O PROJETO
Acreditamos
que as fotografias de Fortier têm um grande valor histórico pois muitas vezes o
fotógrafo se preocupava em mostrar a África do Oeste de forma documental. Mas
para que essas imagens possam ser consideradas documentos históricos é
importante entender o contexto em que foram feitas. Para isso, saber que outras
fotografias fazem parte do conjunto onde está presente uma determinada imagem
também nos ajuda a entender qual a lógica do fotógrafo na organização de seu
material.
A
imensidão e a complexidade da obra de Fortier tornam-na de difícil decifração.
Até hoje não se sabe o total de clichês de autoria do fotógrafo que, como
dissemos, beiraria 4.500 imagens. Elas foram publicadas no formato
cartão-postal em diversas séries e subséries com características distintas, o
que permite certos arranjos.
Organizamos
com critérios cronológicos as séries por ele editadas e produzimos tabelas para
identificar as primeiras edições das imagens que aparecem em séries diversas.
Essa
“memória visual”, impressa em frágeis pedaços de papel estampados – é
importante informar que até hoje não foi encontrado nenhum negativo de autoria
de Fortier – estava dispersa pelo mundo, ou seja, já não existia enquanto obra
completa de um fotógrafo. Esse foi o motivo que nos fez decidir recriar, pouco
a pouco, por meio de aquisições na internet, o conjunto de suas publicações de
cartões-postais. Agora a coleção está reunida pela primeira vez e os originais
se encontram no Acervo África, em São Paulo, Brasil. Nosso intuito é fazer conhecer
o imenso legado de Edmond Fortier de forma organizada, por meio da publicação
de livros, websites e exposições.
ACESSE: https://edmondfortier.org.br/