ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA




O fato de a ex-vereadora Olivia Santana necessitar de um emprego público é uma coisa. Outra é colocá-la no primeiro espaço vago, como por exemplo, o Arquivo Público, que o intelectual e integrante da Academia de Letras da Bahia, Ubiratan Castro, cuidava com carinho. Na verdade, Bira era presidente da Fudação Pedro Calmon, da qual o Arquivo é apêncice. Na Fundação não pode, porque cuida de todas as bibliotecas do Estado. Então, só se for desmembrando o Arquivo Público, o que seria um absurdo, mas é o que se aventa. Mas absurdos e Bahia são quase sinônimos. Num aviso aos navegantes, é bom saber que o Arquivo exige também requisitos, entre os quais ser conhecedor de documentos históricos, saber lidar com eles, ser enfim, um nome de conhecimentos, culto, intelectual como foi o saudoso Bira. Olívia Santana tem algum desse requisitos? Não. Assim posto, ela não pode ser nomeada, sobretudo para que o governo não passe a zombar da cultura da Bahia, se é que ainda há cultura, ou apenas lembrança dela por essas plagas.