Louis Agassiz entre 1865 e 1866 no Brasil imperial


Escravo identificado como Mina Ossa, fotografado em 1865 por Augusto Stahl

"A consequência natural de ininterruptas alianças entre pessoas de sangue misturado é uma classe de indivíduos em que o tipo puro desaparece completamente assim como todas as qualidades físicas e morais das raças primitivas, produzindo mestiços tão repulsivos como cachorros vira-latas, os quais estão aptos para ser a companhia destes e entre os quais não se descobre um único indivíduo que tenha conservado a inteligência, a nobreza e afeição natural que fazem do cão de pura raça o companheiro predileto do homem civilizado"
(trecho do livro A VIAGEM AO BRASIL, de elizabeth agassiz, de 1865)


Exposição que abre nesta quinta em São Paulo, no Teatro Arena, mostra fotos inéditas de brasileiros feitos pela expedição Louis Agassiz entre 1865 e 1866 no Brasil imperial. Agassiz era um naturalista segregacionista suíço que vivia nos Estados Unidos. Seu levantamento contém mais de 200 retratos de negros (e índios, e mestiços) brasileiros. Sua intenção era mostrar a "degradação racial".
A historiadora Maria Helena P.T.Machado, professora da USP, organizou o material, ao lado da artista suíça Sasha Huber. Entrevistei Maria Helena, mas o papel não comportou a íntegra.