BANCO DE DADOS ONLINE DE PESQUISADORES SOBRE A BAHIA


Novidade na Biblioteca Virtual Consuelo Pondé – unidade vinculada à Fundação Pedro Calmon/ Secretaria de Cultura do Estado: a seção “Quem Escreve a História”, que será lançada no dia 31 de maio. A seção será voltada para pesquisadores que elegeram a Bahia como temática de suas investigações históricas.

O espaço será de construção permanente e totalmente colaborativo, tendo como objetivo gerar um banco de dados que possibilite conhecer os pesquisadores que estão escrevendo sobre a história da Bahia, divulgar a produção historiográfica sobre estado nas mais variadas temáticas e criar um canal de comunicação com os pesquisadores e professores, tanto para inserções no site, quanto para divulgar amplamente as pesquisas.

O diretor da Biblioteca Virtual, Clíssio Santana, fala sobre o projeto: “É uma tentativa de criar um banco de dados com historiadores baianos ou historiadores que escolheram a Bahia como objetivo de pesquisa e estudo em suas diversas formas, política, cultural, sociológica. O objetivo é facilitar o contato e saber onde estes pesquisadores estão, utilizando a Biblioteca Virtual como um vetor de intermediação entre o pesquisador e a produção acadêmica”, explica.

Na seção, haverá informações como o local onde a graduação foi concluída, as áreas de interesse e links de trabalhos publicados online. O próprio historiador poderá fazer cadastro online, onde colocará suas informações profissionais e obras já publicadas. A condição principal, além de o historiador ser baiano ou escrever sobre a Bahia, é que o pesquisador já seja graduado. O cadastro passará por uma avaliação da Biblioteca.


Sistema - As bibliotecas públicas integram o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas, gerido pela Fundação Pedro Calmon – Secretaria de Cultura do Estado (FPC/SecultBA). O Sistema é composto por seis bibliotecas públicas estaduais localizadas em Salvador, sendo uma delas a Biblioteca de Extensão com duas unidades móveis, uma no município de Itaparica e uma biblioteca virtual especializada na história da Bahia (Biblioteca Virtual Consuelo Pondé). O Sistema também presta assistência técnica para mais de 450 bibliotecas municipais, comunitárias e pontos de leitura, além de cursos de capacitação para os funcionários destas unidades.

Em homenagem ao dia 25 de maio, dia da África: Algumas histórias de lá e de cá.


Há 170 anos, Antonio Godinho estava de viagem para lá.

Diz Antonio Godinho, Africano, que vivendo de negócio volante desta Cidade para os Portos de África, como se vê do incluso passaporte, necessita para continuar o seu tráfico haver outro para a viagem que de próximo tem de fazer, e como este não possa ser dado sem que se mostre corrente por esta repartição, recorre o Suplicante. Bahia, 26 de maio de 1846. Fonte: APEB, Seção Colonial, Maço: 6310.    


Informando, como ordena Vossa Excelência, o requerimento de Antonio Francisco, Africano liberto, residente em Ajudá, o qual quer transporta-se para esta Cidade, com sua mulher e filhos e uma escrava Nagô de nome Anna, pedindo para isso passaporte e a Vossa Excelência tenho a dizer que os passaportes são concedidas pela Autoridade do lugar, d’onde saem os indivíduos, que os requerem, e se naquele Porto não há quem os conceda, pode o Suplicante, como é prática, regressar com sua mulher e filhos, com o mesmo passaporte, que daqui levou, menos essa escrava de que fala, e que não pode ter a vir por legal proibição. Bahia, 24 de Novembro de 1847. (Fonte: APEB, Seção Colonial, maço: 3139-8.

De acordo com a Pesquisadora Lisa Earl Castillo, Antonio Francisco era borno e saiu da Bahia em 1836, depois da Revolta dos Malês. A casa ancestral ainda existe em Ouidah e ele tem muitos descendentes no Benim. O sobrenome da família é Chagas.

        

From invisible to digital: digitising endangered historical documents in Brazil

COURTNEY J. CAMPBELL 19 May 2016
Without documents, much of the history of the enslaved is lost. Digitisation offers a way to preserve rapidly deteriorating documents, but how does one actually set up a large-scale digitisation project?
The personal histories of enslaved and oppressed peoples are notoriously difficult to access. This is especially true of people who lived in earlier historical periods, since information on their lived experiences usually come via third parties, such as foreign travellers writing about slavery for European audiences, or by way of court cases, where their voices are only faintly heard. These sources are essential to understanding how slave societies worked, but they too often reduce the enslaved to a nameless and faceless crowd. While documents about the lives of the enslaved and free people of colour do exist, they tend to be hard to find and can often be in an advanced state of deterioration. We need these documents to create human historical narratives and to understand how individuals justified, resisted, accepted, and fought against enslavement and other forms of social oppression.

This piece considers one increasingly important method of bringing the lives of the invisible to light: the digitisation and dissemination of archival historical sources related to slavery and its afterlives. I draw upon personal experience arising from two research projects in the state of Paraíba, Brazil. The first project successfully digitised 266 ecclesiastical and secular documents stored at three institutions: the Waldemar Bispo Duarte Historical Archive; the Paraíba Historical and Geographical Institute in the coastal state capital of João Pessoa; and the Church of Our Lady of the Miracles of Saint John of the Cariri in the town of São João do Cariri in the interior of the state. The project digitised many types of documents, but the most exciting are the baptismal, marriage, and death records, which list the names and places of origin of the free, freed, and enslaved, as well as early land grants from the Portuguese government that describe the terrain in great detail.

A second project, currently underway, focuses on criminal and notarial records (such as wills, land deeds, and other documents that require official stamps and signatures), and is projected to nearly double the first project in size. All of the materials generated by both projects are made accessible via the Ecclesiastical and Secular Sources for Slave Societies (ESSSS) website, which is housed at Vanderbilt University. Both projects have been supported by the Endangered Archives Programme (EAP) of the British Library, in turn supported by Arcadia, a fund dedicated to both environmental and historical conservation.

The following remarks explain the five main steps associated with these digitisation projects, and offer practical advice for undertaking similar projects in the future.

Step one: identifying partners and securing permissions
Digitisation projects require the investment and expertise of many institutions and individuals. The first step involved entering into a partnership with ESSSS to house our digitised documents. This was done by contacting Vanderbilt University to explain how our digitised documents fit within the overall project of preserving and making available to the public documents related to slavery. Vanderbilt accepts the documents, ensures that they are hosted across several servers in several locations, and provides and updates the web interface for viewing.

While carrying out research in Paraíba, I met Solange Rocha and Vitória Lima of the Federal University of Paraíba, who were eager to co-coordinate a digitisation project. We brainstormed a list of archival institutions that might be suitable partners and we quickly came to agreements with the three institutions listed above. Once we had established verbal confirmation with each institution, we quickly sought written agreements giving permission to digitise the documents on site and make the images available online.

We carefully explained to our institutional partners both the benefits (for example, less day-to-day damage to documents by researchers in the archives and greater institutional visibility online) and risks (for example, damage done to documents during digitisation or reduced need for people to consult within the archive itself) so that they could make an informed decision before giving us permission to digitise. If an institution expressed serious doubts, we gave them time to consider the possibility and make the decision according to their institutional aims and needs. We also agreed to leave a set of digitisation equipment and provide copies of the digitised images on hard drives to each partnering institution.

Step two: applying for funding and seeking advice
I decided to apply for an EAP grant because this programme focuses on archives whose contents are endangered by environmental, infrastructural, and/or political conditions. The project archives were strong candidates because the humid environment of the north-eastern coast of Brazil and a lack of funding to conserve historical documents in the region had already left important historical documents to decay. To support the application, I recruited a number of experts to the project team, and also consulted sample grant applications from colleagues who had secured similar funding in the past.

These consultations were particularly important when it came to putting together a realistic list of equipment required for the project, including digital cameras, laptops, tripods, carrying cases, rulers, and colour charts. Without this step, we might not have thought of ball heads for tripods to allow the cameras to point downward and remote shutter releases to keep the camera from trembling (see Step four for more on the types of cameras we use). The final submission included a detailed monthly timeline and budget justifications for each proposed expense, along with letters and photographs from the archives. As with all applications, this process proved to be very time consuming.

Step three: providing specialised training and project oversight

Our project took off once funding was secured, starting with the recruitment of students, archival staff, and faculty to help with digitisation and other tasks. This expanded project team completed training regarding how to handle fragile historical documents, including information on British Library EAP guidelines for copying images and creating listing metadata (translated into Portuguese). Other issues included making effective use of cameras, controlling for light variations, adjusting white balance, and setting up tripods. As with all research projects, it also proved necessary to provide administrative support, transfer funds and manage budgets, complete interim and final reports, and communicate with partners and institutions.

Step four: overcoming unexpected challenges
All research projects encounter unexpected problems. On this occasion, a potentially major problem emerged when one of the archives, having previously agreed in writing to participate, later expressed a desire to pull out of the project. This resulted in delicate negotiations to address their concerns about document conservation and project ownership. We offered a timeline to make a final decision so that we could adjust our original plans and, maybe, find another archive with which to partner. Fortunately for the project, we were able to complete digitisation as planned. Extended negotiations were also required in relation to governmental archives, with incredible patience and local knowledge being required in order to secure bureaucratic permissions at numerous levels.


The next obstacle we faced was transferring money internationally. Vanderbilt University houses these projects, so funds are transferred from the British Library to Vanderbilt in instalments, and then from Vanderbilt to Brazil as needed. In the first project, we paid unexpected taxes and fees on our transfers to Brazil, with the values differing unpredictably from one transfer to the next. Great patience was again required in order to successfully release funds from the Brazilian banking system. For our second project, we partnered with an NGO in Brazil in order to facilitate the administration of funds across international institutions. This initially led to an unexpected amount of paperwork in the United States, but this initial investment should make things easier and cheaper in the longer term. Another challenge involved our equipment. Knowing that we needed to produce RAW images (for Canon that is CR2) and then convert to TIFF to meet EAP standards, we purchased six Canon G12 cameras. The Canon G12 can take images in both CR2 and JPG formats simultaneously. Each of our CR2 images, once converted to TIFF, showed significant barrel distortion. We contacted Canon, who suggested that we shoot from further away, which reduces the clarity of images. The only way to remove the barrel distortion without altering the images would be to buy new cameras, which was not within our budget. The EAP reluctantly agreed to accept our JPG images, which, by definition, are altered. The CR2 images were subsequently edited to remove some of the distortion. To avoid these problems, we switched to the Canon EOS Rebel T3 in the second project, and our images no longer suffer barrel distortion.
Finally: celebrating accomplishment
We also had unexpected victories. At the initial training workshops, students were timid when using the equipment, since they were afraid they would break it. As the project progressed, they came to speak and work like experts. Undergraduate students who presented papers on their work at conferences repeatedly received awards, and some were able to publish their work.

Graduate students working on the project completed dissertations based on the digitised documents and were able to make claims about Afro-Brazilian presence in the interior of the state that upended previous historical understandings. We also held an international symposium at the end of the project where they could present their work to an audience made up of directors of local archives, governmental representatives, and professors from Brazil and the United States. Celebration is important to team morale. The team in Brazil puts day-to-day travel, time, and diligence into these projects and their success must be celebrated.

Without these documents, we cannot study how the enslaved lived, who they married, who they looked to for support, how they sought freedom, or how they interacted with the state. Allowing these documents to disappear makes it easier for us to forget slavery. Yet, the documents deteriorate before our eyes and often there simply is not the time or funding to conserve or repair the physical copies. Digitisation makes it possible to create a copy of documents on the brink of vanishing forever, to preserve their content, and to make them available to anyone with access to the internet.
About the author
Courtney J. Campbell is a historian and Mellon Postdoctoral Fellow at Tougaloo College. She has directed two digitisation projects in Brazil with funding from the British Library.
FONTE: 

LANÇAMENTO: CONSPIRAÇÕES DA RAÇA DE COR E ESCRAVOS E REBELDES NOS TRIBUNAIS DO IMPÉRIO


Doação anônima resgata livro de notas do século XVIII que é restaurado no Arquivo Público do Estado da Bahia

Uma doação anônima de papel japonês, utilizado para restauração de livros, viabilizou o reparo do Livro de Notas da Capital número 32, do século XVIII (1718-1719) - custodiado pelo Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB) – unidade vinculada á Fundação Pedro Calmon/ Secretaria de Cultura do Estado. O livro, produzido à época pelo tabelião Antonio da Costa Andrade, era de extrema fragilidade, portanto, ameaçado de extinção. Por esta condição, o livro integra o conjunto de documentos que está sendo digitalizado no Arquivo por meio do projeto “Digitalização dos Livros de Notas da Bahia: 1664-1889”, do Arquivo Público. O projeto - coordenado pelo historiador João José Reis - tem apoio do Programa Arquivos Ameaçado de Extinção/ Endangered Archives Programme da Biblioteca Britânica. 

A doação do papel foi motivada a partir de diagnóstico realizado pela equipe técnica de Restauro do Arquivo Público (Janilda Abreu, Clemilda Palmas, Mariete Araújo, Maria da Glória Fernandes, Jaciara Cruz e Arlete Cruz), que constatou a fragilidade do Livro. O exame na capa e no interior do livro identificou a presença de sujeira, acidez, oxidação de tinta, ondulações, dobras e perda de suporte no Livro. A partir disso, teve início o processo de higienização em cada folha do documento. "Velatura" foi a técnica utilizada, que consiste na aplicação de uma folha de reforço do verso das páginas. O trabalho foi finalizado pela equipe em janeiro deste ano, o que possibilitou a posterior digitalização. Os interessados em doar este outros materiais que podem ser utilizados no restauro de documentos deve procurar a direção geral da Fundação Pedro Calmon (veja aqui). Na restauração em questão, foram utilizadas 380 folhas do papel japonês doado.

De acordo com o coordenador técnico do projeto, o historiador Urano Andrade, esses Livros de Notas abrangem uma série de conceitos que permitem a descrição e limitação de toda área rural e urbana da Bahia, endereços, qualidade e quantidade dos imóveis existentes, por exemplo. Os livros estão custodiados no Arquivo Público desde a abertura da entidade, em 1890. Além dele, 480 outros Livros de Notas (450 mil imagens), estão sendo digitalizados até julho de 2017 (saiba mais aqui).

“Cada livro é composto por diversas séries documentais e tem, desde compra e venda de escravos, cartas de liberdade, compra e venda de imóveis e procurações diversas, a doação de dotes para casamento, cartas pessoais e venda de navio negreiro para o tráfico de pessoas”, disse Urano que, em abril, proferiu palestra no Arquivo Público sobre o projeto (veja aqui).


Arquivo Público – Com 126 anos, o Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), unidade da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura do Estado (FPC/SecultBA), é a segunda mais importante instituição arquivística pública do país. Em seu extenso e rico patrimônio estão custodiados documentos produzidos e acumulados no período colonial, monárquico e republicano brasileiro, que são diariamente consultados por pesquisadores de todo Brasil e de outros países. Um acervo organizado e estruturado desde 1890, quando o então governador do Estado da Bahia, Manoel Victorino Pereira, por meio de Ato, criou o Arquivo Público.
FONTE: 

Palestra: Digitalizando Documentos Ameaçados: Os Livros de Notas da Bahia – 1664-1889. UFRB

Palestra: Digitalizando Documentos Ameaçados:
Os Livros de Notas da Bahia – 1664-1889.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Realização: Colegiado de História, Grupo de Pesquisa História Regional e Local
Dia 19 de maio, as 14:30h
Local: Cachoeira, CAHL: Centro de Artes, Humanidades e Letras.

Acervo do Arquivo Público do Estado sobre relações Brasil – África será tema de palestra com historiadores


No próximo dia 24 de maio, às 14h30, o Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), unidade da Fundação Pedro Calmon/SecultBa promoverá a palestra “Fontes para o estudo das relações estabelecidas entre o Brasil e o continente africano, custodias pelo APEB" com os historiadores Cândido Domingues e Urano Andrade. A palestra é aberta ao público e tem o objetivo de apresentar fontes documentais custodiadas no Arquivo que contribuem para a pesquisa histórica das relações entre Brasil e o Continente Africano.

Dentre as fontes que serão apresentadas estão os fundos documentais das Ordens Régias, Inventários, Correspondências Diversas, Registros de Passaportes e Escrituras, que tratam das relações Brasil - África ao longo dos séculos XVII a XIX.

Urano Andrade é pós graduado em História Social e Econômica do Brasil Colônia, desenvolve pesquisas na área de história das populações afro-brasileiras e, no Arquivo Público, coordena o projeto “Digitalizando Fontes Manuscritas ameaçadas: os Livros de Notas da Bahia, Brasil, 1664-1889”, financiado pela Biblioteca Britânica. Tem atuação na área de pesquisa e consultoria histórica, digitalização e preservação de acervos documentais nas temáticas de História do Brasil Colônia, Brasil Império, História da Escravidão.


Cândido Domingues é mestre em História, com pesquisa sobre o tráfico de escravos africanos, com foco nos capitães de navio que atuaram na Salvador Setecentista. Seus estudos abordam, tanto as relações sociais que estes personagens protagonizaram, como seus investimentos naquela que foi uma das mais lucrativas atividades econômicas do período. Atualmente é professor Assistente da UNEB, Campus IV onde desenvolve pesquisa sobre o comércio colonial e seus agentes com foco especial para o tráfico atlântico de escravos para Salvador e sua redistribuição para os sertões e outras capitanias.
ACESSE A FONTE: 

Ardras, minas e jejes, ou escravos de "primeira reputação": políticas africanas, tráfico negreiro e identidade étnica na Bahia do século XVIII.



SILVA JR., Carlos da.
Em 1715, um viajante francês comentou que Salvador parecia uma "nova Guiné", devido à diversidade de origem dos escravos. Malgrado essa diversidade, Salvador guardava uma alta concentração de africanos escravizados que compartilhavam origens similares. Estes escravos vinham principalmente do golfo do Benim, a segunda maior região escravista na África. O artigo visa discutir a presença dos falantes das línguas gbè (ardras, minas e jejes, principalmente) na Bahia durante o século XVIII. O trabalho de Luís Nicolau Parés, A formação do Candomblé, ilumina a presença de africanos da área gbè na Bahia setecentista. Ainda assim, há a necessidade de investigar as dinâmicas atlânticas que resultaram na deportação de gbè falantes para as Américas à luz de novas fontes. Ao explorar as conexões entre os eventos políticos no golfo do Benim e o tráfico baiano de escravos, o artigo também busca os números e origens dos exportados para a Bahia. Procuro combinar análises quantitativas acerca dos números do tráfico transatlântico de escravos, inventários post mortem e registros de batismo de modo a lançar luz sobre as vidas dos africanos ocidentais na Bahia do século XVIII.

Keywords : Tráfico de escravos; Nações africanas; Gbè-falantes; Bahia; Golfo do Benim; Século XVIII.

ACESSE A FONTE:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=2236-463320160001&lng=en&nrm=iso

UEFS 40 ANOS - PALESTRA: DIGITALIZANDO DOCUMENTOS AMEAÇADOS: OS LIVROS DE NOTAS DA BAHIA - 1664-1889


Palestrante: Urano Andrade 
Data: 31 de maio de 2016 
Horário: 09:00h 
Local: Auditório da Biblioteca Central Julieta Carteado - UEFS 
Interessados deverão confirmar presença pelo e-mail: bcjceventos@ufes.br 

TREZENA DA LIBERDADE


No dia treze de Maio do ano de 1888, foi decretado o fim da escravidão em terras brasileiras. Porém, a historiografia brasileira, especialmente a baiana, vem demostrando há décadas que as experiências e trajetórias de liberdade foram vivenciadas, disputadas - e em alguns casos concretizadas -, pelos sujeitos escravizados durante todo o período que perdurou a escravidão. O ato formal e legal do treze de Maio de 1888, mesmo tendo sua importância histórica, não deve – e não tem como – ofuscar a antiquíssima pauta da liberdade construída cotidianamente e forjada nos costumes: elaborada, defendida e disputada pelos escravizados e seus descendentes ao longo dos séculos.

“A Trezena da Liberdade” é uma ação da Biblioteca Virtual Consuelo Pondé, que busca divulgar essas experiências de liberdade através de treze relatos de historiadores, com um artigo a cada dia, de 1º de maio até 13. Conheça as histórias de Domingos, Luiza, Lucas, Basílio, Margarida, Noberta, Victório e tantos outros homens, mulheres e crianças que lutaram – cada um a sua maneira – por dias melhores. Dias de liberdade!