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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Centro de Estudos Afro-Orientais
Programa Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos
Mestrado e Doutorado
Linha de Pesquisa em Estudos Étnicos do Programa Multidisciplinas de Estudos Étnicos e Africanos- PÓSAFRO.
Curso: Fundamentos da Pesquisa Antropológica.
Prof. Dr. Cláudio Luiz Pereira.
ACESSE:www.posafro.ufba.br
Família de Thales de Azevedo doa acervo pessoal para FPC
A Biblioteca Pública Thales de Azevedo, no bairro Costa Azul, ganhará no dia 26 de agosto o acervo particular do seu patrono. A doação será realizada pela família de um dos nomes de referência das Ciências Sociais Brasileiras à Fundação Pedro Calmon (FPC)/Secult. Denominada Coleção Thales de Azevedo, o acervo bibliográfico e documental representa a importância da preservação da integridade e identidade da obra literária do autor.
O Acervo Thales Azevedo é composto de três blocos de materiais: as obras publicadas, o acervo documental e a biblioteca pessoal do autor. A Obra Publicada reúne livros e artigos de Thales de Azevedo, em um conjunto de 30 livros, mais de 300 artigos especializados e aproximadamente 1.500 artigos de jornais. O Acervo Documental é formado por notas do autor, textos não publicados; documentos pessoais, como atestados e diplomas, diários e agendas; correspondência; documentos de terceiros, informações sobre associações e instituições, encontros e congressos; fotos. A Biblioteca de Consulta é composta de alguns milhares de itens (estimativa de 8 mil), entre livros, pequenas publicações avulsas, números de periódicos especializados e outros impressos, comprados ou ganhos pelo pesquisador e usados para leitura e consulta. Esta coleção conte publicações brasileiras e estrangeiras que datam da década de 1920 até mais de 1990.
“Essas publicações contribuem para o conhecimento do que se leu e pensou no Brasil sobre as ciências sociais e a vida brasileira, no referido período, bem como de influências do exterior na produção brasileira e dos ciclos temáticos que pontuaram aquela época”, assinala Maria Brandão Azevedo, filha de Thales de Azevedo.
Além da inauguração do setor que abrigará a coleção, o evento, a partir das 14h30, contará com o Seminário A Bahia segundo Thales de Azevedo, com a participação do diretor-geral da FPC, Ubiratan Castro de Araújo, do prof. da UFBA, Paulo Ormindo Azevedo, com o tema As duas histórias da cidade do Salvador e do historiador, João José Reis, com o tema Thales, historiador do cotidiano. Para encerrar a atividade haverá o lançamento da edição comemorativa do livro Povoamento da Cidade do Salvador, que foi publicado pela primeira vez em 1949.
Ao longo da sua vida, Thales de Azevedo se ocupou de variados assuntos, destacando-se nos temas: medicina, história social, relações raciais, imigração, catolicismo popular, relações Estado - Igreja, caráter nacional, ideologia, cotidiano, entre outros. “Com a doação do seu acervo, todo esse leque de conhecimento fica a disposição de estudantes, pesquisadores, professores, historiadores e o público em geral que desejem se aprofundar nas ciências humanas e sociais”, ressalta o historiador Ubiratan Castro de Araújo.
Os palestrantes:
Paulo Ormindo David de Azevedo possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia e doutorado em Perfezionamento Per Lo Studio Dei Monumenti pela Università degli studi di Roma Tre. Atualmente é professor titular da UFBA.
João José Reis é Doutor em História pela University of Minnesota, Professor Titular do Departamento de História da Universidade Federal da Bahia e autor de livros premiados como A morte é uma festa, Negociação e Conflito: A Resistência Negra no Brasil Escravista, e o mais recente Domingos Sodré – Um sacerdote africano.
Biblioteca Pública Thales de Azevedo - Localizada próxima ao Parque Costa Azul, a Biblioteca Thales de Azevedo atende a crianças, jovem e adulto nos setores infantil, periódicos, pesquisa e empréstimos, além de um centro de referência da cultura norte-americana, através de uma parceria com o Consulado dos Estados Unidos. Cerca de vinte mil obras compõem o acervo da biblioteca, que também promove, diariamente, variadas atividades culturais gratuitas para todos. São oficinas, palestras, exposições e contação de histórias, de segunda a sexta, das 9h às 17h. Rua Adelaide Fernandes da Costa, s/n, Costa Azul. Tel.: 3116-5891 /5895
SERVIÇO
O quê: Seminário A Bahia segundo Thales de Azevedo
Onde: Biblioteca Pública Thales de Azevedo (Rua Adelaide Fernandes da Costa,s/n –Costa Azul)
Quando: Dia 26 de agosto (quarta-feira), às 14h30.
Entrada: Gratuita
Informações: (71) 3116 -5895 / 3116-5891
Mais informações:ASCOM Fundação Pedro Calmon: (71) 3116-6918 / 6676
Segundo a publicação, apesar dos avanços feitos pelo governo brasileiro nos últimos anos, "a mão-de-obra escrava continua sendo usada no país para desmatar a Amazônia, preparar a terra para a criação do gado e em atividades ligadas a agricultura em áreas rurais".
A análise faz parte do livro Forced Labor: Coercion and Exploitation in the Private Economy ("Trabalho Forçado: Coerção e Exploração na Economia Privada", em tradução livre), que será lançado pela OIT no próximo domingo (23), quando se comemora o dia mundial em memória do tráfico de escravos e da abolição da escravatura.
A obra apresenta uma série de estudos de caso sobre formas de escravidão modernas na América Latina, Ásia, África e Europa e traz um capítulo específico, de 15 páginas, sobre o Brasil.
De Rondônia ao Maranhão - Com base na análise de dados e estatísticas do governo brasileiro e da Comissão Pastoral da Terra, a OIT constata que a correlação mais evidente se verifica no sul e sudeste do Estado do Pará que, entre 2000 e 2004, registrou quase a metade das operações do governo para libertar os trabalhadores escravos. No mesmo período, o Estado contribuiu com 38,5% do desmatamento total do país e registrou 44,12% dos crimes ligados a terra, indica a OIT.
Os dados analisados também demonstram que o trabalho escravo vem sendo utilizado para aumentar a produção agrícola e para o preparo das áreas desmatadas que serão transformadas em pastos.
"De fato, as propriedades rurais que usam o trabalho escravo estão concentradas exatamente numa faixa de terra onde foram abertas clareiras, que vai de Rondônia ao Maranhão", afirma à BBC Brasil Roger Plant, diretor do programa contra trabalho forçado da OIT.
"A correlação entre o trabalho escravo e os desmatamentos no Brasil é uma das conclusões interessantes desse estudo", diz.
Intimidação - A Organização cita um estudo publicado pelo Banco Mundial em 2003 (Causas do desmatamento na Amazônia brasileira) que indicou que a expansão da pecuária foi responsável por 75% das áreas desmatadas no Brasil.
"Para aumentar a produtividade, os desmatamentos são feitos com mão-de-obra barata e, muitas vezes, com recurso a trabalhadores escravos, que preparam a terra para permitir investimentos mais rentáveis", explica no texto o autor do capítulo dedicado ao Brasil, Leonardo Sakamoto.
Segundo a OIT, a principal forma utilizada no Brasil para submeter os trabalhadores a formas de trabalho forçado é a intimidação por dívidas. Essa prática se verifica não somente no Brasil, mas também em outros países do mundo.
Na maioria das vezes, as vítimas são recrutadas em zonas muitos pobres, no nordeste e norte do país, pelos chamados 'gatos', que trabalham para os proprietários rurais e que atraem os candidatos com ofertas muitas vezes enganosas.
Nos casos mais frequentes, os gatos prometem arcar com despesas de transporte e acomodação ou incitam os trabalhadores a pedir adiantamentos de salários que serão cobrados mais tarde.
"Os trabalhadores entram, então, em um círculo vicioso e são obrigados a abrir mão dos salários para pagar as dívidas" explica Plant.
Os dados analisados pela OIT indicam que a maioria das vítimas são originárias dos Estados de Tocantins, Maranhão, Pará, Bahia e Piauí, "regiões pobres, com altas taxas de desemprego e baixo índice de desenvolvimento humano, o que torna essas pessoas extremamente vulneráveis", comenta o diretor do programa de luta contra o trabalho escravo da organização.
O Programa de Pós-graduação em História (Mestrado) da Universidade Federal de Ouro Preto torna pública a abertura das inscrições para o processo seletivo de 2010. Área de concentração: Estado, Região e Sociedade; Linhas de pesquisa: 1) Sociedade, Poder e Região, 2) Estado, Identidade e Região. Veja detalhes: www.ichs.ufop.br/pgh/
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De acordo com a pesquisa, os tipos de preconceito que apresentaram maior abrangência são aqueles relacionados a pessoas com necessidades especiais (96,5%), seguido por diferenças étnico-raciais (94,2%), e aqueles relativos a diferenças de gênero (93,5%). Além disso, assim como o preconceito, percebeu-se entre todos os públicos-alvo da pesquisa uma predisposição em manter menor proximidade em relação a determinados grupos sociais, como homossexuais, pessoas com necessidades especiais de natureza mental e ciganos.
Cláudia Vianna, professora da Faculdade de Educação da USP que pesquisa as relações de gênero e sexualidade na educação, explica que o preconceito é uma disposição afetiva que pode ou não se transformar em um ato de discriminação. Só que, no Brasil, muitas vezes o preconceito não chega a ser explicitado, ou mesmo entendido como tal. Uma das razões para tanto está no estereótipo disseminado do brasileiro brincalhão. Ofensas sobre a cor de pele ou a orientação sexual, por exemplo, são entendidas apenas como traço típico de uma personalidade nacional. "Mas certamente existe", adverte Cláudia.
ACESSE TEXTO NA ÍNTEGRA:Carlos Francisco da Silva Jr.
Mestrando em História
pela Universidade Federal da Bahia
Daniele Santos de Souza
Mestranda em História
pela Universidade Federal da Bahia
Coordenação:
João José Reis
Universidade Federal da Bahia
Pós-doutor em História
pela Universidade de Londres, Inglaterra
data e horário:
sexta-feira
21 de agosto de 2009
16:00h
A aula “A Revista do DESC (1967-1968)” será “uma síntese de cada um dos dois números da Revista Porto de Todos os Santos. A revista n.º 2 tornou-se uma raridade, pois com o Ato Institucional n.º 5 ela foi toda recolhida”, resume o palestrante, referindo-se ao quinto decreto emitido durante o regime militar brasileiro. Considerado o mais abrangente e autoritário de todos os outros atos institucionais, o AI-5 entrou em vigor no dia 13 de dezembro de 1968.
O DESC foi criado pelo prof. Anísio Teixeira e teve como primeiro presidente o médico e intelectual Heron de Alencar, idealizador da página cultural do jornal A Tarde. Atualmente, as duas publicações da revista são consideradas raridades. “Na ocasião, o prof.º Luís Henrique Dias Tavares doará ao Centro de Memória dois exemplares deste documento raro da história da Bahia”, ressalta a diretora do Centro de Memória, Consuelo Novais Sampaio.
Pós-doutor pela University College of London (1985), Luís Henrique Dias Tavares é professor emérito da Universidade Federal da Bahia e orientador no Doutorado em Educação da Faculdade de Educação da UFBA. Tavares é também autor de vários livros e artigos. Dentre as publicações, destacam-se: Da Sedição de 1798 à Revolta de 1824 (2003); O primeiro século do Brasil (1999); Comércio proibido de escravos (1988); e História da Bahia (1959). Durante a década de 60, Tavares foi também diretor do Arquivo Público da Bahia.
Curso - Com aulas gratuitas ministradas por importantes historiadores e pesquisadores, o curso Conversando com sua História, promovido desde 2002, pelo Centro de Memória, unidade da Fundação Pedro Calmon/Secult, tem como objetivo promover a História da Bahia e se estende até o mês de outubro, sempre às terças-feiras. Entre os próximos temas que serão debatidos estão: o trabalho visual de Pierre Verger, o pensamento de Nina Rodrigues, a política de J.J. Seabra e Rui Barbosa, entre outros.
Fonte: www.cultura.ba.gov.br
Hoje Castro faz um ritmo da nossa raiz africana absolutamente musical. O samba foi trazido da África por escravos que, para esquecerem dos seus maltratos que sofriam durante o dia pelos seus senhores, faziam suas festas e seus ritos nas noites da senzala.
“Só vou para casa quando o dia clarear
eu sou do samba pois o samba me criou…”.
Os negros nos deixaram uma vasta cultura que até hoje vem gente do mundo todo beber dessa fonte, como, por exemplo, Pierre Verger. Assim que aportou em Salvador, apaixonou-se e ficou, virando até Ogan de casa de santo.
Mariene de Castro faz do samba, que é o mais típico ritmo brasileiro, sua arte com tanta dedicação que chega a emocionar. Ela tem uma forte ligação com o candomblé, pois é filha de santo e aproveita dessa benção para fazer uma forte ligação com o samba, que também não se separa muito dessa religião maravilhosa.
Uma observação: esse samba que eu falo no texto é o samba de roda, que é diferente do samba paulista e carioca, mas que deu, dá e dará sustentação e base a esses samba da atualidade e do futuro!
SAMBA DE RODA
Samba de roda é uma variante musical mais primitiva do samba, originário do estado brasileiro da Bahia, provavelmente do século XIX. É um estilo musical tradicional afro-brasileiro, associado a uma dança, que por sua vez está associada à capoeira. É tocado por um conjunto de pandeiro, atabaque, berimbau, viola e chocalho, acompanhado por canto e palmas. Mariene começou sua carreira profissional como vocal de apoio para Timbalada, Carlinhos Brown e Márcia Freire. Certo dia, um amigo de sua mãe, Vicente Sarno, conseguiu uma data para ela no projeto Pelourinho Dia e Noite. Foi seu primeiro show, em dezembro de 1996. No dia do show, dois produtores franceses procuraram-na, dizendo que estavam atrás de uma artista emergente. Então Mariene seguiu para a França, onde realizou vários shows que foram bem recebidos pela crítica local. Quando voltou ao Brasil, no entanto, demorou sete anos para conseguir gravar o seu primeiro álbum, Abre Caminho. O álbum ganhou o prêmio TIM de melhor disco regional.
Fonte: site de Mariene de Castro, Wikipédia: www.overmundo.com.br