Prof.
Dinis Kebanguilako Instituto Superior de Ciências da
Educação
Instituto Superior Técnico Militar Luanda - ANGOLA
-
Angola da guerra à paz: que futuro para o país?01/06
(3af) - CEAO - 18:00 hs (Largo 02 de Julho)
- Angola: o processo de paz e a integração social.08/06 (3a f) - Casa de Angola - 18:00 hs (Baixa do Sapateiro) Realização: Programa de Pós-Graduação
em Estudos Étnicos e Africanos/UFBA
e Casa de Angola na Bahia.
Em vista das fortes chuvas, a conferência de encerramento do 2°
Encontro de Novos Pesquisadores em História foi remarcada para o
dia 31
de maio, às 20:30, no Auditório B do PAF I. A conferência intitulada História
Comparada da Escravidão: apontamentos para uma agenda de pesquisa da
escravidão na Roma antiga e no Império do Brasil será ministrada
pelo Prof Drº Fábio Joly (UFRB).
Contamos com sua participação
att.
Comissão Organizadora (2° Encontro de Novos
Pesquisadores em História)
Em 2008 realizamos em João
Pessoa o I Encontro de História do Império Brasileiro, por
iniciativa dos grupos de pesquisa Sociedade e Cultura no Nordeste
Oitocentista e História da Educação no Nordeste Oitocentista
(GHENO), ambos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em História
da Universidade Federal da Paraíba, em parceria com outros programas de
pós-graduação. O intuito foi o de reunir pesquisadores das regiões Norte
e Nordeste e das demais regiões do Brasil para discutirmos as pesquisas
desenvolvidas com o recorte temporal do oitocentos. As repercussões do
referido evento e a sua grande aceitação por parte da comunidade
acadêmica nos fez investir na segunda edição, em 2010. Assim, para este
segundo Encontro, decidimos concentrar as discussões a partir do tema
geral "Culturas e Sociabilidades: Políticas, Diversidades, Identidades e
Práticas Educativas". Outrossim, a organização do encontro estabeleceu
uma parceria com o Programa de Cooperação Acadêmica Novas Fronteiras da
Capes (PROCAD-NF 2008 - PPGH-UFPB/ PPGH-UFMG), no sentido de juntos
realizarmos o I Simpósio Patrimônios – Conexões Históricas.
A Comissão Organizadora.
EIXOS TEMÁTICOS
1 - Instrução e Culturas Escolares 2 - Culturas políticas e construção do Estado Nacional 3 - Imprensa, Impressos e Práticas de Leitura 4 - Sociedade escravista: escravizados, mulheres e homens livres
pobres 5 - Arte, Festas, Vida Cotidiana e Religiosidades 6 - Viajantes e Povos Indígenas 7 - Cidades, Territorialidades e Fronteiras 8 - Intolerância e Violência 9 - Sociabilidades Femininas e Infância
Marcus Carvalho
Universidade Federal de Pernambuco
Doutor em História pela University of Illinois, Estados Unidos
data e horário:
7 a 11 de junho de 2010
14:00 às 18:00h
local:
Fundação Clemente Mariani
Rua Miguel Calmon, 398
Ed. Conde Pereira Marinho
Comércio - 40015-010 - Salvador BA
P.V : Uma vez, quando eu era ainda bem jovem, pensei
me tornar budista. Estava no sudeste da Ásia, via aqueles monges todos que só
tinham uma peça de roupa, uma túnica cor de laranja, uma cuia para comer e
beber, um rosário para contar os mantras e as orações. Era a idéia do
despojamento total o que mais me atraía.
A renúncia aos bens do mundo
pode esconder uma fuga, uma dificuldade em aceitar e assumir as
responsabilidades e os grilhões do mundo e se adaptar a eles.
P.V: Sem
dúvida. Nada mais dificil, quando se procura um caminho, que descobrir se a
força que nos empurra vem do desejo de fugir ou do desejo de buscar. Talvez, em
algum nível bem profundo, nem haja qualquer diferença entre esses desejos. No
sentido de que existe uma força inexorável e constante que do nascimento à
morte nos impele à frente, em direção à descoberta de nós mesmos. Talvez fosse
até melhor dizer : em direção à construção de nós mesmos. Tudo que nos
acontece, todos os fatos com sentido ou aparentemente sem sentidos nas nossas
vidas, talvez não sejam mais do que ferramentas, recursos, estratégias de que
aquela força lança mão para nos empurrar na direção daquela descoberta. Talvez,
tanto o desejo de fugir quanto o de buscar sejam duas dessas ferramentas,
igualmente importantes. Como disse, naquele nível profundo, talvez haja pouca
ou nenhuma diferença entre elas.
Hoje
você completa 93 anos, a maior parte deles consagrada ao estudo teórico e prático
do candomblé. A parte o interesse cultural, o que todo esse
aprendizado significa para você em termos espirituais ?
P.V : Em termos espirituais ? Nada. Não acredito
em nada disso. Sou homem de pouca
crença. Por natureza pessoal, e também por condicionamento cultural, busco
muito mais ser um homem de conhecimento.
Nada ? Você foi consagrado
babalaô, entregou sua cabeça a Xangô, sem acreditar em nada disso ?
P.V : Pela manhã, antes de vir me visitar, você não
disse que foi ao Pelourinho e comeu um acarajé feito por aquela baiana que
monta seu tabuleiro no lado da Fundação Jorge Amado ?
Pois bem, aquela mesma baiana, igual a tantas outras, vestida de baiana
e coberta de balangandãs, que passa o dia fritando acarajé para ganhar a vida,
você sabe o que acontece à noite, quando ela vai para o seu terreiro, quando
ela dança e entra em transe ao som dos atabaques e incorpora a Oxum que ela
carrega ? Preste atenção : ela deixa de ser uma simples baiana, igual
a milhares de outras, para se transformar naquilo que ela realmente é – uma
rainha. Uma rainha, sim, na profundidade do seu ser. Respeitada, tida e havia como tal por toda a
comunidade do seu terreiro. E aquele
estivador que passa o dia carregando sacos no cais do porto, sabe o que
acontece quando ele incorpora no terreiro o Xangô que ele carrega ? Acontece o mesmo : ele se transforma num rei,
porque a sua verdadeira natureza é a de um rei. Você me perguntou, eu
respondo : foi para isso, sim, que dediquei a maior parte da minha vida.
Para contemplar e tentar entender esse espetáculo único, o maior espetáculo da
Terra, que é a manifestação plena da verdade que habita a pessoa humana. A
verdade profunda que é representada pelo orixá. E, se mais dez vidas eu
tivesse, de bom grado dedicaria todas elas a esse mesmo objetivo.
Encontra-se disponível no site
do IEB o banco de dados Brasil África,
contendo
informações sobre livros e manuscritos que tratam do continente africano
entre
os séc. XVI e XIX. Todo o material estará digitalizado até o final deste
ano. O Brasil África é um projeto que está sendo desenvolvido no IEB
desde 2009 com o financiamento da FAPESP, cujo objetivo central é
disponibilizar ao público livros e documentos raros do IEB relativos
ao continente africano no período que se estende do século XVI ao XIX.
Construímos uma base de dados contendo informações detalhadas sobre cada
documento selecionado, tais como o nome do autor, da obra, a data, e o
local da publicação. A base trás também um breve resumo de cada
documento indicado. A finalidade da base é facilitar o acesso do
pesquisador a inúmeras fontes relacionadas a temas diversos relativos ao
continente africano, tais como viagens, escravidão, comércio, história,
geografia, medicina, religião e religiosidade, entre outros assuntos.
Começamos o processo de digitalização dos documentos da base há apenas
um mês e até o final de 2010 esperamos estar com todas as obras do
banco digitalizadas e disponíveis para impressão. Para fazer a pesquisa
clique em busca.
Uma história da cultura afro-brasileira compõe um vasto quadro de referências sobre a história, a geografia e a cultura da África, sobre o tráfico de escravos e sobre suas condições de vida no Brasil. O legado deixado por eles na alma brasileira estende-se da culinária às artes, do sincretismo das práticas religiosas ao vocabulário do idioma nacional, da submissão humilhante às lutas por transformações sociais.
Além de oferecer recursos para o entendimento da importância da cultura africana na construção da nossa identidade, o livro estimula o prazer da leitura: suas qualidades estilísticas também despertam o interesse, cativam a atenção e contribuem para a fluidez do discurso no diálogo com o leitor. Pela riqueza do conteúdo, este livro é um convite à reflexão sobre o desenho da nossa idiossincrasia, sobre as formas do nosso imaginário e sobre o supremo valor da liberdade.
Os autores
Walter Fraga é Doutor em História Social pela Unicamp. Professor Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
Wlamyra R. de Albuquerque é Doutora em História Social pela Unicamp. Professora adjunta da Universidade Estadual de Feira de Santana – BA.
O II Encontro
Iberoamericano de Ministros da Cultura para uma Agenda Afrodescendente
nas Américas, com o tema A Força da Diáspora Africana, acontecerá em
Salvador no período de 25 a 28 de maio.
A abertura oficial será
no Teatro Castro Alves e coincide com a comemoração do Dia da África, 25
de maio. Haverá apresentação do I Concerto Afro-Latino com os cantores
Elza Soares, Mariene de Castro e Riachão.
O evento é promovido
pelo Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares, e
visa elaborar um plano que contemple políticas públicas de ações
afirmativas para a igualdade racial, por meio de projetos e propostas de
cooperação entre os países da América Latina e Caribe.
Esta
reunião marca o compromisso assumido em 2008, durante a realização da
primeira edição do encontro em Cartagena, na Colômbia, e reunirá, além
dos Ministros de Cultura, organismos internacionais como a Organização
dos Países Ibero-Americanos (OEI), a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização Internacional
para as Migrações (OIM).
Na programação constam eventos como
Encontro de Pensadores - reunião de agentes políticos, sociais e
especialistas na área de cultura negra na América Latina e Caribe para
dialogarem sobre as diretrizes políticas em torno do tema -;
apresentação do Observatório Afro-Latino - um programa virtual de
intercâmbio de conteúdos sobre as culturas de comunidades afro-latinas e
caribenhas -; além de oficinas de percussão e atividades artísticas.
Além de plenárias, conferências, atividades artísticas, shows e
workshops.
Os interessados em participar do Encontro de
Pensadores e das oficinas de percussão devem se inscrever, a partir da
próxima terça-feira [17 de maio] no site www.encontroafrolatino.com. Os ingressos dos
shows também devem ser retirados no site e trocados na portaria do
Teatro Castro Alves e do Museu Du Ritmo, onde vão acontecer as
apresentações artísticas.
O Centro
Acadêmico de História, União dos Búzios, gestão 2009/2010, convida toda
comunidade acadêmica, a participar do Iº Simpósio de História Política. O
principal objetivo do simpósio é discutir fases importantes da
trajetória política brasileira e baiana no decorrer da história, além de
colocar a UNIJORGE (Centro Universitário Jorge Amado) no meio de
discussões importantes, como o papel das esquerdas no Brasil e como o
poder político atua na área de educação. Acreditando que o único meio de
transformação social é investir seriamente na formação de jovens e
crianças, de modo que a atual realidade das escolas públicas é de total
abandono, se faz necessárias discussões que possam propor mudanças.
Contatos: uniaodosbuzios@gmail.com Humberto Manoel:
71-81957279 Inscrições: uniaodosbuzios@gmail.com (envie um e-mail com o
assunto inscrição no Simpósio com o nome completo e no credenciamento
será confirmada a inscrição). Será realizada inscrições até o dia 26/05 na entrada do Zélia
Gattai.
Colóquio Internacional Africanidades e pensamento
negro na Fundação
Pedro Calmon, Biblioteca Pública do Estado da Bahia, dia 25 de maio, às
18 horas.
Aimé Césaire é um dos mais interessantes poetas vivos pelo mundo afora. Foi
ele que, ao lado de Léopold Sédar Senghor, encabeçou o movimento da
negritude no final dos anos 30. Aliás, foi ele quem cunhou este termo
que passou a ser usado em toda manifestação de afirmação dos negros ao
ponto de perder a força original (Césaire queria tirar a palavra de sua
condição pejorativa e usá-la ao favor de uma cultura: a cultura das
"folhas que resistem ao vento". Em outras palavras: transformar o tabu
em totem.)
Assim como seu camarada, Césaire é uma das melhores cabeças que surgiram
no século XX.
Deixo aqui a minha homenagem: a tradução de um poema recente, publicado
em um livro chamado "Moi, Laminaire". Saravá Césaire (que significa ave
caesar)!
Palavra-Macumba
a palavra é mãe dos santos
a palavra é pai dos santos
com a palavra serpente é possível atravessar um rio
povoado de jacarés
me acontece eu desenhar uma palavra no chão
com uma palavra fresca pode-se atravessar o deserto
de um dia
existem palavras remo para afastar tubarão
existem palavras iguana
existem palavras sutis essas são palavras bicho-pau
existem palavras de sombra com despertadores em cólera faiscante
existem palavras Xangô
me acontece de nadar malandro nas costas de uma palavra golfinho
le mot est père des saints/
le mot est mère des saints/
avec le mot couresse on peut traverser un fleuve/
peuplé de caïmans/
il m’arrive de dessiner un mot sur le sol/
avec un mot frais on peut traverser le désert/
d’une journée/
il y a des mots bâtons-de-nage pour écarter les squales/
il y a des mots iguanes/
il y a des mots subtils ce sont des mots phasmes/
il y a des mots d’ombre avec des réveils en colère d’étincelles/
il y a des mots Shango/
il m’arrive de nager de ruse sur le dos d’un mot dauphin
Aontecerá nos dias 26, 27 e 28 deste mês o III Seminário Preconceito
na Fala e na Cor. Será na Casa de Angola, que fica na praça dos
Veteranos, Baixa dos Sapateiros, defronte do corpo de Bombeiros. Confira
a programação. Informações sobre valor da inscrição pelo e-mail preconceitonafalaenacor@bol.com.br.
PROGRAMAÇÃO
Dia 26 de maio de 2010
quarta-feira
Manhã 8.30 às
9.30h Credenciamento / inscrições ouvintes 9.30 às 11.30 h Local
- Auditório
Comunicações Andréia Vieira da Conceição
(coord.) e Érica Bastos da Silva: Preconceito
lingüístico em classes de jovens e adultos
Irio Rodrigues Almeida: A religião
afro-brasileira nos anos iniciais do ensino fundamental
Deyse Luciano: Remando contra a maré:
trabalhando a lei 10639/03 em ambiente escolar majoritariamente
evangélico
Maria da Conceição A. Oliveira: O negro
no livro “Etnias Sergipanas”
Tarde Local: Auditório 14.30 às 16.30h Mesa Redonda A IRMANDADE DO
ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS E A RELIGIOSIDADE Coordenadora: Profa. MS.
Sabrina Gledhill Ceao/UFBa
Este negro não se enxerga: Manuel
Querino e a luta contra o preconceito
Anália Santana: A importância das
mulheres na Irmandade do Rosário dos Homens Pretos
Taata Anselmo Santos Minatojv: Entendendo
o preconceito religioso
Magnaldo Santos: Candomblé lei 10.639,
memória e história afrobrasileira
Abertura oficial do Seminário. Local: Auditório - 17h - Boas
vindas do Diretor do Centro Cultural Casa de Angola na Bahia: Dr.
Camilo Afonso Convidada especial: Profa. Dra. Yeda Pessoa de Castro Palestra
O negro e a escolha entre princípios
universais e contingências mundanas
Prof. Dr. Luis Lindo. USP Palestra Não
há o que duvidar: o preconceito está no ar
Profa. MS. Antonia da Silva Santos - Coordenação Seminário Homenagem
à Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos Coquetel
Exibição de filme angolano
Dia 27 de maio de
2010 quinta-feira
Manhã 8.30 às 9.30h
Credenciamento / inscrições ouvintes 9.30 às 11.30 h Local -
Auditório Comunicações Maria Estela Rocha
Ramos (coord.): Bairros negros um olhar
arquitetônico Naisa Barbosa Ribeiro: A cor na passarela - novos rumos e caminhos Julio Cesar Leal Pereira: Uma
proposta de adaptação linguística inclusiva: o caso da atualização da
obra de White no Brasil Abílio Manuel M. de
Mendonça: Preconceito lingüístico na sala de
aula de escola pública Marcos Rodrigues: A cor dessa cidade
Tarde Local: Sala 1 14.30 às 16.30h Mesa Redonda ÍNDIOS
E NÃO ÍNDIOS NUMA LUTA IGUAL
Coordenador: Prof. MS. Francisco Alfredo Moraes Guimarães
UNEB/Ceao-UFBA
Educação e povos indígenas: legislação e
experiência com produção de material didático de autoria indígena na
Bahia
Sidney Baconepà Monzilar: Eu sou índio.
E daí?
Vanusa Gabriel Lipu: A mulher indígena
Fernando Lima: A questão indígena será
que ainda temos um aparteid social com um dos povos formadores da nação
brasileira? Dia 28 de maio
de 2010 sexta-feira
Manhã 8.30 às 9.30h
Credenciamento / inscrições ouvintes 9.30 às 11.30h Local:
Auditório Comunicações Jaciete B. dos Santos
(coord.): Preconceito em relação aos
estudantes com deficiência incluídos no contexto universitário
Mariluce Santana Vida: A construção da
identidade africano-brasileira entre jovens negros e negras da Omi-Dudú:
referências que consubstanciam a sua formação para o mercado de
trabalho a partir da última década do século XX
Maria Priscila de Jesus: Práticas
educativas do afoxé pomba de malê e suas contribuições com os processos
de construções afirmativas da identidade negra
Isabel Leslie F. de Lima: Negritude
poética: vivências e escritas em Francisco J. Tenreiro, José Craveirinha
e Mário P. Andrade
Heloisa Helena Vaz da Silva: A Escola
como espaço de construção de práticas antirracistas Tarde
Local: Auditório 14.30 às 16.30h Mesa Redonda RACISMO E POLITICAS DE IDENTIDADE NA ESCOLA
Coordenadora: Prof. Dra. América L. César/UFBa
Suzane Lima Costa: Da arte dos
linguajamentos nas aldeias
Terezinha Oliveira Santos: Eu vim
aprender o português legítimo: identidades e representações dos sujeitos
do ensino e da aprendizagem na educação de jovens e adultos
Elvina Perpetua R. Almeida: Leitura e
escrita como resistência: a escola de um quilombo
Local: Sala 1 14.30 às 16.30h Palestra PROGRAMA DE ÍNDIO: AONDE ESTÁ TANTO PRECONCEITO?
Dra. Denise Veiga Alves - CIMI
Local: Auditório 17h
Palestra BALANÇO o que está sendo feito
com a lei 10693/03 na Universidade
Prof. Dr. Kabengelê Munanga - USP Palestra Religião
e Escravidão - Diálogo Possível?
Prof. Dr. Sebastião Heber Vieira Costa UNEB/Faculdade Dois de Julho 18.30
Agradecimentos Encerramento Exibição
de filme angolano ACESSE:http://www.sinpro-ba.org.br/conteudo.php?ID=1001
Acontecerá em Santo Antônio de Jesus
entre os dias 24 e 27 próximos a 2ª Semana de História da Cidade, evento
realizado pela Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de
Educação. Será mais um oportunidade para que a comunidade
local conheça a história da região. Estão sendo convidados a
participarem, professores de História no ensino fundamental e alunos do
curso ou dos programas de pós graduação do Campus V da UNEB. As
inscrições gratuitas já estão abertas na sede do Mestrado em História
Regional, em frente ao Colégio Santo Antônio em horário comercial.
O evento é parte integrante das
celebrações pelos 130 anos anos de história da capital do recôncavo. Na
oportunidade acontecerá a exibição de filmes históricos sobre a
trajetória cultural, política e administrativa do município.
A UFRB convida para os
seminário : “Áfricas, identidades, diversidade e desafios para a cooperação”
O seminário será realizado aqui no
CAHL_UFRB, em Cachoeira, nos dias 25 e 26 de maio. O tema é Áfricas,
identidades, diversidade e desafios para a cooperação. O objetivo do
evento é celebrar o dia da África, 25 de maio, data de fundação da Organização da Unidade Africana. criando um
espaço de reflexão, diálogo e cooperação entre estudantes e professores,
brasileiros e de diferentes países africanos.
NILO ROSA Presidente da Associação de Pesquisadores Negros da
Bahia – APNB http://www.apnb.org.br
A Universidade do Estado da Bahia – UNEB, o Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil - HISTEDBR, da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, o Museu Pedagógico – MP/UESB e o Grupo
de Estudos e Pesquisas História da Educação da Bahia – HISTEDBA pretendem realizar nos dias 31 de maio e 1º de junho um seminário, visando reunir discussões que retomem as reflexões sobre o pensamento de Antonio
Gramsci e sua atualidade. O evento acontecerá na UNEB, Campus I, Cabula,
Salvador.
Objetivo do Seminário
O objetivo é realizar um debate, provocado por interlocutores como Dermeval Saviani, Paolo Nosella, Edmundo Dias e José Claudinei Lombardi que apresentam uma importante trajetória de estudos sobre Gramsci, e outros colegas como Lívia Diana Magalhães, Eurelino Coelho, Wilson
Santos, Carlos Zacarias, das Universidades Estaduais Baianas, que propõem
estudos cujos temas e problemas, sobretudo de ordem histórica, continuam desafiando a educação, a política, a cultura e a economia brasileira.
Sobre a Inscrição
A inscrição como ouvinte é gratuita. Pode ser feita a partir do dia
17/05 no Núcleo de Pesquisa e Extensão (NUPE), do Departamento de Educação, do Campus I, Uneb, Cabula. O interessado deve procurar Zezé, a secretária
do NUPE. Também, pode ser realizada no e-maileventogramsci@yahoo.com.br
É preciso preencher a ficha de inscrição abaixo, que está anexada, e enviá-la para o e-mail eventogramsci@yahoo.com.br Além disso, o site da Uneb deixará um link a partir do dia 17/05 para realizar a inscrição. Outra opção é fazer a inscrição no primeiro dia do evento, no dia 31 de maio, pela manhã. A primeira palestra “Gramsci e a Educação no Brasil”,
de Dermeval Saviani, começará às 09:00h, e as inscrições acontecerão de
08:00 às 09:00h.
Público Alvo:
Professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação e de graduação e demais membros da comunidade acadêmica. Data:
31 de maio a 1 de junho Local:Teatro UNEB, Campus I, Cabula
História e Comunicação na Nova Ordem
Internacional, de Maximiliano Martin Vicente, é um dos 44 livros
que a Fundação Editora da Unesp (FEU), em parceria com a Pró-Reitoria
de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista (UNESP), está disponibilizando para download livre a gratuito na Web . O programa de livre
acesso foi lançado em 2009 com de publicação de livros digitais, nas
áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais e Aplicadas e Linguística,
Letras e Artes. Com o patrocínio desse Programa, obras selecionadas
pelos Conselhos de Programas de Pós-Graduação da Unesp são editadas pelo
Selo Cultura Acadêmica da FEU - Coleção de Publicações Digitais da
PROPG. Os primeiros 44 títulos dessa Coleção já estão disponíveis no
site www.culturaacademica.com.br e podem ser baixados sem custo algum. O
projeto prevê a publicação de 600 livros nos próximos 10 anos. É o
maior projeto de difusão de publicações de uma universidade pública
brasileira. Visite,
cadastre-se e faça seus downloads.
Lázaro Ramos
propõe uma discussão de relação coletiva em seu programa Espelho, que
vai ao ar no canal Brasil.
Nos episódios de 17 e 24 de maio, Lázaro recebe mulheres e homens, que
participaram de programas anteriores sobre o tema relacionamento, para
que
frente a frente tentem entender o lado do sexo oposto. Será?Bem,
só entrando
nessa divertida DR, por mais incrível que pareça, pra saber.
Para um negro que vivia no Brasil na época em que vigorou a
escravidão, era difícil estabelecer laços familiares, já que seu destino
dependia da vontade do proprietário. Apesar das condições adversas,
muitas famílias foram formadas, e elas representaram mais uma forma de
resistência dos negros às condições de vida às quais eram submetidos. A
família negra sob a escravidão foi um dos temas tratados nesta
quinta-feira (13) no seminário "Escravidão no Atlântico Sul e a
contribuição africana no processo civilizatório brasileiro", pomovido
pela Fundação Joaquim Nabuco. O evento, que acontece no Museu do Homem
do Nordeste, teve início na quarta-feira (12) e vai até sexta-feira
(14).
Para discutir a temática da família negra, foram convidadas três
professoras que estudam o assunto: Isabel Cristina dos Reis, da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Cristiane Pinheiro
Jacinto, do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e Solange Pereira da
Rocha, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). As pesquisas das três
são baseadas em documentos como registros de batismo, testamentos e
inventários dos proprietários de escravos e até processos criminais da
época.
As três destacaram as muitas dificuldades para que os negros
estabelecessem laços fomais, destacando que a maior parte das relações
eram consensuais. "Eles não eram donos de suas vidas. Eles tinham um
senhor que a qualquer momento podia vendê-los, enviá-los para outra
província, mandar para uma fazenda no interior", afirmou Cristiane
Jacinto.
"Havia um número pequeno de negros casados. Mas, entre
eles existiam vários tipos de relação: escravos casados com escravos do
mesmo proprietário, escravos casados com escravos de diferentes
propritários, escravos casados com livres, escravos casados com
libertos", explicou Cristiane. A distinção entre livres e libertos é que
os libertos eram negros que antes eram escravos e conseguiram a
liberdade, enquanto os livres eram normalmente os negros que, por
chegarem ao Brasil através do tráfico ilegal, ficavam sob a custódia do
governo.
"Imagine uma mulher escravizada casada com um homem
livre? Se a esposa fosse vendida, o que ele faria? Há o registro de uma
escrava que era vendida sucessivas vezes e em todas as vezes o marido
liberto ia junto", contou a pesquisadora. Ela acrescentou que, no
Maranhão, o tráfico interprovincial de escravos foi intensificado a
partir de 1846, o que tornou ainda mais difícil a manutenção dos laços
familiares. "Quando os dois estavam na mesma cidade, ainda era possível
manter o vínculo, mas, quando um ficava no Maranhão e o outro era
vendido para o Rio de Janeiro, a situação ficava muito complexa".
Solange
Rocha ressaltou que era muito comum a separação das famílias na
sociedade escravista, mesmo após uma lei de 1869 que proibia a
separação. "A gente tem o relato de uma mulher na Paraíba que foi
separada de seus filhos e enlouqueceu. Ela não conseguiu superar as
perdas", contou. Segundo a pesquisadora, a separação entre a mulher e o
companheiro causava um tipo comum de relação familiar durante o período
da escravidão. "Havia muitas famílias de mulheres, as chamadas famílias
monoparentais. Através de documentos, podemos encontrar essas famílias
com até três gerações", destacou.
De acordo com Isabel dos Reis,
era comum que, no caso de união entre escravos e libertos, um dos
companheiros buscasse a alforria do outro. "Muitas pessoas mantinham uma
relação estável, duradoura, e havia o comprometimento de o homem
comprar a alforria de sua mulher ou de a mulher comprar a alforria do
marido. Com isso, a gente percebe a resistência, a luta para preservar
esses laços", afirmou.
São 250 bolsas de pós-graduação para
alunos negros ou pardos e um aumento de 200 bolsas do Programa de Iniciação
Científica
Agência Brasil | 13/05/2010
12:42
No Dia em que se comemora
os 122 anos da Lei Áurea, o ministro da Secretaria Especial de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Eloi Ferreira, anunciou a criação
de 250 bolsas de pós-graduação para alunos negros ou pardos e um aumento de 200
bolsas do Programa de Iniciação Científica (Pibic), que passarão de 600 para
800.
O ministro destacou que,
apesar de o sistema de cotas não ser obrigatório no Brasil, 91 universidades
públicas adotam a reserva de vagas no vestibular para alunos negros.
Ele também anunciou o
lançamento de um selo para identificar as instituições de ensino que promovem a
Lei nº 10.639, de 2003. O texto tornou obrigatória a inclusão da história do
povo negro e suas contribuições culturais, econômicas e sociais para o país no
currículo de ensino infantil, fundamental e médio. A entrega dos selos ocorrerá
em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Para Eloi Ferreira, as
ações divulgadas nesta quinta-feira ajudam a corrigir injustiças e distorções
históricas. “A promulgação da Lei Áurea não foi acompanhada de uma inclusão
educacional, habitacional e isso faz com que até hoje o negro continue na base
da pirâmide social”, afirmou.
O ministro defendeu também
a criação do Estatuto de Igualdade Racial, que já foi aprovado pela Câmara e aguarda
votação no Senado. “Essa lei será como um segundo artigo da Lei Áurea. Ela
garante o respeito às religiões de matriz africana e garante a possibilidade de
acesso à terra aos remanescentes quilombolas”, destacou.
Marcio Alexandre M. Gualberto Quem é de Axé diz que é! No Censo de 2010 declare seu amor ao seu Orixá
Diga que é do Santo, diga que é do Axé
Pois quem é de Umbanda, quem é de Candomblé
Não pode ter vergonha, tem que dizer que é!!!
Aqui segue uma breve descrição de nosso projeto, cuja Home Page, ainda em está em construção, é www.arquivoafro.ufba.br O propósito do primeiro Museu Digital da Memória Afro-Brasileira é disponibilizar e intercambiar cópias de documentos por internet, reunindo num só acervo documental digital os fundos de arquivos relativos aos Estudos Afro-Brasileiros que hoje se acham dispersos em várias instituições e coleções privadas, tanto nacionais como internacionais. Este projeto se inicia como uma iniciativa de pesquisa e extensão do Programa Fábrica de Idéias, hoje lotado no Centro de Estudos Afro-Orientais/CEAO da UFBA, em parceria com outras universidades nacionais (sobretudo UFPE, UFMA, UERJ e UEFS e estrangeiras, bem como com arquivos e fundos documentais tanto nacionais quanto internacionais. Para tal, contamos ainda com a participação de pesquisadores de outras unidades e instituições, a exemplo da Faculdade de Educação da UFBA, da Universidade Federal do Recôncavo Baiano /UFRB, do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM), e o apoio da Associação Brasileira de Antropologia/ABA. Propor a construção de museu totalmente virtual para o resgate da memória afrobrasileira é também uma estratégia para fomentar a relação entre a Universidade, museus físicos, os centros de pesquisa e a sociedade. Em um sentido mais geral, nosso objetivo é também a criação de melhores condições para a institucionalização e o fortalecimento em nível de pesquisa dos Estudos Étnico-Raciais.
Nossos propósitos são:1. Digitalizar documentação, acervos particulares, inventariar memórias vivas das culturas afro-descendentes; 2. Estimular a produção de tecnologias sociais; e ferramentas interativo-colaborativas que possibilitam ampliar a construção de novas bases de dados e fontes para pesquisadores interessados na temática dos estudos étnicos e africanos e áreas afins; 3.Desenvolver em parceria com diversos arquivos e pesquisadores um ambiente/plataforma, (posteriormente um software para fins educativos) para a preservação de arquivos no Brasil e na África (sobretudo, em Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, Angola e Senegal).
Nosso Lema:Generosidade digital, isto é, a idéia de um museu sem dono; Repatriação digital, ou seja, incentivo a que os arquivos retornem a seus locais de origem; Doação digital e preservação da Memória das populações subalternizadas.
Contato via e-mail (arquivoafro@ufba.br) ou telefone (71) 3283-5509.
A Associação de Pesquisador@ s Negr@s
da Bahia – APNB tem o prazer de convidá-l@ para mesa redonda "A
história
do negro no Brasil face a outras leituras“ a ser realizada no CEAO,
Largo Dois de Julho, auditório Agostinho da Silva, dia 13 de maio, às
18h. Coordenador:
Cloves Luis Pereira
Oliveira
Participantes:
1- Wlamyra Ribeiro de Albuquerque 2
-
Francisco Carlos Cardoso da Silva 3 - Osmundo Santos de Araujo
Pinho
O dia 13 de
maio de 1888 marcou oficialmente o fim da escravidão no
Brasil, através de uma lei assinada pela Princesa Isabel, durante uma
viagem de
Dom Pedro II ao exterior. Naquela oportunidade houve uma série de
comemorações,
principalmente no Rio de Janeiro, capital do Império. Vários ex-escravos
saíram
às ruas comemorando o feito. É verdade que em várias regiões do país o
trabalho
escravo persistiu e só foi abolido no início do século XX. Ainda nos
dias de
hoje, volta e meia a imprensa nos dá informações sobre a existência do
trabalho
escravo em várias regiões do país.
O movimento
negro, então, resolveu abolir essa data e
comemorar a negritude no dia 20 de novembro, denominado Dia da
Consciência
Negra. Razão mais que justa, pois, de fato, o 13 de maio foi uma data
que
ocorreu de “cima para baixo”, sem a participação dos principais
interessados no tema, apesar de haver no Brasil um movimento
abolicionista bem
forte naquele período, principalmente nas cidades mais importantes do
sudeste
do país.
O Dia da
Consciência Negra não existe por acaso. Em 20 de novembro
de 1695, Zumbi, principal liderança do Quilombo dos Palmares – a maior
comunidade formada por escravos fugitivos das fazendas no interior de
Alagoas
– foi morto em uma emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após
liderar uma resistência que resultou no início da destruição daquela
comunidade. Portanto, comemorar o Dia da Consciência Negra nessa data é
uma
forma de homenagear e manter viva na memória coletiva essa figura tão
importante para a história do Brasil e para o povo negro em especial.
Não
somente a imagem do líder, mas também a sua importância na luta pela
libertação
da escravidão e na melhoria das condições de vida para esse povo.
Entretanto o
13 de maio de 1888 também tem seu significado.
Liberal, a Princesa Isabel apoiava abertamente o movimento
abolicionista. Ela
chegou a amparar artistas e intelectuais que atuavam em favor do
movimento da
abolição da escravidão no Brasil. Muitos desses artistas e intelectuais
apoiavam também a criação do sistema republicano no Brasil. Ela chegou a
financiar a alforria de alguns escravos e dava guarida a muitos deles na
sua
casa em Petrópolis.
Joaquim
Nabuco, um dos grandes políticos do Império, afirmava que
a escravidãono Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas
sociais; um obstáculo invencível ao seu progresso; a ruína das suas
finanças, a
esterilização do seu território; a inutilização para o trabalho de
milhões de
braços livres; a manutenção do povo em estado de absoluta e servil
dependência
para com os poucos proprietários de homens que repartem entre si o solo
produtivo".
No dia 13
de maio de 1888
aconteceram as últimas votações de um projeto de abolição da escravidão
no
nosso país. A regente então, desceu de Petrópolis, cidade serrana, para
aguardar no Paço Imperial o momento de assinar a Lei Áurea. Usou uma
pena de
ouro especialmente confeccionada para a ocasião, recebendo a aclamação
do povo
do Rio de Janeiro. O Jornal da Tarde, do dia 15 de maio de 1888,
noticiou que "o
povo que se aglomerava em frente do Paço, ao saber que já estava
sancionada a
grande Lei, chamou Sua Alteza, que aparecendo à janela, foi saudada por
estrepitosos vivas."
É
bem verdade que a Abolição da escravidão representou também a
queda da monarquia no Brasil. Em 15 de novembro de 1889, o Império
sucumbia,
principalmente pela falta de apoio político daqueles que até então eram
os
únicos a sustentarem politicamente o Império: os grandes produtores
rurais
donos de escravos.
O 13
de maio, entretanto, não deve ser esquecido. Ele tem um lugar
de enorme importância na história desse país e do povo brasileiro.
*Ricardo
Barros Sayeg é Mestre em Educação, Bacharel em História e
Pedagogia pela Universidade de São Paulo e Professor de História do
Colégio
Paulista.