PARABÉNS SALVADOR PELOS SEUS 460 ANOS!

Bonde na Barra
O Bonde

Elevador Lacerda


Elevador Lacerda



Elevador Lacerda




Dendezeiros





Comércio






Dique do Tororó







Largo da Graça








Farol da Barra









Bairro da Vitória










O PAPO FURADO DO PAPA!

As religíões são ramos de uma só árvore majestosa e por isso todas são verdadeiras. Quem falou isso foi um dos mais maravilhosos seres humanos que já pisou o pó deste planeta,Mahatma Ghandi que, como Yeshua Ben-Yossef, nosso Jesus, brandia como arma a não arma e o amor como eterno alvitre.Amai-vos uns aos outros disse o judeu. Ainda hei de ver o amor imperar no mundo, disse o indiano. Ghandi derrotou os ingleses com a resistência pacífica, fazendo multidões deitarem-se ao solo ante a feroz cavalaria britânica, Yeshua falou, quando te esbofetearem no lado direito, oferece o lado esquerdo, Jesus trouxe a compreensão, a tolerância, o perdão. O que isto tem a ver com o atual papa autoritário, inflexível, prussiano? Nada. este papa pode até ostentar um título político outorgado pela cúpula de uma religião romana, ou seja ilegítimo e já contestado desde Lutero.Mas o papa não é o chefe dos cristãos é um funcionário de Roma. Cristão é Ghandi porque muito mais embebido dos fundamentos da religião de Cristo do que este sargentão travestido de sacerdote.Ao condenar as religiões africanas taxando-as de bruxaria; ao proibir camisinha e propiciar a disseminação da AIDS; ao perseguir os homossexuais com ferocidade , este papa está muito mais próximo de um oficial das SS do que de um legítimo sacerdote de uma religião de quem se sacrificou para que os outros não fossem sacrificados.Hatzinger está disposto a sacrificar toda África para purificá-la num novo processo inquisitorial que quer queimar as religiões de um continente maior do que a Europa reduzindo-as ao rótulo preconceituoso de bruxaria. Bruxaria é queimar judeus para furtar-lhes o patrimônio. Bruxaria é falsear a verdade científica e obrigar Galileu a calar a boca para não morrer na fogueira , como fez uma Igreja que impunha o obscurantismo (como agora) a troco de seus interesses políticos e econômicos.Em pleno Renascimento, a Igreja Católica torrou na fogueira Giordano Bruno só porque afirmava a existência de outros mundos o que logo a ciência comprovou. Pode-se então depreender que tudo que a Igreja Oficial afirma que é bruxaria é conhecimento legítimo. A Igreja é que está sempre contrariando as leis da natureza para manter sua hegemonia sobre a a ignorância que ela cultiva. Como agora quando este papa do besteirol afirma que os africanos devem deixar a bruxaria. A bruxaria, do Vaticano é a pior de todas porque queima na fogueira, esconde a verdade e finge ser cristã para dominar quando o cristianismo é a religião do amor e não da dominação; religião da tolerância. Jesus sentava com prostitutas e cobradores de impostos e curava tanto cidadãos de Israel como de Roma, Jesus livrou a barra da mulher adúltera. São Paulo decidiu que o evangelho devia ser pregado a todos. O cristianismo é uma religião democrática e tolerante. Esse papa não é democrático nem tolerante. Esse papa não é cristão.
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Autor: Ildázio Tavares.

LANÇAMENTO DE LIVRO:

LANÇAMENTOS ANNABLUME DE 02 DE JANEIRO A 20 DE FEVEREIRO DE 2009
É do dendê! História e memórias urbanas da nação Xambá no Recife (1950/92) Valéria Gomes Costa Formato 14x21cm, 218 páginas ISBN 978-85-7419-887-3
“Capturar a trajetória de uma pequena comunidade de santo no Recife/Olinda em meio à história da cidade e parte dela, de baixo para cima, desde a periferia da cidade, mas também em disputa por reconhecimento por parte das forças hegemônicas no próprio candomblé da cidade, e perceber as intimações dessa experiência para nosso tempo é o que se encontrará neste trabalho. Aqui se exploram aspectos da confluência de três processos distintos e nem sempre harmônicos entre si que têm atingido em cheio a população afrodescendente no Brasil: a politização de sua identidade em termos de um movimento social organizado, o crescente mainstreaming das religiões afro-brasileiras e as lutas por igualdade de gênero envolvendo as mulheres negras.
Trabalho de interesse para estudiosos e militantes dos movimentos negro, de mulheres e religiosos; gestores das políticas culturais e sociais locais e nacionais; e para um público que se interessa pela história urbana do Recife e Olinda enquanto lugares não só ocupados por gente, mas habitados ativamente por pessoas e grupos que lutam, articulam e negociam espaços de reconhecimento e igualdade.”
Joanildo Albuquerque Burity (Fundação Joaquim Nabuco)

LANÇAMENTO DE LIVRO:


Convite para lançamento do livro Abreviaturas,
da Profa. Maria Helena Flexor,
e para a mesa-redonda Paleografia e diplomática.
Mesa-Redonda:
Profª. Maria Helena Flexor
Abreviaturas - manuscritos dos séculos XVI a XIX: Gênse da 3ª edição.
Prof. Franklin Leal
Objetos de Diplomática:
Leitura,transcrição e interpretação.
Prof. Jaime Antunes da Silva
O ensino da Paleografia na formação dos historiadores.
Prof. Vitor Manoel Marques da Fonseca
O Arquivo Nacional e a difusão do conhecimento específico e conexão à Arquivologia.

As 16:30 acontece o lançamento do livro:
Abreviaturas: Manuscritos dos séculos XVI a XIX.
3ª edição revista e ampliada.
Local: Auditório do Arquivo Nacional
Praça da República, 173 - Centro - Rio de Janeiro
TEL: 21 2179-1273
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Colaborador desta postagem: Jetro Carmo

TRABALHO ESCRAVO CONTINUA


Há quem pense que o ano só começa após o carnaval. Para o Ministério do Trabalho e Emprego essa máxima não é nem cogitada. Prova disso são as ações do Grupo Móvel de Fiscalização que, nos dois meses iniciais de 2009, realizou nove operações em 15 fazendas, resgatando 149 trabalhadores de situações irregulares no exercício de suas funções. Os dados são da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae) e demonstram as ações até 19 de fevereiro.
A exemplo de 2008, o Pará aponta entre os estados com mais trabalhadores resgatados. No ano passado, foram 811; e já em 2009, lidera a lista com 71 resgates, seguido do Mato Grosso (33) e de Santa Catarina (20). Além dos já citados, Maranhão, Pernambuco e Paraná também contaram com a presença do Grupo que, somando os três estados, resgatou 25 pessoas.
O valor dos pagamentos de indenizações superou R$ 230 mil. Ademais, o Grupo lavrou 218 autos de infração nas 15 propriedades fiscalizadas, tendo sido 80 deles no Pará, 49 no Mato Grosso e 38 em Santa Catarina.
Forte atuação - O número de operações nos dois primeiros meses de 2009 é quase equivalente às ações realizadas em todo ano de 1995 (11), quando começaram os trabalhos do Grupo Móvel. A atuação dos fiscais tem sido crescente desde então. Em 2008, com a conclusão dos trabalhos, 156 operações foram feitas, mais de 200 fazendas fiscalizadas e 5.016 trabalhadores resgatados.
O Grupo de Fiscalização do Ministério do Trabalho tem cumprido seu papel de verificar o cumprimento da legislação de proteção ao trabalhador por parte das empresas. Nesses 15 anos de atuação, nas 2.193 propriedades fiscalizadas, 32.932 trabalhadores foram resgatados e os contratantes tiveram de pagar mais de R$ 47 milhões em indenizações.

GRUPO DE ESTUDOS HISTÓRIA COLONIAL

Caros colegas, alguns alunos da UFBA estam iniciando um grupo de estudos da História Colonial. Se houver interesse podem enviar um email para este endereço se apresentando e falando um pouco de seu interesse em temas coloniais e se já desenvolve pesquisas:
historiacolonialufba@gmail.com

EM MEMÓRIA



O sociólogo Gey Espinheira morreu na terça-feira, 17, aos 62 anos, no Hospital da Bahia, onde estava internado há 10 dias. A causa da morte, ocorrida às 22h, foi câncer de esôfago. O corpo será sepultado nesta quarta-feira, 18, às 17 horas, no Cemitério Jardim da Saudade. Gey, cujo nome completo era Carlos Geraldo D'Andrea Espinheira, nasceu em Poções.
Ele era graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1970), mestre pela Universidade Federal da Bahia (1975) e doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo (1997). Também era pesquisador do Centro de Recursos Humanos e professor adjunto da Ufba.
Gey atuava principalmente nos seguintes temas: direitos humanos, violência, democracia, cidadania e educação. Líder do Grupo de Pesquisa "Cultura, cidade e democracia: sociabilidade, representações e movimentos sociais urbanos", era autor de diversos livros e artigos, sendo o mais recente: "Os limites do indivíduo: mal-estar naracionalidade, os limites do indivíduo na medicina e na religião".
Com o romance "Relógio da Torre" foi o vencedor no gênero na 2ª Edição do Concurso Literário Bahia de Todas as Letras da Editora, da Universidade Estadual de Santa Cruz. Em 2008, pela editora da EDUFBA, publicou Metodologia e prática do trabalho em comunidade e Sociedade do Medo.Nos últimos meses, Gey atuou, também, como consultor do Planejamento Estratégico Participativo de Ação do Centro de Formação do Projeto Axé. Em dezembro passado, o Fórum Comunitário de Combate à Violência (FCCV), a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal da Bahia e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promoveram, no encerramento das atividades do FCCV em 2008, uma homenagem a Gey. No convite, as entidades o destacaram "pelo talento e dedicação ao trabalho em prol da garantia de direitos dos jovens, de uma melhor compreensão das dinâmicas sociais relacionadas com violência". _________________________________
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1098881

O QUE MUDOU?

Maputo, 12 Mar (Lusa) - A presidente da Liga dos Direitos Humanos (LDH) de Moçambique, Alice Mabote, acusou hoje as autoridades moçambicanas de "apatia" na luta contra o tráfico de seres humanos, criticando ainda "a impunidade" com que os autores desta prática operam no país.
Mabote responsabilizou o Governo moçambicano por ter no início ignorado os "avisos" sobre a existência do tráfico de seres humanos, quando falava em Maputo, numa conferência nacional alusiva ao tema "Criminalidade e Sociedade: O Respeito pela Vida Humana", organizada pelo Ministério da Justiça moçambicano.
Apesar de não haver números oficiais sobre o tráfico de seres humanos envolvendo Moçambique, são recorrentemente noticiados casos de pessoas traficadas para ou de Moçambique, com destino à África do Sul, o país mais forte economicamente da região.
Uma mulher moçambicana está a ser julgada em Pretória, na África do Sul, acusada da prática de mais de 40 crimes de tráfico de seres humanos, que tiveram como vítimas jovens moçambicanas aliciadas com promessas de melhores estudos e emprego e depois forçadas a prostituírem-se.
"O Governo recusou admitir que havia indícios de que o tráfico humano já estava a afectar Moçambique e perdeu terreno para os traficantes. Agora, os casos e as redes de tráfico humano multiplicam-se", disse a presidente da LDH.
"Enquanto as autoridades se preocupavam em esconder o problema, as redes do tráfico de pessoas ganharam mais velocidade e aperfeiçoaram os mecanismos de actuação", acrescentou Alice Mabote.
Mesmo reconhecendo que as autoridades despertaram para a gravidade da situação, ainda não conseguiram estancar a impunidade com que os agentes do tráfico operam, frisou Mabote.
"Não se conhece o desfecho de nenhum dos casos de tráfico humano denunciados em Moçambique", sublinhou a presidente da LDH.
Por sua vez, o director da UTREL, Abdul Carimo, disse na conferência que a situação de orfandade provocada pela pandemia de sida em Moçambique expôs como "alvos fáceis" do tráfico de seres humanos mais de 400 mil crianças moçambicanas, cujos país morreram daquela doença.
"Além do drama da perda dos país, os órfãos de sida em Moçambique tornaram-se em alvos fáceis dos traficantes de seres humanos", disse Carimo.
Para o bispo da Igreja Anglicana de Moçambique, Dinis Sengulane, "a análise do problema do tráfico de seres humanos também deve passar para uma dimensão espiritual, porque há casos de tráfico de seres humanos para a extracção de órgãos humanos para fins de feitiçaria".
"Há na sociedade moçambicana pessoas que acreditam que se forem sujeitas a rituais de curandeirismo em que são usados órgãos humanos podem prosperar na vida", afirmou Sengulane... Acesse: http://pagina-um.blogspot.com/search/label/Africa

Revista de História UFBA

FIQUE LIGADO
A Revista de História é uma iniciativa discente do Curso de História da Universidade Federal da Bahia, idealizada como um meio de divulgar a produção acadêmica de graduandos(as) e pós-graduandos(as) em História e áreas correlatas das Instituições de Ensino Superior do país. Desta forma, buscamos preencher algumas lacunas presentes no atual cenário da formação dos(as) novos(as) historiadores(as) brasileiros(as), no sentido de promover a divulgação e a circulação da produção discente, estimulando o intercâmbio de idéias, temas, abordagens e aportes teóricos em nível nacional. Acesse: http://www.revistahistoria.ufba.br/
ARTIGOS
A Revista de História publica semestralmente artigos originais, que sejam resultantes de pesquisa com fontes primárias, críticas documentais, balanços historiográficos ou reflexões teórico-metodológicas concernentes à História ou a disciplinas correlatas, desde que bem fundamentados e bem estruturados. Resenhas de livros, preferencialmente de publicação recente no Brasil, também são veiculadas. Todos os artigos e resenhas são submetidos a dois pareceristas em regime de anonimato. Se você deseja submeter um artigo ou resenha à apreciação da Revista de História, siga este link para obter mais informações.
Não há, em princípio, restrições de recorte temático, cronológico ou espacial. Eventualmente, podem ser definidas edições especiais temáticas, caso em que o Conselho Editorial lançará uma Chamada de Artigos específica com a devida antecedência.

Notícias

1- Concurso para professor adjunto de História Contemporânea/UFV
O prazo para inscrições no concurso para professor adjunto na área de História Contemporânea da Universidade Federal de Viçosa se encerra em 23/3/2009. Há uma vaga, de dedicação exclusiva, e a remuneracao inicial é de R$ 6.722,85. Mais informações em: http://www.ufv.br/soc
2- II Seminário de História e Cultura Histórica/UFPB
O Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraiba promove o II Seminário de História e Cultura Historica, cujo tema é: "80 anos dos Annales: contribuições historiograficas". O evento será realizado de 20 a 23/4/2009, no Auditório da Reitoria da UFPB, no Campus I, em Joao Pessoa. As inscrições vão até 18/4. Mais informações em: http://www.cchla.ufpb.br/ppgh/seminario2009
3- V Encontro Regional Sul de História Oral/UNIOESTE-PR
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) convida para o V Encontro Regional Sul de História Oral - "Desigualdades e Diferenças", que ocorrerá de 25 a 28/5/2009, no Campus de Marechal Candido Rondon. As inscrições de trabalhos nos GT's e as de mini-cursos vao ate' 12/04. Mais informações em: http://www.unioeste.br/eventos/historiaoral
4- Série de debates "Biblioteca Fazendo História"/Biblioteca Nacional-RJ
Revista de História, em parceria com a Biblioteca Nacional, promove o primeiro encontro deste ano da série de debates "Biblioteca fazendo História", dia 12/3, 'as 16h, no Auditório Machado de Assis da Biblioteca Nacional (Rua México, s/nº - Rio de Janeiro). Nesta proxima edição, Isabel Lustosa e Marly Motta irão participar do debate sobre corrupção no Brasil. Mais informações em: http://www.revistadehistoria.com.br/
5- Revistas/Chamada para artigos
O conselho editorial da Revista de História (UNESP) abre chamada de artigos, resenhas e traduções para os dossiês: Império Portugues (volume 28, n.1, 2009), ate' 31/3/2009; História, direito e justiça (volume 28, n.2, 2009), ate' 31/8/2009. O e-mail para envio dos trabalhos é: revistahistoria@unesp.br. Mais informações em: http://www.scielo.br/revistas/his/pinstruc.htm
5.1- A revista Outros Tempos (UFMA) recebe contribuições para o volume 6 (numero 7 - Dossie: História e memoria e número 8 - Dossie: Escravidão), até 31/3/2009. Mais informações em http://www.outrostempos.uema.br/
5.2- A revista eletrônica Intellectus, produzida pelo Laboratório de idéias, cultura e política do Departamento de História da UERJ, abriu chamada para artigos e resenhas ate' 15/3/2009. Os trabalhos devem ser enviados para o e-mail: revistaintellectus@gmail.com. Mais informações em: http://www.intellectus.uerj.br/
5.3- A revista "História: debates e tendências", do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo, receberá artigos para o dossiê "Da revolução cubana à queda do muro" até 30/5. Mais informações em: http://www.ppgh.upf.br/
6- Lançamentos de livros
"O diário de Bernardina - Da Monarquia à República, pela filha de Benjamin Constant" de Bernardina Botelho de Magalhaes, Jorge Zahar Editor, 2009. Organização, introdução e notas de Celso Castro e Renato Lemos. Trata-se da publicação inedita, na 'integra, do diário da filha de Benjamim Constant, em que se encontra registro da típica vida das jovens brasileiras no fim do século XIX, além dos bastidores de um dos mais importantes acontecimentos historicos do país.
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"Velhos vermelhos: História e memória dos dirigentes comunistas no Paraná", dos organizadores Adriano Codato e Marcio Kieller (Editora UFPR, 2009), traz dois ensaios históricos e uma introdução metodológica sobre o estudo de elites, além de depoimentos de dez dirigentes do Partido Comunista Brasileiro no Paraná nos anos 1950 e 1960.
* CIENCIAS SOCIAIS, HISTÓRIA E ARQUIVOLOGIA*
O CPDOC distribui três informativos eletrônicos: CIENCIAS SOCIAIS NO BRASIL, HISTÓRIA NO BRASIL e ARQUIVOLOGIA NO BRASIL. Para assiná-los, consultá-los ou cancelá-los, visite o portal CPDOC. (http://www.fgv.br/cpdoc).
Visite também, no portal CPDOC, nosso *Guia da Internet para Cientistas Sociais, Historiadores e Arquivistas*.
História no Brasil é um informativo eletrônico semanal do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundção Getúlio Vargas, lançado em 23/11/1994 e que tem por objetivo divulgar as atividades da área de História em âmbito nacional.
Equipe responsável: Celso Castro (editor), Juliana Marques da Silva (estagiaria).
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Colaborador desta postagem: João José Reis.

A Voz dos Senhores

Miram Leitão

O escritor romântico José de Alencar, de “O Guarani”, “Iracema” e tantos outros, era também um fervoroso militante do escravagismo. Como parlamentar e jornalista, ele se entregou com paixão ao debate do século XIX para manter o que ele chamava de “instituição”. Seus argumentos revisitados são reveladores do país em si. De alguma forma, há algo deles entre nós.
Em críticas ácidas ao imperador, inspirador de projetos abolicionistas, Alencar lança mão de tudo que possa chamar de argumento: D. Pedro II estaria agradando a potências estrangeiras, o fim da escravidão jogaria o país na guerra social, a “instituição” se esgotaria por si mesma; encerrada prematuramente, faria com que os negros cobrassem o que consideravam “justa reparação”; aqui, o cristianismo adoçara a escravidão tornando-a “mera servidão”; a escravidão no Brasil permitia que ex-escravos se integrassem perfeitamente à sociedade.
O livro “Cartas a favor da escravidão”, organizado por Tâmis Parron, tem o mérito de trazer de volta, com o frescor do momento em que foram colhidas, as palavras de um notório intelectual brasileiro defendendo o indefensável. Muito se aprende no livro. Da liberdade de imprensa do Império, da contradição e da ambiguidade do pensamento convencional, da batalha das ideias.
Os vencedores da batalha, como Joaquim Nabuco, tiveram seus argumentos exibidos. Mas o outro lado, o que sustentou por tanto tempo a perversidade, dele pouco se fala. As Obras Completas de José de Alencar sofreram um expurgo. Os ensaios “Ao Imperador: novas cartas políticas de Erasmo”, como ele as chamou, ficaram esquecidos naquele mesmo compartimento onde estão o que não gostamos de admitir de nossa história e do nosso caráter.
O leitor contemporâneo constatará que Alencar é contraditório, um pensamento ora explícito, ora envergonhado; reconhecerá sofismas de outros debates; notará a tendência de eximir o Brasil e acusar os outros países pelos nossos erros.
Das manias nacionais, o non sequitur, o pensamento sem sequência lógica, está lá. Para Alencar, a escravidão é instituição civilizadora, com a qual a Humanidade construiu o progresso; ainda indispensável no Brasil. A certa altura, no entanto, diz que a “causa moral do trabalho livre” já estava ganha no país, diz até que “para os filhos da Nigrícia já raiou a luz e raiou na terra do cativeiro”. Para ele, a “escravidão caduca”, mas o abolicionismo era um “fanatismo do progresso”. Pergunta se a escravidão é uma instituição exausta. E responde: “Nego, senhor, nego com a consciência um homem justo que venera a liberdade”, e termina afirmando: “a escravidão encerra a mais sã doutrina do Evangelho”.
O estilo radical a favor dos que adotam um tom rebelado para manter o status quo está lá também. Diz que “as doutrinas que seduziram” o imperador eram uma “conspiração do mal, uma grande e terrível impiedade”. E comparou o abolicionismo com as “seitas exterminadoras” que buscam o “fantasma do bem através do luto e da ruína”.
Os argumentos de que no Brasil a opressão é suave pela índole do povo brasileiro, ou pela mistura, estão lá. “Em três e meio séculos, o amálgama das raças havia de operar em larga profusão fazendo preponderar a cor branca. Três ou quatro gerações bastam, às vezes, no Brasil, para uma transformação completa.” Ou “resolve-se a escravidão pela absorção de uma raça pela outra”. A índole brasileira “adoça o cativeiro” até transformá-lo em “uma tutela benéfica”. Para ele: “um espírito de tolerância e generosidade, própria do caráter brasileiro, desde muito transforma a instituição.” O país já não tinha, diz Alencar, a “verdadeira escravidão”, mas o simples “usufruto da liberdade”. Afirmou que os que compram a liberdade são recebidos pela sociedade com “um espírito franco e liberal que acolhe e estimula”. Ao mesmo tempo, é explícito em seu racismo. Certo momento, lamenta que os índios tenham “preferido” o extermínio à escravidão, obrigando o país a ter o negro: “Não houve remédio senão vencer a repugnância do contato com raça bruta e decaída”.
A ideia da escravidão suave é destruída por ele mesmo. “O liberto por lei é inimigo nato do antigo dono.” Segundo Alencar, o imperador estaria expondo a nação ao risco de um “vulcão”, de “uma grande calamidade!”. A libertação exporia a população à “sanha de um inimigo irritado pela anterior submissão, movido por instintos bárbaros e exclusivamente preocupado desse desígnio sinistro que ele supõe seu direito e considera uma justa reparação de um agravo”.
Chama de “detratores da pátria” os que davam razão às críticas estrangeiras à escravidão; refere-se, com ironia, aos abolicionistas como os “filantropos” e culpa a Europa por todos os crimes que eram praticados no Brasil, já livre àquela altura. A Europa era culpada — e aqui um raro bom argumento — porque consumia os produtos fabricados com o trabalho escravo; era culpada por ter iniciado o tráfico e era culpada porque não mandava para o Brasil levas de migrantes que “despejassem sangue vigoroso para restabelecer o temperamento da população e lhe restituir robustez”.
É profético em alguns momentos. Quando diz que a escravidão acabaria em duas décadas. Ele escreveu isso 21 anos antes da abolição. Quando ameaça o imperador: “a mesma Monarquia, senhor, pode ser varrida para o canto entre o cisco das ideias estreitas e obsoletas”.
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Colaborador desta postagem: João José Reis

Notícias


Notícias e Eventos

Pesquisa do CONARQ para conhecer a realidade dos Arquivos Públicos Estaduais e Municipais do Brasil
O CONARQ convida os arquivos públicos estaduais e municipais a participarem da "Pesquisa do CONARQ para conhecer a realidade dos Arquivos Públicos Estaduais e Municipais do Brasil".
A pesquisa foi concebida para atender às inúmeras demandas encaminhadas ao CONARQ pelas instituições arquivísticas em geral, especialmente os arquivos públicos estaduais e municipais sobre as dificuldades e problemas que estas instituições arquivísticas enfrentam.
A Pesquisa tem como objetivo geral levantar um conjunto de informações quantitativas e qualitativas sobre a situação atual desses arquivos públicos em todos os estados e municípios brasileiros, visando permitir ao CONARQ elaborar um diagnóstico de situação com a finalidade de definir planos de ação e estudar estratégias adequadas ao seu desenvolvimento com vistas a viabilizar a implantação e implementação de políticas públicas arquivísticas que garantam a salvaguarda, preservação e difusão do patrimônio documental / cultural brasileiro.
Para participar da pesquisa é necessário o preenchimento do
formulário, o qual deverá ser enviado para o e-mail: conarq@arquivonacional.gov.br. Para maiores informações acesse o folder da pesquisa. Ao responder a pesquisa, o arquivo público estará automaticamente inscrito no Cadastro de Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos - CODEARQ. Dúvidas quanto ao preenchimento do formulário poderão ser esclarecidas pelos telefones (21) 2179-1271 (21) 2179-1293. Veja em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm

Modelo de Letras











XXV Simpósio Nacional de História - História e Ética
Divulgada a Programação do XXV Simpósio Nacional de História
Veja programação:http://www.snh2009.anpuh.org/

Encontro de Novos Pesquisadores

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em História

I Encontro de Novos Pesquisadores em História
Período: 10 a 13 de março de 2009
Horário: Matutino e noturno
Local: Auditórios do PAF I – Ondina
Informações adicionais: e-mail: seminariohist.2009@yahoo.com.br
Veja a programação preliminar: http://www.poshisto.ufba.br/


Prestação de Serviços na área de História

Serviços Profissionais:

*Aconselhamento científico na realização de pequenos trabalhos ou monografias;

*Elaboração de transcrições paleográficas e/ou de Entrevistas de Aúdio para fins acadêmicos e de investigação;

*Transcrições de suportes sonoros e de suporte papel séculos XVI a XIX;

*Pesquisas genealógicas;
*Levantamento documental para adquirir dupla cidadania;
*Pesquisas históricas para teses e livros;

*Pesquisas documentais para histórias de empresas no Brasil;

*Leitura e transcrição de manuscritos séculos XVI a XIX;

*Elaboração de livros de histórias de cidades baianas;

*Elaboração e montagem da documentação em CD-Rom ou DVD;

*Vasta experiência em arquivos baianos.
Contato:urano.historia@gmail.com
TEL: (71) 8607-5359