A Bahia
é a região de maior importância para a história, e o livro. Eu diria que pelo
menos a quarta parte do livro tem que ver com a Bahia.
A
história da caça de baleias se divide em duas épocas, a pré-moderna (com barcos
a vela e arpões manuais) e a moderna (com navios a vapor e a diesel e
canhões-arpões).
Ambos
períodos começaram na Bahia:
Periodo
pré-moderno:
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1602: A corte portuguesa concedeu um alvará (licença) a dois baleeiros de
Bilbao na Biscaia, (Pedro de Urecha & Julián Miguel), para caçar baleias no
Recôncavo da Bahia durante dez anos.
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1614: A primeira armação (lugar na terra para processar baleias) foi montada na
Bahia por empresários brasileiros, depois da corte portuguesa declarar a baleia
o ‘peixe real’—ou seja, um monopólio da corte portuguesa que durou dois
séculos. Os donos (colonos brasileiros) pagaram arrendamento à corte.
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Somente depois da Bahia que começaram a construir armações no Rio de Janeiro (a
partir da década de 1620), São Paulo (década de 1730), e Santa Catarina (década
de 1750).
** A
caça de baleias com técnicas tradicionais durou mais tempo na Bahia que em
qualquer outro lugar no Brasil—durou até a decada de 1920 em Caravelas no sul
da Bahia.
Período
moderno:
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1911: A companhia de Duder and Brother (Salvador) começou a caçar baleias desde
a Ilha de Itaparica no Recôncavo com navios baleeiros importados da Noruega.
Foi a primeira companhia no Brasil a fazer isso.