O grupo
de pesquisa África Contemporânea da UNILAB tem o prazer de convidar discentes,
docentes e interessados para participar do II Seminário de Estudos Africanos,
que ocorrerá entre os dias 5 e 7 de abril de 2018, nas dependências da UNILAB
no Ceará.
A
temática do evento, ESTADO, NAÇÃO E CULTURA PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS, surge como resultado do projeto de pesquisa
coordenado pela Profa. Dra. Larissa Oliveira e Gabarra em colaboração com Prof.
Dr. Fábio Baqueiro Figueiredo (ambos
docentes da UNILAB) e Jacky Maniacky, chefe do departamento de Culture &
Societé do Museu Real da África Central da Bélgica. Contemplada no edital de
BPI da FUNCAP (2015), a proposta teve como objetivo olhar para as
independências da RDC e de Angola por meio da participação dos Bakongos,
independente da fronteira colonial que os divide, discutindo categorias como
raça, etnia, cultura e nacionalismo. Confirmaram presença os seguintes
convidados: Marissa Moorman, Marcelo Bittercourt, Jean Bosco Kakozi Kashindi,
Wasawulua Daniel, Jacky Maniacky, Paulo Lara e Cristina Pinto.
Esperamos
que os debates, por meio do 5 GTs que englobam os estudos africanos de maneira
mais ampla, durante o II Seminário de Estudos Africanos possam enriquecer as
investigações sobre o tema e ampliar a perspectiva de análise dos estudos dos
países africanos para além das fronteiras coloniais,
INSCRIÇÃO
NOS GTs (SUBMISSÃO DE RESUMOS)
Prazo
para inscrições de trabalhos nos GTs: de 24 de outubro de 2017 a 20 de janeiro
de 2018.
Envio
dos aceites dos trabalhos a ser apresentados nos GTs até 28 de fevereiro.
NORMAS
PARA APARESENTAÇÃO DOS RESUMOS
Formatação
Geral: Entre 2.400 e 5.000 caracteres com espaços, incluindo caixas de texto e
notas de rodapé, em "Word"
(extensão: .doc ou docx), formato A4 (210 x 297 mm), com orientação retrato;
Margens:
Esquerda e Inferior, 2cm. Direita e superior, 3 cm.
Entrelinhas:
1,5 em todo trabalho
SEM
NUMERAÇÃO DE PÁGINA
Título
da Comunicação: Arial, tamanho 12, em negrito, centralizado, em CAIXA ALTA.
Nome
completo do(s) autor(es): Arial, tamanho 10, à direita, em CAIXA ALTA/BAIXA.
Endereço
eletrônico: Arial, tamanho 10, à direita, logo abaixo do nome de cada autor.
Instituição
de vínculo (se couber): Arial, tamanho 10, à direita, logo abaixo do nome de
cada autor, em CAIXA ALTA/BAIXA.
Corpo
do texto: Arial 12. Parágrafo, 1cm.
GRUPOS
DE TRABALHO
GT 1 -
GÊNERO, CORPO E PODER: EXPERIÊNCIAS E ABORDAGENS NA CONSTRUÇÃO DA
DESCOLONIZAÇÃO EPISTÊMICA.
Coordenadoras:
Profª
Drª Artemisa Odila Condé Monteiro – UNILAB/Ceará
Profª
Drª Marina Pereira de Almeida Mello – UNIFESP/São Paulo
Profª
Drª Natalia Cabanilla - UNILAB/Ceará
O GT
procura abordar questões de gênero, sexualidades e ativismos na África e na diáspora,
assim como a problematização sobre o que, nos estudos acadêmicos, tem conduzido
o entendimento das questões associadas a gênero, poder e corpo. Consideramos
que a colonialidade (dos poderes, seres e saberes) tem sido construída também
desde a produção acadêmica hegemônica, que ao mesmo tempo em que reitera a
subalternidade de algumas e alguns, invisibiliza e inviabiliza a discussão nos
espaços acadêmicos. Pretendemos congregar experiências e propostas de
enfrentamento a essa realidade, pautadas pelas perspectivas decoloniais, descoloniais e pós-coloniais.
Interessa-nos, sobretudo reflexões que
sob tais parâmetros, articulem as dimensões de gênero, sexualidades,
raça, classe e nacionalidade. Esperamos discussões que ademais, priorizem as
conexões entre subjetividades, nacionalidades e racismos em perspectivas
contra-hegemônicas.
GT 2 -
RELIGIÕES NA ÁFRICA
Coordenadores:
Prof.
Dr. Itacir Marques da Luz - UNILAB/Ceará
Prof.
Dr. Marcos Dias Coelho - UNILAB/Ceará
Este
grupo de trabalho visa iniciar uma reflexão que envolva as três principais
matrizes religiosas presentes na África – a religião ancestral africana, o
islamismo e o cristianismo – e bem assim considerar as particularidades das
constituições sócio-históricas das três matrizes na contemporaneidade do
continente africano. Neste sentido, analisar o papel da religião ancestral
africana como um dos aspectos culturais que fundamenta as cosmovisões das
sociedades no continente africano constituirá o foco dos nossos trabalhos. A
partir dessa perspectiva, desejamos entender o processo de interação desta
expressão religiosa com o cristianismo e islamismo. Nos interessa ainda
comunicações que versem sobre as relações entre a ancestralidade, o islamismo e
o cristianismo durante o período colonial e as implicações políticas e sociais
desta relação. O GT contemplará também comunicações que reflitam sobre o legado
histórico das religiões africanas na diáspora.
GT 3 -
COLONIALIDADE DO SABER E AS EPISTEMOLOGIAS DO SUL: A DESCOLONIZAÇÃO DA MENTE
COMO POSSIBILIDADE EMANCIPATÓRIA
Coordenadores:
Profª
Drª. Michelle Cirne Ilges - UNILAB/Ceará
Prof.
Dr. Ricardo Ossagô de Carvalho - UNILAB/Ceará
Prof.
Dr. Vico Denis Sousa de Melo - UNILAB/Ceará
O GT
visa discutir a questão da colonialidade do saber que se impõe sobre as
sociedades periféricas, impedindo qualquer discussão que não esteja
fundamentada no pensamento eurocentrado. O aprofundamento de conhecimentos
produzidos nos contextos pós-coloniais e do chamado Sul global não-imperial,
tem a possibilidade de romper com a monocultura do saber –
eurocêntrica/eurocentrada – ainda tão presente no dia a dia das sociedades
contemporâneas, a exemplo da economia, da política, da cultura, da educação e
da religião. Portanto, o GT incentiva discussões acerca da lógica do capitalismo/colonialismo
global que perpassa nas sociedades periféricas e que influenciam sobremaneira a
produção do conhecimento, assim como das perspectivas interdisciplinares das
Epistemologias do Sul, com intuito de expor e propor possibilidades contra hegemônicas,
descoloniais e experiências e alternativas produzidas desde o Sul global
não-imperial.
GT 4 -
AFRICANIDADES E EDUCAÇÃO: SUJEITOS, LINGUAGENS E PRÁTICAS
Coordenadoras:
Profª.
Drª. Claudilene Maria da Silva – UNILAB/Bahia
Profª.
Drª. Cristina Teodoro Trinidad – UNILAB/Bahia
Profª.
Drª. Maria Cláudia Cardoso Ferreira – UNILAB/Bahia
O grupo
de trabalho objetiva reunir pesquisas acadêmicas e experiências de ensino
desenvolvidas em espaços educativos diversos, que reflitam as questões
concernentes ao tema das africanidades. Nesse sentido, serão bem-vindos os
trabalhos diretamente relacionados com a implementação da Lei 10.639/2003, ou
seja, aqueles que problematizam as formas e processos de construção das
identidades; que analisam a diferença, a diversidade e a desigualdade no acesso
e na qualidade dos serviços oferecidos; que problematizam o racismo, o
preconceito e a discriminação racial nos espaços educativos; e que evidenciem
as políticas educacionais e as práticas docentes antirracistas desenvolvidas
nesses ambientes. Com objetivo de potencializar o intercâmbio de saberes e a
troca de experiências, valorizar-se-á a abordagem interdisciplinar, o uso de
múltiplos dados e a diversidade teórica e metodológica. Desse modo, propõe-se a
oportunizar espaços de estudo e socialização de pesquisas e experiências para
professoras e professores, gestoras e gestores, pesquisadores e pesquisadoras,
bem como, outras/os profissionais inseridas/os nesses contextos.
GT 5 -
LITERATURAS E ARTES AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRAS: QUESTÕES DO PRESENTE
Coordenadoras:
Profª.
Drª. Lia Laranjeira - UNILAB/Ceará
Profª.
Drª. Luana Antunes Costa – UNILAB/Ceará
O grupo
de trabalho pretende reunir pesquisas acadêmicas, experiências na área da
educação e relatos de trabalhos artísticos no campo das literaturas e artes
africanas e afro-brasileiras contemporâneas. O GT tem o interesse de discutir
trabalhos que proponham uma abordagem multidisciplinar e que busquem refletir
sobre as questões/indagações/interesses que permeiam as produções artísticas
contemporâneas. Assim, propomos um debate que lance luz a questões da
contemporaneidade sentidas nas margens do Atlântico e do Índico, tais como: os
impactos da crise de futuro; as tensões e imbricamentos entre o urbano e o
rural; a apoteose dos gêneros e a crise da dicotomia feminino X masculino; a
figura da mulher negra na obra de arte; os diálogos entre memória, história e
esquecimento; ancestralidade no presente; afetividades e violências; o lugar
da/o artista-intelectual negra/o hoje; crise política e estratégias de
subversão; diferença e resistência, dentre outras.