ARQUIVO MUNICIPAL DE CAETITÉ

Os acervos de documentos textuais e iconográficos do Arquivo Público de Caetité remontam ao ano de 1808. Abertos à consulta pública, esses acervos são acessados por pesquisadores, visitantes, a população local e grupos de estudantes.
Compõem-se de documentos textuais legislativos (1808-1980): livros de atas eleitorais, registros contábeis, atas de sessões do Conselho de Intendência e Câmara Municipal, termos de juramento, registros de posturas municipais, termos de arrematação e fiança, alvarás e requerimentos; documentos textuais judiciários (1847-1990) dos cartórios do cível e do crime, da sede e distritais, com programa de recolhimento: escrituras de compra e venda de escravos, processos cíveis, processos criminais, testamentos, inventários, atas das sessões do júri, atas, termos e protocolos de julgamentos, livros cartoriais de nascimento, casamento, óbito, proclamas e escrituras; documentos textuais do executivo (1810-2008), com programa de recolhimento: livro de ata de criação da vila, petições, registros contábeis, termos de juramento e posse, correspondências em geral, protocolo, atas de exame para professores, educação pública, atos e decretos.

Os arquivos privados são formados por um rico acervo iconográfico, periódicos, bibliográfico e de correspondências (1845-1972) que permite reconstituir uma história social de famílias, são quase 2.500 álbuns, fotografias e expressiva coleção de cartões postais: acervo da família de Alfredo José da Silva, professor e diretor da antiga Escola Normal, prefeito em 1950, doado por seu filho, Sr. Laertes Santana Silvão; família de Durval Públio de Castro, comerciante e político local, cujo acervo foi cuidadosamente cedido por sua filha, Dona Agnalda Públio de Castro; família de Deocleciano Pires Teixeira, rico fazendeiro, negociante e chefe político da região, pai de Anísio Spínola Teixeira, intelectual da área de educação no Brasil; família de João Antonio dos Santos Gumes, escritor, redator do jornal 'A Penna', funcionário público, o acervo foi carinhosamente doado por sua filha, Dona Heloísa Gumes Portella. Os jornais (1897-2002), foram digitalizados e acham-se disponíveis à consulta e impressão: 'A Penna', 'O Arrebol', 'O Caetité', 'Lux', 'O Dever', 'Evolução', 'A Voz da Pátria', 'O Lápis', 'Do Commercio', dentre outros. Há ainda, dentre os arquivos privados, documentos textuais da Rede Ferroviária Federal (1981-1996).


Esses acervos acham-se identificados, classificados e, quase em sua totalidade, registrados em banco de dados com software de gerenciamento de documentos, que facilita o acesso presencial à pesquisa. Entre 2003 e 2005, foi organizada a documentação da Casa do Barão de Caetité. Dentre quase 8.000 documentos textuais e iconográficos (fotografias e cartões postais) de José Antonio Gomes Neto (Barão de Caetité e influente político local) e Joaquim Manoel Rodrigues Lima (médico e primeiro governador da Bahia após a proclamação da República, entre 1893-1897), encontram-se anotações e receitas médicas, contas e relações de fazendas e tropas, correspondências pessoais de familiares, correspondências do barão e baronesa de Caetité, telegramas, documentos jurídicos, livros de conta corrente (livros de razão), jornais, documentos relativos a escravos, listas de escravos.

Encontra-se em fase final de organização o acervo de quase 9.000 documentos manuscritos, álbuns, fotografias e cartões postais da Casa Natal Anísio Teixeira, gentilmente doados pela filha do educador, a Sra. Anna Christina Teixeira Monteiro de Barros (Babi Teixeira), presidente da Fundação Anísio Teixeira, e composto de: correspondências pessoais, livros de razão das fazendas e demais propriedades, correspondências políticas.

Vale aqui destacar que todos esses acervos são patrimônios públicos. A sua preservação possibilita o acesso à pesquisa em documentos originais que registram parte significativa da memória e história dessa rica região dos sertões da Bahia.