O sociólogo Gey Espinheira morreu na terça-feira, 17, aos 62 anos, no Hospital da Bahia, onde estava internado há 10 dias. A causa da morte, ocorrida às 22h, foi câncer de esôfago. O corpo será sepultado nesta quarta-feira, 18, às 17 horas, no Cemitério Jardim da Saudade. Gey, cujo nome completo era Carlos Geraldo D'Andrea Espinheira, nasceu em Poções.
Ele era graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1970), mestre pela Universidade Federal da Bahia (1975) e doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo (1997). Também era pesquisador do Centro de Recursos Humanos e professor adjunto da Ufba.
Gey atuava principalmente nos seguintes temas: direitos humanos, violência, democracia, cidadania e educação. Líder do Grupo de Pesquisa "Cultura, cidade e democracia: sociabilidade, representações e movimentos sociais urbanos", era autor de diversos livros e artigos, sendo o mais recente: "Os limites do indivíduo: mal-estar naracionalidade, os limites do indivíduo na medicina e na religião".
Com o romance "Relógio da Torre" foi o vencedor no gênero na 2ª Edição do Concurso Literário Bahia de Todas as Letras da Editora, da Universidade Estadual de Santa Cruz. Em 2008, pela editora da EDUFBA, publicou Metodologia e prática do trabalho em comunidade e Sociedade do Medo.Nos últimos meses, Gey atuou, também, como consultor do Planejamento Estratégico Participativo de Ação do Centro de Formação do Projeto Axé. Em dezembro passado, o Fórum Comunitário de Combate à Violência (FCCV), a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal da Bahia e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promoveram, no encerramento das atividades do FCCV em 2008, uma homenagem a Gey. No convite, as entidades o destacaram "pelo talento e dedicação ao trabalho em prol da garantia de direitos dos jovens, de uma melhor compreensão das dinâmicas sociais relacionadas com violência". _________________________________
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