SER PRESO NA BAHIA NO SÉCULO XIX


De Cláudia Moraes Trindade


Sinopse

Resultante de pesquisa primorosa em arquivos, este livro apresenta uma metodologia inovadora, com interpretações sólidas, interação com a bibliografia nacional e internacional, além de grande fluência narrativa. É um trabalho em História Social do melhor nível, no qual os aspectos legal e institucional estão presentes, porém o que sobressai é a reconstrução da experiência individual e coletiva dos personagens que povoam o mundo da prisão, e não somente dos presos, no interior do qual constroem uma lógica societária e cultural própria, embora não isolada, pois as grades que separam esse universo daquele que existe do lado de fora são abertas pela historiadora para demonstrar que cárcere e sociedade estão um dentro do outro, irremediavelmente.

Um dos pontos fortes da história aqui contada é a oportunidade que os presos têm de falar sobre a vida carcerária por meio de cartas e petições às autoridades, um tipo de fonte raramente disponível. Dessa forma, às características sociológicas discutidas para o conjunto das populações carcerárias, a autora soma a voz do indivíduo e traça interessantes trajetórias de vida, que resultam numa história mais humana, às vezes tragicamente humana. Num Brasil em que a vida carcerária é um rosário de tragédias em série, esta obra esclarecedora sobre o nascimento da prisão moderna entre nós deverá servir, de alguma maneira, para entender o presente e ajudar a transformá-lo positiva mente.
JOÃO JOSÉ REIS

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A árvore da liberdade nagô: Marcos Theodoro Pimentel e sua família entre a escravidão e o pós-Abolição. Itaparica, 1834-1968



Este artigo aborda a trajetória de três gerações da família Pimentel, desde a chegada ao Brasil do africano Marcos, no final da década de 1830, até o advento da sacerdotisa Ondina Valéria Pimentel, quarta líder espiritual do candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, no ano de 1968. O uso de variada documentação existente nos arquivos nacionais e internacionais permitiu compor a genealogia de uma família que permaneceu unida durante toda a segunda metade do século XIX e até as últimas décadas do século XX, sendo Marcos o responsável pela fundação do culto de tradição nagô aos egunguns na Ilha de Itaparica. O artigo também aborda os enfrentamentos judiciais de Marcos para defender os interesses de seus aliados e a relação entre ele e seus filhos.
Palavras-chave: escravidão; família; liberdade.
ACESSE: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-01882018005004108&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt  

FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DO PELOURINHO



[8/08] A Flipelô - Festa Literária Internacional do Pelourinho abre a sua programação no Teatro Sesc Senac Pelourinho com a mesa de debate “ESCRAVIDÃO E LIBERDADE” com as presenças de:
*Lilia Schwarcz (SP) - professora do Departamento de Antropologia da USP;
*João José Reis (BA) - escritor e historiador, considerado uma referência mundial para o estudo da história e da escravidão no século XIX;
*Wlamyra Albuquerque (BA) - doutora em História Social da Cultura pela Universidade Estadual de Campinas, além de orientadora de pesquisas sobre emancipação, abolição, racialização e pós-abolição no Brasil

A programação começa às 18h e além da mesa de debate, haverá o lançamento do livro “Dicionário da escravidão e liberdade”, que traz Lilia Schwarcz e Flávio Gomes como organizadores.

Confira a programação completa: www.flipelo.com.br

ABERTURA DE EDITAL PARA PUBLICAÇÃO DE LIVROS ACADÊMICOS


I COLÓQUIO RELIGIÕES E RELIGIOSIDADES NO MUNDO ATLÂNTICO



Inscrições abertas para o I Colóquio Religiões e Religiosidades no Mundo Atlântico
Auditório do CAHL, dias 7 e 8 de agosto.


PALESTRA: A JORNADA DA LOBA


A Questão Negra, a Fundação Ford e a Guerra Fria (1950-1970)



Capítulo 1: A Fundação Ford e Departamento de Estado Norte-Americano: a montagem de um modelo de operações no pós-guerra

I. Os primeiros tempos da Fundação Ford
II. II. O Relatório Gaither, a boa vida e as ciências sociais
III. III. A Fundação Ford e o Departamento de Estado

Capítulo 2: As agendas culturais da Guerra Fria e o “Programa Ideológico”: a CIA e a Fundação Ford na atração às elites intelectuais
I. A CIA e o Programa Ideológico
II. A Fundação Ford e a proposta de atração aos intelectuais

Capítulo 3: Desenvolvimentismo e “transição democrática”: O Institute of Race Relations e os investimentos da Fundação Ford nas questões de raça
I. O Programa Comparativo de Estudos Raciais: a formação da equipe
II. O Complexo Colonial
III. Por um conceito de raça sem racismo
IV. Raça e desenvolvimento
V. Epílogo, a disputa das esquerdas

Capítulo 4: A Doutrina Moynihan: o debate sobre a raça e o negro nas conferências de 1965 da Fundação Ford e da Academia Americana de Artes e Ciências
I. A Conferência sobre Raça e Cor
II. A América Latina em Copenhague
III. A Doutrina Moynihan
IV. A reforma dos Movimentos Negros

Capítulo 5: A integração do negro na sociedade de classes: Florestan Fernandes em uma história do agendamento intelectual nos anos 1960
I. Ideias da CEPAL e a Conferência de Copenhague: a negritude e a convergência norte-americana
II. Intercâmbio EUA-América Latina: os estudos latino-americanos e a trajetória de The Negro in Brazilian Society
III. O Projeto Marginalidade
IV. Sujeitos e predicados de um agendamento intelectual

Inicialmente, pelos próximos 30 à 60 dias, apenas no site da própria editora (http://editoraprismas.com.br/ a-questao-negra-a-fundacao-ford-e-a-guerra-fria-1950-1970). Quem desejar um SEDEX, ao invés da opção do PAC, oferecida no ato da compra, poderá solicitá-lo diretamente à Prismas através do e-mail agenteeditorial4@editoraprisma s.com.br, aos cuidados de Lázaro.

Trata-se de pesquisa de fôlego, realizada ao longo de dez anos, em arquivos do Brasil e principalmente dos Estados Unidos, durante meus estudos de doutorado e pós-doutorado no Departamento de História da Universidade de São Paulo, no âmbito do seu Grupo de estudos sobre a Guerra Fria.

I SEMANA DE HISTÓRIA DA UNILAB, CAMPUS DOS MALÊS



Entre os dias 14 e 16 de agosto acontecerá no campus dos Malês a I Semana de História - "Democracia, cidadania e movimentos sociais no Brasil, no Timor-Leste e no continente africano". Estão abertas inscrições para comunicações individuais, minicursos, oficinas e para ouvintes.Teremos espaço para camping para alunos/as de outras instituições, hospedagem solidária e acesso ao RU.

As inscrições para comunicações se encerram no dia 27 de julho.
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E-mail de contato: shistoriamales@gmail.com


TEMPOS VERMELHOS: A ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA E A POLÍTICA BRASILEIRA / AS FORÇAS SECRETAS DA REVOLUÇÃO: ANTISSEMITISMO DO SIGMA NA BAHIA


IGHB, Perspectiva Acadêmica e Saga Editora
convidam para o lançamento dos livros:

TEMPOS VERMELHOS: A ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA E A POLÍTICA BRASILEIRA, de Jacira Primo:
O livro versa sobre a Aliança Nacional Libertadora (ANL) na Bahia, no primeiro Governo Vargas. Apresentando-se na cena política com caráter de frente popular e democrática, a ANL, após a promulgação da constituição de 1934, atraiu para suas fileiras diferentes grupos sociais que lutavam por garantia e ampliação de direitos sociais, configurando-se em uma agremiação de massa. Ao analisar o referido movimento, a autora traz questões importantes sobre a Bahia republicana e a política na década de 1930.

AS FORÇAS SECRETAS DA REVOLUÇÃO: ANTISSEMITISMO DO SIGMA NA BAHIA, de David Rehem:
"As forças secretas da revolução: antissemitismo do sigma na Bahia (1933 - 1937)" é um livro que trata das elaborações antissemistas na Ação Integralista Brasileira, organização de caráter fascista que teve grande influência de massas durante a década de 1930, utilizando como principais fontes os jornais baiano O Imparcial e o Diário de Notícias, além do jornal integralista A Offensiva, a revista Anauê e obras de lideranças integralistas, a exemplo de Brasilino de Carvalho aqui na Bahia.

Data: 19 de julho de 2018, às 16h
Avenida Joana Angélica, 43 - Piedade

Novo site do Centro de Documentação e Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santana


Praça João Pedreira / Feira de Santana – BA 

Car@s,

O Centro de Documentação e Pesquisa - CEDOC/UEFS está com site novo, com um sistema de busca mais elaborado com filtros pensados para facilitar a vida do pesquisador.
Estão disponíveis para consulta online os catálogos de documentos judiciais já conhecidos de Feira de Santana (Cível e Crime) e também o acervo judicial de Riachão do Jacuípe, recentemente incorporado ao acervo. 

O acervo judicial de Riachão do Jacuípe conta, até o momento, com 3.760 processos cíveis e 200 processos-crime catalogados, de 1854 a 1980, formado em sua maioria por inventários, testamentos, ações cíveis diversas, processos de homicídios, autos de defloramento, lesões e outros.

Em breve disponibilizaremos no site as imagens digitalizadas dos Livros de Notas da mesma comarca, documentação que cobre o período de 1854 a 1930. Para quem pesquisa escravidão no sertão baiano são fontes inestimáveis.

Para ter acesso aos catálogos online basta ir ao site http://www.cedoc.uefs.br/ e fazer o cadastro de pesquisador.

Grande abraço,
Elciene

O CONTEXTO HOLANDÊS-AFRICANO: AS PROVÍNCIAS UNIDAS ENTRE ÁFRICA E BRASIL, 1600-1650



1. Toby Green 

2. Cândido Eugênio Domingues de Souza 


Resumo: O século XVII foi decisivo para a formação do espaço do Atlântico meridional. Ali, guerras dinásticas e religiosas refletiram em conflitos de metrópoles europeias disputando espaços de produção e reprodução de riquezas. Esse contexto aproximou ainda mais as histórias de Brasil e África, como poderemos compreender neste texto. O alvorecer do Seis- centos viu as invasões holandesas a terra brasílicas e africanas. Isso não foi em vão. Por um lado, a guerra de independência dos Países Baixos frente à Coroa Espanhola foi expandida ao Atlântico Sul, especialmente às terras portuguesas anexadas aos domínios da União Ibérica. Por outro lado, a presença holandesa não era uma novidade, pois fora importantes financiadores na construção do parque açucareiro quinhentista e isso impulsionou o seu interesse em dominar os canaviais e os mercados de escravos. Sal- vador, sede do Governo-Geral e do Bispado da América portuguesa, foi a primeira a ser invadida em 1624 e mesmo após sua reconquista, não ficou ilesa de novos ataques e prejuízos à sua economia ao longo da primeira metade da centúria. Esse artigo objetiva analisar a forte presença das guerras luso-neerlandesas em Angola e na Bahia e suas implicações na política na África Centrocidental, região principal de produção de mão de obra para as Américas, e na crise econômica baiana especialmente no tráfico negreiro e produção açucareira. Para este último objetivo, será importante analisar os caminhos apresentados por Gaspar Freyre para enfrentar a crise provocada pela presença dos holandeses no Atlântico Sul.
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1. Professor do Departments of History and Spanish, Portuguese and Latin American Studies, King´s College London.

2. Mestre em História pela Universidade Federal da Bahia. Professor Assistente de História do Brasil, Universidade do Estado da Bahia (UNEB, DCH-IV).


ACESSE NA ÍNTEGRA: