahia, ensinado as
disciplinas Introdução ao Estudo da História, História Contemporânea,
Historiografia, Pesquisa Histórica, História Moderna, História da África, História do
Brasil e História da Bahia, dentre outras. Na pós-graduação
Ubiratan Castro ensinou Temas Selecionados de História Política do Brasil, Temas
Selecionados de História Social Brasileira, Métodos da História, História Social - Estruturas
Sociais, Pesquisa Supervisionada, Temas Selecionados- Escravidão e Liberdade.
Entre 1988 e 1992 o
Professor Ubiratan Castro de Araújo retornou a Paris, desta vez na Sorbonne, para fazer o
seu Doutoramento em História, defendendo uma tese sobre economia esclavagista na Bahia, orientado pela professora Kátia Mattoso. Ubiratan Castro de
Araújo exerceu ainda as funções de Coordenador do Mestrado em Ciências Sociais, do
Mestrado em História, a direção do Centro de Estudos Afro- Orientais. Até que em
2003 foi convidado para a direção da Fundação Cultural Palmares, no Governo do
Presidente Luis Inácio Lula da Silva.
À frente da Fundação
Cultural Palmares, Ubiratan Castro de Araújo teve o mérito de acelerar as titulações
de terras em caráter imemorial por parte das comunidades remanescentes de
quilombo, apropriando-se da re-semantização do termo e viabilizando a aplicação
do artigo 68 das disposições transitórias da Constituição de 1988, transformando-a em
Lei.
Em 2007 o Professor
Ubiratan Castro assumiu a Direção Geral da Fundação Pedro Calmon – Centro de
Memória e Arquivo Público da Bahia. Por sua trajetória o
Professor Ubiratan Castro de Araújo recebeu o prêmio Troféu Clementina de Jesus,
conferido em 2001 pela União dos Negros pela Igualdade; A Medalha do
Bicentenário da Restauração Portuguesa, Academia Portuguesa de História (2001)
Medalha Ordem do Mérito
Zumbi dos Palmares - Grau Comendador, Governo do Estado de
Alagoas (2005) Insignia da Ordem do Rio
Branco, Ministério das Relações Exteriores (2005)
Medalha Zumbi dos
Palmares, Câmara Municipal de Salvador (2006) Doutor Honoris Causa,
UNI-American Universidade Corporativa das Américas (2007) Publicou seis livros,
vários artigos em revistas acadêmicas e científicas, possui inúmeras participações
em eventos de caráter científico, cultural e político.
Tendo o Negro e a história
Baiana como seus temas mais abordados. Por tudo isto a Fundação
Maurício Grabois Homenageia Ubiratan Castro de Araújo, unindo-se a todos e
todas em agradecimento a sua contribuição para a nossa cultura.
FONTE: Revista Dialética