FONTES PARA A HISTÓRIA DOS AFRICANOS EM PERNAMBUCO IMPERIAL
EMENTA:
A produção historiográfica
sobre as experiências africanas na diáspora vem se avolumando desde a década de
1980. No Brasil, em particular, a pesquisa empírica em variadas fontes –
algumas inéditas – como os testamentos e inventários post-mortem, possibilitaram
aproximarmo-nos das expectativas e perspectivas dos africanos. Mais do que
informações sobre a vida material de libertos, testamentos e inventários são
pertinentes documentos acerca das relações sociais, medos, anseios, laços
familiares e afetivos, graus de parentescos entre livres, forros e cativos. Por
outro lado, a documentação eclesiástica, que possui uma forte tradição em
estudos de demografia e família na Europa vem sendo constantemente utilizada
pelos historiadores sociais no Brasil. Através dos registros paroquiais é
possível remontarmos também as redes de compadrio de cativos, forros e livres,
além de ser uma ótima ferramenta para perscrutarmos as nações e identidades
transétnicas que foram sendo reinventadas nas Américas. Vale ressaltar que os
estudos sobre os africanos no Brasil são intensos na região Sudeste e no estado
da Bahia. Embora Pernambuco tenha sido a terceira capital do Império a receber
grande número de pessoas da África para serem escravizadas, as pesquisas ainda
são tímidas no tocante as experiências desses indivíduos na região. Este curso
pretende, portanto, discutir como estas e outras fontes podem ser utilizadas na
reconstrução da história dos africanos na capital pernambucana na segunda
metade do Império.
III Simposio Internacional de Estudios Inquisitoriales: nuevas fronteras
Apresentação
Este Simpósio se propõe
empreender um renovado caminho de interpretação do fenômeno inquisitorial. A
intenção é ampliar os espaços geográficos da investigação sobre a Inquisição;
desenhar novas fronteiras e definir as diretrizes do diálogo entre centro e periferia
e, ao mesmo tempo, entre periferia e os centros que elaboraram e criaram o
discurso inquisitorial. O desafio é desenvolver uma análise global de uma
instituição que influenciou enormemente a vida das sociedades onde se
implantou, mas que também se viu afetada por muitos elementos das realidades
dentro das quais se foi difundindo, obrigada a negociações múltiplas, seja nos
espaços peninsulares, seja nas regiões extra europeias.
Madri, Roma e Lisboa foram
centros diretores de uma instituição com uma anterioridade (tardo-medieval),
mas onde as novas fronteiras religiosas, geográficas, políticas e culturais do
século XV em diante impuseram desafios que conduziram à sua reinvenção
constante. A expansão da Inquisição a partir de 1478 não é meramente geográfica
e de controle do território, mas também de ampliação jurisdicional. A
multiplicação das sedes dos tribunais por três continentes, que incrementou o
número de centros inquisitoriais, é concomitante com uma ampliação da
vigilância do Santo Ofício sobre os horizontes comportamentais das sociedades.
Este Simpósio será um
território aberto para uma investigação historiográfica capaz de assumir o
desafio de abrir novas fronteiras na forma de estudar e de interpretar a
Inquisição. A fonte inquisitorial será assim utilizada como subsídio para
penetrar sociedades e tempos. O novo desafio é conseguir compreender a
(re)invenção das sociedades através do fenômeno inquisitorial, desde como se
assume e percebe um assunto tão estritamente ibérico como o da limpeza de
sangue até como se concebe o papel evangelizador das sociedades católicas
dentro e fora do mundo cristão. Trata-se de examinar como a criação de novos
centros inquisitoriais reconfigura e reformula a periferia dos comportamentos
humanos em sua reprodução social.
ENCRUZILHADAS DA LIBERDADE
UM ESTUDO SOBRE A VIDA DOS ESCRAVOS APÓS A ABOLIÇÃO
NO BRASIL
Saber qual o destino dos ex-escravos, o que fizeram
e o que pensavam sobre a liberdade após o fim da escravidão é o grande desafio
deste livro. Cruzando vários tipos de fontes históricas, o autor reconstrói as
histórias de vida de ex-escravos que moravam em grandes fazendas açucareiras do
Recôncavo Baiano. A intenção é perceber como as experiências da escravidão
foram refletidas no cotidiano dos ex-escravos após a abolição, norteando
culturas, escolhas e projetos de liberdade.
• Livro de referência para a área de História.
• A primeira edição, da Editora Unicamp, estava
esgotada desde 2006 e sempre foi muito procurada.
• Recebeu o Prêmio Clarence H. Haring (2006-2011)
de melhor livro historiográfico da América.
• Walter Fraga é professor da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia (UFRB). Recebeu o Prêmio Jabuti 2010 de melhor livro
paradidático, com Uma história da cultura afro-brasileira.
ACESSE: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/8107633?PAC_ID=126174
Palestra: Dr. Durval Muniz de Albuquerque Júnior
Prezado(a)s
A Fundação Pedro Calmon, através do Centro de
Memória da Bahia, convida para a palestra “A Feira dos Mitos: a fabricação do
folclore e da cultura popular nordestinos”, que será proferida pelo professor
Dr. Durval Muniz de Albuquerque Júnior (UFRN) e debatida pela professora Drª
Lígia Bellini (UFBA) em 01 de outubro de 2014, às 18 horas, na sala Katia
Mattoso – auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia.
Durval Muniz de Albuquerque Júnior é doutor em
História Social pela Unicamp, com pós-doutorado pela Universidade de Barcelona.
Autor de diversos livros, dentre eles, A Invenção do Nordeste, História: a arte
de inventar o passado, O Morto Vestido para um Ato Inaugural: procedimentos e
práticas dos estudos de folclore e de cultura popular, A Feira dos Mitos: a
fabricação do folclore e da cultura popular (Nordeste, 1920-1950). Atualmente
atua como professor titular na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Ligia
Bellini é doutora em História pela Universidade de Essex, Reino Unido, com
pós-doutorado pela Universidade de Londres. Autora de A coisa obscura: mulher,
sodomia e Inquisição no Brasil colonial, e co-organizadora de Formas de crer:
ensaios de história religiosa do mundo luso-afro-brasileiro, séculos XIV-XXI e
Tecendo histórias: espaço, política e identidade. Atualmente é professora da
Universidade Federal da Bahia.
Atenciosamente,
Centro de Memória da Bahia
Fundação Pedro Calmon - Centro de Memória e Arquivo
Público da Bahia
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Governo do Estado da Bahia
55-71-3117-6067
I SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DE COLEÇÕES
A área da história de coleções
encontra-se em franco desenvolvimento, tendo nos últimos anos vindo a público
numerosos estudos, teses e artigos, quer em Portugal quer a nível
internacional. A maior parte destes trabalhos fazem uso de abordagens cruzadas e
interdisciplinares.
Com uma autonomia relativamente
recente, a história de coleções não só ilumina a história das disciplinas
representadas nas coleções como também a investigação contemporânea nas
próprias disciplinas aí representadas, bem como os processos científicos
associados à recolha e documentação; o trânsito de conhecimento e objetos entre
pessoas, instituições e países; o comércio e
as trocas comerciais e, mais geralmente, a história política e social,
nas suas múltiplas vertentes.
Dada a importância e
transversalidade da área, bem como a necessidade de a aprofundar e estruturar,
o Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa
organiza, a partir deste ano e com edição anual, o Seminário de História de
Coleções (SHC).
Com data marcada nos dias 19,
20 e 21 de novembro de 2014, o SHC1 é dedicado às coleções científicas do
próprio MUHNAC, herdeiras de perto de 400 anos de estudo das ciências em
Portugal e reveladoras das práticas e discursos produzidos nas instituições ancoradas
no espaço da antiga colina da Cotovia: o Colégio jesuíta da Cotovia (1619), o
Colégio dos Nobres (1761), a Escola Politécnica (1837) e a Faculdade de
Ciências (1911).
INSCRIÇÕES:
De 21 de julho a 14 de novembro
Regular: 30 euros
Estudantes: 20 euros
MUHNAC e ULisboa: gratuito
Pagamento por transferência
bancária para: Universidade de Lisboa (MUHNAC) / CGD NIB 0035 0824
0001020073037
Para confirmação da inscrição,
envie o nome, instituição, comprovativo de pagamento, comprovativo de estudante
(se aplicável) e NIF para recibo para: dfelismino@museus.ul.pt
ACESSE: Inscrições
ELEIÇÕES DOS COLEGIADOS SETORIAIS DE CULTURA DA BAHIA - 2014
INFORMATIVO ESPECIAL
De acordo com a Lei Orgânica de
Cultura do Estado da Bahia nº 12.365, de 30 de novembro de 2011 que dispõe
sobre a Política Estadual de Cultura e
institui o Sistema Estadual de Cultura do Estado da Bahia, esta previsto a
criação dos Colegiados Setoriais de Cultura da Bahia que representarão diversos
segmentos de cultura junto a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia/Governo
do Estado da Bahia.
O que é um Colegiado Setorial?
Colegiado Setorial é um grupo
de pessoas que representam um setor diante da sociedade e do poder público.
Qual o papel dos Colegiados?
Os colegiados terão o papel de
orientar e respaldar decisões políticas voltadas a cada área/segmento, atuando
como instâncias de consulta, participação e controle social das ações
promovidas pelos órgãos do governo.
O que significa participar do
Colegiado Setorial de Arquivos e Memória
Esta será a primeira eleição
para este Colegiado podendo, de forma legitima, participar das decisões
relacionadas a Arquivos e Memória no âmbito do Governo Estadual.
Efetivando a criação do
Colegiado do segmento os eleitos serão responsável, também, pela criação de seu
regimento (Conheça a atuação de Colegiados efetivados por meio do seguinte
blog: http://colegiadossetoriais.blogspot.com.br/
Composição dos Colegiados
Cada colegiado será
individualmente integrado por nove membros, sendo três do Poder Público,
indicados pelo Secretário de Cultura, e seis da sociedade civil eleitos através
deste processo participativo e democrático. Todos terão seus devidos suplentes.
Os integrantes serão designados para mandato de dois anos (biênio de 2015 e
2016).
Como e quando serão as eleições
Para participar das eleições
dos Colegiados Setoriais de Cultura da Bahia, como eleitor ou como candidato, é
necessário efetuar um cadastrado na plataforma eleitoral
(http://cultura.plataformavirtualdevotacao.com.br/SelecaoSetorial.aspx) até o
dia 20 de setembro de 2014.
As eleições ocorrerão, também
através de sistema online, entre os dias 03 de outubro a 03 de novembro de
2014.
Observações importantes
Para garantir a legitimidade do
colegiado precisamos ter, no mínimo, 30 (trinta) cadastros válidos como
eleitores, sendo o mínimo de 12 (doze) candidatos.
Nenhum funcionário público
(administração pública federal, estadual, distrital ou municipal) detentor de
cargo comissionado poderá se cadastrar como eleitor e/ou candidato.
Funcionários (servidores
efetivos, cargos comissionados e REDA) da Secretaria de Cultura do Estado da
Bahia ou de suas unidades, também não podem se cadastrar como eleitor e/ou
candidato.
Para se cadastrar é necessário
que o interessado tenha no mínimo 18 anos, residir no Estado da Bahia e atuar
no segmento ao qual esta se cadastrando.
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