Autores: Pedro Almeida, Eli Vieira e Alexandre Marcati
Há mais de cinco mil anos, muito antes de um homem em especial ter
nascido no oriente médio, o fim de dezembro é comemorado como um rito de
passagem e renascimento por povos em todo o mundo. O solstício de
inverno, no norte, era celebrado há milênios pelas mais diferentes
tribos, nações, culturas e religiões que a diversidade da natureza
humana já produziu. Uma festa que sempre uniu famílias, amigos e afetos,
e tem sido comemorada desde a alvorada da civilização no Velho Mundo,
para nos lembrar que, mais uma vez, o ano se finda e tivemos a
oportunidade de aproveitá-lo da melhor forma que nos é possível. Seja
nas comemorações pagãs do renascimento das divindades solares – Mitra
para os hindus, Horus para os egípcios, Sol Invictus para os romanos,
entre outros – ou nas manifestações que representavam a iluminação de
Buda pela passagem do solstício, ou até mesmo na adaptação cristã mais
recente para a data, o Natal
de 25 de dezembro, o fim de ano é uma data que conjuga uma imensa
bagagem não somente histórica, mas também humana.
É hora de repensar o futuro que queremos e planejamos, tomando como condição de contorno o passado, o ano que termina; de pesar positivos e negativos, recolher-se à admiração do fenômeno que é a vida e celebrar que o mundo de hoje é melhor que o mundo de ontem, ou, se não for, que pelo menos tentamos fazê-lo desta forma, e não desistiremos disto, pois é da natureza humana evoluir. Por isto, considere o que há de bom e o que há de ruim na sua vida. Reconheça que as coisas boas são fruto de trabalho e dedicação e que as coisas ruins podem, sim, ser melhoradas, principalmente com mais trabalho e dedicação. Lembre-se de que errou, mas que também acertou, e que se arrependeu dos erros. Trabalhe para que os erros sejam corrigidos, e não lamentados. Pratique a empatia: ponha-se no lugar do próximo, e não faça aos outros aquilo que não quer para si. Seja solidário e gentil, companheiro e compreensivo. Perdoe os erros, quando honestamente reconhecidos.
Seja tolerante: aprenda a compartilhar as igualdades com alegria, mas também a respeitar e celebrar as diferenças inerentes dos seres humanos, que tornam cada um de nós único e insubstituível. Questione o senso comum, diariamente: das tradições, superstições e ideias mais tenazes aos preconceitos mais arraigados, estando disposto a se levantar contra as incoerências e injustiças. Crie ideias próprias, lógicas, saudáveis e coerentes. Mas esteja também aberto a discordarem de você, valorizando a discussão, e não o conflito. Aplique a racionalidade, a faculdade que mais lhe diferencia dos demais animais, para tomar as atitudes e posições mais sensatas, e não aquelas baseadas única e exclusivamente em dogmas e premissas imutáveis. Modele sua visão do mundo de acordo com os fatos, e não os fatos de acordo com sua visão de mundo. Não deixe lugar para o egoísmo e mesquinharia intelectual. Há males terrenos piores que qualquer danação eterna, pois prejudicam seu próximo, aqui e agora. Antes de sair pedindo por vida nova, prometa a si mesmo mudanças para melhorar o mundo em que vivemos e busque a convivência pacífica entre os seres, humanos ou não. Respeite não somente o próximo, mas a Natureza, pois dela viemos e a ela retornaremos.
Aprenda a conviver com a incerteza e a dúvida saudável. Pergunte-se se verdades e respostas absolutas são mesmo o caminho para achar sentido na vida. Nada de sobrenatural daria à sua vida um sentido mais amplo e concreto do que o significado que você mesmo dá a ela, em todos os dias em que realiza algo que lhe dá prazer ou em que compartilha momentos com quem ama. Aproveite cada momento como o último, responsavelmente, pois nada lhe garante que exista algo além do que temos aqui. Descubra que seus credos são pontos de vista dignos de espaço tanto quanto os credos de outrem, ou mesmo tanto quanto a descrença. Portanto, neste Natal, não importa no que você acredita, acredite em ligar para aquele velho amigo; acredite na boa vontade independente de crenças; acredite em não descer ao nível daqueles que quer ver punidos; acredite na cooperação por um futuro melhor; acredite no amor em qualquer uma de suas formas. E acredite na liberdade de acreditar, porque somente tendo livre acesso a qualquer tipo de crença é que você terá a oportunidade de escolher, dentre todas as possíveis, aquelas que trarão soluções para a sua vida e a vida de seus semelhantes – pazes e amores, e que sejam os melhores possíveis.
É hora de repensar o futuro que queremos e planejamos, tomando como condição de contorno o passado, o ano que termina; de pesar positivos e negativos, recolher-se à admiração do fenômeno que é a vida e celebrar que o mundo de hoje é melhor que o mundo de ontem, ou, se não for, que pelo menos tentamos fazê-lo desta forma, e não desistiremos disto, pois é da natureza humana evoluir. Por isto, considere o que há de bom e o que há de ruim na sua vida. Reconheça que as coisas boas são fruto de trabalho e dedicação e que as coisas ruins podem, sim, ser melhoradas, principalmente com mais trabalho e dedicação. Lembre-se de que errou, mas que também acertou, e que se arrependeu dos erros. Trabalhe para que os erros sejam corrigidos, e não lamentados. Pratique a empatia: ponha-se no lugar do próximo, e não faça aos outros aquilo que não quer para si. Seja solidário e gentil, companheiro e compreensivo. Perdoe os erros, quando honestamente reconhecidos.
Seja tolerante: aprenda a compartilhar as igualdades com alegria, mas também a respeitar e celebrar as diferenças inerentes dos seres humanos, que tornam cada um de nós único e insubstituível. Questione o senso comum, diariamente: das tradições, superstições e ideias mais tenazes aos preconceitos mais arraigados, estando disposto a se levantar contra as incoerências e injustiças. Crie ideias próprias, lógicas, saudáveis e coerentes. Mas esteja também aberto a discordarem de você, valorizando a discussão, e não o conflito. Aplique a racionalidade, a faculdade que mais lhe diferencia dos demais animais, para tomar as atitudes e posições mais sensatas, e não aquelas baseadas única e exclusivamente em dogmas e premissas imutáveis. Modele sua visão do mundo de acordo com os fatos, e não os fatos de acordo com sua visão de mundo. Não deixe lugar para o egoísmo e mesquinharia intelectual. Há males terrenos piores que qualquer danação eterna, pois prejudicam seu próximo, aqui e agora. Antes de sair pedindo por vida nova, prometa a si mesmo mudanças para melhorar o mundo em que vivemos e busque a convivência pacífica entre os seres, humanos ou não. Respeite não somente o próximo, mas a Natureza, pois dela viemos e a ela retornaremos.
Aprenda a conviver com a incerteza e a dúvida saudável. Pergunte-se se verdades e respostas absolutas são mesmo o caminho para achar sentido na vida. Nada de sobrenatural daria à sua vida um sentido mais amplo e concreto do que o significado que você mesmo dá a ela, em todos os dias em que realiza algo que lhe dá prazer ou em que compartilha momentos com quem ama. Aproveite cada momento como o último, responsavelmente, pois nada lhe garante que exista algo além do que temos aqui. Descubra que seus credos são pontos de vista dignos de espaço tanto quanto os credos de outrem, ou mesmo tanto quanto a descrença. Portanto, neste Natal, não importa no que você acredita, acredite em ligar para aquele velho amigo; acredite na boa vontade independente de crenças; acredite em não descer ao nível daqueles que quer ver punidos; acredite na cooperação por um futuro melhor; acredite no amor em qualquer uma de suas formas. E acredite na liberdade de acreditar, porque somente tendo livre acesso a qualquer tipo de crença é que você terá a oportunidade de escolher, dentre todas as possíveis, aquelas que trarão soluções para a sua vida e a vida de seus semelhantes – pazes e amores, e que sejam os melhores possíveis.