A UFBA
inicia suas atividades no Fórum Social Mundial 2018 no começo da tarde de
terça-feira, 13 de março, com uma verdadeira celebração da ciência e da cultura
produzidas na Bahia, no salão nobre da reitoria. É ali, às 14:30 horas, depois
de ter sido recepcionado na entrada do prédio pela Orquestra de Frevo e
Dobrados sob a regência do maestro Fred Dantas, que o público presente
participará da homenagem da Universidade ao casal de cientistas Zilton Andrade
e Sônia Andrade e ao artista plástico e escritor Mestre Didi, Deoscóredes
Maximiliano dos Santos, cujo centenário se celebrou em 2 de dezembro de 2017. Para quem
não sabe, Zilton Andrade, prestes a completar 92 anos, professor emérito da
UFBA e patologista reconhecido, é um dos mais importantes pesquisadores do
Brasil em doenças endêmicas, em especial esquistossomose e Chagas, é
membro da Academia Brasileira, e segue ativo, trabalhando diariamente em seu
laboratório, junto com Sonia, na Fundação Oswaldo Cruz em Salvador, a
Fiocruz-Bahia. Ela, Sonia Gumes Andrade, completará 90 anos neste ano, é também
pesquisadora respeitada, e se notabilizou principalmente com seus estudos
experimentais em doença de Chagas.
Mestre
Didi, filho único da mãe-de-santo Maria Bibiana do Espírito Santo, era, como
disse a antropóloga Juana Elbein dos Santos, sua mulher, em entrevista ao
jornalista Luís Nassif em 2014, “um sacerdote artista. Expressa, através de
criações estéticas, arraigada intimidade com seu universo existencial, onde
ancestralidade e visão-de-mundo africanas se fundem com sua experiência de vida
baiana”. A homenagem da UFBA a essa notável personagem da cultura baiana, que
recebeu em 1983 o título máximo de Obá Mobá Oni Xangô, do rei de Ketu, em Benin,
África, vai incluir a exibição de um grande boneco feito pelo artesão Jurandyr
Sobrinho a partir de desenho do artista plástico Mauritano, na parte externa da
reitoria.