Resumo da palestra:
Nesse diálogo, trago
contribuições quanto a algumas das principais preocupações de historiadores que
lidam com fontes orais. Entre elas tenho acentuado complexas utilizações de
dimensões da oralidade e da memória. O destaque a questões teóricas que emergem
ao trabalharmos com a linguagem oral remete a imperiosa peculiaridade do
suporte de pesquisa então rastreado. Contudo, não se trata de uma generalização
do conceito, mas sim de múltiplas apropriações da oralidade denunciadoras de
memórias, ou de memórias materializadas na voz. Essas memórias orais
rastreadas em pesquisa de História Oral conformam-se segundo diversas
espacialidades e temporalidades. Certamente o tempo/espaço da entrevista e o
espaço/tempo dos eventos narrados sejam as mais evidentes. Mas não exclusivos.
Mostra-se fundamental atentar para o tempo da construção de territorialidades
vivenciadas como índices espaço-temporais das temáticas estudadas, o
tempo/espaço social de definição do que deve lembrado e aquilo que precisa ser
esquecido e de inusitados tempos verbais da memória: inesperados passados, futuros,
presentes.
Atenciosamente,
Centro de Memória da Bahia
Fundação Pedro Calmon - Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Governo do Estado da Bahia
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