LANÇAMENTO: ESCRAVIDÃO E LIBERDADE


Caríssimos colegas
É com grande satisfação que os convido para o lançamento da coletânea Escravidão e Liberdade: temas, problemas e perspectivas de análise, publicada pela editora Alameda. Ficaremos muito felizes com a presença de vocês. Até lá!
Lançamento:
Onde: Livraria Cultura, Av. Túlio de Rose n. 80 loja 302, Porto Alegre.
Quando: Dia 15 de março ‘as 19hs.

O convite eletrônico encontra-se em anexo.

Esta coletânea discute a experiência da escravidão e da liberdade no Brasil. Os artigos apresentados auxiliam-nos a problematizar tanto perspectivas teóricas, abordagens metodológicas quanto temas específicos de pesquisa. Ela traz para o leitor a análise do tema em uma perspectiva global em um contexto atlântico, discute relações de compadrio, comércio dos escravos, experiências de trabalho e de vida de cativos, libertos e livres antes e depois da abolição, entre outros aspectos. Ela é também resultado dos debates ocorridos no V Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional organizado pelo Grupo de Pesquisa do CNPq intitulado A experiência dos africanos e seus descendentes no Brasil (http://www.escravidaoeliberdade.com.br/).

Sumário

Apresentação
Parte I. A Escravidão em um contexto global
1.A abolição como um discurso de apreensão cívica: escravidão como abominação pública – Joseph C. Miller

2. No jogo das cores: liberdade e racialização das relações sociais na América portuguesa setecentista – Sílvia Hunold Lara

Parte II. Redes sociais, mobilidade social: análise de compadrio

3. O uso dos registros batismais para o estudo de hierarquias sociais no período de vigência da escravidão –Martha Daisson Hameister

4. A geografia do compadrio cativo: Viamão, Continente do Rio Grande de São Pedro, 1770-1795 – Bruna Sirtori & Tiago Luís Gil

5. Os escravos do Marechal e seus compadres. Hierarquia social, família e compadrio no sul do Brasil (c. 1820 – c. 1855) – Luís Augusto Ebling Farinatti

Parte III. Comércio de escravos

6. Clandestino e ilegal: o contrabando de escravos na Colônia do Sacramento (1740-1777) – Fábio Kühn

7. Rio Grande de São Pedro do Sul, c. 1790 – c. 1830: Tráfico negreiro e conjunturas atlânticas – Gabriel Santos Berute

8. A persistência da escravidão: população, economia e o tráfico interprovincial (Província de São Pedro, segunda metade do século XIX) – Thiago Leitão de Araújo

9. Comércio de escravos no Rio Grande do Sul (1850-1888): transferências intra e interprovinciais e perfis de cativos negociados em cinco municípios gaúchos – Rafael da Cunha Scheffer

10. Das charqueadas para os cafezais? O tráfico interprovincial de escravos envolvendo as charqueadas de Pelotas (RS) entre as décadas de 1850 e 1880 – Jonas Moreira Vargas

Parte IV. Experiências de trabalho durante a escravidão – cativos, libertos e livres

11. Distância na carne: mundo agrário, escravidão e fronteira nos Campos de Curitiba (séculos XVIII e XIX) –Carlos A. M. Lima

12. Livres e obrigados: experiências de trabalho no centro-sul do Brasil – Joseli Maria Nunes Mendonça

13. “Em benefício do povo”: o comércio de gêneros em Desterro no século XIX – Fabiane Popinigis

14. A família de Maria do Espírito Santo e Luis de Miranda Ribeiro: “agências e artes” de libertos e seus descendentes no Desterro do século XIX – Henrique Espada Lima

Parte V. Experiências sociais no pós-emancipação

15. Trajetórias de “setores médios” no pós-emancipação: Justo, Serafim e Juvenal – Beatriz Ana Loner

16. Diásporas de afrodescendentes – Lúcia Helena Oliveira Silva

17. Raça, escravidão e literatura nacional na Revista do Partenon Literário (Porto Alegre, 1869-79) – Alexandre Lazzari

Abraços
Regina Xavier

FÓRUM SOCIAL DO BEIRU



O Fórum Social do Beiru – FSB é uma iniciativa da comunidade Beiruense, que nasce de forma organizada para discutir as problemáticas sociais do bairro, trazendo seu âmbito possíveis soluções dentro das reais necessidades dos moradores da comunidade do Beiru e bairros vizinhos.




REDE DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA E JURÍDICA


Trata-se de um portal especializado em informação jurídica e legislativa do Brasil. Procura-se unificar, organizar e facilitar o acesso às informações descritivas de legislação, jurisprudência e proposições legislativas de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal.
Através do sistema de busca, você pode encontrar leis, decretos e bibliografia sobre o tráfico de escravos e escravidão no Brasil, dentre diversos outros temas.  
Boa pesquisa.

LIVRES ESCRAVOS




Pedimos ao Excelentíssimo Senhor Dantas, DD. Ministro da Justiça que se digne providenciar, com a maior energia, para que não continuem em escravidão os infelizes, dos quais trata a seguinte gazetilha do Comercial do Rio Grande do Sul de 11 de novembro do corrente ano:

LIVRES ESCRAVOS:

Somos informados que em poder do senhor Delfim F. do Amaral, residente no distrito do Boqueirão, neste município, se acham como escravas três pessoas livres.
É este o caso:
Laurinda, preta, em 1842 mais ou menos, passou do Estado Oriental, para o Brasil e foi considerada escrava por quem a acolheu em casa.
Viveu em Cangussú e aí teve três filhos, Aleixo, Thereza e Vitalino, que nunca foram batizados.
Estas pessoas ficaram em poder de Delfino Amaral, tidas como escravas, a ponto de ser a última vendida para o Rio de Janeiro.
Há oito ou dez anos, veio a mãe desses infelizes para esta cidade. Discutiu seus direitos e foi declarada livre por sentença do então Juiz municipal doutor Carvalhal.
Nos dizem que esses documentos estão no 2º cartório.
Sucede ainda que Thereza tem seis filhos, uns nascidos antes e outros depois da lei de 28 de setembro, os quais todos se acham no domínio ilegal do suposto senhor.     
Trata-se, pois da liberdade de nove pessoas reduzidas a escravidão e isso é bastante para que invoquemos a proteção do muito digno e justiceiro senhor doutor Juiz municipal deste termo em benefício daqueles desgraçados que apenas confiam nas garantias da lei e nos direitos que possuem como entes livres.
Pedimos a atenção daquele ilustre magistrado para o melindroso fato que apresentamos.
FONTE: 
Gazeta da Tarde, Rio de Janeiro, terça-feira, 30 de novembro de 1890

Edição: 00123

BIBLIOTECA DIGITAL DEL PATRIMÔNIO



A Biblioteca Digital do Patrimônio Ibero americano (BDPI) é um projeto da Associação de Bibliotecas Nacionais da Ibero-América (ABINIA) que tem como objetivo a criação de um portal que permita a consulta unificada para acesso aos recursos digitais de todas as Bibliotecas participantes.
Com este portal, a ABINIA visa divulgar o patrimônio bibliográfico de cada uma das Bibliotecas envolvidas no projeto, e facilitar o acesso ao maior número possível de cidadãos. Da mesma forma, a BDPI almeja tornar-se um exemplo internacional de cooperação ibero-americana.
Este portal também pretende incentivar todas as bibliotecas participantes da ABINIA a promoverem a digitalização das suas coleções, bem como a automação e padronização de seus catálogos, adaptando-os aos padrões internacionais de descrição e intercâmbio que facilitem a interoperabilidade necessária para o desenvolvimento do projeto.
Até o momento, o design e a criação do site ficou a cargo da Biblioteca Nacional de Espanha (BNE), que realizou este desenvolvimento informando a ABINIA sobre cada uma de suas etapas.
O portal integra descrições bibliográficas dos objetos digitais que cada biblioteca participante detém em suas coleções, tendo sido adotado no momento o padrão Dublin Core de metadados. Para isso, as bibliotecas submetem um conjunto mínimo de dados bibliográficos, que são indexados e armazenados em um servidor na sede do BNE. As consultas são realizadas sobre esses dados armazenados, mas os objetos digitais são sempre exibidos no ambiente da biblioteca que os submeteu, isso porque, a BDPI não armazena objetos digitais, apenas as descrições bibliográficas (metadados). O conteúdo dos registros bibliográficos assim como a gestão dos objectos digitais são de inteira responsabilidade de cada uma das bibliotecas participantes do projeto.

COLETÂNEA LABHOI UFF "PASSADOS PRESENTES"



A COLETÂNEA LABHOI UFF "PASSADOS PRESENTES" reúne os filmes "Passados Presentes - Memória Negra no Sul Fluminense"(2011, de Hebe Mattos e Martha Abreu), "Versos e Cacetes - o Jogo do Pau na Cultura Afro-fluminense" (2009, de Matthias Assunção e Hebe Mattos), "Jongos, Calangos e Folias - Música Negra, Memória e Poesia" (2007, de Hebe Mattos e Martha Abreu), "Memórias do Cativeiro" (2005, de Hebe Mattos, Martha Abreu, Guilherme Fernandez e Isabel Castro). Para adquirir a coletânea acesse o site da Editora da UFF:www.editora.uff.br
Em 2011, com a conclusão do documentário "Passados Presentes, memória negra no sul fluminense", o LABHOI (Laboratório de História Oral e Imagem da UFF) fecha um ciclo de filmes de pesquisa sobre a trajetória, a memória e o patrimônio cultural dos descendentes dos últimos escravos da antiga província do Rio de Janeiro.
A produção começou em 2005 com a realização de "Memórias do Cativeiro". Essa primeira experiência fílmica abriu novos caminhos de comunicação, de linguagem e de pesquisa e despertou nas professoras Hebe Mattos e Martha Abreu o interesse em expandir e aprofundar acervo e a escrita historiográfica audiovisual do LABHOI.
Através do Edital Petrobrás Cultural/2005, começou a ser composto o acervo audiovisual UFF Petrobrás Cultural Memória e Música Negra. Hoje com aproximadamente 300 horas de entrevistas e diversos tipos de manifestações culturais e políticas filmadas, o acervo, disponível na Biblioteca Central do Gragoatá na Universidade Federal Fluminense e com catálogo para pesquisa na web (www.labhoi.uff.br), foi a base dos três filmes seguintes do Laboratório.
Cada filme produziu e trabalhou o acervo a partir de um recorte de pesquisa específico, circulando por personagens, lugares, danças, desafios e expressões comuns. Juntos, os diferentes pontos de vista sobre a história dos descendentes dos últimos escravos da antiga província do Rio de Janeiro se somam, permitindo uma visão mais ampla e complexa de cada um dos temas trabalhados.

MANUSCRITOS DE TIMBUKTU



LYDIA POLGREEN 
DO NEW YORK TIMES
TIMBUKTU, Mali - Quando chegou o momento de perigo, Ali Imam Ben Essayouti sabia exatamente o que fazer. Os manuscritos delicados, pergaminhos interligados da mesquita do século XIV que ele comanda já tinham sobrevivido por centenas de anos na cidade de Timbuktu. Ele não estava disposto a permitir que os seus mais recentes invasores, rebeldes nacionalistas tuaregues e extremistas islâmicos de toda a região, os destruíssem agora. Assim, ele cuidadosamente empacotou os 8.000 volumes em um pano de saco, cuidadosamente empilhou-os em caixas e então, calmamente, levou-os a um bunker em um local não revelado.

- Esses manuscritos não são apenas para nós em Timbuktu. Eles pertencem à toda a a Humanidade. É nosso dever salvá-los - disse Essayouti.
Os moradores de Timbuktu sofreram terrivelmente sob o governo islâmico. Quase todos os prazeres da vida, mesmo os aparentemente inocentes, como ouvir música e dançar, foram proibidos. Com a chegada de tropas francesas e malinesas, em 28 de janeiro, a vida está voltando lentamente ao normal.
Mas rico patrimônio histórico da cidade sofreu perdas terríveis. Timbuktu é conhecida como a Cidade dos 333 Santos, uma referência aos pregadores Sufi e estudiosos que são venerados pelos muçulmanos daqui. Os rebeldes islâmicos destruíram túmulos de vários desses santos, alegando que tais santuários eram proibidos.
Durante a rápida abrupta da cidade no último fim de semana, os combatentes desferiram outro golpe de despedida, incendiando dezenas de antigos manuscritos do Instituto Ahmed Baba, a maior e mais importante biblioteca da cidade.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, acompanhou o presidente da França, François Hollande, numa visita à cidade no sábado para conseguir ver em primeira mão os danos infligidos aos artigos culturais. Ela disse que planos para reconstruir os túmulos dos santos já estão sendo feitos.
- Vamos reconstruir os mausoléus o mais rápido possível. Temos planos e temos a possibilidade de fazer isso. Acho que é importante para o futuro do povo malinês, sua dignidade e orgulho - disse ela.
Acervo cultural de Timbuktu encolheu nas mãos de extremistas
Nos tempos modernos, Timbuktu tornou-se sinônimo de lugar remoto. Mas a cidade prosperou por séculos numa área de cruzamento de duas grandes rotas: a das caravanas do Saara passava bem por seu labirinto estreito de ruas, trazendo sal, especiarias e tecidos do Norte; e pelo rio Níger vinham ouro e escravos de África Ocidental. Os comerciantes levaram livros, e escribas da cidade ganhavam a vida copiando-os a mão. Estes manuscritos cobrem uma vasta gama de conhecimento humano - filosofia islâmica e da lei, claro, mas medicina, botânica e astronomia também.
- Você encontra todo tipo de conhecimento nestes manuscritos. Qualquer tópico sob o sol - afirmou Essayouti.
Além de uma presença física, os artefatos de Timbuktu são uma lembrança inestimável de que a África Subsaariana tem uma longa história de força intelectual profunda. E de que parte desta história está escrita, não apenas transmitida oralmente de geração em geração.
- Este é o registro dos tempos de ouro do Império do Mali. Se você deixar isso desaparecer, seria um crime contra toda a Humanidade - declarou a diretora-geral da Unesco.
Os artefatos culturais de Timbuktu - cuja população de cerca de 50.000 encolheu com os problemas mais recentes - têm enfrentado muitos perigos ao longo dos séculos. Clima severo, cupins e os estragos do tempo cobraram um pedágio, juntamente com repetidas invasões - pelos imperadores Songhai, bandidos nômades, príncipes marroquinos e a França.No entanto, muitas das antiguidades têm sofrido.
- É um milagre que essas coisas tenham sobrevivido por tanto tempo - admitiu Essayouti.
Essa sobrevivência é um testemunho do hábito das famílias de Timbuktu de esconder suas valiosas relíquias sempre que o perigo está próximo, enterrando-os bem fundo do deserto. A família Konaté Alpha tem uma coleção de cerca de 3.000 manuscritos por gerações, e quando os rebeldes islâmicos chegaram, o senhor Alpha convocou uma reunião familiar.
- Temos que encontrar uma maneira de resguardar estes manuscritos - disse aos irmãos e ao pai.
Ele estava intimamente familiarizado com os muitos cantos e recantos em que os moradores da cidade, há muito tempo, escondiam seus manuscritos preciosos. Ao expandir o complexo da família uma década atrás, ele encontrou um tesouro de manuscritos, escondidos dentro de uma parede.
- Os proprietários anteriores tinha escondido tão bem que esqueceram - contou, dando de ombros.
A coleção de sua família ele escondeu muito bem. E se recusou a dizer aonde.
- Escondemos e é tudo o que vou dizer - afirmou.
Comunidade internacional tenta preservar história da cidade
Os manuscritos têm estado no centro de um amplo esforço internacional para preservar a frágil história de Timbuktu. Os governos de África do Sul e França, juntamente com a Fundação Ford e outros, gastaram milhões para construir uma nova biblioteca e abrigar a maior e mais importante coleção de manuscritos do Instituto Ahmed Baba.
Quando os rebeldes tuaregues chegaram pela primeira vez a Timbuktu, em abril, saquearam e queimaram muitos edifícios governamentais. O diretor interino do instituto, Abdoulaye Cissé, temeu que biblioteca nova e elegante do instituto se tornaria um alvo. Mas, quando os radicais chegaram uns dias depois, funcionários explicaram que a instituição era islâmica, cuja proteção era valiosa.
- Um dos líderes islâmicos deu o número do telefone celular dele ao guarda e disse a ele: 'se alguém te incomodar, me ligue, e eu estarei aqui'.
Mas os funcionários da biblioteca começaram a se preocupar que os islamistas descobrissem que a biblioteca recebeu financiamento dos Estados Unidos. Então, em agosto, eles decidiram mover quase toda a coleção, segundo Cissé.
- Mudamos tudo aos poucos para evitar levantar suspeitas - disse ele.
O material foi enviado para Mopti e, em seguida, para custódia na capital, Bamako. Os temores não foram injustificados. Nos dias caóticos finais da ocupação islâmica, tudo mudou. Um grupo de militantes invadiu a biblioteca antes de fugir e ateou fogo a tudo o que pôde encontrar. Felizmente, eles tiveram nas mãos em apenas uma pequena parte do acervo.
- Eles conseguiram encontrar a menos de 5%. Graças a Deus não foram capazes de encontrar qualquer outra coisa - comemorou Cissé.
Nenhuma das bibliotecas da cidade estão com pressa para retirar suas coleções dos esconderijos, apesar de Timbuktu estar de volta ao controle do governo. As forças francesas estão agora estacionadas em Gao, Timbuktu e fora da cidade de Kidal, no Norte; e ataques aéreos continuam contra os militantes perto da fronteira com a Argélia. Os combatentes foram expulsos das cidades grandes, mas ninguém tem certeza se eles vão voltar.
- Vamos manter nossos manuscritos seguramente escondidos até que tenhamos a certeza de que a situação é segura. Quando não podemos dizer - disse o senhor Alpha.
ACESSE A FONTE: 

Memórias de África e do Oriente



O site Memórias de África e do Oriente tem como objetivo principal a criação de um catálogo que reúna as referências da memória dos conhecimentos em arquivos, centros de documentação, bibliotecas e ficheiros de instituições, individuais e organizações relacionadas com a temática do desenvolvimento e cooperação com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e da Lusofonia em geral, bem como a criação de uma biblioteca digital para colocação on-line de obras raras ou únicas de difícil acesso com software que possibilite a pesquisa dentro dos textos.
O acesso é gratuito e via Internet de qualquer ponto do mundo por qualquer pessoa.
O catálogo possui referências bibliográficas recolhidas em acervos de Lisboa, Porto, Aveiro, Coimbra e Évora, dando uma dimensão nacional ao Projeto. Fizeram-se também avaliação de acervos noutros locais como Braga ou Vila Real mas não se recolheram referências nas instituições dessas cidades.
Fora de Portugal o objetivo é recolher referências em todos os PALOP - tendo para isso feito já recolha em acervos em Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe - e noutros países onde a presença dos portugueses se fez sentir, como por exemplo, a Índia/Goa.
A colocação online e com livre acesso a esse universo de referências bibliográficas espalhadas pelo mundo pretende reconstruir parte da história comum dos diferentes povos e que muitas vezes não se encontram noutros locais.
O objetivo último deste projeto é, através do aproveitamento da informação existente, servir de base a projetos relacionados com esses países nos domínios da cooperação, da investigação e da iniciativa empresarial.
ACESSE:

Mestrado em Estudos Africanos em Lisboa

CURSO: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL



Salvador, fevereiro de 2013.

À Direção

Prezado (a) Educador (a),

O Museu Eugênio Teixeira Leal/ Memorial do Banco Econômico ao longo da sua trajetória tem o desafio de pensar em novas estratégias de apresentação ao público, propondo alternativas para troca e construção do conhecimento.

Dentro das programações realizadas nesta Instituição, destacamos o Programa Museu Escola criado em 1988, com objetivo de ampliar o processo de aprendizagem e ensino fora do ambiente escolar, de forma a despertar a consciência crítica e a responsabilidade para preservação do patrimônio, atendendo Escolas da Rede Pública e Privada de Salvador, Região Metropolitana e Interior do Estado da Bahia.

Consciente de que os objetivos educacionais são exigências indispensáveis para o trabalho docente e que, requer posicionamento ativo do professor no desenvolvimento das atividades nas aulas de campo, criamos o projeto Educação Patrimonial: o bem cultural como ferramenta para educação e cidadania, a ser realizado nesta Instituição no dia 26 de julho, onde estaremos realizando o I Curso sobre Educação Patrimonial deste Museu/Memorial direcionado para profissionais e interessados na área da Educação.

O mesmo será apresentado em quatro módulos, onde serão mencionados temas específicos, ministrados por profissionais desta Instituição, abordando assuntos pertinentes à Educação Patrimonial, Montagem de Exposição e Ações Educativas.

Para maiores esclarecimentos, os interessados poderão entrar em contato através dos telefones: (71)3321-8023/8308 ou pelos e-mail museueugenioeducativo@gmail.com, a inscrição é gratuita e será fornecido certificado. Segue em anexo, a programação completa.

Segue em anexo a programação, desde já agradecemos a atenção e ficaremos no aguardo do contato para inscrições.

Atenciosamente.

Eliene Dourado Bina                                            
Diretora Executiva do Museu                                        
Eugênio Teixeira Leal /                                       
Memorial do Banco Econômico                        

Programação
Dia 26.07.2013

Matutino

08:00 / 8:30 - Credenciamento

08:30/09:00 – Abertura / O Museu Eugênio Teixeira Leal e sua contribuição para a sociedade baiana.

9:00 / 10:00 - Módulo 1

Educação Patrimonial – Palestra sobre Identidade Cultural e Patrimonial, mostrando conceitos e práticas sobre o Patrimônio Material e Imaterial.

Facilitadora: Professora Doutoranda pela Universidade de Porto e Diretora Executiva do METL - Eliene Bina.

10:00 / 10:20 - Coffee Break

10:20 / 11:20 – Visita ao Museu

Visita orientada: conhecendo a história e a coleção do Museu Eugênio Teixeira Leal.

Facilitadora: Fernanda da Cruz Santos, estudante de Pedagogia da Universidade Cairu, estagiária do Setor Educativo do Museu Eugênio Teixeira Leal.

11:20 / 12:00 – Módulo 2

Expondo o Passado no Presente – Palestra sobre desenvolvimento de montagem de Exposição - seguida de uma mine exposição sobre o nosso dinheiro.

Facilitadora: Cheryl Braga S. Sobral, Museóloga, Chefe do Setor de Museografia e Supervisora do Museu Eugênio Teixeira Leal.

12:20 – Pausa para almoço

Vespertino

13:30 / 14:30 - Módulo 3 –

Educação Formal e Não-formal e suas relações: o que é Ação Cultural e Educativa nos museus?

Facilitadora: Palestrante convidada

14:30 / 15:30 - Compartilhando experiências desenvolvidas por educadores – espaço dedicado para participação dos educadores que desejarem relatar suas experiências acerca da valorização do patrimônio.

15:30 / 15:50 - Coffee Break

15:50 / 16:50 – Módulo 4

Biblioteca Inocêncio Calmon e suas experiências sócio-educativas: projeto Inclusão Digital e Varal Cultural.

Facilitadora: Alizete Neves, Bibliotecária, Chefe do Departamento da Biblioteca Inocêncio Calmon.

16:50 / 17:20 – Debate

17:20 / 17:30 – Considerações Finais e Encerramento.





CONCURSO - UFRB



A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) comunica que estão abertas as inscrições do concurso público para professor do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), campus de Cachoeira. De acordo com o Edital Nº 01/2013, é oferecida uma vaga para cada área do conhecimento, a saber: História Contemporânea, Sonorização e Teoria da História/Estágio.
A remuneração inicial para o cargo de professor adjunto é de R$ 7.627,02 e para professor assistente é de R$ 4.837,66. O regime de trabalho é de 40 horas semanais, com dedicação exclusiva.
As inscrições permanecem abertas até o dia 20 de março. Os interessados devem acessar o site de concursos da UFRB (www.ufrb.edu.br/concursos) e preencher o Requerimento de Inscrição, assinar a via impressa e encaminhar, juntamente com os demais documentos exigidos em edital, ao Centro de Artes, Humanidades e Letras - localizado na rua Ana Néri, nº 25, centro, Cachoeira. O valor total da inscrição é de R$ 60.
O processo seletivo constará das etapas de prova escrita e/ou prática, didática (aula pública), prova de títulos e defesa de memorial. A realização das provas será a partir do dia 29 de abril, no Pavilhão de Aulas do CAHL. Após a conclusão de todas as etapas, a comissão examinadora divulgará a relação dos candidatos aprovados e classificados, pela ordem. O prazo de validade do concurso é de dois anos, prorrogável por igual período.
Para mais informações, acesse Concursos UFRB.

EU RECOMENDO: Eduardo Borges - Historiador


Meus caros, este é um  espaço cujo objetivo principal é socializar com vocês algumas de nossas inquietações e reflexões amadurecidas ao longo de alguns anos como professor e pesquisador na área de História e das relações de poder no Brasil e no mundo. Espero com esta página alcançar uma saudável interlocução com todos que nos procurem. Um grande abraço e bem vindos.
Crie seu site grátis: http://www.webnode.com.br

A FESTA MOMESCA

FONTE: Biblioteca Pública do Estado da Bahia - Setor de Jornais e Revistas Raras 

O JOGO DO ENTRUDO



JORNAL DA BAHIA – Quarta-feira, 13 de fevereiro de 1861.
O Jogo do Entrudo – Desde o domingo anda por algumas ruas, durante o dia e a noite, patrulhas de polícia ou de cavalaria para impedirem o selvagem e reprovado brinquedo de entrudo; mas de que servem elas? O entrudo tem sido jogado em várias ruas com verdadeiro frenesi e sensível imprudência apesar da proibitiva presença das patrulhas. Na segunda-feira das 7 para as 8 horas da noite, nas Portas da Ribeira, as barbas da guarda ali estacionada, jorrava das janelas água capaz de afogar todas as patrulhas juntas. Na Rua dos Ourives não se podia passar, porque a água caia em gamelas, não obstante acha-se na quina da mesma rua encostados com a frente para o Largo de Santa Bárbara dois policiais, dos quais um era sargento.
Nos Cais Dourado também cruzava-se as cuias d’água, e na porta do trapiche Barnabé, havia uma porção de moços imprudentes, contra os quais acabamos de ter mais de uma queixa, que queriam por força molhar a todos que passavam, e grita um – que era muito mal feito por ele, subdelegado, tinha sido molhado, portanto todos deviam ser.
Parece que o homem só foi subdelegado depois de molhado.
Na Calçada também o houve, e em Itapagipe excedeu todos os limites: não se satisfaziam em seringar ou em atirar tigelas d’água, perseguiam o pobre viandante; fosse homem ou criança, e si ele não tomava o expediente de entrar pelo mar, agarravam-0 e atiravam-no!
E digam que a polícia empregou os meios.
Que ordens daria o Senhor Moraes para fazer os seus editais respeitados?
Os dois primeiros bailes de mascaras, no domingo e na segunda-feira, foram mui pouco concorridos. 
FONTE: JORNAL DA BAHIA – Quarta-feira, 13 de fevereiro de 1861.
Biblioteca Pública do Estado da Bahia 
Setor de Jornais e Revistas Raras 

DO ENTRUDO AO CARNAVAL



JORNAL DA BAHIA – Quinta-feira, 14 de fevereiro de 1861.
O JOGO DO ENTRUDO – Continuou na terça-feira a tarde o entrudo, ainda com mais força do que nos dois primeiros dias, e de modo mais selvagem e brutal, mesmo em presença das patrulhas!
Por todo o interior da cidade apareceram senas mais ou menos desagradáveis, provocadas pelo capricho imprudente de quem das janelas atirava água sobre quem passava pelas ruas; mas parece que nenhum desses acontecimentos chegou ao conhecimento da Polícia...
Desde o trapiche Gomes até a Calçada houve constantemente água em quantidade, e o que mais se estranhou foi o furor verdadeiramente bélico com que da casa nº 83 á Rua do Coqueiro d’Água de Meninos se atirava não só água, mas também almofadas molhadas e sacos de areia molhada sobre os viandantes, que fatigados se retiravam de seus trabalhos para suas habitações! Essa casa é habitada por um alferes de cavalaria, e tinha as janelas cheias de homens e mulheres, armados todos de cuias com água, e fazendo grande vozeria, e dando pateadas com repugnante acompanhamento de palavras ultrajantes e indecentes! Certamente dessa não deram parte as patrulhas de cavalaria, que a cada momento por ali se cruzavam. Pois haviam de denunciar de um seu superior!
Entretanto, o honrado senhor comandante do corpo de cavalaria não há de deixar de concordar que o exemplo não é dos mais moralizadores. A autoridade competente proíbe legalmente por meio de editais, que se jogue o entrudo; estabelece penas: para observância dessa proibição espalham-se pelas ruas patrulhas de cavalaria, e confiado nisso sem duvida, um oficial de cavalaria, abusando dos seus galões transgride as ordens publicadas, e incutindo a relaxação e desobediência nos seus subordinados, promove desordens fazendo justamente aquilo que está proibido, e fazendo-o com excessos inqualificáveis, ou ao menos permitindo que assim o fizessem de sua casa!
É caso novo; é carnaval!        
FONTE: JORNAL DA BAHIA – Quarta-feira, 14 de fevereiro de 1861.
Biblioteca Pública do Estado da Bahia 
Setor de Jornais e Revistas Raras 

O JOGO DO ENTRUDO: UMA FESTA PROIBIDA


Entrudo, de Debret 
Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor
A Câmara Municipal passa ás mãos de Vossa Excelência a inclusa Postura, que julga útil, e necessária, pedindo-se digne aprová-la.
Deus guarde a Vossa Excelência. Paço da municipalidade da Bahia, 14 de janeiro de 1857.
Ilustríssimo e Excelentíssimo Doutor João Lins Vieira Cansanção do Sinimbú, Presidente da Província.
Joaquim Ernesto de Souza. P.
Manuel Jerônimo Ferreira
Francisco Antonio Pereira Mota  
Doutor José Eduardo Francisco de Carvalho
Manoel José Fernandes Ramos
Gustavo Vicente de Almeida Galvão
João Adrião Chaves
Bernardino de Sena Moreira
Postura
Fica absolutamente proibido o jogo do entrudo; os objetos para ele destinados – expostos á venda – e encontrados nos lugares públicos serão apreendidos e logo inutilizados. Os infratores incorreram na multa de 30 réis, ou oito dias de prisão. O chefe da casa, de onde se jogar entrudo, responderá pelas infrações dos que com ele morarem, ou nela se acharem com ciência sua. Os escravos ficarão isentos da supradita pena, sendo castigados corporalmente á requerimento de seus senhores. Paço da Municipalidade da Bahia, 13 de Janeiro de 1857.
Joaquim Ernesto de Souza. P.
Francisco Antonio Pereira Mota  
Doutor José Eduardo Francisco de Carvalho
Manoel José de Magalhães
José Manoel Fernandes Ramos
Gustavo Vicente de Almeida Galvão
João Adrião Chaves
Bernardino de Sena Moreira
Manuel Jerônimo Ferreira

Fonte: Arquivo Público do Estado da Bahia
Seção Colonial/Provincial
Fundo: Governo da Província
Série: Documentos Avulsos
Correspondência recebida da Câmara de Salvador
MAÇO: 1403
Ano: 1856-1857


PETIÇÃO PÚBLICA: NÃO DEIXE O PROJETO RESGATE PARAR!



"O Projeto Resgate na Holanda já publicou 4 catálogos bilíngues e o quinto está em preparação. Interessados e alunos de pós graduação contam com esses catálogos para seus projetos de investigação, evitando assim, viagens aos Países Baixo. Apesar de ainda existir muita documentação a ser descrita e disponibilizada, o governo brasileiro não mais patrocinará o Projeto Resgate. Solicita-se ao Ministério da Cultura brasileiro, na pessoa da ministra Martha Suplicy, e na pessoa da coordenadora geral do projeto, Kátia Jane de Souza Machado, que mantenham a liberação verba para a continuação do Projeto Resgate."

"Durante os cinco ano de existência do Projeto Resgate, muita documentação histórica sobre o período colonial brasileiro, arquivada fora do Brasil, foi descrita e colocada à disposição de pesquisadores e interessados brasileiros e estrangeiros. Porém ainda há muito material a ser descrito e descoberto, como mostram os resultados do Projeto Resgate na Holanda.
No caso do Projeto Resgate na Holanda, o documentação descrita e ainda não descrita têm servido de base para teses de mestrado e doutoramento e publicações de interessados, dentro e fora do Brasil.


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