RESENHA: "TUDO PELO TRABALHO LIVRE!" TRABALHADORES E CONFLITOS NO PÓS-ABOLIÇÃO (BAHIA, 1892-1909).
V ENCONTRO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA COLONIAL
Criado em 2006, na Capitania da
Paraíba, o Encontro Nordestino de História Colonial tinha como pressuposto
discutir as temáticas concernentes à experiência colonial em suas mais diversas
localidades americanas e, por que não dizer, africanas e asiáticas na Época
Moderna.
Realizado a cada dois anos, em
2008, o mesmo já estava na Capitania do Rio Grande Norte, local onde se tornou
Internacional por sua vasta abrangência de temáticas e, sobretudo, pela grande
participação de pesquisadores e professores de outros países. Tal feito não só
consolidou no território nacional a atividade de extensão, como tornou-se um
ponto de parada obrigatória de toda nau estrangeira que visava atracar nos estudos coloniais da modernidade.
De lá para cá, o EIHC já passou
pelas capitanias de Pernambuco e pelo antigo Estado do Maranhão e Grão-Pará,
mas especificamente na Capitania do Pará. Divulgando pesquisas, trocando
experiências, promovendo debates científicos e, mais do que isso, consolidando
os estudos sobre o mundo colonial, este evento, em 2014, retorna à Capitania de
Pernambuco! No entanto, por conta de sua vastidão, a localidade escolhida para
este momento era aquela denominada de “as parte do sul” ou, a partir de 1712, a
Comarca das Alagoas.
A criação desta nova jurisdição
somente atestava a especificidade e a diferença que as localidades do “sul da
Capitania de Pernambuco” tinham em relação às Vilas de Olinda e Recife. Assim,
dentro da comarca três vilas se destacam: a Vila de São Francisco de Penedo,
considerada pelos agentes coloniais a mais “selvagem”; a Vila de Porto Calvo,
com características similares ao mundo açucareiro da sede da capitania; e a
Vila de Santa Maria Magdalena Alagoas do Sul, considerada importante por sua
centralidade e pelos portos do Francês e Jaraguá escoarem a produção local.
Fora justamente nesta última
vila que se sediou a “cabeça da Comarca”, hegemonizando o território e nomeando
o que, em 1817, após a insurreição pernambucana, se convencionou chamar de
Capitania/Província das Alagoas. Se foi traíra naquele momento à causa dos
insubordinados pernambucanos, pouco importa! O que se destaca, naquele
episódio, é a concretização da demarcação de um espaço diferenciado dentro da
capitania, com vida própria, com
atividades camaristas específicas, com economia consolidada e com súditos
portugueses que já não se afinavam com a sede da Capitania de Pernambuco!
Enfim, é neste espaço
reconhecidamente lembrado pelo banquete feito pelos índios caétes ao Bispo
Fernandes Sardinha, pelo celebre personagem de Calabar no período flamengo e
pelos habitantes Mocambos de Palmares que ocorrerá o V ENCONTRO INTERNACIONAL
DE HISTÓRIA COLONIAL. Por conta disso, a temática proposta não podia ser
diferente: CULTURA, ESCRAVIDÃO E PODER NA EXPANSÃO ULTRAMARINA (SÉCULOS XVI AO
XIX).
Por tudo isso, sintam-se
convidados a desbravar a terra dos caetés, a terra dos quilombolas, a terra das
aguardentes, dos açúcares, do fumo, dos peixes e dos gados, e, agora a terra do
EIHC-2014.
ACESSE: http://www.eihc.com.br/
XVII CONGRESSO INTERNACIONAL DE AHILA
Estimados y estimadas miembros
e interesados/as, Tenemos el placer de invitarles
a participar en el XVII Congreso de AHILA en Berlín en 2014.
Tal y como se decidió en la
Asamblea del XVI Congreso de AHILA celebrado en San Fernando, el XVII Congreso
de AHILA se celebrará del 9 al 13 de septiembre de 2014 en la Freie Universität
de Berlín. Estará organizado por El Colegio Internacional de Graduados (CIG)
del Instituto de Estudios Latinoamericanos y tendrá como título:
“Entre Espacios: La historia
latinoamericana en el contexto global”.
Con el primer viaje a América,
realizado por Cristóbal Colón en 1492, comienza un intenso proceso de
movimientos entre los continentes, que continúa estando vigente aún en nuestros
días y que se ha ido intensificando a través de los siglos. Mediante los
movimientos y los autores que los realizan, surgen nuevos espacios, no sólo en
Latinoamérica sino también entre las Américas y en relación con otras regiones
del globo. Al mismo tiempo se pueden constatar aquí entre-espacios que permiten
cuestionar las visiones tradicionales mediante una investigación innovativa
acerca de los procesos transnacionales, transregionales y transculturales. La
globalización, por lo tanto, se analizará de forma policéntrica, desde la
perspectiva de América Latina, y no como se ha venido haciendo,
primordialmente, desde la europea o el mundo anglosajón. Los nuevos espacios y
los entre-espacios se originaron principalmente en las tres fases decisivas de
la globalización: en la época colonial, la finisecular del siglo XIX y
principios del XX, y en la historia reciente.
En el Congreso de 2014 se
cuestionará, siempre que los responsables estén de acuerdo con nuestra
propuesta, cuáles son los movimientos y los actores que construyen los nuevos
espacios y entre-espacios en Latinoamérica y en relación con otras regiones del
mundo. Qué ideas cognitivas, culturales y políticas estaban y siguen estando
entrelazadas con la interconexión entre-espacios.
Así pues, el aspecto de la
conexión cobra una especial importancia. El desarrollo de la economía mundial y
de las corrientes financieras y comerciales son, en este caso, tan relevantes
como los movimientos contrarios que las socavan como, por ejemplo, el contrabando
y el robo. Los movimientos humanos, las migraciones, el turismo, etc, han
creado multitudes de entre-espacios en y alrededor de América Latina, que
habría que analizar. Desde la primera modernidad las redes de contacto producen
movimientos de saber, de tal modo que también se trata de “espacios del saber”.
El concepto de glocalización
que se ha introducido recientemente, demuestra que lo local y lo global no se
excluyen necesariamente desde el punto de vista conceptual. Aquí cabría
preguntarse cómo las tendencias globales cambian, transforman e impregnan lo
local. El cambio de las topografías urbanas tiene un papel tan importante como
los fenómenos de las gated communities, Global Cities, etc. A este respecto,
también es relevante disponer de conceptos teóricos que permitan describir
fenómenos de lo local y sus entre-espacios.
La percepción y la
representación impregnan sus propios espacios imaginativos y simbólicos. De
esto se encargaba al principio, en la primera modernidad, la cartografía, la cual
puede entenderse como una toma de posesión simbólica. Tras los mapas siguieron
conceptos y construcciones que ayudaron a crear y delimitar identidades. Estos
procesos de comunicación e identificación que se sirven de metáforas
espaciales, siguen estando vigentes en la actualidad y están en constante
transformación, sobre todo si se trata de determinar los entre-espacios que se
oponen al mainstream de la investigación.
I SEMINÁRIO INTERNACIONAL "BRASIL NO SÉCULO XIX"
A Sociedade Brasileira de
Estudos do Oitocentos (SEO) convida:
Especialistas brasileiros e
estrangeiros, bem como grupos de estudo, associações e periódicos
especializados, a enviar propostas para o I Seminário Internacional “Brasil no
século XIX”, a realizar-se na Universidade Federal do Espírito Santo na cidade
de Vitória (ES), entre os dias 25 e 29 de agosto de 2014.
As propostas deverão ser
realizadas na modalidade individual, através de apresentação de uma minuta de
trinta linhas, e devem versar sobre temas que dialoguem com a temática do
evento. Nesta minuta devem estar presentes o título da proposta e uma breve
descrição do conteúdo a ser apresentado, além do nome do proponente e sua
origem institucional (universidade, grupo de pesquisa, etc.). São bem vindos todos
os enfoques temáticos e interpretativos que ajudem a propor questões e tecer
trajetórias de pesquisa no interior deste complexo século XIX, no campo da
economia, da justiça, das lutas sociais, das artes, da construção organizada
dos saberes e da escrita da História.
As propostas deverão ser
encaminhadas ao email seminario.sociedade.oitocentos@gmail.com entre os dias 15
de novembro e 31 de janeiro de 2014 [retificado em 06/12/2013, ampliando o
prazo para janeiro/14 em virtude da elaboração de nova chamada]. A divulgação
de aceite será feita em março de 2014. Para as comunicações que forem
selecionadas, aguarda-se primeira versão do texto para 30 de junho de 2014.
Contamos com sua participação, apoio, e divulgação.
PRISÕES, PRESIGANGAS E CADEIAS NA COLÔNIA
O sistema prisional, baseado no
encarceramento diferenciado e delimitado por penas variáveis, aparece no mundo
contemporâneo (ou, pelo menos, na maior parte dele) como concretização por
excelência de sanções impostas a indivíduos que quebram as regras estabelecidas
pelo grupo social. No entanto, a privação da liberdade e o isolamento como
punição — e também reeducação — surgiu na Europa poucos séculos atrás.
Veja aqui algumas sugestões de
leitura sobre o tema
Correspondência de d. Fernando
José de Portugal a Paulo José da Silva Gama comunicando já ser de conhecimento
real por meio de seu ofício de 20 de janeiro, a fuga dos presos do Calabouço
utilizando uma chave falsa, e as providências por ele tomadas, resultando na
captura de quase todos os fugitivos por uma partida da companhia dos dragões.
Cópia da Carta Régia de 8 de
julho de 1769 dirigida ao marquês do Lavradio mandando criar na cidade do Rio
de Janeiro uma casa de correção destinada a receber homens e mulheres considerados
ociosos e desordeiros pelas autoridades coloniais.
Informação do corregedor do
crime da corte e casa José Albano Fragoso sobre o requerimento dos mordomos dos
presos da Casa da Misericórdia. Neste aviso repassa as ordens expedidas pelo ministro
e secretário de estado conde da Barca para que os degredados fossem à
presiganga até a ocasião de seu embarque.
Declaração do mestre de
carpintaria e do mestre do ofício de pedreiro à secretaria da Intendência da
Policia sobre o andamento das obras na cadeia do Aljube. Informam acerca das
reformas feitas, e dos espaços já concluídos, como uma enxovia e um xadrez para
mulheres.
ACESSE A FONTE:
REVISTA VEREDAS DA HISTÓRIA
Caros(as)
Colegas,
é
com grande satisfação que gostaria de divulgar a sétima edição eletrônica da
Revista Veredas da História. http://www.veredasdahistoria.com/, cujo tema é a
História Cultural (2012.1). Essa revista já está no seu sexto ano, conta com
ISSN e nota Qualis B3. Ela encontra-se também vinculada ao Departamento de
Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e
tem como objetivo publicar artigos, resenhas, entrevistas e traduções de
documentos, frutos de pesquisas desenvolvidas por alunos da pós-graduação e
professores. A ideia da publicação relaciona-se ao esforço conjunto de fazer c
om que os trabalhos possam dialogar com as mais diversas ciências, fomentando,
através da sua interdisciplinaridade, a criação de espaços efetivos para discussão
e debate acadêmico promissor, viabilizando assim pensamentos transformadores e
criativos. A periodicidade dela é semestral, com recebimento em fluxo contínuo.
Ainda neste ano, respectivamente, em fevereiro, março e abril, serão publicados
os dossiês de História Regional (Edição 2012.2), História da África (Edição
2013.1) e História Medieval (Edição 2013.2). Convido a todos (as) a acessar,
divulgar e contribuir para o crescimento da revista.
Cordialmente,
Conselho
Editorial
LAVAGEM DE CORPO E ALMA: POLÊMICAS HISTÓRICAS DA LAVAGEM DO BOMFIM
Página: 263
A lavagem da Igreja do Senhor do Bomfim, é uma destas coisas que principiadas com as mais puras intenções ao depois no decorrer do tempo, inda que seu escândalo seja altamente reprovado pela gente honesta, e pela Religião, contudo só do mesmo tempo, e das luzes da civilização pode ter sua extinção. Ajuntam-se para a lavagem milhares de mulheres, mais solicitas em apresentar o luxo com que vão vestidas, do que sua devoção, e enquanto esfregam o pavimento da Igreja, e carregam a água precisa, se entregam a excessos reprováveis, o que é de antever em uma reunião, onde um ato meritório para o Senhor do Bomfim, vai a fazer contínuas libações nas barracas que por ali se apinham. Eis aqui, meu amigo como se viciam as mais das vezes as puríssimas instituições da Religião. Quando os devotos do Bom Jesus do Bomfim, inventaram pela primeira vez a demonstração de sua devoção, sendo os mesmos que lavassem a sua Igreja, mal talvez previssem o desenvolvimento que a sua devoção havia tomar, tornando-se um escândalo. Tais são sempre os abusos que se divisam na sociedade, e que parecem aprovados pela Religião foram instituições como esta de que falamos, - que, arreigadas nos costumes de um povo, ela os tolera – inda reprovando-os. Nem possível é que ela aprove uma reunião imensa de povo, que com um pretexto religioso, no meio de um templo, na confusão em que se acham, pode dar lugar, e de fato aparece muito fato escandaloso, que serve de mover o riso a quem de parte os presencia. O nosso muito digno Diocesano têm muitas vezes alçado sua voz contra a lavagem da Igreja do Senhor do Bomfim, mas não se pode inda de todo lançar por terra essa festa, mais própria de um povo pagam, do que de uma cidade religiosa como a Bahia. Alguns porém, que de tudo criticam, e que em tudo querem achar um motivo para morder, lançam mão destas coisas, e por elas reprovam o geral da Religião. Muitos temos nós vistos a se saírem a campo com argumentos desta espécie. Desprezo sobre eles. Já cumprida vai esta minha correspondência; paro aqui, fazendo protestos de voltar a dedicar alguns momentos em escrever-lhe, já que assim o permite.
Padre Mariano.
(CLICK NA IMAGEM E ACESSE A FONTE)
Página: 267
...é o dever dos Párocos admoestar, e instruir os seus paroquianos todas as vezes que tiveram oportunidade. Vejam sobretudo os Sacerdotes, e outros Eclesiásticos, que em semelhantes procissões, assim eles com todos os mais observem aquela modéstia, e reverência, que se deve especialmente a estas pias, e religiosas ações. Revestidos do hábito e vestes eclesiásticas convenientes ao ato, caminhando dois a dois, grave, modesta e devotamente, estejam de tal sorte atentos as sagradas preces, que evitando o riso, mútuas conversas e vago movimento de olhos, convidem e excitem o povo com o seu exemplo a imitar a mesma exterior compostura. Os Leigos caminhem separados dos Clérigos, as mulheres dos homens. Em uma palavra, dizíamos nós, as procissões, como adverte um erudito expositor do mesmo ritual, representam, e figuram como um templo ambulante, onde deve reinar o mesmo respeito, e acatamento; e onde conseguintemente não é menos criminosa e irreverência, ou a profanação, do que no sagrado recinto das próprias igrejas. O Reverendo Pároco da freguesia de Nossa Senhora da Penha faça também publicar esta na supradita Capela no dia da Epifania, 6 de janeiro. Data nesta cidade da Bahia, sob nosso sinal e selo da nossas armas, aos 31 de dezembro de 1853.
Lugar selo. Romualdo, Arcebispo da Bahia.
ACESSE A FONTE:
http://memoria.bn.br/DOCREADER/DocReader.aspx?bib=709786&PagFis=1813 Para saber mais:
MEMÓRIAS REVELADAS LANÇA LIVRO DIGITAL
Arquivos da Repressão e da
Resistência - Comunicações do I Seminário Internacional Documentar a Ditadura
Centro de Referência das Lutas
Políticas no Brasil (1964-1985) - Memórias Reveladas apresenta a publicação
digital Arquivos da Repressão e da Resistência - Comunicações do I Seminário
Internacional Documentar a Ditadura.
A publicação contém os artigos
apresentados no I Seminário Internacional Documentar a Ditadura que aconteceu
na sede do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, entre 4 e 6 de junho de 2013,
reunindo pesquisadores e estudantes de diferentes nacionalidades, provenientes
de diversos campos do conhecimento e interessados na temática dos acervos da
ditadura militar, no Brasil e na América Latina.
O evento teve o apoio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e foi uma
realização de: Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro, Instituto de
Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(AMORJ/IFCS/UFRJ), Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil
(1964-1985) - Memórias Reveladas, Arquivo Nacional (MR/AN), Programa de Pós -
graduação em Ciência da Informação, Instituto Brasileiro de Informação em
Ciência e Tecnologia (PPGCI/IBICT), Programa de Pós - graduação em História da
Universidade Salgado de Oliveira (PPGH/Universo), Programa de Pós-graduação em
História Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(PPGHS/UNIRIO) e Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PPGSS/PUC-Rio).
O livro pode ser baixado no
endereço:
CEAO - CURSO HISTÓRIA DO JAPÃO PÓS-GUERRA ATRAVÉS DO CINEMA
Informamos aos interessados que as datas, os dias e o
horário do curso História do Japão pós-guerra através do cinema, a ser
ministrado pelo professor Shigeru Suzuki, da Universidade de Estudos
Estrangeiros de Tóquio, no CEAO, foram alterados (ver imagem).
Outras informações podem ser obtidas através do site
www.ceao.ufba.br,e-mail ceao@ufba.br ou telefone (71) 3283-5512.
CHAMADA PARA ARTIGOS - REVISTA HISTÓRICA - TEMA: ESCRAVIDÃO
No próximo número da Revista
Histórica, publicação online do Arquivo Público do Estado de São Paulo, abordaremos o tema da escravidão. Gostaríamos
de pedir aos estudiosos do assunto que enviem seus artigos para avaliação.
Pedimos também a gentileza de divulgar e estimular o envio de artigos para este
dossiê, denominado "Vestígios da Escravidão".
Os artigos enviados serão
submetidos à aprovação de dois pareceristas de nosso corpo editorial (ver na
revista, em http://www.arquivoestado.sp.gov.br/historica/expediente.php), que
poderão solicitar algumas modificações.
Para esta edição, procuramos
estudos sobre a escravidão em si, como objeto histórico; sobre os documentos
que ainda a testemunham; e sobre as marcas que a complexa teia de relações
sociais e econômicas da escravidão deixou na sociedade brasileira atual. A
ideia é dar ao assunto uma abordagem científica multifacetada, com textos
produzidos a partir das áreas de História, Ciências Sociais, Direito e
Literatura, entre outros possíveis olhares. Os artigos já podem ser enviados
para o endereço de e-mail histórica@arquivoestado.sp.gov.br. O fechamento está
previsto para a segunda quinzena de fevereiro de 2014.
Atenciosamente,
Dóris Fleury
Centro de Difusão e Apoio à
Pesquisa
Arquivo Público do Estado de
São Paulo
REVISTA HISTÓRIA DA HISTORIOGRAFIA
(CLICK NA IMAGEM E ACESSE NA ÍNTEGRA)
História da Historiografia
publica artigos, resenhas, entrevistas, textos e documentos historiográficos de
interesse para os campos da história da historiografia, teoria da história e
áreas afins. Tem por missões divulgar textos de teoria da história e história
da historiografia, e promover o intercâmbio de ideias e resultados de pesquisas
entre investigadores dessas duas áreas correlatas. Num momento em que, no
cenário brasileiro, o crescimento do número de periódicos científicos apenas
espelha (se bem que de forma algo distorcida) a ampliação dos programas de
pós-graduação, é consenso que o próximo passo a ser dado é o da verticalização
e especialização do perfil das publicações. HH foi fundada em 2008 exatamente a
partir desse diagnóstico, e pretende estabelecer-se como uma referência para os
estudiosos das áreas de teoria da história e história da historiografia no
mundo de língua portuguesa. O periódico é uma publicação interinstitucional da
Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia, do Programa de
Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(UNIRIO) e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP).
Temos periodicidade
quadrimestral e recebemos em fluxo contínuo. Os interessados em enviar
contribuições devem verificar as normas editoriais e as palavras-chave
disponíveis.
História da Historiografia
oferece acesso gratuito e integral a todo conteúdo deste site. Esta revista
possui Qualis A1 e é indexada nos seguintes serviços: Scopus | Elsevier,
Gale|Cengage Learning, EBSCO (Historical Abstracts), Latindex, e-revist@as,
Sumários de Revistas Brasileiras, Google Acadêmico, LivRe!, Harvester2,
Directory of Open Access Journals (DOAJ), Portal de Periódicos da CAPES.
Os autores ou editores de
livros publicados com até três anos nos campos da história da historiografia,
teoria da história ou áreas afins que desejem obter uma resenha publicada na
revista, por favor, entrem em contato através do e-mail
historiadahistoriografia@hotmail.com para obter os detalhes para envio do
exemplar.
VI SEMANA DE HISTÓRIA DA UFBA
É
com imenso prazer que o Centro Acadêmico Luiza Mahin divulga a programação
completa da VI Semana de História. Os eventos acontecerão no campus de São
Lázaro pela amanhã e pela tarde, e no campus de Ondina pela noite. No decorrer
da semana divulgaremos os locais exatos. A programação está sujeita a algumas
adições de novos espaços. Qualquer alteração será divulgada na página da VI
Semana de História durante esta semana. Lembrando a todos que as inscrições
para ouvintes, apresentação de trabalhos e para o minicurso já estão abertas
através do e-mail: 6semanahistoria@gmail.com
Espero
que tod@s fiquem satisfeitos com esta programação que montamos especialmente
para vocês!
HOMENAGEM AO PROFESSOR UBIRATAN CASTRO DE ARÚJO
Biblioteca Virtual celebra dois
anos com palestra e lançamento de acervo digital
Tradução inédita da dissertação
de Ubiratan Castro de Araújo, idealizador da Biblioteca Virtual, terá download
gratuito disponível.
A Biblioteca Virtual 2 de Julho, na comemoração
de seus dois anos de atividades, realiza, no dia 10 de janeiro, a partir das
18h, no Complexo Cultural dos Barris, palestra sobre conhecimento e cultura
digital, ministrada pelo professor doutor Messias Bandeira. O evento também
marca o lançamento de um hotsite com acervo de documentos, fotografias, vídeos
e publicações do professor Ubiratan Castro de Araújo, idealizador da
Biblioteca.
A discussão sobre o
conhecimento nos meios digitais fundamentou a criação da Biblioteca, que busca
disponibilizar acervo sobre a história e a cultura da Bahia. Primeira ação do
Estado com esse caráter, a Biblioteca Virtual 2 de Julho possui grande acervo
de documentos, possibilitando o acesso a fontes de pesquisa em todo estado
através do site – http://www.bv2dejulho.ba.gov.br
“Pensando no estado da Bahia,
uma ação como a Biblioteca Virtual ajuda na territorialização do conhecimento,
amplia o acesso a obras documentais que se encontram em acervos distantes. A
gente espera que, nos próximos anos, possamos ampliar o acervo, digitalizar
documentos importantes e continuar as ações de divulgação de textos, livros,
periódicos, entre outros”, declara Ana Amorim, diretora da biblioteca.
Tradução Inédita - O professor
Ubiratan Castro de Araújo, entusiasta da ideia, recebe coleção homônima na
Biblioteca, ambientada em site específico para este acervo. O site contará com
publicações, vídeos, artigos, dentre outros materiais. A Biblioteca Virtual
também disponibilizará, de forma inédita, a tradução da dissertação do
professor, defendia na França (Université Paris X-Nanterre), sobre a economia
da Bahia de 1889 a 1930. A tradução era um desejo antigo do professor e estará
disponível para download gratuito.
O evento também oficializará a
doação do acervo do professor Ubiratan Castro de Araújo para a Biblioteca
Pública do Estado da Bahia. Mais de dois mil volumes, entre livros e
periódicos, foram doados pela família para compor o acervo da maior e mais
antiga biblioteca da Bahia.
"A maneira como o
professor Ubiratan tratou as causas da leitura e do livro, sempre com zelo e
respeito, sobretudo aos dos menos favorecidos, a exemplo dos deficientes e dos
não tão proficientes em leitura, torna uma honra para a BPEB abrigar o seu
acervo. O Mestre Bira é um exemplo de cidadania para todos nós e é com honra e
imenso prazer que recebemos as publicações que ele colecionou ao longo de sua
vida”, afirmou Ivana Lins, diretora da Biblioteca Pública do Estado da Bahia.
SERVIÇO
O que? Biblioteca Virtual – 2
anos. Palestra com prof. Dr. Messias Bandeira e lançamento de hotsite de acervo
sobre o Prof. Dr. Ubiratan Castro de Araújo
Quando? 10 de janeiro, 18h
Onde? Sala Kátia Mattoso,
Complexo Cultural dos Barris
Não há inscrições. Sujeito a
lotação do espaço.
REVISTA DE HISTÓRIA COMPARADA
Juliana Barreto Farias
Carlos Eugênio Líbano Soares
Marcus Silva da Cruz e
Gabriella Lima de Assis
Wellington Castellucci Junior
Sabrina Gledhill
André Leonardo
Chevitarese e Daniel Soares Veiga
Luiz Alberto Couceiro
Ana Carina Azevedo
Wilson Roberto de Mattos e
Patrícia Carla Alves Pena
Acesse na íntegra:
Arquivo Público de São Paulo inicia processo de restauro do jornal abolicionista ‘A Redempção’
Exemplares de 1887 e 1888
vieram do IHGSP, fragilizados e em pedaços. Montagem dos fragmentos durou cerca
de um mês
A equipe técnica do Núcleo de
Conservação do Arquivo Público do Estado de São Paulo iniciou o tratamento de
restauro dos únicos exemplares conhecidos do jornal abolicionista ‘A
Redempção’. O jornal era impresso em uma tipografia localizada na Confraria da Nossa
Senhora dos Remédios, da qual o redator chefe, Dr. Antônio Bento, foi provedor.
Ele liderava o movimento
abolicionista dos ‘caifazes’, grupo clandestino que promovia ações de resgate
de escravos, escondendo e contrabandeando-os para lugares mais seguros, com o
quilombo do Jabaquara, em Santos. O grupo tinha centenas de participantes, de
todas as classes sociais.
O jornal circulou em São Paulo
de 2 de janeiro de 1887 até a promulgação da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.
‘A Redempção’ foi um jornal combativo, de cunho manifestamente popular, sempre
repleto de ataques a fazendeiros, políticos e a outros jornais que defendiam a
instituição escravista. Pelo seu papel na luta contra os escravocratas, o
periódico tornou-se uma fonte valiosa para os historiadores e ferramenta para a
pesquisa do processo de abolição em São Paulo. Ainda assim, devido a sua
raridade e precariedade, o jornal permanece pouco estudado.
Os exemplares sob a guarda do
Arquivo Público do Estado vieram do IHGSP (Instituto Histórico e Geográfico de
São Paulo), fragilizados e em pedaços. O trabalho de montagem dos fragmentos do
jornal consumiu um mês de trabalho contínuo, com a ajuda de pinças e cópias de
microfilme dos exemplares existentes na Biblioteca Lamont da Universidade de
Harvard, nos Estados Unidos.
Nesse trabalho descobriu-se
sete exemplares que se imaginavam perdidos, formando uma coleção de 132 números
do jornal. Pelo que se conhece, foram editados no período 138 edições.
O trabalho que está sendo feito
nos exemplares do ‘A Redempção’ precisa passar ainda por um banho para diminuir
a acidez do papel e, posteriormente, de pequenos reparos e velatura, utilizando
folhas de papel japonês. Após o restauro, os exemplares serão digitalizados em
alta resolução e disponibilizados ao público nas páginas do site do Arquivo
Público.
A apresentação do periódico
contará com textos da professora Dra. Maria Helena Machado, da USP,
especialista do tema da Abolição e de Alexandre Otsuka, que vem estudando essa
fonte excepcional para a história do movimento abolicionistas no Brasil.
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