De cativos a baleeiros: uma amizade indissolúvel entre dois africanos no outro lado do Atlântico (Itaparica, 1816-1886) Wellington Castellucci Junior
Cidade de Itaparica, 1884. Fonte: Coleção Gilberto Ferrez,
007, Marc Ferrez/Instituto Moreira Salles.
Este artigo aborda a trajetória de dois africanos baleeiros
que viveram na Ilha de Itaparica no período oitocentista. Com base em fontes
inéditas, o texto revela a chegada desses dois indivíduos à maior ilha da baía
de Todos os Santos, o período de cativeiro, a conquista da liberdade e a vida
de ambos como libertos. Empreendedores da baleação, esses dois africanos nagôs
tornaram-se figuras proeminentes de Itaparica, sendo responsáveis pela
libertação de outros cativos e pela melhoria das condições de vida de pessoas
que viveram no seu círculo de amizade e de negócios.
Palavras-chave: baleação; africanidade; liberdade;
religiosidade.
ACESSE O ARTIGO NA ÍNTEGRA: Topoi. Revista de História Volume 15, Número 29 | Julho - Dezembro 2014
MESTRADO PROFISSIONAL EM HISTÓRIA
O
mestrado profissional em história, que começa a ganhar espaço no Brasil, não
deve ser visto como primo pobre da pós-graduação acadêmica. De volta à CH
On-line, a historiadora Keila Grinberg defende que ele poderá ser um novo polo
de inovação da produção em história no país.
Por:
Keila Grinberg
Queria
celebrar meu retorno a este espaço, depois de uma licença bem mais longa do que
gostaria, com uma boa-nova, que, apesar de boa, já não é mais tão nova assim: o
início, em agosto passado, das atividades do ProfHistoria – o mestrado
profissional em ensino de história, ministrado em rede nacional e liderado pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mesmo requentada, a comemoração vale a
pena. Há dois anos e meio, em uma coluna que deu o que falar, escrevi que, dos
63 cursos de mestrado e doutorado então existentes no Brasil na área de
história, havia apenas dois mestrados profissionais, nenhum dos quais dedicado
à reflexão sobre o ensino da disciplina. Hoje a situação é outra – e
surpreendente. Existem 69 cursos de mestrado e doutorado, dos quais nove, já
incluindo o ProfHistoria, são mestrados profissionais.
ACESSE NA ÍNTEGRA:
CHAMADA PÚBLICA DE ARTIGOS: REVISTA DE HISTÓRIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
LANÇAMENTO: MULHERES LIVRES
Dia: 28/11/2014
Local: Biblioteca Central dos Barris, Rua Gal Labatut, 27.
Auditório Kátia Mattoso.
Horário: 20h
REVISTA DE FONTES UNIFESP
A
Revista de fontes é um periódico semestral que tem como missão ampliar o acesso
e a divulgação de fontes documentais por meio da transcrição de documentos, da
tradução de fontes para o português e da publicação de instrumentos de
pesquisa, que desse modo ficarão disponíveis para todo o meio acadêmico, num
suporte digital. A Revista de fontes também terá como missão a publicação de
textos autorais sobre tipos ou conjuntos documentais, proporcionando assim
subsídios metodológicos para a exploração dessas fontes.
A
transcrição e/ou tradução de documentação manuscrita ou mesmo impressa,
paleográfica ou epigráfica, de todos os períodos históricos, ganha nessa troca
de suporte um público amplo que poderá não só consultar esses textos, mas
também fazer buscas por palavras ou expressões a partir das versões
disponibilizadas on-line. A transcrição, assim como a imagem numerizada, ou
ainda a tradução nunca substituem completamente o material original. Mas o uso
de normas estritas de transcrição permite com que os documentos publicados na
Revista de fontes realmente sirvam como instrumento de trabalho para
historiadores e outros especialistas das ciências humanas e sociais.
A
publicação de instrumentos de pesquisa inéditos visa divulgar, através de
descrição sumária ou analítica, a composição de acervos, fundos, conjuntos,
séries ou coleções documentais. Esses instrumentos,sejam guias, catálogos,
inventários ou índices, publicados na Revista de fontes, permitirão que o
historiador e o pesquisador de outras áreas das ciências humanas e sociais
identifiquem e localizem os mais diversos tipos de documentos.
Uma
sessão com notícias breves sobre publicações impressas ou on-line de fontes,
assim como sobre instrumentos de pesquisa ou textos metodológicos sobre análise
documental também fará parte da revista.
A
Revista de fontes é uma iniciativa do Departamento de História da Escola de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo
(EFLCH-Unifesp).
ACESSE: www.revistadefontes.unifesp.br
A HISTÓRIA DA CAÇA DE BALEIAS NO BRASIL
A Bahia
é a região de maior importância para a história, e o livro. Eu diria que pelo
menos a quarta parte do livro tem que ver com a Bahia.
A
história da caça de baleias se divide em duas épocas, a pré-moderna (com barcos
a vela e arpões manuais) e a moderna (com navios a vapor e a diesel e
canhões-arpões).
Ambos
períodos começaram na Bahia:
Periodo
pré-moderno:
**
1602: A corte portuguesa concedeu um alvará (licença) a dois baleeiros de
Bilbao na Biscaia, (Pedro de Urecha & Julián Miguel), para caçar baleias no
Recôncavo da Bahia durante dez anos.
**
1614: A primeira armação (lugar na terra para processar baleias) foi montada na
Bahia por empresários brasileiros, depois da corte portuguesa declarar a baleia
o ‘peixe real’—ou seja, um monopólio da corte portuguesa que durou dois
séculos. Os donos (colonos brasileiros) pagaram arrendamento à corte.
**
Somente depois da Bahia que começaram a construir armações no Rio de Janeiro (a
partir da década de 1620), São Paulo (década de 1730), e Santa Catarina (década
de 1750).
** A
caça de baleias com técnicas tradicionais durou mais tempo na Bahia que em
qualquer outro lugar no Brasil—durou até a decada de 1920 em Caravelas no sul
da Bahia.
Período
moderno:
**
1911: A companhia de Duder and Brother (Salvador) começou a caçar baleias desde
a Ilha de Itaparica no Recôncavo com navios baleeiros importados da Noruega.
Foi a primeira companhia no Brasil a fazer isso.
PRA LÁ DA ESCRAVA ISAURA
O
GUARANY, 31 DE MARÇO DE 1885 – P. 2
Realizou-se
anteontem, conforme estava anunciado, o benefício espontaneamente promovido, em
momento de feliz inspiração, pelo nosso concidadão o Sr. Capitão Augusto
Moreira Sampaio, em favor da escrava Honorina, menor de 15 anos, quase branca,
e pertencente ao Sr. Manuel Tertuliano de Almeida.
O CONSTITUCIONAL, 29 DE NOVEMBRO DE 1851 – P. 4
“Informamos agora pelo Sr. Arianni a respeito do fato da exposição de uma escrava branca em leilão na quarta feira, de que demos notícia no nosso Jornal, declaramos que dela não se fez leilão, e que por conseguinte não houve o lance de 920$ réis, mas que foi esse pouco mais ou menos o valor em que a tinha seu senhor – declaramos também que não houve na subscrição para a liberdade da mesma escrava, assinatura alguma de 50$000 réis, e que a maior foi de 20$000 réis.”
“Ela acha-se alugada a servir em uma casa boa, e espera-se a sua liberdade para a qual já há 523$000 réis. Conta-nos que o senhor consente em forrá-la por 600$ réis.”
FONTE: memoria.bn.br
AUDIÊNCIA PÚBLICA - COMUNIDADES TRADICIONAIS E QUILOMBOLAS
No dia 31 de outubro de 2014
das 09 às 13 horas no Auditório da Reitoria da UFBA, será promovido uma
Audiência Pública sobre Povos e Comunidades Tradicionais, que visa articular o
debate, ações políticas e contribuições para um outro modelo de desenvolvimento
que inclua as distintas visões de mundo e práticas sociais dos povos e
comunidades tradicionais do Brasil.
DOCUMENTOS HISTÓRICOS EM RISCO
Rio de Janeiro (RJ) – Obras raras da Biblioteca Nacional na
Zona Portuária são destruídas por mofo e até ratos
Anexo da fundação armazena coleções como a M-18, com 4 mil
livros do século XVIII. Doado em 1910, material não foi catalogado.
Longe dos olhos do público, documentos e livros raros estão
se deteriorando pela ação de traças, mofo e até ratos num prédio na Região
Portuária em que a Fundação Biblioteca Nacional guarda parte de seu acervo. Um
dos casos mais graves é o da coleção M-18, que reúne quatro mil livros do
século XVIII. O material, doado à biblioteca em 1910, até hoje não foi
catalogado. A coleção está armazenada em estantes, num dos depósitos de
periódicos, no terceiro andar, por falta de espaço no Departamento de Obras
Raras. Alguns livros apresentam mofo e traças, que já consumiram várias
páginas. Em outras publicações, não é mais possível ler o texto, devido a
manchas amareladas nas folhas, por problemas na conservação.
A coleção M-18, que reúne quatro mil livros do século XVIII
e que, apesar de ter sido doada à Biblioteca Nacional em 1910, até hoje não está
disponível para consulta pelo público – Alessandro Lo-Bianco / O Globo
Num relatório de 1917, a direção da biblioteca já
manifestava preocupação com a coleção M-18 e ressaltava que a falta de pessoal,
a Primeira Guerra Mundial, as mudanças políticas e a escassez de recursos
impediam o tratamento do acervo. Perguntada sobre o estado de conservação do
material, a Biblioteca Nacional informou que aguarda a contratação de 40
concursados para acelerar o processo de tratamento das obras e
disponibilizá-las ao público.
Segundo a diretoria da Associação de Servidores da
Biblioteca Nacional, o prédio anexo tem sido utilizado como depósito de obras e
materiais há mais de uma década, apesar de o ambiente ser inadequado para o
armazenamento, e os danos sofridos pelo acervo são irreversíveis. “As condições
do anexo são as piores entre os locais de armazenamento de acervo da Biblioteca
Nacional”, afirmou, por meio de nota. A entidade também disse que, na sede da
Avenida Rio Branco, o acervo é guardado em condições inadequadas, pois o
sistema de ar-condicionado funciona de forma precária.
Para pesquisador, situação “é uma vergonha”
De acordo com o arquiteto e historiador Nireu Cavalcanti, é
inadmissível que o acervo M-18 ainda não esteja disponível para consultas, pois
a biblioteca o recebeu há mais de cem anos:
— O que acontece nos depósitos da biblioteca é um escárnio
com a cultura. É uma vergonha. Esses arquivos estão sobrevivendo hoje do
carinho de funcionários que estão para se aposentar. Quando eles saírem, vai
virar uma bagunça ainda maior. Isso representa o descaso de um país que vê o
investimento cultural como algo supérfluo a serviço de uma elite.
Outro material que corre o risco de se perder é o acervo do
historiador Marcello de Ipanema, guardado em caixas de papelão, no segundo
andar do prédio anexo. Ainda segundo a nota da diretoria da Associação de
Servidores da Biblioteca Nacional, o material foi doado pela família do
historiador em 2005 e parte dele se encontra em “estado de decomposição”:
— O acervo nunca recebeu tratamento técnico adequado,
acumulando poeira, fuligem e sofrendo ataques de insetos e roedores.
Marcello de Ipanema foi por muitos anos membro de um
conselho estadual responsável pelo tombamento de bens históricos e culturais, e
fez estudos sobre a história da imprensa no Estado do Rio. Segundo
pesquisadores, o material mostra como eram catalogados e mapeados bens
patrimoniais, culturais e naturais da cidade. Em meio às caixas, há páginas
soltas e corroídas da obra “Francisco Manoel da Silva e seu tempo”, do
musicólogo e professor Ayres de Andrade Júnior, morto na década de 70. A
publicação, que nunca foi reeditada, conta a história musical do Rio entre 1808
e 1865.
A Biblioteca Nacional nega que o acervo de Marcello de
Ipanema esteja em estado de deterioração, mas admite que ainda não foi tratado
e que estaria sendo encaminhado para ser processado e disponibilizado ao
público. Por meio de nota, a instituição informou ser impossível, diante do
quadro insuficiente de funcionários, processar todo o acervo. A biblioteca
recebe, mensalmente, mais de 25 mil publicações. Segundo a instituição, será
feita uma reforma no prédio da Região Portuária, que ampliará em 12 mil metros
quadrados a área útil atual, de 15 mil metros quadrados, permitindo a melhora
na conservação e na organização.
Também guardado no prédio anexo, o “Saltério de Genebra” tem
bolor e páginas rasgadas. A obra é uma compilação de 150 salmos de Davi,
metrificados e musicados com notação característica do século XVI. O
historiador espanhol especializado em documentos religiosos Magno Rayol, que
fazia pesquisas na biblioteca, ressalta a importância da obra:
— Trata-se de uma raridade. Procurei esse material em
bibliotecas de outras partes do mundo e soube que estaria aqui. Ele foi
entregue à biblioteca há mais de uma década e é único. Se ele se estragar de
vez, perderemos uma parte importante do passado.
No depósito cinco, há ainda inúmeros manuscritos de
compositores doados à Divisão de Música em péssimo estado, obras em latim e
pergaminhos com anotações carimbadas pelo Vaticano dos séculos XIV e XV. A
“Ícaro y Dédalo”, do compositor da corte espanhola Juan Hidalgo, está
praticamente despedaçada. Próximo dali, amontoada em caixas, há uma peça
instrumental de Vivaldi, mofada e corroída, separada em fascículos.
Biblioteca tem 16 técnicos em restauração
No depósito seis, há partituras, periódicos nacionais e
estrangeiros, além de edições de manuscritos de grandes mestres da música
popular e erudita brasileira, como Ernesto Nazareth e Pixinguinha, doados pela
família deste último.
Segundo a Biblioteca Nacional, as áreas de curadoria do
acervo estabelecem os critérios de prioridade para restauração e identificam as
obras em mau estado de conservação. “Atualmente a biblioteca está com 16
técnicos em restauração para atender à demanda de um acervo estimado em dez
milhões de peças”. A biblioteca também informou que este ano adquiriu uma
máquina empacotadora a vácuo e que o aparelho embala até mil peças por dia.
“Com o uso dessa tecnologia, ganharemos espaço e arrumaremos melhor o acervo
sob a nossa guarda”, informou.
Por nota, o Ministério da Cultura informou que fez
investimentos nas áreas de preservação e acervo da Biblioteca Nacional que
somaram R$ 2,6 milhões em 2012 e R$ 2,5 milhões em 2013. Em 2014, devido aos
cortes no orçamento federal, o investimento liberado para a área foi de R$ 1,3
milhão. O órgão afirmou que o o repasse total de recursos para a biblioteca
entre 2012 e 2014 foi de R$ 35 milhões.
FONTE: O GLOBO
ACESSE A MATÉRIA NA ÍNTEGRA: http://defender.org.br/noticias/nacional/rio-de-janeiro-rj-obras-raras-da-biblioteca-nacional-na-zona-portuaria-sao-destruidas-por-mofo-e-ate-ratos/
FONTES PARA A HISTÓRIA DOS AFRICANOS EM PERNAMBUCO IMPERIAL
EMENTA:
A produção historiográfica
sobre as experiências africanas na diáspora vem se avolumando desde a década de
1980. No Brasil, em particular, a pesquisa empírica em variadas fontes –
algumas inéditas – como os testamentos e inventários post-mortem, possibilitaram
aproximarmo-nos das expectativas e perspectivas dos africanos. Mais do que
informações sobre a vida material de libertos, testamentos e inventários são
pertinentes documentos acerca das relações sociais, medos, anseios, laços
familiares e afetivos, graus de parentescos entre livres, forros e cativos. Por
outro lado, a documentação eclesiástica, que possui uma forte tradição em
estudos de demografia e família na Europa vem sendo constantemente utilizada
pelos historiadores sociais no Brasil. Através dos registros paroquiais é
possível remontarmos também as redes de compadrio de cativos, forros e livres,
além de ser uma ótima ferramenta para perscrutarmos as nações e identidades
transétnicas que foram sendo reinventadas nas Américas. Vale ressaltar que os
estudos sobre os africanos no Brasil são intensos na região Sudeste e no estado
da Bahia. Embora Pernambuco tenha sido a terceira capital do Império a receber
grande número de pessoas da África para serem escravizadas, as pesquisas ainda
são tímidas no tocante as experiências desses indivíduos na região. Este curso
pretende, portanto, discutir como estas e outras fontes podem ser utilizadas na
reconstrução da história dos africanos na capital pernambucana na segunda
metade do Império.
III Simposio Internacional de Estudios Inquisitoriales: nuevas fronteras
Apresentação
Este Simpósio se propõe
empreender um renovado caminho de interpretação do fenômeno inquisitorial. A
intenção é ampliar os espaços geográficos da investigação sobre a Inquisição;
desenhar novas fronteiras e definir as diretrizes do diálogo entre centro e periferia
e, ao mesmo tempo, entre periferia e os centros que elaboraram e criaram o
discurso inquisitorial. O desafio é desenvolver uma análise global de uma
instituição que influenciou enormemente a vida das sociedades onde se
implantou, mas que também se viu afetada por muitos elementos das realidades
dentro das quais se foi difundindo, obrigada a negociações múltiplas, seja nos
espaços peninsulares, seja nas regiões extra europeias.
Madri, Roma e Lisboa foram
centros diretores de uma instituição com uma anterioridade (tardo-medieval),
mas onde as novas fronteiras religiosas, geográficas, políticas e culturais do
século XV em diante impuseram desafios que conduziram à sua reinvenção
constante. A expansão da Inquisição a partir de 1478 não é meramente geográfica
e de controle do território, mas também de ampliação jurisdicional. A
multiplicação das sedes dos tribunais por três continentes, que incrementou o
número de centros inquisitoriais, é concomitante com uma ampliação da
vigilância do Santo Ofício sobre os horizontes comportamentais das sociedades.
Este Simpósio será um
território aberto para uma investigação historiográfica capaz de assumir o
desafio de abrir novas fronteiras na forma de estudar e de interpretar a
Inquisição. A fonte inquisitorial será assim utilizada como subsídio para
penetrar sociedades e tempos. O novo desafio é conseguir compreender a
(re)invenção das sociedades através do fenômeno inquisitorial, desde como se
assume e percebe um assunto tão estritamente ibérico como o da limpeza de
sangue até como se concebe o papel evangelizador das sociedades católicas
dentro e fora do mundo cristão. Trata-se de examinar como a criação de novos
centros inquisitoriais reconfigura e reformula a periferia dos comportamentos
humanos em sua reprodução social.
ENCRUZILHADAS DA LIBERDADE
UM ESTUDO SOBRE A VIDA DOS ESCRAVOS APÓS A ABOLIÇÃO
NO BRASIL
Saber qual o destino dos ex-escravos, o que fizeram
e o que pensavam sobre a liberdade após o fim da escravidão é o grande desafio
deste livro. Cruzando vários tipos de fontes históricas, o autor reconstrói as
histórias de vida de ex-escravos que moravam em grandes fazendas açucareiras do
Recôncavo Baiano. A intenção é perceber como as experiências da escravidão
foram refletidas no cotidiano dos ex-escravos após a abolição, norteando
culturas, escolhas e projetos de liberdade.
• Livro de referência para a área de História.
• A primeira edição, da Editora Unicamp, estava
esgotada desde 2006 e sempre foi muito procurada.
• Recebeu o Prêmio Clarence H. Haring (2006-2011)
de melhor livro historiográfico da América.
• Walter Fraga é professor da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia (UFRB). Recebeu o Prêmio Jabuti 2010 de melhor livro
paradidático, com Uma história da cultura afro-brasileira.
ACESSE: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/8107633?PAC_ID=126174
Palestra: Dr. Durval Muniz de Albuquerque Júnior
Prezado(a)s
A Fundação Pedro Calmon, através do Centro de
Memória da Bahia, convida para a palestra “A Feira dos Mitos: a fabricação do
folclore e da cultura popular nordestinos”, que será proferida pelo professor
Dr. Durval Muniz de Albuquerque Júnior (UFRN) e debatida pela professora Drª
Lígia Bellini (UFBA) em 01 de outubro de 2014, às 18 horas, na sala Katia
Mattoso – auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia.
Durval Muniz de Albuquerque Júnior é doutor em
História Social pela Unicamp, com pós-doutorado pela Universidade de Barcelona.
Autor de diversos livros, dentre eles, A Invenção do Nordeste, História: a arte
de inventar o passado, O Morto Vestido para um Ato Inaugural: procedimentos e
práticas dos estudos de folclore e de cultura popular, A Feira dos Mitos: a
fabricação do folclore e da cultura popular (Nordeste, 1920-1950). Atualmente
atua como professor titular na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Ligia
Bellini é doutora em História pela Universidade de Essex, Reino Unido, com
pós-doutorado pela Universidade de Londres. Autora de A coisa obscura: mulher,
sodomia e Inquisição no Brasil colonial, e co-organizadora de Formas de crer:
ensaios de história religiosa do mundo luso-afro-brasileiro, séculos XIV-XXI e
Tecendo histórias: espaço, política e identidade. Atualmente é professora da
Universidade Federal da Bahia.
Atenciosamente,
Centro de Memória da Bahia
Fundação Pedro Calmon - Centro de Memória e Arquivo
Público da Bahia
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Governo do Estado da Bahia
55-71-3117-6067
I SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DE COLEÇÕES
A área da história de coleções
encontra-se em franco desenvolvimento, tendo nos últimos anos vindo a público
numerosos estudos, teses e artigos, quer em Portugal quer a nível
internacional. A maior parte destes trabalhos fazem uso de abordagens cruzadas e
interdisciplinares.
Com uma autonomia relativamente
recente, a história de coleções não só ilumina a história das disciplinas
representadas nas coleções como também a investigação contemporânea nas
próprias disciplinas aí representadas, bem como os processos científicos
associados à recolha e documentação; o trânsito de conhecimento e objetos entre
pessoas, instituições e países; o comércio e
as trocas comerciais e, mais geralmente, a história política e social,
nas suas múltiplas vertentes.
Dada a importância e
transversalidade da área, bem como a necessidade de a aprofundar e estruturar,
o Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa
organiza, a partir deste ano e com edição anual, o Seminário de História de
Coleções (SHC).
Com data marcada nos dias 19,
20 e 21 de novembro de 2014, o SHC1 é dedicado às coleções científicas do
próprio MUHNAC, herdeiras de perto de 400 anos de estudo das ciências em
Portugal e reveladoras das práticas e discursos produzidos nas instituições ancoradas
no espaço da antiga colina da Cotovia: o Colégio jesuíta da Cotovia (1619), o
Colégio dos Nobres (1761), a Escola Politécnica (1837) e a Faculdade de
Ciências (1911).
INSCRIÇÕES:
De 21 de julho a 14 de novembro
Regular: 30 euros
Estudantes: 20 euros
MUHNAC e ULisboa: gratuito
Pagamento por transferência
bancária para: Universidade de Lisboa (MUHNAC) / CGD NIB 0035 0824
0001020073037
Para confirmação da inscrição,
envie o nome, instituição, comprovativo de pagamento, comprovativo de estudante
(se aplicável) e NIF para recibo para: dfelismino@museus.ul.pt
ACESSE: Inscrições
ELEIÇÕES DOS COLEGIADOS SETORIAIS DE CULTURA DA BAHIA - 2014
INFORMATIVO ESPECIAL
De acordo com a Lei Orgânica de
Cultura do Estado da Bahia nº 12.365, de 30 de novembro de 2011 que dispõe
sobre a Política Estadual de Cultura e
institui o Sistema Estadual de Cultura do Estado da Bahia, esta previsto a
criação dos Colegiados Setoriais de Cultura da Bahia que representarão diversos
segmentos de cultura junto a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia/Governo
do Estado da Bahia.
O que é um Colegiado Setorial?
Colegiado Setorial é um grupo
de pessoas que representam um setor diante da sociedade e do poder público.
Qual o papel dos Colegiados?
Os colegiados terão o papel de
orientar e respaldar decisões políticas voltadas a cada área/segmento, atuando
como instâncias de consulta, participação e controle social das ações
promovidas pelos órgãos do governo.
O que significa participar do
Colegiado Setorial de Arquivos e Memória
Esta será a primeira eleição
para este Colegiado podendo, de forma legitima, participar das decisões
relacionadas a Arquivos e Memória no âmbito do Governo Estadual.
Efetivando a criação do
Colegiado do segmento os eleitos serão responsável, também, pela criação de seu
regimento (Conheça a atuação de Colegiados efetivados por meio do seguinte
blog: http://colegiadossetoriais.blogspot.com.br/
Composição dos Colegiados
Cada colegiado será
individualmente integrado por nove membros, sendo três do Poder Público,
indicados pelo Secretário de Cultura, e seis da sociedade civil eleitos através
deste processo participativo e democrático. Todos terão seus devidos suplentes.
Os integrantes serão designados para mandato de dois anos (biênio de 2015 e
2016).
Como e quando serão as eleições
Para participar das eleições
dos Colegiados Setoriais de Cultura da Bahia, como eleitor ou como candidato, é
necessário efetuar um cadastrado na plataforma eleitoral
(http://cultura.plataformavirtualdevotacao.com.br/SelecaoSetorial.aspx) até o
dia 20 de setembro de 2014.
As eleições ocorrerão, também
através de sistema online, entre os dias 03 de outubro a 03 de novembro de
2014.
Observações importantes
Para garantir a legitimidade do
colegiado precisamos ter, no mínimo, 30 (trinta) cadastros válidos como
eleitores, sendo o mínimo de 12 (doze) candidatos.
Nenhum funcionário público
(administração pública federal, estadual, distrital ou municipal) detentor de
cargo comissionado poderá se cadastrar como eleitor e/ou candidato.
Funcionários (servidores
efetivos, cargos comissionados e REDA) da Secretaria de Cultura do Estado da
Bahia ou de suas unidades, também não podem se cadastrar como eleitor e/ou
candidato.
Para se cadastrar é necessário
que o interessado tenha no mínimo 18 anos, residir no Estado da Bahia e atuar
no segmento ao qual esta se cadastrando.
LANÇAMENTO: ENTRE O FRUTO E O OURO
Organizado por Philipe Murillo
Carvalho e Erahsto Felício de Sousa, a obra é composta por nove artigos
produzidos por historiadores/as da nova geração que se debruçaram sobre temas e
documentos inéditos ou pouco estudados. É um livro imperdível! Veja abaixo a
relação de trabalhos:
1) Da escravidão para o
trabalho livre: abolição do cativeiro e o destino dos libertos no sul da Bahia
- Ronaldo Lima
2) A sociedade Monte Pio dos
Artistas de Itabuna: trabalhadores, cultura associativa e o republicanismo dos
de baixo, 1920-1930. Philipe Murillo Carvalho
3) Papai Noel, os mendigos e a
liberdade: uma história do controle social em Itabuna (1950-64) - Erahsto
Felício de Sousa
4) Sexualidades em evidência:
prostituição feminina, desigualdades de gênero e sociabilidades no meretrício
itabunense (1940-1950) - Carolina Dos Anjos
5) Itabuna no trono da beleza
nacional: discursos de progresso e idealização feminina na imprensa itabunense,
1950-1962 - Adriana Oliveira
6) A experiência da Frente de
Mobilização Popular: emancipações e movimentos sociais no sul da Bahia - Soanne
Cristino
7) “Eu vim realmente pra vê se
eu melhorava de vida”: trajetórias e expectativas de migrantes em Itabuna-Ba
(1980) - Priscila Glória
8) Nas coroas, nos mangues e na
maré: As vivências das pescadoras do São Miguel e Teotônio Vilela em Ilhéus-BA
(1980-2007) Fabiana Santana Andrade
9) A região cacaueira nas
malhas das percepções e do tempo: produção cultural no sul da Bahia no
interlúdio do século XX - Danilo Ornelas
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Ornelas, Fabiana Santana Andrade, Ronaldo Lima, Adriana Oliveira, Soanne
Cristino, Priscila Glória e Carolina Dos Anjos.
“Documentos do Arquivo e Revoltas Escravas”
A última edição do projeto
Quintas na Quinta acontece no dia 28 de agosto, às 14h30, no Arquivo Público do
Estado da Bahia. Com o tema “Documentos do Arquivo e Revoltas Escravas”, o
encontro recebe como convidado o historiador, pesquisador e professor do Departamento
de História da Universidade Federal da Bahia, João José Reis. Para facilitar o
deslocamento dos participantes, um ônibus gratuito sairá às 14h, do Teatro
Castro Alves para o Arquivo Público, com retorno às 17h. O ponto de encontro é
na biblioteca do Teatro.
SEMINÁRIO INTERNACIONAL “CULTURA, POLÍTICA E TRABALHO NA ÁFRICA MERIDIONAL"
O prazo para inscrições de
propostas para o Seminário Internacional “Cultura, Política e Trabalho na
África Meridional” está aberto até 25 de setembro próximo. O evento, que irá ocorrer na UNICAMP
(Campinas, Brasil) de 11 a 14 de maio de 2015, propõe uma reflexão sobre a
África Meridional, enfatizando o ponto de vista africano em detrimento das
políticas e experiências coloniais. Organizado pelo CECULT e pelo Harriet
Tubman Institute da York University, o seminário oferece a oportunidade para
estreitar laços entre pesquisadores e estudantes dos dois centros, mas também
acolhe parceiros vinculados a outras instituições de ensino e pesquisa nas
Américas, Europa e África.
Clique aqui para mais
informações sobre os objetivos do Seminário e receber instruções como fazer sua
inscrição.
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA TERÁ ATENDIMENTO SUSPENSO
Devido às obras de recuperação
do telhado, forro e assoalho do Arquivo Público do Estado da Bahia, no bairro
da Baixa de Quintas, a Fundação Pedro Calmon/SecultBa informa que a partir do
dia 08 de setembro de 2014, estará suspenso, temporariamente, o atendimento ao
público prestado pelo Arquivo. Saiba mais: http://goo.gl/tyeFfv
SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES NO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA
Portaria
nº 143 /2014, de 04 de Agosto de 2014
A
Diretora Geral da Fundação Pedro Calmon – Centro de Memória e Arquivo Público
da Bahia, no uso de suas atribuições legais, Considerando
o início das obras de recuperação total do telhado e forro, e assoalho
do Arquivo Público do Estado da Bahia – APEB, no último dia 07 de Julho
de 2014.
Considerando
a necessidade de remanejamento dos setores do APEB, por conta
das mencionadas obras de reforma. Considerando
a segurança do patrimônio arquitetônico e documental e da integridade
física dos funcionários, estudantes, pesquisadores e estudiosos
comumente
presentes ao APEB.
INFORMA:
Art. I
- A SUSPENSÃO do atendimento ao público, a saber:
Parágrafo
Primeiro – a partir do dia 11 de Agosto de 2014, estará suspenso,
temporariamente,
o atendimento ao público na Biblioteca Francisco Vicente Vianna
– APEB.
Parágrafo
Segundo – a partir do dia 08 de Setembro de 2014, estarão suspensos,
temporariamente, todo e qualquer atendimento ao público e prestação
de serviços, e visitação, inclusive à Sala de Consulta de Manuscritos e
Impressos do APEB.
O
término das suspensões, ora indicadas, dependerá de cronograma definido pela
empresa executora das obras de recuperação total do telhado e forro, e assoalho
do Arquivo Público do Estado da Bahia, e será passível de novo comunicado,
a ser divulgado em imprensa oficial e outros órgãos de imprensa, e nas
redes sociais.
Salvador
Bahia, 04 de Agosto de 2014.
Maria
de Fátima Fróes e Almeida Souto Maior
Diretora
Geral
Fonte: Diário Oficial do Estado da Bahia
Salvador, 25 de agosto de 2014
Nº 21.486
TERCEIRA BIENAL DA BAHIA – ARQUIVO E FICÇÃO – QUINTAS NA QUINTA
ARQUIVO
PÚBLICO – DISCUSSÕES SOBRE PATRIMÔNIO
Na
oportunidade as discussões estarão centradas no patrimônio arquitetônico o
"Solar da Quinta do Tanque" que repercute diretamente na preservação
e no acesso do patrimônio arquivístico do APEB.
Convidadas:
Fátima Fróes, diretora geral da Fundação Pedro Calmon / Secretaria de Cultura
do Estado; Maria Teresa Navarro de Britto Matos, diretora do Arquivo Público do
Estado da Bahia / Fundação Pedro Calmon; e Professora Rita de Cássia Rosado,
coordenadora de Pesquisa do Arquivo Público do Estado da Bahia / Fundação Pedro
Calmon.
Local:
Arquivo Público do Estado da Bahia
Quando:
7 de agosto, às: 14:30
Endereço:
Ladeira Quinta dos Lázaros - Baixa de Quintas / Salvador
Condução
gratuita: Ônibus gratuito saindo do TCA para o Arquivo Público, às 14h
Ponto
de encontro na bilheteria do TCA
OBS:
Não é permitida a entrada de pessoas trajando bermuda
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