JANE LANDERS: FONTES PARA O ESTUDO DA ESCRAVIDÃO AFRICANA NO ATLÂNTICO, XV-XIX


MANIFESTAÇÃO DA ANPUH – BA SOBRE O ATRASO DAS OBRAS E O NÃO FUNCIONAMENTO DO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA - APEB



A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA – SEÇÃO BAHIA (ANPUH/BA) recebeu com grande preocupação a notícia sobre a prorrogação do prazo de finalização das Obras do APEB. A ANPUH/BA reconhece a importância das obras na busca por melhor tratamento da memória histórica brasileira.

A ANPUH/BA identifica que a APEB se constitui em espaço estratégico de formação e exercício profissional dos historiadores, sobretudo da Bahia. Nesse sentido, os historiadores reconhecem a APEB não apenas como um patrimônio dos baianos, mas o principal centro de memória histórica da Bahia e um dos principais do país. Pela importância da documentação e das atuais pesquisas sobre a História da Bahia e do Brasil, consideramos a questão grave e preocupa-nos os impactos causados aos profissionais da História quanto ao não acesso às fontes históricas. 

Por essa razão, muitas pesquisas acadêmicas encontram-se prejudicadas pelas dificuldades enfrentadas por pesquisadores (as) que necessitam da consulta à documentação para desenvolvimento de seus estudos. Desta forma, apelamos para a Fundação Pedro Calmon, mantenedora do APEB, no sentido de envidar esforços para acelerar o cronograma das obras e abrir, o mais rapidamente possível, as consultas às fontes históricas.

Por fim, solicitamos à Fundação Pedro Calmon, uma resposta concreta aos problemas causados pela execução das obras e nos colocamos a disposição para ampliar o diálogo entre a FPC e a ANPUH/BA.



ILHÉUS/BA, 25 DE NOVEMBRO DE 2019 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA – SEÇÃO BAHIA.

--
DIRETORIA GESTÃO 2018/2020

Presidente -  Denilson Lessa dos Santos (UNEB) 

Vice-Presidente - Cleide de Lima Chaves (UESB) 

Secretário Geral -  Lina Maria Brandão de Aras (UFBA) 

1ª Secretária -  Maria Sandra da Gama (UNEB) 

2ª Secretária -  Flaviane Nascimento Ribeiro (IFBA) 

1º Tesoureiro -  Laila Brichta (UESC) 

2º Tesoureiro - Henrique Sena dos Santos (UFRB

“O arquivo tem que se tornar imprescindível”



“O arquivo tem que se tornar imprescindível”diz Fernando Padula sobre os desafios na preservação de acervos documentais.

A UNESCO no Brasil, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, realizou no dia 21 de novembro o Encontro Patrimônio Documental de São Paulo. O evento tratou dos principais desafios para a preservação dos acervos documentais com a participação de representantes do Arquivo Público do Estado de São Paulo, da Biblioteca Nacional Digital, do Centro Cultural São Paulo, da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), do Departamento de Cultura da Câmara do Comércio Árabe-Brasileira, da  TV Cultura, entre outros.

“Esse é um passo fundamental na gestão dos arquivos históricos, tanto para preservação como para garantir o acesso da população a esse patrimônio. O evento contribui para avançarmos na troca de conhecimento e experiências”, destaca o coordenador de Comunicação e Informação da UNESCO no Brasil, Adauto Cândido Soares.

Fernando Padula, coordenador do Arquivo Público do Estado de São Paulo, acredita que a política de gestão documental é fundamental para preservar os arquivos, principalmente os natos digitais. “O arquivo tem que se tornar imprescindível para a administração pública”.

O coordenador da Biblioteca Nacional Digital, Joaquim Marçal, ressalta que a questão dos repositórios digitais são de extrema importância neste processo. Aponta como caminho o trabalho em redes e cita o projeto “Brasiliana” [Brasiliana Fotográfica e Brasiliana Iconográfica] desenvolvido em conjunto com o Instituto Moreira Salles, integrando outras instituições.

A imprensa, pela sua natureza fiscalizadora e informativa, é uma das grandes interessadas na utilização destes acervos, e tem a função de sensibilizar a sociedade e os poderes para a importância da preservação e ao acesso público a estes arquivos.
ACESSE A FONTE: 
http://portalimprensa.com.br/imprensa+educa/conteudo/82903/o+arquivo+tem+que+se+tornar+imprescindivel+diz+fernando+padula+sobre+os+desafios+na+preservacao+de+acervos+documentais?fbclid=IwAR12hEYRgvGAAgtLK0p0EyX6RYaV2tn9D2Qe0NWAwyA2L5b9H5ws5U8gWd4

Arquivo Público da Bahia continuará fechado até abril de 2020


Prédio está em obras desde dezembro do ano passado; intervenções pararam após serem achadas peças dos séculos XVII ao XIX.
Obras deveriam ter terminado em setembro; novo prazo é abril de 2020
(Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo CORREIO)

O Arquivo Públcio do Estado da Bahia (Apeb) vai continuar fechado para o público pelo menos até abril do ano que vem. O prédio do século XVI passa por uma terceira fase de obras desde dezembro do ano passado e a previsão era de que as intervenções fossem concluídas em nove meses - ou seja, em setembro passado.

Dois meses após o prazo ter vencido, a Fundação Pedro Calmon (FPC), instituição responsável pelo Arquivo, informou nesta quinta-feira (21) que, por conta de uma paralisação nas obras no mês de fevereiro, a nova estimativa de término é abril de 2020.

As obras foram paralisadas por ordem do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacioal (Iphan) porque, durante as escavações numa parte do terreno para a construção de um refeitório, foram encontrados fragmentos de peças que datam dos séculos XVII ao XIX.

Em março, o CORREIO mostrou, com exclusividade, as peças encontradas no terreno: foram desde cerâmicas, grilhões, moedas, cachimbos e até fragmentos de ossos.

Na época, um dos 500 pesquisadores que frequentam o Arquivo Público todo mês, Urano Andrade, falou sobre o valor histórico dos achados.

"Aquele prédio, suas paredes e cada cantinho contam histórias inimagináveis”, afirmou Urano.
Fragmentos foram achados durante escavações para construção de um refeitório
(Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo CORREIO)

O Arquivo Público da Bahia, que foi construído na antiga Quinta dos Padres - um local de repouso dos padres jesuítas até a expulsão deles, em 1759, e onde também funcionou um leprosário - é o segundo do país em volume de documentação – são 7.360,14 metros lineares de documentos –, perdendo só para o Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro.

Além dos pesquisadores, cidadãos comuns frequentam o arquivo para ter acesso a documentos como testamentos, registros civis, entre outros.

Aditivo
Segundo a Fundação Pedro Calmon, a paralisação impediu que a empresa Marsou Engenharia, responsável pela obra, ficasse impedida de trabalhar no solo "por meses".
"Isso motivou a necessidade de firmar mais um aditivo no prazo de vigência da obra, por mais 180 dias, a partir de 15 de dezembro desse ano. A estimativa de término encontra-se prevista para abril de 2020", diz a Fundação, em nota publicada em seu site.

A obra da sede do Arquivo, segundo a FPC, representa um investimento de R$ 3 milhões, que abrangem a requalificação do sistema elétrico e hidrossanitário, além da restauração do telhado, forro, assoalho, piso, escadas, janelas, portas e pintura predial externa. Prevê, também, a reforma dos toaletes, a instalação de circuito fechado de TV, de elevador de acessibilidade e monta carga.

Segundo a diretora, Teresa Matos, “trata-se de um investimento necessário para qualificar a preservação e o acesso a dois patrimônios de imensurável significado e importância – o documental e o arquitetônico”.
ACESSE A FONTE: 

CHAMADA PARA SOCORRO AO PATRIMÔNIO DOCUMENTAL SOB AMEAÇA



Os convites à apresentação de propostas anteriores em 2017 e 2018 deram uma resposta retumbante. Agora, o Prince Claus Fund, através de seu programa de Resposta de Emergência Cultural (CER) e a Whiting Foundation, anunciam uma terceira rodada da Chamada Aberta de Primeiros Socorros ao Patrimônio Documentário sob ameaça. Convidamos propostas de projetos na África, Ásia, América Latina e Caribe para salvaguardar o patrimônio documental que é agudamente ameaçado por conflitos recentes ou outros desastres, naturais ou provocados pelo homem.

O que está em jogo

Manuscritos, livros raros, arquivos, tablets, inscrições e ­­­­­­outros tipos de registros escritos às vezes são a única forma na qual o passado sobrevive. Seja em mosteiros, bibliotecas particulares ou túmulos esquecidos, eles são objetos de importância histórica e profundo significado local. Eles também são especialmente frágeis, suscetíveis ao fogo, insetos, água e umidade - e às vezes são apontados para destruição deliberada por quem tem medo de seu poder simbólico. Quando há um terremoto, uma enchente ou um ataque armado, a herança pode ser perdida para sempre.

O que estamos fazendo

Nas duas rodadas anteriores desta convocatória, o Prince Claus Fund e a Whiting Foundation apoiaram administradores de todo o mundo para evitar e minimizar a perda de patrimônio documental, financiando 26 projetos. Eles responderam a diferentes tipos de ameaças, salvaguardando urgentemente uma grande variedade de coleções e inscrições. Nas Ilhas Marshall, apoiamos o Museu Alele para digitalizar e melhorar as condições de armazenamento de um arquivo importante e ajudamos a nos preparar para as consequências das mudanças climáticas. Na Palestina, onde os manuscritos antigos da Grande Mesquita de Omari foram ameaçados pelo conflito em andamento, a equipe foi treinada na preservação e digitalização da coleção e em como realizar resgate urgente. No Equador, onde a coleção da biblioteca do mosteiro de Santo Domingo sofreu danos e umidade do terremoto, fortalecemos os esforços locais para a limpeza e preservação de emergência da coleção e a recuperação da biblioteca. E na Colômbia, financiamos a documentação visual e a divulgação de inscrições pré-hispânicas ameaçadas pela mineração ativa.

Recebemos um número impressionante de solicitações de mais de 70 países diferentes nos últimos dois anos, ilustrando uma necessidade premente de suporte. No entanto, ainda existem países que não alcançamos nos ciclos anteriores. Portanto, encorajamos vivamente os candidatos do Sudeste Asiático, Ásia Central, África Central, América do Sul e Caribe. No entanto, consideramos solicitações de toda a África, Ásia, América Latina, Caribe e Europa Oriental.

Esta terceira rodada continuará a expandir o escopo desta iniciativa e facilitar o trabalho vital de salvaguardar objetos físicos e tornar as informações que eles carregam acessíveis a um público mais amplo nas próximas gerações. Ao fazer isso, esperamos contribuir para a valorização das realizações culturais e da diversidade histórica e promover a disseminação mundial de histórias esquecidas ou ameaçadas.

Para obter detalhes sobre Elegibilidade, Critérios de Seleção e como se inscrever, consulte o documento abaixo . Para outras dúvidas, entre em contato com cer@princeclausfund.nl 

Para se inscrever, faça o download e preencha o formulário de Declaração de Necessidade abaixo . O formulário pode ser preenchido em inglês, francês ou espanhol. Envie o formulário com materiais de apoio para  cer@princeclausfund.nl 

O prazo final para inscrições é 31 de janeiro de 2020 às 17:00, horário de Amsterdã (CET) . As solicitações recebidas após o prazo não podem ser consideradas.

Observe que as propostas serão aceitas durante toda a chamada . O orçamento para esta chamada é limitado e as aplicações mais urgentes têm prioridade. Recomendamos que os candidatos não esperem até o prazo final, mas se inscrevam o mais rápido possível após o patrimônio documental ser afetado por conflitos, desastres naturais e / ou causados ​​pelo homem.­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­