O livro Encruzilhadas da Liberdade - Histórias de escravos e libertos na Bahia (1870-1910),
de Walter Fraga Filho, publicado pela Editora da Unicamp em 2006 dentro
da coleção Várias Histórias, é o vencedor do Prêmio Clarence Haring, da
American Historical Association. O prêmio destaca o mais importante
trabalho sobre a história latino-americana publicado nos últimos cinco
anos e será entregue em 6 de janeiro de 2012, durante o encontro geral
da Associação em Chicago, Estados Unidos. Leia mais sobre a obra no Jornal da Unicamp.
“A
felicidade com a notícia do prêmio foi muito grande. É felicidade de
pai que vê o filho ou filha criar asas próprias e fazer sua história”,
comemora Fraga Filho. “Quando concluí o livro, sabia que ele iria longe,
pelas histórias que conta, pela capacidade de tocar as pessoas com
dramas e esperanças vividas pelos afrodescendentes num período crucial
da história do Brasil. Mas não sabia que iria tão longe, sensibilizando
historiadores e leitores de outro país que também vivenciou o drama da
escravidão e do pós-emancipação e possui uma rica discussão sobre essa
temática.”
Atualmente professor-adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia (UFRB), o autor faz questão de compartilhar o sucesso de
“Encruzilhadas da Liberdade” com professoras e professores dos programas
de pós-graduação em história da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e
da Unicamp. “O livro é produto da convivência nesses espaços acadêmicos
ricos em discussões e revisões sobre a escravidão e o pós-abolição no
Brasil. Ele também se nutre de uma série de belos e importantes livros
escritos nos últimos anos em várias universidades brasileiras.”
Walter Fraga Filho nasceu na cidade de São Félix, Recôncavo Baiano, em 1963. Doutorou-se em história social da cultura pela Unicamp em 2004, sob a orientação de Robert Slenes. É autor de Mendigos, moleques e vadios na Bahia do século XIX (Hucitec/Edufba, 1996), coautor do livro didático Uma história do negro no Brasil e publicou vários artigos em revistas nacionais e estrangeiras. Dedica-se à pesquisa sobre cotidiano, memória e itinerários de ex-escravos e descendentes após a abolição da escravidão na Bahia.
A professora Silvia Hunold Lara, do IFCH, afirma que Encruzilhadas da Liberdade é uma obra que examina as tensões crescentes das décadas finais da escravidão, os dias agitados de maio de 1888 e os desdobramentos nos anos imediatamente seguintes. “Cruzando fontes diversas, com riqueza de detalhes, o autor nos oferece uma história feita por gente de carne e osso: podemos seguir os que resolveram ficar nas fazendas ou aqueles que saíram em busca de novos horizontes; os proprietários que negociaram com seus ex-escravos ou os que tiveram que enfrentar insubordinações e rebeldias. As expectativas e as frustrações individuais e coletivas dão vida a este livro, que analisa, em grande estilo, um dos momentos cruciais da história da sociedade brasileira.” Para o professor Paulo Franchetti, diretor da Editora da Unicamp, o prêmio é mais um importante reconhecimento do trabalho do Conselho Editorial na seleção das obras a publicar e, no caso específico, da importância das coleções especiais, dirigidas por comissões de especialistas que se encarregam da escolha de títulos de relevo nas várias áreas do saber.
Walter Fraga Filho nasceu na cidade de São Félix, Recôncavo Baiano, em 1963. Doutorou-se em história social da cultura pela Unicamp em 2004, sob a orientação de Robert Slenes. É autor de Mendigos, moleques e vadios na Bahia do século XIX (Hucitec/Edufba, 1996), coautor do livro didático Uma história do negro no Brasil e publicou vários artigos em revistas nacionais e estrangeiras. Dedica-se à pesquisa sobre cotidiano, memória e itinerários de ex-escravos e descendentes após a abolição da escravidão na Bahia.
A professora Silvia Hunold Lara, do IFCH, afirma que Encruzilhadas da Liberdade é uma obra que examina as tensões crescentes das décadas finais da escravidão, os dias agitados de maio de 1888 e os desdobramentos nos anos imediatamente seguintes. “Cruzando fontes diversas, com riqueza de detalhes, o autor nos oferece uma história feita por gente de carne e osso: podemos seguir os que resolveram ficar nas fazendas ou aqueles que saíram em busca de novos horizontes; os proprietários que negociaram com seus ex-escravos ou os que tiveram que enfrentar insubordinações e rebeldias. As expectativas e as frustrações individuais e coletivas dão vida a este livro, que analisa, em grande estilo, um dos momentos cruciais da história da sociedade brasileira.” Para o professor Paulo Franchetti, diretor da Editora da Unicamp, o prêmio é mais um importante reconhecimento do trabalho do Conselho Editorial na seleção das obras a publicar e, no caso específico, da importância das coleções especiais, dirigidas por comissões de especialistas que se encarregam da escolha de títulos de relevo nas várias áreas do saber.
Fotos:
Divulgação
Edição das imagens:
Everaldo Silva