O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira um pedido formal de desculpas aos negros americanos, em nome de todo o país, pela escravidão e a segregação racial, cinco meses depois da posse do primeiro presidente negro, Barack Obama.
A resolução simbólica foi aprovada por aclamação, e por consenso, entre a maioria democrata e a oposição republicana.
A resolução deve ser adotada também pela Câmara de Representantes e não requer a assinatura de Obama.
A votação ocorreu na véspera da celebração do fim da escravidão nos Estados Unidos, em 1865, depois da Guerra da Secessão.
O texto reconhece "a injustiça, a crueldade, a brutalidade e a desumanidade da escravidão e das leis segregacionistas conhecidas como 'leis Jim Crow'", que foram abolidas em 1964 pela lei sobre os direitos cívicos. O "Civil Rights Act" passou a proibir qualquer forma de discriminação em locais públicos.
O Congresso "pede perdão aos afro-americanos em nome do povo dos Estados Unidos pelas injustiças cometidas contra eles e seus ancestrais que tanto sofreram sob a escravidão".
O texto - que retoma os termos da declaração de independência dos Estados Unidos de 4 de julho de 1776 -, exige um "novo compromisso com o princípio de que todas as pessoas são iguais e com direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à busca da felicidade".
Conclama, além disso "os americanos a trabalharem para eliminar preconceitos raciais, injusticias e a discriminação" na sociedade.
No entanto, alguns parlamentares afro-americanos ficaram descontentes por entenderem que a medida freia eventuais pedidos de indenização por parte do governo americano aos descendentes dos escravos.
"Nada nesta resolução autoriza ou apoia qualquer reclamação contra os Estados Unidos", afirma.
"Não nos equivoquemos: esta resolução não solucionará as injustiças que persistem. Embora estejamos orgulhosos dela e achar que deveria ter sido aprovada muito antes, há muito trabalho a ser feito daqui para diante", disse o senador democrata Tom Harkin.
O republicano Sam Brownback considerou "histórica" a votação.
No começo de julho haverá cerimônia no Capitólio, sede do Congresso, para "marcar a ocasião", disse Harkin. O presidente deverá estar presente.
Os Estados Unidos nunca apresentaram uma desculpa formal pela escravidão, apesar de o ex-presidente Bill Clinton ter "lamentado" a prática durante uma viagem em março de 1998 à África.
Seu sucessor, George W. Bush, qualificou a escravidão de "um dos maiores crimes da história" em julho de 2003, ao visitar a ilha Goree no Senegal, um antigo porto de comércio de escravos.
Os primeiros escravos africanos chegaram em 1619 ao litoral da colônia britânica de Virginia (leste).
A resolução simbólica foi aprovada por aclamação, e por consenso, entre a maioria democrata e a oposição republicana.
A resolução deve ser adotada também pela Câmara de Representantes e não requer a assinatura de Obama.
A votação ocorreu na véspera da celebração do fim da escravidão nos Estados Unidos, em 1865, depois da Guerra da Secessão.
O texto reconhece "a injustiça, a crueldade, a brutalidade e a desumanidade da escravidão e das leis segregacionistas conhecidas como 'leis Jim Crow'", que foram abolidas em 1964 pela lei sobre os direitos cívicos. O "Civil Rights Act" passou a proibir qualquer forma de discriminação em locais públicos.
O Congresso "pede perdão aos afro-americanos em nome do povo dos Estados Unidos pelas injustiças cometidas contra eles e seus ancestrais que tanto sofreram sob a escravidão".
O texto - que retoma os termos da declaração de independência dos Estados Unidos de 4 de julho de 1776 -, exige um "novo compromisso com o princípio de que todas as pessoas são iguais e com direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à busca da felicidade".
Conclama, além disso "os americanos a trabalharem para eliminar preconceitos raciais, injusticias e a discriminação" na sociedade.
No entanto, alguns parlamentares afro-americanos ficaram descontentes por entenderem que a medida freia eventuais pedidos de indenização por parte do governo americano aos descendentes dos escravos.
"Nada nesta resolução autoriza ou apoia qualquer reclamação contra os Estados Unidos", afirma.
"Não nos equivoquemos: esta resolução não solucionará as injustiças que persistem. Embora estejamos orgulhosos dela e achar que deveria ter sido aprovada muito antes, há muito trabalho a ser feito daqui para diante", disse o senador democrata Tom Harkin.
O republicano Sam Brownback considerou "histórica" a votação.
No começo de julho haverá cerimônia no Capitólio, sede do Congresso, para "marcar a ocasião", disse Harkin. O presidente deverá estar presente.
Os Estados Unidos nunca apresentaram uma desculpa formal pela escravidão, apesar de o ex-presidente Bill Clinton ter "lamentado" a prática durante uma viagem em março de 1998 à África.
Seu sucessor, George W. Bush, qualificou a escravidão de "um dos maiores crimes da história" em julho de 2003, ao visitar a ilha Goree no Senegal, um antigo porto de comércio de escravos.
Os primeiros escravos africanos chegaram em 1619 ao litoral da colônia britânica de Virginia (leste).