EXPOSIÇÃO VIRTUAL - DO PARAFUSO AO LACERDA



De Marco da Tecnologia Baiana a Cartão Postal de Salvador

Gláucia Trinchão

A análise da história do monumento Elevador Lacerda, antigo Elevador hidráulico da Conceição, ou como era carinhosamente chamado de o Parafuso pela população baiana oitocentista, assim como das transformações arquitetônicas por ele sofrida ao longo de sua existência, mostra uma intrínseca relação de glamour e decadência entre o Lacerda e as Praças Municipal, ou Tomé de Souza, e a Praça Cairú, antiga Praça do Comércio.
A intervenção oitocentista da Praça Municipal trazia a proposta de embelezamento da cidade, da criação de uma aberta para o mar e criação do sistema articulado de transporte (elevador e bondes a burro), teve como solução a implantação do eclético Elevador Hidráulico: de fachada localizada na Cidade Alta em ferro estilo art noveau, torre gótica de arcadas abertas e parte encravada na montanha e fachada situada na Cidade Baixa em estilo neoclássico. Este marco da tecnologia baiana de transporte garantiu a transparência necessária para atender o projeto do Barão de São Lourenço, então presidente da província. Esta tecnologia de transporte avançada para a época veio para facilitar a circulação de pessoas e mercadorias entre o cume e o sopé da montanha e transformar a praça administrativa em uma ‘Praça Panorâmica’ com um ‘Elevador Mirante’.
Inaugurado em 1873, o Parafuso ou Elevador Hidráulico da Conceição, foi uma idéia considerada utópica, porém original e revolucionária e adequada às condições ambientais sem ferir a paisagem, criando uma imagem de progresso na cidade de Salvador, no período colonial. 
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