ENSINO DE HISTÓRIA DA BAHIA: NO TEMPO DA ESCRAVIDÃO - PROFESSORA ISABEL REIS

Encontram-se abertas as inscrições para o II módulo do curso Ensino de História da Bahia, com o tema "No tempo da escravidão", que será ministrado pela professora Isabel Cristina Reis (UFRB). A atividade, organizada pelo Centro de Memória da Bahia, unidade da Fundação Pedro Calmon, é destinada a professores e estudantes de história e terá início em 04 de agosto, às 13: 30, na sala Kátia Mattoso - auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia. O curso ocorrerá sempre às terças, às 13:30h

Inscrição e maiores informações através do contato: cmb.fpc@fpc.ba.gov.br
Tel: 3117-6067

Conteúdo digital da Biblioteca Nacional resgata memórias e emociona pesquisadores


De norte a sul do País, nos grandes centros urbanos e nas localidades mais remotas de todo o mundo, internautas acessam a BNDigital para as mais variadas e curiosas finalidades. Os resultados alcançados nas pesquisas são tão satisfatórios, e muitas vezes inesperados, que motivam as pessoas a enviarem mensagens de elogio e agradecimento à Biblioteca Nacional.
De acordo com Angela Monteiro Bettencourt, coordenadora da BNDigital, até em lápide já foi gravado o resultado de uma pesquisa feita na Hemeroteca Digital. “A citação menciona a edição 15463 do jornal O Pays, de 20 de fevereiro de 1927, e está em uma sepultura do cemitério de Paquetá”, conta Angela. Frequentemente chegam e-mails com relatos de investigações genealógicas bem sucedidas, reconstituição de histórias de artistas e outros personagens esquecidos e autores que encontraram subsídios para seus livros, como é o caso de um título sobre faquirismo, que soma 300 páginas, resultante de informações pesquisadas em periódicos digitais. “Isso sem falar no sistema utilizado, definido pelos usuários como ‘espetacular’ - em termos de interface, qualidade das imagens, precisão da busca e velocidade – quando comparado a bibliotecas digitais internacionais”, acrescenta a Coordenadora.


Todo este criterioso trabalho começa no Laboratório de Digitalização, onde ocorre a primeira etapa do processo: a captura. “A partir do documento original ou do microfilme, realizamos a digitalização para gerar um arquivo máster em formato tiff de alta qualidade, com 300 ppi (pontos por polegada). A partir desse arquivo, que fica registrado em nosso centro de armazenamento de dados, são feitas as imagens derivadas, em formato PDF – no caso da digitalização de muitas páginas –, ou JPG – no caso de uma única página. Além disso, os documentos em PDF que são muito grandes e pesados são transformados em book reader (.htm), para facilitar a leitura, enquanto as imagens em formato JPG ganham uma versão feita com o programa “Dragão Marinho”, que permite a visualização online superampliada, sem a opção de download”, explica Otavio Alexandre de Oliveira, responsável pelo Laboratório.

 

A segunda etapa do processo de digitalização é o tratamento técnico. Nessa fase o objeto digital é catalogado e são criados os metadados que o descrevem. “Na BNDigital todos os conteúdos são indexados em português e em inglês. O esquema de metadados adotado é o Dublin Core, padrão internacional que envolve um conjunto de 15 elementos (Título, Criador, Assunto, Descrição, Publicador, Contribuidor, Data, Tipo, Formato, Identificador, Fonte, Idioma, Relação, Cobertura e Direitos), permitindo a cooperação com outras bibliotecas digitais de todo o mundo”, observa Angela Bettencourt.

 

Para cumprir o propósito de ampliar o acesso aos documentos digitalizados, a BNDigital mantém parcerias nacionais e internacionais com outras bibliotecas virtuais, para as quais disponibiliza o seu acervo. Essa interoperação é possível graças à adesão ao protocolo da Iniciativa dos Arquivos Abertos – Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting – OAI-PMH, que permite a transferência de dados entre repositórios digitais. “Assim, periodicamente, as instituições parceiras podem coletar arquivos de seu interesse e disponibilizá-los para seus públicos.”, conclui Angela.
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UFBA realiza palestra de lançamento do livro Brasil: Uma Biografia


A Universidade Federal da Bahia convida todos para o evento de lançamento do livro “Brasil: Uma Biografia”, de autoria das professoras Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Starling, que falarão sobre o tema da obra.
O lançamento ocorrerá no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, no próximo dia 23 de julho, a partir das 17h30 e integra o ciclo de eventos promovidos pela Reitoria da UFBA, que visa afirmar a importância da construção de pensamento como parte essencial da definição de Universidade, e, especialmente, a oportunidade de estabelecer diálogos com aqueles que têm se destacado pela capacidade de pensar o Brasil.

Aliando texto acessível e agradável, vasta documentação original e rica iconografia, “Brasil: Uma Biografia” propõe uma nova, e pouco convencional, história do Brasil. Nessa travessia de mais de quinhentos anos, Lilia Schwarcz e Heloisa Starling se debruçam não somente sobre a “grande história”, mas também sobre o cotidiano, a expressão artística e a cultura, as minorias, os ciclos econômicos e os conflitos sociais (muitas vezes subvertendo as datas e os eventos consagrados pela tradição). No fundo da cena, mantêm ainda diálogo constante com aqueles autores que, antes delas, se lançaram na difícil empreitada de tentar interpretar ou, pelo menos, entender o Brasil.
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JOÃO JOSÉ REIS X PAUL LOVEJOY: UMA "BATALHA" HISTORIOGRÁFICA


João José Reis*

Em artigo publicado no número 28 da Topoi, intitulado “Jihad na África Ocidental durantea ‘Era das Revoluções’”, Paul Lovejoy se propõe a criticar Eric Hobsbawm e Eugene Genovese por não terem incluído determinados eventos africanos em suas reflexões a respeito da Era das Revoluções e das revoltas escravas nas Américas, e na Bahia em particular. No caso de Hobsbawm, alega, inclusive, que já haveria bibliografia suficiente sobre o assunto na época em que publicou (em 1962) sua obra The Age of Revolution, 1789-1848. No seu prefá- cio, Hobsbawm, precavido, chamava a atenção que seu livro não era “narrativa detalhada”, mas uma síntese interpretativa que tinha como alvo uma espécie de “leitor ideal” que seria o “cidadão inteligente e educado”, não o especialista. Ele já previa “os inevitáveis escorços de que os especialistas lamentarão.”1 O lamento publicado na Topoi por Paul Lovejoy levou mais de 50 anos para ser feito. O interessante é que a África que este historiador tenta resgatar na crítica a Hobsbawm não se encontra totalmente ausente de The Age of Revolution, o que Lovejoy negligencia informar ao leitor de seu artigo. O tema é o mesmo, embora dentro daquele espírito de síntese anunciado e executado por Hosbsbawm. Senão, leiam:

Artigo original de Lovejoy:

Réplica de João Reis:

Tréplica de Lovejoy:



AULA PÚBLICA: DITADURA, REPRESSÃO E RESISTÊNCIA: PASSADO E PRESENTE

Confira a Aula Pública "ditadura, repressão e resistência: passado e presente", que ocorrerá no Forte do Barbalho, em 21 de julho, às 14 horas. A Atividade é uma realização dos docentes e discentes da UFBa. 

LIVROS SOBRE CANGAÇO E NORDESTE




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Pesquisas sobre personagens e conflitos históricos terão bolsas


Durante a abertura oficial da 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC), realizada em São Carlos (SP), neste domingo, 12, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, anunciou que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai lançar dois editais para dar incentivo à pesquisa histórica: um sobre biografias de personagens e outro sobre conflitos históricos.

O edital sobre biografias contemplará pesquisas sobre pessoas ou grupos significativos para a compreensão da História do Brasil republicano, em todas as áreas do conhecimento. Não serão contempladas propostas de biografias individuais de pessoas vivas.

Poderão apresentar projetos pesquisadores de instituições de ensino superior e de institutos de pesquisa brasileiros que possuam programas de pós-graduação recomendados pela Capes. As propostas poderão ser individuais ou de grupos de pesquisa. O projeto deverá atender características que contemplem a diversidade regional, de gênero e étnico-racial; apresentar cronograma de execução, e ter como objetivo final a publicação de livros e eventuais materiais complementares previstos no projeto.

Conflitos – O segundo edital anunciado tem como objetivo a promoção e o fomento de pesquisas científicas que resultem em livros que enfoquem revoltas, rebeliões populares, lutas armadas, manifestações populares, entre outros conflitos que, ao longo do período republicano da história brasileira, ajudem o entendimento da construção do Estado e da sociedade brasileira. O edital abrangerá grupos de pesquisa das áreas de ciências humanas e sociais, como antropologia, artes, ciências políticas, ciências sociais aplicadas, educação, história, literatura e linguística e sociologia.

Os grupos de pesquisa que desejarem apresentar um projeto deverão envolver mais de uma instituição de diferentes regiões brasileiras e estar vinculado a um programa de pós-graduação recomendado pela Capes. Os projetos deverão ter caráter multinstitucional e interdisciplinar, e ter como objetivo final a publicação de livros e eventuais materiais complementares previstos no projeto.

Em ambos os casos os projetos selecionados poderão financiar, com recursos da Capes, bolsas de iniciação científica, mestrado e pós doutorado no país, passagens aéreas e diárias para missões de pesquisa no Brasil, despesas com material bibliográfico, entre outras.

Assessoria de Comunicação Social. 
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MATA-MAROTO: CONFLITO E VIOLÊNCIA NA BAHIA DO PRIMEIRO REINADO


O Centro de Memória da Bahia (CMB), convida a todo(a)s para participar da palestra "Mata-maroto: conflito e violência na Bahia do Primeiro Reinado", que será ministrada pelo professor Sérgio Guerra Filho (UFRB), em 06 de julho, mês dedicado a discussão sobre o tema a Independência do Brasil na Bahia, no curso Conversando com a sua História.
Data: 06 de julho de 2015
Horário: 17 horas
Local: sala Kátia Matoso – auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia.
Contamos com sua presença!
Maiores informações e inscrição pelo contato cmb.fpc@fpc.ba.gov.br/
Tel: 3117-6067


UM PARAÍSO ESCRAVISTA NA AMÉRICA DO SUL: RAÇA E ESCRAVIDÃO SOB O OLHAR DE IMIGRANTES CONFEDERADOS NO BRASIL OITOCENTISTA


Luciana da Cruz Brito


Resumo: Durante a Guerra Civil, quando a abolição se tornou uma realidade nos Estados Unidos, os sulistas brancos se sentiram ameaçados por aquilo que chamaram de “despotismo africano”. De acordo com eles, a abolição traria uma nova ordem racial, que significaria a inversão dos códigos raciais vigentes na região sul. Esta nova ordem significaria que os afro-americanos tomariam a liderança do sul e subjugariam os sulistas brancos. A possibilidade de reconstruir suas vidas em outra sociedade escravista parecia, para os confederados derrotados, não somente a chance de continuarem a viver sob os benefícios da exploração da mão de obra escravizada, mas também de continuar a viver sob regras raciais que lhes eram familiares. Além disso, o Império do Brasil oferecia vários incentivos à aqueles que estavam dispostos à imigrar, como terras para cultivo. Assim, milhares de confederados começaram a imigrar para países para Cuba, México, Honduras, Argentina e Brasil. Entretanto, os confederados perceberam que o Brasil não seria seu novo paraíso racial. A aparente integração racial, a assimilação social “excessiva” dos negros libertos e livres, além da mistura racial fizeram os imigrantes questionarem se o Brasil poderia ser realmente seu novo lar. Através de informações disponíveis em livros, diários e especialmente cartas enviadas para seus amigos e familiares nos Estados Unidos, este artigo discutirá as impressões dos confederados sobre raça, especialmente mistura racial, e o lugar social dos libertos na sociedade escravista brasileira.
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HISTÓRIAS CONECTADAS POR MARES REVOLTOS: UMA HISTÓRIA DA CAÇA DE BALEIAS NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL (1750-1850)


Wellington Castellucci Junior

Resumo: Durante a Guerra Civil, quando a abolição se tornou uma realidade nos Estados Unidos, os sulistas brancos se sentiram ameaçados por aquilo que chamaram de “despotismo africano”. De acordo com eles, a abolição traria uma nova ordem racial, que significaria a inversão dos códigos raciais vigentes na região sul. Esta nova ordem significaria que os afro-americanos tomariam a liderança do sul e subjugariam os sulistas brancos. A possibilidade de reconstruir suas vidas em outra sociedade escravista parecia, para os confederados derrotados, não somente a chance de continuarem a viver sob os benefícios da exploração da mão de obra escravizada, mas também de continuar a viver sob regras raciais que lhes eram familiares. Além disso, o Império do Brasil oferecia vários incentivos à aqueles que estavam dispostos à imigrar, como terras para cultivo. Assim, milhares de confederados começaram a imigrar para países para Cuba, México, Honduras, Argentina e Brasil. Entretanto, os confederados perceberam que o Brasil não seria seu novo paraíso racial. A aparente integração racial, a assimilação social Dzexcessivadz dos negros libertos e livres, além da mistura racial fizeram os imigrantes questionarem se o Brasil poderia ser realmente seu novo lar. Através de informações disponíveis em livros, diários e especialmente cartas enviadas para seus amigos e familiares nos Estados Unidos, este artigo discutirá as impressões dos confederados sobre raça, especialmente mistura racial, e o lugar social dos libertos na sociedade escravista brasileira.
Palavras-chave: Imigrantes confederados - Guerra Civil - Estados Unidos

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