JOANA ANGÉLICA DE JESUS HEROÍNA DA INDEPENDÊNCIA E SENHORA DE ESCRAVOS

 

Nascida em 12 de dezembro de 1761, Joana Angélica de Jesus tornou-se heroína e mártir da Independência do Brasil. Reza a lenda que ao invadirem as dependências do Convento da Lapa, as tropas portuguesas foram recepcionadas pela Madre, que exclamou: “Para trás, bandidos. Respeitem a casa de Deus. Recuai, só penetrareis nesta casa passando por sobre o meu cadáver”. Não há notícias de documento histórico que revele tal fala. O fato ocorrido em 20 de fevereiro de 1822, ficou marcado na história da nossa Independência. Representante da Igreja Católica a Abadessa Joana Angélica não poderia fugir ao costume, como a instituição da qual fazia parte, ela também possuía escravos, como muitas outras freiras enclausuradas, que eram remetidas para essas masmorras pelos seus pais, muitas vezes para manterem as suas filhas longe das tentações mundanas, entretanto, não estavam tão protegidas assim, que nos diga o nosso Gregório de Mattos. Joana Angélica foi proprietária da escrava Florinda, que a passou para duas de suas irmãs de convento, sendo passada a sua alforria em 22 de junho de 1816, a carta foi registrada em cartório oito anos depois, em 28 de fevereiro de 1824, dois anos após a morte de sua antiga senhora. A carta é de texto simples e não traz detalhes se a alforria foi condicional ou não, mas, pelo tempo que levou entre a feitura da carta e o seu registro em cartório, provavelmente tenha sido por condição das novas proprietárias. Segue a carta na íntegra.  


Carta de Liberdade de Florinda de São José

Digo eu a Madre Abadessa Soror Joanna Angelica de Jesus que entre os bens que possui esta Religiosa comunidade é bem assim uma escrava de nome Florinda de São José, a quem foi dada a Madre Joanna Maria de Jesus e Madre Anna Maria da Encarnação para o seu serviço dentro desta clausura a que a dita escrava a liberto de hoje para sempre e poderá gozar de sua liberdade como se nascesse livre do ventre de sua Mãe. E para clareza passo esta por mim assinada. Bahia, e Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa 22 de junho de 1816. Soror Joanna Angelica de Jesus, Abadessa. Soror Joanna Maria das Chagas Escrivã, Soror Thomazia Maria do Coração de Jesus Disereta, Soror Maria Bernardina do Paraíso Disereta. Reconheço as firmas supra. Bahia, 27 de fevereiro de 1824, estava o sinal público, em testemunho de verdade. Francisco Teixeira da Mata Bacelar. Ao Tabelião Mata. Bahia, 27 de fevereiro de 1824. Simões. E nada mais continha a dita carta de liberdade que aqui lavrei da própria que entreguei a quem me apresentou, e abaixo assinei, e com outro oficial concertei nesta Cidade da Bahia aos 28 de fevereiro de 1824, eu Francisco Teixeira da Mata Bacelar Tabelião a escrevi e assinei.

Fonte: 

Arquivo Público do Estado da Bahia
Seção Judiciária 
Livro de Notas 210, página: 23


Negras cores de escravidão para não se ver Raça, classe e nação na viagem de Miguel Calmon a plantações asiáticas (1905)



RESUMO

Inicialmente, o artigo enfoca três excursões de Miguel Calmon a plantações de fumo dos holandeses em Sumatra. Conecto a análise do relato de viagem de Calmon ao estudo da ideologia dos senhores de terras da Bahia no pós-abolição e evidencio, nas suas percepções, a autonomia dos trabalhadores. Também indico as estratégias patronais de organização do trabalho livre, centradas no aluguel e usufruto da mão-de-obra. Na continuação, o artigo demonstra como, após o regresso do viajante, sob sua liderança, contactar índios representava descobrir trabalhadores nacionais. Além de sublinhar a importância da mobilidade, para os índios, em lidarem com as estratégias de sua teórica proteção, argumento que a mobilidade era igualmente uma arma de luta para a classe trabalhadora. Pretendo assim contribuir para ampliar a pesquisa sobre os mundos do trabalho, iluminando conexões tanto globais quanto brasileiras.

Palavras-chave: coolies; índios; trabalhadores

ACESSE: 

Reconstruindo vidas fragmentadas

 


Pesquisador da UMD co-lidera nova coleção digital que reúne histórias de povos escravizados

Por Dan Novak M. Jour. '20   01 de dezembro de 2020

Sequestrado em casa. Vendido como bens móveis. Separado de seus entes queridos. Trabalhou até a morte. Escrito fora da história nacional. Os horrores inimagináveis ​​vividos por africanos escravizados e seus descendentes podem sugerir que a escravidão apagou nomes, identidade e personalidade.

Mas, por décadas, historiadores e genealogistas vasculharam os arquivos, reunindo milhões de documentos que traçam viagens de escravos, vendas, batismos, casamentos e outros eventos que formam as histórias de vida de escravos nomeados. No entanto, grande parte dessa pesquisa foi compilada isoladamente em instituições separadas, tornando mais difícil seguir os fios de indivíduos e famílias.

Daryle Williams, historiadora da Universidade de Maryland e reitora associada do College of Arts and Humanities, está trabalhando para abordar isso como uma das lideranças em um novo banco de dados on-line enorme que será uma ferramenta de pesquisa e descoberta inestimável: Enslaved.org: Peoples do histórico comércio de escravos.

“Temos muitos e muitos tipos diferentes de fontes que incluem indivíduos nomeados”, disse Williams, que se especializou em escravidão no Brasil do século 19. “Nosso objetivo em parte é ser capaz de fornecer uma plataforma para registrar e recuperar essas pessoas.”

O novo banco de dados, alojado na Michigan State University (MSU) e apoiado por uma doação de US $ 2 milhões da Andrew W. Mellon Foundation, fornecerá recursos educacionais para salas de aula K-12, bem como conjuntos de dados revisados ​​por pares para estudantes e acadêmicos de nível universitário . O projeto lançou hoje uma nova fase para receber contribuições do público e de pesquisadores acadêmicos.

Antes, os pesquisadores podiam encontrar um registro de propriedade de um proprietário de plantação falecido, listando os escravos pelo nome, mas não saber se os mesmos indivíduos apareciam em um registro de batismo separado. Enslaved.org permitirá que os pesquisadores cruzem as referências desses conjuntos de dados simultaneamente usando dados abertos vinculados para construir biografias, traçar linhagens familiares e ver tendências mais amplas para compreender a experiência pessoal da escravidão.

“A história pessoal é complexa, assim como a forma como os dados eram coletados durante a era do comércio de escravos. Enquanto continuamos a digitalizar registros, como os manuscritos, para preservá-los, sabemos que há mais na história de cada pessoa. Esperamos que este banco de dados cresça e evolua com o tempo”, disse Walter Hawthorne, co-investigador do projeto, professor de história e reitor associado de assuntos acadêmicos e estudantis no College of Social Science da MSU.

Da remoção dos memoriais confederados ao debate sobre as reparações e ao bem-sucedido (e polêmico) Projeto 1619 do The New York Times, os Estados Unidos estão entre as muitas nações que enfrentam um acerto de contas com a escravidão e suas consequências históricas e modernas. Enslaved.org busca humanizar aqueles mais diretamente afetados, enquanto convida todos a ver a escravidão humana como parte de nossa história.

 “As pessoas estão interessadas, preocupadas, compelidas e lutando contra a escravidão e seus muitos legados”, disse Williams. “A escravidão é muito, muito importante para as fundações da América. E a escravidão é muito, muito importante para a América hoje.”

FONTE: 

https://today.umd.edu/articles/reconstructing-fragmented-lives-88e94570-0f28-4604-ace2-777e74777e37

 

 

A massive new effort to name millions sold into bondage during the transatlantic slave trade

 

Nineteenth-century shackles on display in the basement of the Freedom House Museum in Alexandria, Va., where enslaved people were once held before being transported to the South. (Matt McClain/The Washington Post)

 

 By

Sydney Trent

Dec. 1, 2020 at 12:34 p.m. EST

Daryle Williams was emotionally torn, pushing the decision right up against deadline. As a history professor at the University of Maryland, Williams had been researching the slave trade in 19th-century Brazil when he came upon two newspaper ads featuring runaway Africans. One mentioned a mother, Sancha, escaping with her two sons — Luis, 9, and Tiburcio, 4 — in 1855. The other referenced a young woman, Theresa, who fled with her nursing daughter, in 1842.

Tasked with entering his findings into what has become part of a groundbreaking new public slavery database, Williams was unsure about what to do. Should he create a separate line for the baby, even without a name?

“From one database perspective, I could have erased her” from the record, Williams said. And yet, even anonymous, the baby ”was part of the lived historical experience. … She was important for Theresa. She should be important for us as well.”

In mid-November, Williams carved out a spot — an act of hope that over time and with the labor of others, the baby’s identity might one day be revealed.

That infant girl, one tiny dot in the vast constellation of Africans swept into the transatlantic slave trade, is included in a massive project aimed at illuminating the lives of the 12.5 million Africans, and their descendants, sold into bondage across four continents.

Enslaved: Peoples of the Historic Slave Trade, a free, public clearinghouse that launched Tuesday with seven smaller, searchable databases, will for the first time allow anyone from academic historians to amateur family genealogists to search for individual enslaved people around the globe in one central online location.

 It launches four centuries after the first enslaved Africans arrived on the shores of the English colony of Virginia in 1619. By then, the transatlantic slave trade was already more than a century old.

ACESSE NA ÍNTEGRA: 

https://www.washingtonpost.com/history/2020/12/01/slavery-database-family-genealogy/


QUANDO ENGRAXAVA-SE NA BASE DO CUSPE

 



A Notícia ouve o decano dos engraxates. 

A indústria do lustro na Bahia. Quem fez adotar a água.

Por certo, a A Notícia, dando-se ares aristocráticos, só ouvisse as altas personagens da colmeia social, desprezando os humildes, os pequenos trabalhadores que enxameiam nos quatros cantos da cidade, não teria direito à acolhida generosa que lhe tem dispensado o povo, o chamado Zé Povo, desde sua aparição.

E, por que nosso propósito é palestrar, inquerir, ouvir gregos e troianos, os ditos por nobres e os considerados plebeus, no regímen democrático que proclamamos ser o imperante no Brasil; e porque, repetimos, é esse nosso propósito, informados de que o Manoel, que engraxa botas na Praça 15 de Novembro, era o mais velho dos de sua profissão, resolvemos ouvi-lo no seu posto de honra.

- Cava-se muito Manoel?

- Nada, esta malvada macaca da asthma não me deixa trabalhar direito.

- Mas, sempre se faz alguma coisa, hein?

- Quando não se faz muito, sempre se faz para o burro.

- Burro?

- Sim, carne do sertão.

- Desde quando, Manoel, você engraxa?

- O senhor é de jornal?... E interviu?

- Quase.

- Pelos meus cálculos, eu trabalho na escova e na caixa desde 1880.

Ora, brasileiros de meu tempo foram o Victor, que hoje anda vendendo rosários registros e outras bugigangas; Manoel, um branco, que ficava na porta da loja Athayde, na esquina da ladeira da Montanha; um que também vendia o Alabama, e mais dois que ficavam na porta do Banco da Bahia. Dos seis, que os éramos ao todo, só eu continuei no ofício.

- Mas, vocês não foram os introdutores da “indústria do lustro” na Bahia...

- Não, foram os italianos. Todos eram meninos, e alguns deles hoje se acham estabelecidos. Os pais ficavam nas sapatarias, fazendo o remonte. Andavam com as caixas, como os homens do realejo, presas as costas por duas correias. Não usavam paletó. Era a camisa de mangas arregaçadas, e o colete de veludo. As calças tinham nos joelhos grandes contrafortes de fazenda diferente. Não vê como estas estão remendadas? Eram assim que usávamos então. Eu fiquei com o costume.

- Estacionavam nos pontos como vocês fazem agora?

- Não, andávamos por toda a cidade, batendo com as escovas na caixa, a procura de quem quisesse lustrar. E sabem como engraxávamos? Arriávamos a caixa sobre o passeio, se o havia no lugar, ajoelhávamo-nos e assim é que limpávamos as botinas. Eu tenho nos dois joelhos cada calo medonho! Outra coisa: nesse tempo não se usava água, era com cuspe (que porcaria!) que se lavavam as botinas, para depois passar graxa, porque não havia ainda a pomada. O finado doutor João Lopes foi quem me fez trabalhar com água. Toda a vez que eu o chamava para limpar as botinas, ele gritava logo: “Só se for com água, com cuspe não quero!” De modo que eu fui forçado a adaptar água e, como eu, todos os outros.

- O preço do lustro era o mesmo atual?

- Não, três vinténs.

- Desde 1888, e lustrei as botinas dos Diretores da Faculdade doutores Rodrigues da Silva, Alexandre de Cerqueira Pinto e Ramiro Monteiro...

- E estudantes?

- Conheci como estudantes os doutores Manoel Victorino, Octaviano Pimenta, Tibúrcio Suzano, Celestino, Calazans e muitos, muitos mais, dos quais eu levaria um dia inteiro a dizer os nomes.

- Sempre vocês pagaram impostos?

- Não, acho que a primeira vez que se tratou de impostos para nós foi no tempo da “Gazeta da Tarde”, quando o professor Bahia era deputado. Luiz Tarquínio, quando foi vereador, exigiu que a gente andasse fardado com numeração no boné. O doutor Freire de Carvalho, quando intendente, foi quem entendeu que nós devíamos usar estas cadeiras...

- Recorda-se da época em que mais ganhou?

- Perfeitamente, foi pelas festas dos chilenos.

Muito nos já havia dito o Manoel, para a formação de uma “interviu”, pelo que resolvemos deixá-lo.

- Adeus Manoel, leia amanhã a “A Notícia”, ultimando a palestra, dissemos-lhe.   

Idalino.

Fonte: A Notícia, 29 de dezembro de 1914

Disponível em: memoria.bn.br 

Fundação Pedro Calmon lança Prêmio de R$ 7 milhões para Cultura

 


Os projetos e iniciativas dos segmentos do livro, leitura, memória, bibliotecas comunitárias e arquivo já podem participar do Programa Aldir Blanc, gerido pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura (SecultBa). O Prêmio Fundação Pedro Calmon foi publicado hoje (08) no Diário Oficial do Estado e visa premiar cerca de 350 propostas, com cerca de 7 milhões reais em todo Estado.

Voltado para os trabalhadores da cultura e para a criação de subsídios para a manutenção de espaços culturais, a Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBa) recebe projetos culturais nessas áreas até o próximo dia 27 de outubro. Sem prorrogação de inscrição, o Prêmio Fundação Pedro Calmon tem objetivo de reconhecer e fomentar as iniciativas culturais da sociedade civil que tenham por finalidade preservar e divulgar o acervo documental; estimular e promover as atividades relacionadas com bibliotecas, assim como, promover ações de fomento e difusão do livro e da leitura nos diversos territórios de identidade do Estado da Bahia

O Prêmio é voltado para o reconhecimento às iniciativas culturais da sociedade civil nos processos de criação, produção, difusão, formação, pesquisa, entre outras expressões artísticas e culturais. De acordo com o diretor geral da FPC, Zulu Araújo, o Prêmio “contemplará todos os trabalhadores e trabalhadoras da cultura. Teremos ações afirmativas em todas as categorias, proporcionando a inclusão plena de nossos artistas, técnicos e trabalhadores”.

Os proponentes poderão apresentar apenas uma iniciativa cultural em uma das categorias contempladas pela FPC. Na categoria Livro e Leitura serão 50 iniciativas premiadas no valor individual de R$25 mil, além de R$2 milhões para apoio a eventos literários. Também serão 50 projetos para Bibliotecas Comunitárias, no valor individual de R$ 25 mil.

Já no campo da Memória serão premiadas 200 iniciativas de pesquisadores no valor unitário de R$ 4.250 mil, totalizando um valor de premiação de R$ 850 mil. E na categoria Arquivo, 40 iniciativas de instituições custodiadoras de acervos arquivísticos serão premiados no valor de R$ 41.250 mil, totalizando R$ 1.650 milhão.

Festas Literárias - Estreante entre as modalidades da Premiação, a seleção dos eventos literários que se espalharam por todo Estado, terão uma premiação específica na categoria livro e leitura, no valor de R$2 milhões. Serão dez iniciativas selecionadas e que devem ocorrer entre janeiro e 10 de abril de 2021 nos Territórios de Identidade da Bahia.

Quem pode se inscrever? – Em atendimento aos critérios dispostos pelo Decreto estadual Nº 20.005, de 21 de setembro de 2020, podem participar das chamadas públicas abertas pelo Programa Aldir Blanc Bahia pessoas físicas ou jurídicas com atuação cultural, e estabelecidas ou domiciliadas na Bahia há pelo menos 24 meses. Grupos e coletivos culturais que não se constituam como pessoa jurídica de direito privado deverão comprovar sua atuação no estado há pelo menos 24 meses.

Programa Aldir Blanc Bahia – Criado para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, o Programa Aldir Blanc Bahia (PABB) visa cumprir os incisos I e III da Lei Aldir Blanc (Lei Federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020) e suas regulamentações federal e estadual. As ações são a transferência da renda emergencial para os trabalhadores e trabalhadoras da cultura, e a realização de chamadas públicas e concessão de prêmios. O PABB tem execução pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, geridas por meio da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura e do Centro de Culturas Populares e Identitárias; e as suas unidades vinculadas: Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fundação Pedro Calmon, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural.

Acesse para saber mais sobre o Prêmio Fundação Pedro Calmon.

http://www.fpc.ba.gov.br/2020/10/1848/Fundacao-Pedro-Calmon-lanca-Premio-de-R-7-milhoes-para-Cultura.html

 

"Valer-se da autoridade do trono para obter sua liberdade": fuga e alforria - Bahia e Lisboa, 1761-1804

 


RESUMO

O artigo analisa as circunstâncias em que escravos e senhores da capitania da Bahia apelaram à autoridade régia em Lisboa e ponderaram sobre escravidão e liberdade nas últimas décadas do século XVIII. Usando como fio condutor processos de escravizados de dois grandes negociantes, procura-se compreender os personagens envolvidos e a complexidade do contexto em que apelaram à rainha durante a vigência do alvará de 19 de setembro de 1761. Essa lei proibia o desembarque de escravos nos portos de Portugal e foi mobilizada tanto para fundamentar a alforria quanto para frear os anseios de liberdade dos cativos que ali desembarcaram com seus senhores ou fugidos. O estudo se baseia em fontes variadas, cujo cruzamento possibilitou aproximar a lente sobre esses conflitos e problematizar o fenômeno da alforria entre senhores de poder e prestígio.

 

BIOGRAFIA DO AUTOR

Katia Lorena Novais Almeida, Universidade do Estado da Bahia

Doutora em História Social pela Universidade Federal da Bahia. Professora titular de História no Departamento de Educação, Universidade do Estado da Bahia – Campus Alagoinhas – Bahia, Brasil. 

ACESSE NA ÍNTEGRA: http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/165479

CORPO DE ARTÍFICES DE FOGO E BOMBEIROS DO BRASIL COLONIAL

 


Informe o Senhor Brigadeiro Inspetor Geral das Tropas. Bahia, 27 de abril de 1815. Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor.

30 de maio de 1815

Diz Joaquim Joze Xavier dos Anjos, Artífice de fogo do Regimento de Artilharia, e Companhia de Bombeiros, que ele Suplicante, tendo pelo Decreto de 1791 a Graduação de 2º Sargento em que sua Majestade a Rainha Nossa Senhora, foi servido condecorar os ditos, e tanto se faz certo, que no Plano geral dos uniformes de 1806 diz que os Artífices de fogo terão as mesmas insígnias que tem os 2ºs Sargentos, e que, para serem conhecidos Artífices, terão duas aspas de galão, figura [lo aopé] do canhão do braço direito. Excelentíssimo Senhor, o Suplicante implora a Vossa Excelência mandar que o Tenente Coronel Comandante do dito Regimento observe o Decreto e Plano, não só pelo exposto acima, como por ser o mesmo estilo na Corte do Rio de Janeiro portanto.

Pelo Decreto de 12 de Dezembro de 1791manda o Sua Majestade Real que os Artífices do fogo serão considerados para o futuro da classe de 2ºs Sargentos, com obrigação de exercitar interinamente quando se acharem desocupados do laboratório as formações de formadores das Companhias em qualquer caso de impedimento ou vacância destes oficiais da primeira, e deverão ser distribuídos para a formatura do Batalhão no mesmo predicando pelo plano dos uniformes para o Regimento de Artilharia de 19 de maio de 1806, que os Artífices do fogo usarão dragonas como 2º Sargento, e dois galões de ouro com aspas sobre a manga do canhão do braço direito. É o que posso informar a Vossa Excelência que mandará o que for servido. Bahia, 22 de abril de 1815.

E roga o Suplicante a Vossa Excelência seja servido assim o mandar, visto que diferença alguma faz a Fazenda Real. E pede mercê. João Francisco de Souza e Almeida Tenente Coronel.



Joaquim Joze Xavier Artífice do Regimento de Artilharia pede a Vossa Excelência que faça observar pelo Comandante a disposição do Decreto de 14 de Janeiro de 1791, e Plano dos uniformes de 19 de Maio de 1806 na parte relativa ao Suplicante, e mais Artífices do mesmo Regimento.

Não tendo havido até ao presente representação alguma da parte dos Artífices de fogo suponha eu, como é natural, que eles gozavam da Graduação de 2ºs Sargentos em conformidade da Lei, mais examinando a prática a este respeito em consequência do requerimento do Suplicante soube que nunca se cumprira aquela Observação do Decreto de 12 de Dezembro de 1791, julgando os Comandantes do Regimento, que era por isso preciso Ordem expressa do Governo. Tem o Suplicante pois muita razão no que pede, e deve o Comandante de Artilharia contemplar os Artífices de fogo na Graduação, e Uniformes prescritos pela Lei. Quartel da Bahia, 6 de maio de 1815.

Felisberto Caldeira Brant Pontes.  


Fonte: 

Arquivo Público do Estado da Bahia

Seção de Arquivos Colonial e Província

Maço: 230

Período: 1815   

 

RELAÇÃO DE FONTES DISPONÍVEIS NO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA

Todos os índices, catálogos, inventários e listas são de autoria do Arquivo Público do Estado da Bahia e encontram-se disponíveis para consulta presencial no APEB.

 

SEÇÃO JUDICIÁRIA


CÍVEIS

https://archive.org/details/CIVEIS 

CRIME

https://archive.org/details/crime_202009

 

ESCRITURAS

https://archive.org/details/escrituras_202009 

 

INVENTÁRIOS

https://archive.org/details/inventa-rios 

 

TESTAMENTOS

https://archive.org/details/TESTAMENTOS

 

NASCIMENTOS

https://archive.org/details/NASCIMENTO

 

ÓBITOS

https://archive.org/details/o-bitos_202009

 

RELAÇÃO JUDICIÁRIA POR CIDADES

https://archive.org/details/relaca-o-judicia-ria-por-cidade


 

SEÇÃO DE ARQUIVOS COLONIAIS E PROVINCIAIS

 

COLONIAL/PROVINCIAL

https://ia601408.us.archive.org/26/items/cata-logos-colonial-apeb/CAT%C3%81LOGOS%20COLONIAL%20APEB.pdf

 

JUNTA PROVISÓRIA DO GOVERNO

https://archive.org/details/junta-proviso-ria-do-governo

 

DOCUMENTOS MICROFILMADOS

https://archive.org/details/documentos-microfilmados-apeb



SEÇÃO DE ARQUIVOS REPUBLICANOS

 

JORNAIS

A TARDE

https://ia601404.us.archive.org/19/items/acervo-jornal-a-tarde/ACERVO%20JORNAL%20A%20TARDE.pdf

 

JORNAIS DIVERSOS I

https://ia601403.us.archive.org/30/items/jornais-diversos-i/JORNAIS%20DIVERSOS%20I.pdf

 

JORNAIS DIVERSOS II EXISTENTES NA BIBLIOTECA PÚBLICA DOS BARRIS – RAROS

https://ia601504.us.archive.org/14/items/jornais-diversos-ii/JORNAIS%20DIVERSOS%20II.pdf

 

JORNAIS DIVEROS III

https://ia601501.us.archive.org/1/items/jornais-diversos-iii/JORNAIS%20DIVERSOS%20III.pdf

 

JUNTA COMERCIAL

https://ia601506.us.archive.org/0/items/republicano-junta-comercial/REPUBLICANO%20-%20JUNTA%20COMERCIAL.pdf

 

ENTRADA E SAÍDA DE PASSAGEIROS

https://ia601403.us.archive.org/8/items/apeb-entrada-e-sai-da-de-passageiros/APEB%20ENTRADA%20E%20SA%C3%8DDA%20DE%20PASSAGEIROS.pdf

 

SECRETARIA DE JUSTIÇA

https://ia601402.us.archive.org/14/items/secretaria-de-justic-a/SECRETARIA%20DE%20%20JUSTI%C3%87A.pdf

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

https://ia601508.us.archive.org/31/items/secretaria-de-seguranc-a-pu-blica/SECRETARIA%20DE%20SEGURAN%C3%87A%20P%C3%9ABLICA.pdf

 

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E SAÚDE

https://ia601504.us.archive.org/21/items/cata-logo-educaca-o-e-sau-de_20200920_1711/CAT%C3%81LOGO%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20E%20SA%C3%9ADE.pdf

 

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E SAÚDE II

https://ia601404.us.archive.org/20/items/secretaria-de-educaca-o-e-sau-de-ii/SECRETARIA%20DE%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20E%20SA%C3%9ADE%20II.pdf


SECRETARIA DE SAÚDE HOSPITAL JULIANO MOREIRA

https://ia601408.us.archive.org/34/items/secretaria-de-sau-de-hospital-juliano-moreira/SECRETARIA%20DE%20SA%C3%9ADE%20HOSPITAL%20JULIANO%20MOREIRA.pdf

 

SECRETÁRIA DE GOVERNO

https://ia601405.us.archive.org/22/items/secretaria-de-governo/SECRETARIA%20DE%20GOVERNO.pdf

 

SECRETARIA DE AGRICULTURA

https://ia601504.us.archive.org/22/items/secretaria-de-agricultura/SECRETARIA%20DE%20AGRICULTURA.pdf

 

INVENTÁRIO DELEGACIA ESPECIALIZADA DE JOGOS E COSTUMES

https://ia601501.us.archive.org/7/items/inventa-rio-delegacia-especializada-jogos-e-costumes/INVENT%C3%81RIO%20DELEGACIA%20ESPECIALIZADA%20-%20JOGOS%20E%20COSTUMES.pdf

 

 

SETOR DE ARQUIVOS PRIVADOS

ARQUIVOS GÓES CALMON

https://ia601506.us.archive.org/30/items/arquivo-de-go-es-calmon/ARQUIVO%20DE%20G%C3%93ES%20CALMON.pdf

 

CATÁLOGO MARIETA ALVES

https://ia601404.us.archive.org/22/items/cata-logo-marieta-alves/CAT%C3%81LOGO%20MARIETA%20ALVES.pdf

 

FOTOGRAFIAS SALVADOR E INTERIOR DA BAHIA

https://ia601504.us.archive.org/19/items/arquivo-privado/ARQUIVO%20PRIVADO.pdf

 

 

SEÇÃO ALFÂNDEGA

DOCUMENTOS ALFÂNDEGA

https://ia601407.us.archive.org/28/items/apeb-documentos-da-alfa-ndega/APEB%20DOCUMENTOS%20DA%20ALF%C3%82NDEGA.pdf


INVENTÁRIOS ALFÂNDEGA

https://ia601402.us.archive.org/18/items/apeb-inventa-rios-da-alfa-ndega/APEB%20INVENT%C3%81RIOS%20DA%20ALF%C3%82NDEGA.pdf

 

 

SEÇÃO LEGISLATIVA

ÍNDICE DA SEÇÃO LESGISLATIVA

https://ia601501.us.archive.org/28/items/cata-logo-legislativo/CAT%C3%81LOGO%20LEGISLATIVO.pdf

 

 

BIOBLIOTECA FRANCISCO VICENTE VIANNA – APEB  

 

RELAÇÃO DE FALAS, MENSAGENS E RELATÓRIOS DOS PRESIDENTES

DA PROVÍNCIA E GOVERNADORES DA BAHIA

https://ia601406.us.archive.org/13/items/fala-dos-presidentes/FALA%20DOS%20PRESIDENTES.pdf

 

LISTAGEM DAS COLEÇÕES DE LEIS E DECRETOS DO BRASIL

https://ia601409.us.archive.org/8/items/leis-e-decretos/LEIS%20E%20DECRETOS.pdf

 

BASE DE DADOS DE LIVROS: OBRAS RARAS

https://ia601402.us.archive.org/4/items/obras-raras-armario/OBRAS%20RARAS%20ARMARIO.pdf

 

LISTAGEM DOS PERIÓDICOS EXISTENTES NA BIBLIOTECA DO APEB

https://ia601502.us.archive.org/29/items/periodicos_202009/PERIODICOS.pdf

 

LISTAGEM DOS RELATÓRIOS; PROPOSTAS ORÇAMENTÁRIAS; BALANÇOS; DESPESAS DOS MUNICÍPIOS ETC.

https://ia601504.us.archive.org/35/items/relatorio-dos-municipios/RELATORIO%20DOS%20MUNICIPIOS.pdf

 

LISTAGEM DE MAPAS E PLANTAS

https://ia601508.us.archive.org/27/items/plantas-e-mapas/PLANTAS%20E%20MAPAS.pdf

 

ÍNDICE DOS ANAIS APEB

https://ia601503.us.archive.org/12/items/i-ndice-anais-apb/%C3%8DNDICE%20ANAIS%20APB.pdf

"Lives" sobre os 170 anos do fim do tráfico transatlântico de africanos escravizados

 


De 31 de agosto a 4 de setembro, sempre a partir das 15h, a Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros promoverá, em seu perfil do Instagram (@historiadorxsnegrxs), uma série de lives sobre temas como: A África, o Brasil e o tráfico de escravizados; A repressão e a agência africana; Retornos, conexões e circularidades; e As visões e a memória do tráfico de escravizados. A programação é composta por dezesseis historiadoras e historiadores negros atuantes no Brasil, nos EUA, na França, e com experiência de pesquisa em diversos países africanos.

ACESSA A PROGRAMAÇÃO

Jornada “A Abolição do Tráfico Transatlântico de Africanos Escravizados: os 170 Anos da Lei Euzébio de Queirós”.

https://www.cecult.ifch.unicamp.br/noticias/lives-sobre-170-anos-fim-trafico-transatlantico-africanos-escravizados 

Salvador Escravista

 

O assassinato de George Floyd, nos EUA, a derrubada da estátua do traficante de africanos escravizados Edward Colston, na Inglaterra, e o movimento do Black Lives Matter criou um ambiente para discutir um assunto imperativo: o impacto do racismo e da desigualdade na organização das sociedades. O assunto sempre esteve no radar dos movimentos sociais, na agenda d@s historiadores da África, do tráfico transatlântico e da escravidão, mas a repercussão social e política permitiu que o tema ganhasse relevância midiática. Decidimos começar fazendo o dever de casa, questionando como Salvador lida com as memórias da escravidão e do tráfico transatlântico de pessoas escravizadas. Esse esforço coletivo resultou na construção do site SALVADOR ESCRAVISTA, um repositório de informações sobre os espaços da cidade que preservam a memória dos traficantes de escravos e outros personagens ligados à escravidão brasileira. Como trabalho coletivo, novos verbetes serão incorporados ao site nas próximas semanas. Esperamos que o site SALVADOR ESCRAVISTA também seja usado nas escolas da rede pública e privada de ensino nos níveis fundamental e médio como uma ferramenta educacional para o ensino de História. Naveguem pela página, façam sugestões sobre outros espaços que merecem inclusão no site. Esse é um trabalho colaborativo. Façamos juntos.

www.salvadorescravista.com

Instagram: instagram.com/ssaescravista/ 

Twitter: twitter.com/ssaescravista 


Sobre o projeto

Salvador foi o segundo maior porto de desembarque de africanos nas Américas durante a vigência do comércio transatlântico de pessoas escravizadas. Navios negreiros da Bahia carregaram cerca de um milhão, trezentos e cinquenta mil mulheres, homens e crianças que, aprisionados e escravizados, experimentaram a traumática travessia do Oceano Atlântico, segundo estimativas recentes. Algo em torno de 150 mil pereceram durante a travessia. No final, aproximadamente um milhão e duzentas mil pessoas chegaram com vida à Bahia.

 

O trabalho forçado dos africanos escravizados e seus descendentes está indelevelmente marcado nas ruas, prédios públicos e privados, igrejas e outros espaços da cidade de Salvador. O setor de venda de alimentos funcionava pelo braço africano, assim como o setor de transporte de mercadorias e de pessoas entre as ruas e ladeiras da Cidade da Bahia. Serviços mais especializados, como de sapateiros, barbeiros, marinheiros, e ferreiros também eram realizados por gente escravizada. No interior das residências, as mulheres negras atuavam em serviços domésticos variados, às vezes cumprindo dupla jornada, no interior das residências e nas ruas da cidade.

 

O negócio de compra e venda de seres humanos enriqueceu muita gente. Na Baía de Todos-os-Santos, traficantes portugueses e brasileiros organizaram expedições escravistas à África – mais de quatro mil durante a era do tráfico de africanos. Fortunas foram erguidas com o braço cativo, que construía navios, plantava, minerava, coletava produtos das matas e pescava. Mesmo após o fim definitivo do tráfico de africanos, em 1850, a escravidão continuou em território nacional até 13 de maio de 1888, sendo a última nação das Américas a decretar o seu fim.

 

Apesar desse infame histórico, Salvador é, ainda hoje, pontilhada por homenagens a traficantes de escravos, 170 anos após a extinção do tráfico e 132 anos depois da abolição formal da escravidão. O imenso poder econômico e político desses homens converteu-se em poder simbólico. Sua memória passou para a posteridade como grandes benfeitores, homens de negócio, empreendedores. Foram homenageados com nomes de ruas, estátuas e praças públicas, ocupando lugar privilegiado no patrimônio urbano em conjunto com outros símbolos de dominação colonial. Pessoas que defenderam até o último momento a continuidade da escravidão dão nome a artérias importantes da cidade. Há um aspecto em comum nessas honrarias: nelas não se encontram informações sobre a participação dos homenageados nos projetos de dominação e exploração no qual desempenharam papel ativo. Um dos propósitos do site SALVADOR ESCRAVISTA é oferecer subsídios históricos que possibilitem uma melhor compreensão sobre o papel desses indivíduos no desenvolvimento de uma sociedade marcada pela desigualdade e pelo racismo. Para saber mais sobre essas histórias acesse a seção HOMENAGENS CONTROVERSAS.

 

A memória pública é uma construção social em permanente conflito. Como um campo em disputa, as ruas da cidade também foram batizadas com os nomes de personagens históricos que enfrentaram as estruturas escravistas, bem como de eventos que simbolizam marcos de lutas pela liberdade e pela cidadania. Com o objetivo de valorizar essas homenagens e tornar essas histórias mais conhecidas criamos a seção HOMENAGENS REPARADORAS.

 

Mas a memória também é feita de esquecimentos. Espaços que em outros tempos foram marcantes para as populações escravizadas e seus descendentes como lugares de luta, dor ou celebração, acabaram sendo encobertos por novas camadas de concreto ou de significados. É também intuito desse site fazer com que sejam continuamente lembrados. Aqui eles podem ser encontrados na seção LUGARES ESQUECIDOS.

 

Acreditamos que a conservação de determinadas homenagens no espaço público, do modo como se encontram, acabam por perpetuar valores contrários aos ideais professados pela própria Constituição brasileira, que elege entre seus valores supremos a igualdade e a justiça. O itinerário para uma sociedade mais igualitária e justa se apresenta em variadas formas. Uma delas, certamente, é através do direito à cidade e da construção de uma memória pública mais plural e democrática. O projeto SALVADOR ESCRAVISTA busca promover saberes históricos em afinidade com esses valores e com a difusão do saber acadêmico.

 

Nesse sentido, SALVADOR ESCRAVISTA pretende também contribuir para o ensino de história nos níveis fundamental e médio, servindo como uma ferramenta de pesquisa sobre a história de Salvador relacionada ao impacto da escravidão na sociedade soteropolitana, representada, entre outros aspectos, pelas homenagens em estátuas, prédios e nomes de ruas. Os locais estão identificados no site na seção “MAPA” através de marcadores e verbetes. Cada um dos verbetes será acompanhado por textos curtos de especialistas. Nesses textos teremos a seção “Para saber mais”, com indicações de leituras para aqueles que desejarem aprofundar o conhecimento sobre determinados temas.

 

SALVADOR ESCRAVISTA é um projeto colaborativo que conta com a participação de especialistas em diversas áreas: história da África, comércio transatlântico de pessoas escravizadas, escravidão atlântica e pós-abolição nas Américas etc. Sendo um projeto colaborativo e mutável como o assunto de que trata, novos conteúdos serão adicionados futuramente ao site. Para perguntas, sugestões e informações, favor entrar em contato através do e-mail ssaescravista@gmail.com.

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