Capes seleciona projetos educacionais para serem financiados


Esta dica é para professores, pesquisadores e estudantes que têm o sonho de desenvolver projetos de pesquisa no exterior. Já estão abertas as inscrições para o programa Cooperação Internacional da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

A Capes, por meio do Programa Geral de Cooperação Internacional, vai selecionar até 60 projetos conjuntos de pesquisa, parcerias universitárias e candidaturas individuais em qualquer área do conhecimento durante o ano de 2015.

Criada com o objetivo de fomentar projetos educacionais de pesquisa entre grupos brasileiros e estrangeiros, a iniciativa vai selecionar até 60 trabalhos, de qualquer área do conhecimento, para serem financiados em 2015.

Os escolhidos podem ganhar missões de trabalho, bolsas de estudos e até R$ 10 mil para custear as atividades de seus projetos de pesquisa no exterior.

Os interessados podem se inscrever até 30 de abril no programa. Basta acessar o site da Capes e escolher uma das oportunidades oferecidas nos mais de 20 países que possuem parceria com a entidade.

Este é o primeiro período de inscrições para o programa Cooperação Internacional. De acordo com cronograma da Capes, desta etapa – que se encerra no fim de abril – serão selecionados 15 projetos de pesquisa.

Mais informações:



Fonte: Canal do Ensino.

CIRCUITO DA CELEBRAÇÃO DA HERANÇA AFRICANA - CEMITÉRIO DOS PRETOS NOVOS


A transferência do mercado de escravos da região da Rua Primeiro de Março (antiga Rua Direita) para a do Valongo implicou mudança do Cemitério dos Pretos Novos do Largo de Santa Rita para o Caminho da Gamboa - hoje a Rua Pedro Ernesto 32, endereço do Instituto Pretos Novos (IPN). Pretos Novos eram os cativos recém-chegados ao Brasil. Muitas vezes, não resistiam aos maus tratos da viagem desde a África e morriam pouco depois de desembarcar. O sítio arqueológico foi descoberto em 1996, quando moradores reformavam a casa. Arqueólogos identificaram milhares de fragmentos de restos mortais de jovens, homens, mulheres e crianças, africanos recém-chegados.

Considerado o maior cemitério de escravos das Américas, estima-se que tenham sido enterrados de 20 a 30 mil pessoas, embora nos registros oficiais esses números sejam menores, 6.122 entre 1824 e 1830. Seus corpos foram jogados em valas e queimados. A área servia também como depósito de lixo, o que revela o tratamento indigno aos africanos escravizados. Além de ossos humanos, havia também pertences dos pretos novos, como restos de alimentos e objetos de uso cotidiano descartados pela população. A análise do sítio constatou que a maior parte dos ossos pertence a crianças e adolescentes. Hoje a casa funciona como centro cultural para o resgate da história da cultura africana e oferece cursos e oficinas, além de uma biblioteca sobre a temática negra.


O IPN fica aberto de terça a sexta-feira, das 13h às 18h. Para visitar aos sábados, domingos e feriados, é preciso agendar pelo telefone (21) 2516-7089.

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA RAÍZES - NATÁLIA REIS


The African oil palm in Bahia, Brazil: Past, present, and potential of an Afro-Brazilian landscape

A subspontaneous grove of African oil palms at the foot an intertidal mangrove forest in the Pau d’Oleo district of Igrapiuna, Bahia. Photo by Case Watkins. 

In 1991, the Secretary of Culture in the northeastern Brazilian state of Bahia officially designated an eighty-kilometer strip of its Atlantic shores as the Costa do Dendê, or Palm Oil Coast, in a formal nod to the dense stands of African oil palms that had come to dominate local landscapes. Part of a broader initiative to promote tourism, the move branded the region as the main source of Bahian palm oil—long a fundamental material component of vibrant Afro-Brazilian culinary and religious cultures practiced throughout the country. Culminating at least five centuries of transatlantic social, economic, and ecological development, Bahia’s African oil palm groves emerged as a veritable Afro-Brazilian landscape.
Acesse a página: 

PORTAL DA INCONFIDÊNCIA


Nas décadas de 1970 e 1980 a Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais imprimiu, em 11 volumes, e sob os auspícios da Câmara dos Deputados, os Autos de Devassa da Inconfidência Mineira, em edição comentada e há muitos anos já esgotada.
A partir de tais volumes digitalizados pelo Arquivo Público Mineiro, existentes na Biblioteca Luiz de Bessa, a Imprensa Oficial, mediante exaustivo trabalho técnico, transformou as cerca de 5.500 imagens em formatação que possibilitou aplicação de um completo sistema de buscas praticamente isento dos comuns erros que aparecem nesse tipo de transposição.
E mais: ambas as formas podem ser vistas lado a lado, comparando-as, ou seja, os 11 volumes originais da edição dos anos 1970 e 1980 em imagem ao lado da apresentação em pdf que possibilita a utilização do sistema de busca.
A iniciativa representa um salto enorme no sentido de democratizar as informações contidas nos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira – ADIM - à sociedade, através do citado sistema de buscas e também com o gradativo acrescentamento, em ícones específicos, da possibilidade de acesso a trabalhos científicos afetos ao tema produzidos e disponíveis através de links de instituições de ensino e pesquisa. Outros ícones também serão continuamente alimentados com iconografias de cidades históricas mineiras, livros, revistas e jornais contendo materiais relativos ao assunto.
Tudo isto única e exclusivamente no sentido de dotar os historiadores e pesquisadores de mais ferramentas e informações que permitam, continuamente, trazer mais luzes a um dos maiores, senão o maior, movimento libertário nacional.
Democratizando informações históricas, a Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, este Estado da Liberdade, por sua essência e natureza, tem plena convicção de estar cumprindo sua missão institucional de fomento e apoio à cultura.
Apoio que a Imprensa Oficial também recebe neste projeto das várias instituições e entidades parceiras desta Autarquia, cujas marcas e breves opiniões estão contidas a seguir, continuando as frutíferas colaborações recíprocas agregadas recentemente.
O lançamento, na abertura da Semana da Inconfidência de 2015, na cidade de Tiradentes, ainda mais acentua a responsabilidade histórica da Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, nascida em Ouro Preto, cidade do lançamento, há 123 anos, precisamente no dia 21 de abril de 1892, do número inaugural do Diário Oficial “Minas Gerais”.
Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais

Iº LEILÃO DE DOCUMENTOS HISTÓRICOS DO BRASIL


"Caro amigo Colecionador,
É com imensa satisfação que apresentamos o nosso 1º Leilão de Documentos Históricos do Brasil, a ser realizado no dia 27 de abril de 2015, em sessão única, às 20h00.
Os documentos de legislação impressa vão desde o Reinado de D. João V, na Colônia, até D. Pedro II, no Império, com temas que variam desde Justiça até Exército e Marinha, passando por Numismática, Administração Pública, Medicina, entre outros. A maior parte dos lotes situa-se cronologicamente entre 1816 e 1821, período de grande efervescência política bem representado nos documentos deste leilão.
O catálogo virtual já se encontra no site http://www.flaviasantosleiloes.com.br, a exposição física acontecerá no dia 22 de abril de 2015 das 10h00 as 20h. Necessário agendar visita pelo telefone de (11) 98744-4473.
Obs.: Deste leilão não será feita a venda de lotes remanescentes.
Cordialmente",
Flávia Santos


África-Brasil: número de escravizados é quase o dobro do estimado


Pesquisadores de universidades do Brasil, Estados Unidos e Inglaterra, concluíram que o número de escravizados levados para o Brasil é maior do que se estimava. Segundo os dados, que podem ser encontrados no site www.slavevoyages.org, foram cerca de 1.700.000 (um milhão e setecentos mil) africanos trazidos, na condição de escravos, para a Bahia e não 1.200.000, como afirmavam estudiosos, como o escritor e fotógrafo Pierre Verger.

“Definitivamente, agora, temos um conhecimento mais aprofundado do comércio baiano de escravos. Mas, graças ao trabalho de Pierre Verger, Luiz Viana Filho e de uma geração de historiadores, já tínhamos noção do papel da Bahia no tráfico transatlântico de africanos”, afirma o historiador Carlos Silva Junior. O pesquisador baiano está na Inglaterra, onde desenvolve uma pesquisa de doutoramento na Wilberforce Institute to the Study of Slavery and Emancipation (WISE) da University of Hull, Reino Unido e comentou a pesquisa para o portal Correio Nagô.

Até o século XIX, por ano, a Bahia importou uma média de cinco a oito mil escravizados, sendo que muitos deles eram da Angola. “Então, a Bahia tem muito de Angola”, conclui Carlos Silva, destacando ainda que a população de Angola, embora importante, desde o século XVIII era inferior numericamente aos jejes, minas e no século XIX aos nagôs. Um dado relevante para a pesquisa.
De acordo com os indicadores, quase 200 mil escravizados morreram durante a travessia do continente africano para as terras baianas, no período do tráfico. Segundo o banco de dados atualizado, mais de 1.736.308 pessoas foram embarcadas na costa da África com o destino para a Bahia. Deste total, cerca de 1.550.335 chegaram vivos ao local.


Sobre a pesquisa, o doutorando Carlos Silva Junior diz que esse novo levantamento traz uma abordagem sobre a realidade brasileira atual. “Ele [estudo] apresenta de maneira indiscutível o drama que foi o tráfico de escravos, mostra o que há de ‘África entre nós’, ajuda a entender a formação cultural da população brasileira, o legado da escravidão e da situação da população negra hoje. Que esses dados não sejam apenas números em tabelas, mas ajudem a refletir sobre o legado da escravidão na sociedade brasileira, até os dias atuais”, frisa.

Exposição cartográfica remonta história do Brasil e sua relação com Portugal e Espanha


A exposição “A História do Brasil revelada através da Cartografia” será lançada dia 16 de abril e segue em cartaz até 17 de maio, no Salvador Trade Center. A mostra, composta por 13 mapas, apresenta a formação do território brasileiro no período colonial, além das relações entre o país e Portugal e Espanha. Através de símbolos, imagens, cores, escritas e desenhos primitivos a exposição remonta as transformações históricas, econômicas e políticas ao longo de dois séculos e meio. Esta é a primeira mostra do “Ciclo de Exposições Domínio Público”, que tem o objetivo de transmitir informações sobre a construção da soberania política e da ordem jurídica sobre o território nacional e seus reflexos e desdobramentos na sociedade e na vida dos cidadãos.
 Serviço
O QUÊ: “O Ciclo de Exposições Domínio Público – A História do Brasil revelada através da Cartografia”
ONDE: Salvador Trade Center
QUANDO:  Abertura 16 de abril (quinta-feira), às 18h30. Segue em cartaz até 17 de maio. Segunda a sexta, das 9h às 20h / Sábado, das 9h às 17h

QUANTO: Gratuito

Encontro Nacional dos Estudantes de Arquivologia (ENEArq)


O Encontro Nacional dos Estudantes de Arquivologia (ENEArq) é um encontro organizado pela Executiva Nacional dos Estudantes do Brasil (ENEA) com a participação dos Centros e Diretórios Acadêmicos de Arquivologia das universidades brasileiras.
O encontro tem por objetivo reunir estudantes dos cursos de Arquivologia em torno de problemáticas ligadas ao desenvolvimento científico e prático do estudante de Arquivologia, além da formação do futuro Profissional Arquivista, e dos possíveis espaços de diálogo do arquivista com a sociedade, debatendo as novas tendências da Arquivologia e da Tecnologia, aliando-as aos aspectos sociais, políticos e econômicos da realidade brasileira.

O evento pretende na sua 19ª edição promover a integração entre estudantes e futuros profissionais arquivistas de todo país. Na edição anterior do evento realizada em agosto de 2014 na Paraíba, a cidade de Salvador foi escolhida por unanimidade como sede da edição 2015 do ENEArq. A capital do Estado da Bahia sediará pela terceira vez na história este evento sendo que a primeira vez se deu ano de 2000. Sob a organização do Diretório Acadêmico de Arquivologia da UFBA (DAArq) e demais estudantes do curso, o encontro pretende reunir os estudantes dos 16 cursos de Arquivologia existentes em todo o Brasil. Em sua décima nona edição o encontro trás o tema “Arquivologia na Contemporaneidade: transformações, desafios e tendencias”. O evento ocorrerá entre os dias 27 à 31 de Julho de 2015.

CONTANDO HISTÓRIAS E PRESERVANDO MEMÓRIAS


A juíza Andremara dos Santos, titular da 2ª Vara, e que comandou os trabalhos, destacou a cerimonia de livramento condicional de 12 internos, seguida da visita ao Centro de Documentação da Lemos Brito, que abriga em seu acervo parte significativa da história do sistema prisional da Bahia. “Esta parte está sendo resgatada pelo trabalho dos historiadores Cláudia Moraes Trindade e Urano de Cerqueira Andrade, com achados importantíssimos sobre a história prisional do regime da última ditadura”, disse a magistrada.
Acesse a Fonte na íntegra: TJBA
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DNA identifica origem de escravos trazidos à América

Maxilar e mandíbula de esqueleto do século XVII encontrado na ilha caribenha de St. Martin(H. Schroeder et. al/PNAS/Divulgação)

Estudo revelou que corpos enterrados no Caribe entre 1660 e 1688 vieram de Camarões, Gana e Nigéria.

Cientistas utilizaram um método de análise de DNA para revelar a origem de escravos africanos enterrados há mais de 300 anos em uma colônia holandesa no Caribe. O estudo foi feito a partir dos esqueletos de dois homens e uma mulher encontrados em 2010 na ilha de St. Martin. Conhecidos como os "três de Zoutsteeg", eles possivelmente vieram de uma região onde hoje se localizam Camarões, Gana e Nigéria.

É difícil determinar a procedência dos mais de 10 milhões de africanos trazidos como escravos ao continente americano, entre 1500 e 1850. Os poucos dados disponíveis sobre a época revelam em qual porto essas pessoas embarcaram, mas seus países de origem permanecem um mistério. A descoberta, publicada online na segunda-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), pode ajudar a investigar de onde vieram os escravos.

Por meio de um estudo anterior nos "três de Zoutsteeg", o arqueólogo Hannes Schroeder, da Universidade de Copenhague, tinha evidências de que o trio nasceu na África e foi enterrado entre 1660 e 1688. Para aprofundar o estudo sobre sua origem, precisaria sequenciar seu DNA. O problema é que o clima quente e úmido do Caribe degradou o material genético nos ossos dos escravos.

"As descobertas revelam as primeiras provas da origem étnica dos africanos explorados durante a escravidão", diz o estudo. A pesquisa também "demonstra que os elementos do genoma permitem responder a perguntas que careciam de provas há muito tempo".
O método permitirá avançar nos estudos sobre esqueletos encontrados em regiões tropicais, que contêm poucos vestígios de material genético em função do clima quente.
(Com AFP)

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Curso conta a história do Cangaço na Bahia

O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia promove o mini-curso “O Cangaço na Bahia”, que será realizado de 8 a 10 de abril, das 14h às 17h, sob a coordenação do historiador Rubens Antonio.
O Cangaço foi um movimento que agitou o Nordeste, com reflexos que se estenderam desde então. Muito daquilo que é verdadeiro, que é fato, está, atualmente, deturpado, obscurecido por camadas e camadas de recontares, lendas, especulações, facciosidades.
O conhecimento dos principais eventos a ele relacionados, porém, é ainda muito limitado. Daí, este curso buscar não só esclarecer como apontar elementos que referenciem o estado de arte do conhecimento. Assim, será trabalhado o sabido e documentado de eventos como combates, abrangências, disposições várias que constituem, muitas vezes, pontos-de-partida para o verdadeiro entendimento enquanto fenômeno histórico.
Acompanhe a Programação:

Dia 8 - 1924 a 1929: Cangaço em ascensão

Alvorada lampiônica
As primeiras notícias
O crescendo do temor
Reações pomposas e inúteis
A chegada efetiva
As primeiras sagas e tragédias
Perplexidades

Dia 9 - 1929 a 1933: Cangaço tonitruante

O apogeu do Cangaço na Bahia
A melhor percepção
Menos perdas
Subgrupos e domínios
Início do contra-ataque
Violência de lado a lado

Dia 10 - 1933 a 1940: Derrocada do Cangaço

Grandes perdas
Marcando passo
Às portas do fim
Lá, apaga-se o Lampeão
Cá, apaga-e o Corisco
Olhando para frente
Mitificação
Olhando para trás


Instituto Geográfico e Histórico da Bahia 
Avenida Joana Angélica, 43 - Piedade
Salvador - BA

71 3329 4463/6336

DA BAHIA A PERNAMBUCO DE JANGADA


Diz José de Barros Vieira morador na Subauma Distrito da Torre, onde por ser pobre vive de plantar mandiocas e fabricar farinhas, que em uma sua jangada vem dispor no Celeiro Público desta Ciadade. Que em um dos dias primeiros do mês de maio deste ano de 1806, achando-se o suplicante no seu porto, e nos trabalhos de conduzir para esta Cidade as suas farinhas, foi obrigado à ordem de Vossa Excelência e intimado pelo Sargento do dito Distrito, para na referida jangada conduzir a Joze Bento, Alferes do Regimento do mesmo Distrito, para a Cidade de Pernambuco com carta de Vossa Excelência, dirigida ao Excelentíssimo Governador da dita Cidade, e que na volta [desta] viagem seria o suplicante satisfeito; obedeceu o suplicante, e apesar do grande prejuízo de mais de 60$ réis nas farinhas que deixou de conduzir, fez a dita viagem, e na volta, além de sustentar-se a sua custa, arriscou a sua vida, pois que pelo tempo invernoso que sobreveio, andou quase naufragante três dias sem comer, nem beber, até que por mercê do céu veio ao porto com grande trabalho; e como para ser o suplicante pago pela Real Fazenda, tem o dito Sargento enviado carta, competente ao Secretário deste Estado, e não tem sido o suplicante pago do grande desvelo e trabalho que na referida viagem teve em quinze dias que gastou de ida e vinda. Portanto Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor, peça a Vossa Excelência se digne atender a pobreza do suplicante e tudo mais referido, arbitrando e mandando-lhe pagar o seu trabalho.

Pela informação do S. Mor. Junto a este fará Vossa Excelência o que for servido. Quartel da Torre, 6 de outubro de 1806. Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque. Coronel. 
FONTE: Arquivo Público do Estado da Bahia - 
Seção Colonial, Cartas ao Governo - Maço: 208.           

As Aventuras de Pierre Verger no MAM


Divining Slavery and Freedom: The Story of Domingos Sodré, an African Priest in Nineteenth-Century Brazil (New Approaches to the Americas)

Since its original publication in Portuguese in 2008, this first English translation of Divining Slavery has been extensively revised and updated, complete with new primary sources and a new bibliography. It tells the story of Domingos Sodré, an African-born priest who was enslaved in Bahia, Brazil in the nineteenth century. After obtaining his freedom, Sodré became a slave owner himself, and in 1862 was arrested on suspicion of receiving stolen goods from slaves in exchange for supposed 'witchcraft'. Using this incident as a catalyst, the book discusses African religion and its place in a slave society, analyzing its double role as a refuge for blacks as well as a bridge between classes and ethnic groups (such as whites who attended African rituals and sought help from African diviners and medicine men). Ultimately, Divining Slavery explores the fluidity and relativity of conditions such as slavery and freedom, African and local religions, personal and collective experience and identities in the lives of Africans in the Brazilian diaspora.

http://www.amazon.co.uk/Divining-Slavery-Freedom-Nineteenth-Century-Approaches/dp/1107079772/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1425205768&sr=1-1&keywords=brazil+slavery

PESQUISAS NA ÁREA DE HISTÓRIA


Chamo-me Eduardo Cavalcante e sou graduado em História pelo Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Possuo sólida experiência profissional na área de pesquisa documental, tais como, coleta de dados, transcrição e análise de documentos para os séculos XVII, XVIII, XIX e XX. Desde 1999, atuo prestando serviços de maneira autônoma e sem vínculo empregatício para mestrados, doutorados, pós-doutorados e outros tipos de atividades históricas, coletando o maior número possível de informações que venha a embasar esses trabalhos e detenho experiência prática relativa à organização e ao arranjo dos acervos documentais dos principais arquivos do Rio de Janeiro. Compreendo bem o idioma espanhol e este é o meu e-mail para futuros contatos: cvlcnt@uol.com.br 
Para outros esclarecimentos é possível acessar o meu currículo através deste site: 

Forte do Barbalho poderá ser o principal centro de memória da ditadura em Salvador


Em reunião na qual foram discutidas as demandas da Comissão Estadual da Verdade (nesta sexta-feira, 6), o chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Bruno Dauster, sugeriu que o Forte do Barbalho, em Salvador, seja transformado no principal centro de memória da ditadura na cidade, por ter sido o maior local de tortura de presos políticos.

Dauster, que também foi preso político e sofreu torturas, discutiu e prometeu apoio à CEV em ações de execução imediata, a exemplo da melhoria nas instalações dos locais de pesquisas, contratação de pessoal técnico e ampliação do setor de comunicações, com novas formas de divulgação do trabalho que vem sendo feito pela entidade.

LOCAL SIMBÓLICO
Na opinião de Dauster, o Forte do Barbalho é o espaço mais representativo da memória da ditadura por ter sido grande centro de tortura. Outro local que está sendo transformado em espaço de memória é a Galeria F, ala dos presos políticos na Lemos Brito, em convênio da CEV e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização. Mais dois centros são a casa de Carlos Marighella, na Baixa dos Sapateiros, e o Memorial aos Mártires, em homenagem a Carlos Lamarca e José Campos Barreto, assassinados em 1971 no povoado de Pintadas, no município de Ipupiara (BA). No Forte do Barbalho já existem uma placa representativa na entrada e foi preservada uma cela na qual presos eram torturados.

A CEV apurou as violações dos direitos humanos cometidas na Bahia de 1964 a 1985 e identificou 538 pessoas vítimas da repressão política no Estado. Dos 426 brasileiros mortos ou desaparecidos, 34 são baianos e, dentre esses, 10 tombaram na Guerrilha do Araguaia. Foram ouvidas 69 pessoas em Salvador e Feira de Santana, entre vítimas e parentes de vítimas da ditadura.

A Comissão Estadual da Verdade é formada pelo jornalista Carlos Navarro, que atualmente a coordena, professoras Amabília Almeida e Dulce Aquino, professor Joviniano Neto, jornalista Walter Pinheiro e os advogados Jackson Azevedo e Vera Leonelli.

Galeria que abrigou presos políticos será espaço de memória da ditadura

A Galeria F, situada no prédio circular com um total de 119 celas, encontra-se desativada

A Galeria F, ala dos presos políticos na Penitenciária Lemos Brito, será transformada em um espaço de memória da ditadura.

A decisão foi anunciada pelo titular da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia-Seap, Nestor Duarte Neto, nesta quarta-feira (4/2) após visita ao espaço no dia anterior, em companhia de dois integrantes da Comissão Estadual da Verdade, Carlos Navarro (coordenador) e Joviniano Neto, e do diretor da Penitenciária Lemos Brito, Everaldo Jesus de Carvalho.

O coordenador da Comissão Estadual da Verdade - Bahia, Carlos Navarro, explica que a transformação da Galeria F em espaço de memória é um antigo anseio dos presos políticos que por lá passaram, entre eles José Carlos Zanetti e Emiliano José que fizeram a sugestão à CEV.

A Galeria F, situada no prédio circular com um total de 119 celas, encontra-se desativada.
Por lá passaram 85 presos políticos, entre eles o jornalista e escritor Emiliano José, que ficou preso por quatro anos (1971-1974). Ele é autor de livros relatando o horror dos anos de chumbo naquela galeria.

A historiadora Cláudia Trindade, que desenvolve um trabalho de pesquisa no Centro de Documentação da Penitenciária, já localizou diversos prontuários de presos políticos até hoje não registrados pela CEV e outras entidades.

O diretor da PLB, Everaldo Jesus de Carvalho, disse que o projeto prevê também transformar o espaço em um Centro Dinâmico de Cultura Prisional, com escolas profissionalizantes e outras atividades.

ACESSE A FONTE: 

Arquivo Público do Estado da Bahia: 125 anos


No dia 16 de janeiro, o Arquivo Público do Estado da Bahia celebrou 125 anos de existência. Nesta trajetória, momentos importantes merecem destaque, como o gradativo crescimento, resultado da intensificação do recolhimento e da aquisição de acervos públicos e privados. O Arquivo sempre manteve o caráter singular de repositório dos documentos acumulados pelas atividades desenvolvidas pelo Estado. Mas, teve o sentido de sua missão reelaborado para dialogar com as mudanças do presente. De órgão exclusivamente administrativo enquanto “depósito da história” e mais tarde, difusor cultural e instrumento de democratização do Estado, o Arquivo vem sendo reconfigurado para as novas demandas do século XXI, fortalecido como um espaço legítimo de cidadania.

A ideia de modernizar a instituição remonta ao final da década de 1970. Com este propósito, o Governo do Estado da Bahia transferiu a sede da Rua Carlos Gomes para o Solar da Quinta do Tanque, na Baixa de Quintas, em 1980, possibilitando a instalação dos laboratórios de restauração e microfilmagem. O restauro do forro, assoalho e telhado do Solar, e a requalificação dos sistemas elétrico, lógico e telefônico, realizados entre 2013 e 2015, evidencia a retomada do processo de modernização com vistas à institucionalização da digitalização para fins de acesso e preservação.

Investimentos, também, foram direcionados ao tratamento técnico do acervo custodiado, notadamente de descrição multinível, restauro e digitalização. O objetivo se concentrou no interesse de qualificar o Arquivo Público do Estado como polo difusor de informações para apoiar as decisões governamentais de caráter político-administrativo, subsidiar o cidadão na defesa de seus direitos e incentivar a produção acadêmico-científica e cultural.
Os conjuntos documentais “Tribunal da Relação do Estado do Brasil e da Bahia: 1652-1822”; “Registros de Entrada de Passageiros no Porto de Salvador: 1855 a 1964” e “Cartas Régias 1648-1821” confirmam o valor excepcional do acervo do APEB ao serem nominados “Memória do Mundo” pelo Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da UNESCO, em 2008, 2010 e 2013 respectivamente.

Deve-se ressaltar ainda o empenho para disciplinar a gestão documental e o acesso à informação pública, com a oficialização da primeira Tabela de Temporalidade de Documentos da Administração Pública do Poder Executivo – Atividades Meio (2010), e do Plano de Classificação de Documentos.

A despeito de todas as realizações, o Arquivo Público deverá transpor inúmeros desafios: a expansão de bases de dados; o amplo acesso à informação integrando-o às redes virtuais; o restauro e a digitalização em larga escala; o tratamento arquivístico de documentos em formato digital; a orientação técnica a órgãos do Poder Executivo, às Prefeituras e Câmaras Municipais; além da oferta renovada de serviços educativos e culturais, com a finalidade de assegurar a aproximação com as instituições educacionais e o público em geral.

Um passo importante que contribuirá para superar parte dos desafios apontados se concretizou em dezembro de 2014, com a institucionalização no âmbito da Secretaria de Cultura, do Colegiado de Arquivos e Memória, representado pela sociedade civil e pelo poder público, com a finalidade de fortalecer o segmento.

Atento às demandas dos cidadãos e da administração pública, o Arquivo Público do Estado da Bahia, merece justas homenagens pela passagem dos 125 anos. O Arquivo Público reafirma o compromisso de aperfeiçoar e ampliar o acesso e a salvaguarda da memória da Bahia e do Brasil em benefício das gerações atuais e futuras.


Maria Teresa Navarro de Britto Matos

PALESTRA COM O PROFESSOR JOÃO JOSÉ REIS - REVOLTA DOS MALÊS, 180 ANOS

O Centro de Memória da Bahia, unidade da Fundação Pedro Calmon, convida a todo(a)s para a palestra acerca da Revolta dos Malês, que será ministrada pelo professor Dr. João José Reis, em 04 de fevereiro, às 17 horas, na sala Kátia Mattoso - Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

Arquivo Público do Estado da Bahia comemora 125 anos


Nesta sexta-feira (16/01/2015), o Arquivo Público do Estado da Bahia, localizado na Baixa de Quintas, em Salvador, completou 125 anos, consolidando-se enquanto segunda mais importante instituição arquivística pública do país. Em seu extenso e rico patrimônio estão custodiados documentos produzidos e acumulados no período colonial, monárquico e republicano brasileiro, que são diariamente consultados por pesquisadores de todo Brasil e de outros países. Um acervo organizado e estruturado desde 1890, quando o então governador do Estado da Bahia, Manoel Victorino Pereira, por meio de Ato, criou o Arquivo Público. Recentemente, após extensa reforma, o Arquivo teve seu telhado, forro e assoalho reestruturados, esta que foi a primeira intervenção feita no prédio desde 1980 quando se instalou no atual endereço.

O Solar da Quinta do Tanque ganhou novo telhado em toda extensão do seu pavimento superior, onde funcionam a Biblioteca, a Sala de Consulta e o Auditório, o que garantirá melhor preservação dos documentos e estrutura para realização de ações de formação, como seminários, palestras. Antes da reforma, goteiras, falhas no assoalho e no sistema elétrico prejudicavam o acesso de pesquisadores, o que foi solucionado com a um processo de requalificação que garantirá uma melhor utilização de equipamentos de microfilmagem e impressão, por exemplo. Foram investidos 2,6 milhões nesta etapa. As próximas contemplarão a rede hidráulica, pintura, reforma de janelas, banheiros e paredes, dentre outras ações, cujos projetos, já aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), após ajustes, passarão por licitação para sua execução.

Recém liberado para normalizar o atendimento ao público, após meses em reforma, Daniele Souza, estudante de doutorado e professora do Instituto Federal da Bahia (Ifba), não perdeu tempo e já retomou a pesquisa. “Como pesquiso Salvador do século 18 e as nuances do trafico de escravos, o processo de conquista de liberdade e as estratégias de sobrevivência e de luta contra a escravidão, acredito conseguir aqui 77% das informações para a elaboração da minha dissertação de mestrado e doutorado”, afirmou.

O pesquisador Urano Andrade acredita que o Arquivo Público tem um papel central, não apenas para a comunidade acadêmica, mas para toda a sociedade. “Ele é de fundamental importância, tanto para a História da Bahia como do Brasil, pois tem o maior acervo colonial e documentos de diversas ordens. A instituição é local de referência para qualquer pesquisador”, enfatizou Andrade. O Arquivo recebe, mensalmente, cerca de 500 pesquisadores, que utilizam de serviços como os da Sala de Consulta de Manuscritos e Impressos e a sala de Consulta de Microfilmes, que foram reformadas. Para o advogado Luiz Walter Coelho Filho, que frequenta a instituição há 15 anos, o Arquivo é um espaço indispensável para o trabalho do pesquisador. “Aqui se tem uma base de dados muito importante e uma organização, com pessoas comprometidas que atendem muito bem o público. Fico feliz com a reforma do telhado e das instalações, e parabenizo as pessoas que fizeram essa instituição no passado e também as que trabalham no presente”, elogiou.

Patrimônio - No Solar da Quinta do Tanque estão custodiados importantes documentos como as Cartas Régias – 1648 a 1821 que, reunidas em 122 volumes, perfazem um quantitativo de 68.894 páginas, inscritas no Registro Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco (MOWBrasil), em 2013. Com isso, a coleção passou a ser reconhecida como patrimônio documental de grande relevância para a memória regional, nacional e internacional. Um patrimônio que engloba documentos textuais, manuscritos, além de documentos iconográficos e cartográficos, ou seja, um acervo único que remonta do período colonial, monárquico e republicano brasileiro.

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA - ATIVIDADES NORMALIZADAS

Atenção, amantes dos maços do tempo! o Arquivo Público do Estado da Bahia já está de volta aos seus corações, olhos e pulmões, na mesma casa de Quintas em que o Padre Vieira passou boa parte dos seus últimos anos.
Após a finalização das obras de restauro do telhado, forro e assoalho, o público já pode voltar a usufruir dos serviços do órgão. As intervenções qualificaram o acesso e uso de partes importantes como a Sala de Consulta de Manuscritos e Impressos e a sala de Consulta de Microfilmes.

Mais informações em: http://goo.gl/6WVXdE

De cativos a baleeiros: uma amizade indissolúvel entre dois africanos no outro lado do Atlântico (Itaparica, 1816-1886) Wellington Castellucci Junior

Cidade de Itaparica, 1884. Fonte: Coleção Gilberto Ferrez, 007, Marc Ferrez/Instituto Moreira Salles.
Este artigo aborda a trajetória de dois africanos baleeiros que viveram na Ilha de Itaparica no período oitocentista. Com base em fontes inéditas, o texto revela a chegada desses dois indivíduos à maior ilha da baía de Todos os Santos, o período de cativeiro, a conquista da liberdade e a vida de ambos como libertos. Empreendedores da baleação, esses dois africanos nagôs tornaram-se figuras proeminentes de Itaparica, sendo responsáveis pela libertação de outros cativos e pela melhoria das condições de vida de pessoas que viveram no seu círculo de amizade e de negócios.
Palavras-chave: baleação; africanidade; liberdade; religiosidade.


MESTRADO PROFISSIONAL EM HISTÓRIA

O mestrado profissional em história, que começa a ganhar espaço no Brasil, não deve ser visto como primo pobre da pós-graduação acadêmica. De volta à CH On-line, a historiadora Keila Grinberg defende que ele poderá ser um novo polo de inovação da produção em história no país.


Queria celebrar meu retorno a este espaço, depois de uma licença bem mais longa do que gostaria, com uma boa-nova, que, apesar de boa, já não é mais tão nova assim: o início, em agosto passado, das atividades do ProfHistoria – o mestrado profissional em ensino de história, ministrado em rede nacional e liderado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mesmo requentada, a comemoração vale a pena. Há dois anos e meio, em uma coluna que deu o que falar, escrevi que, dos 63 cursos de mestrado e doutorado então existentes no Brasil na área de história, havia apenas dois mestrados profissionais, nenhum dos quais dedicado à reflexão sobre o ensino da disciplina. Hoje a situação é outra – e surpreendente. Existem 69 cursos de mestrado e doutorado, dos quais nove, já incluindo o ProfHistoria, são mestrados profissionais. 
ACESSE NA ÍNTEGRA: