Por meio do tema assim enunciado, pretende-se
discutir a maneira pela qual as sociedades e/ou grupos sociais
delimitam, circunscrevem o território por eles ocupado, numa tentativa
de imprimir, na paisagem, os símbolos por meio dos quais se afirma uma
identidade às expensas daquilo que se localiza nas margens, no
exterior, na no man’s land habitada por “invasores”, aos quais
se recusa amiúde o próprio estatuto de humanidade. Sabemos que o
território, sendo cruzado a todo o momento por indivíduos em permanente
deslocamento, carece de univocidade e de estabilidade. É no
território, no entanto, que afloram os lugares mediante o
estabelecimento de contornos que dividem, separam e subtraem da
apropriação coletiva determinados ambientes, controlados por grupos e
comunidades, que sobre eles exercem poder, seja sob uma perspectiva
bastante abrangente, como o de uma nação ou império, seja sob uma
perspectiva mais modesta, como uma cidade, uma aldeia ou mesmo uma
edificação.
ACESSE: http://www.ufes.br/ppghis/congresso/index.html