O
Palácio Conde dos Arcos, situado no Garcia e datado de 1781 vai leilão no dia
1º de julho. O prédio que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) e pertence a Fundação Dois de Julho, será vendido
para sanear dívidas trabalhistas da entidade que giram em torno de R$ 4
milhões.
De
acordo com o diretor-geral da fundação, Marcos Portela, a decisão do leilão foi
um acordo com a Justiça do Trabalho para quitar o débito da fundação.
"Vamos vender apenas uma área do que temos lá. Com o dinheiro do leilão
vamos pagar todas as nossas dívidas trabalhistas. Ainda vai sobrar dinheiro
para outras dívidas e para outras atividades da fundação", disse.
A
penhora e a designação do leilão foram determinadas pelos juízes Ana Paola
Machado e Júlio César Massa, da Central de Execução e Expropriações de
Salvador, do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5), durante uma
audiência realizada no último dia 5. Ao todo
o terreno a ser leiloado tem 6.300 m². Segundo Portela, o valor mínimo por
metro quadrado do imóvel é de R$ 2 mil, o que resultaria em um lance mínimo de
R$ 12,6 milhões.
"Esse foi o valor acertado com a Justiça, mas esperamos
arrecadar mais", completou. Por ser
um bem tombado, a empresa que adquirir a área também deverá preservar o
casarão. Ainda
segundo o diretor, a venda da área não vai desfalcar a estrutura da fundação.
"Vamos perder apenas 12 salas, sacrificamos uma parte para não perder o
todo", informou Portela. O diretor completou dizendo que os outros prédios
que a fundação tem na região não serão afetados pelo leilão. "Vamos manter
lá 42 salas e toda a parte administrativa".
O Palácio
Construído
em 1781, o Palácio Conde dos Arcos foi a morada do último vice-rei do Brasil, e
também governador da capitania da Bahia, o oitavo Conde dos Arcos, Dom Marcos
de Noronha e Brito, que residiu no imóvel por sete anos.
Segundo
o Iphan, este solar inicia na Bahia, a transição entre o sobrado urbano
tradicional e o novo padrão de casa térrea, ligeiramente elevada, integrada ao
jardim.
No
pavimento nobre encontram-se azulejos "marmoreados" azuis e amarelos,
de composição do tipo grinaldas, procedentes da Fábrica do Rato, que ficava em
Portugal, no século XIX.
ACESSE A FONTE:
http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1683692-palacio-onde-morou-vice-rei-vai-a-leilao-em-salvador