Ele
matou o Tenente Francisco de Faro Leitão e o irmão do Capitão Mor Fellipe Luiz
de Faro, dele querelou na Bahia.
Ele
matou a Manoel Alvares, casado com Dona Clemencia, sobrinha legítima dele S. M.
Ele
matou ao Licenciado Julião de Campos pelos seus escravos e resultou ser
querelado na Bahia pela mulher.
Ele
mandou assaltar a mulher do mesmo Julião por gritar a que del Rei contra ele S.
M. e lhe deram muitas pancadas.
Ele
matou ao cabra João Pereira seu matador.
Ele
matou a Antonio Feliz cabo da quadrilha da cidade.
Ele
mandou uma escolta ao Penedo Província de Pernambuco donde houve três mortes.
Ele deu
ao pardo Francisco dois matadores para matarem, como mataram o Licenciado
Manoel Joaquim nas Laranjeiras.
Ele
mandou pegar Antonio dos Santos, filho do Rixoso, lhe deram muitas cutiladas,
muitas pancadas, e o assaltaram com calabrote e ficou mortal.
Ele
recebeu seis mil cruzados e oitenta mil réis de dois náufragos na perda de duas
sumacas na Barra da Cotinguiba, dinheiro de ausentes.
Ele
mandou matar a um seu facinoroso com tocaia, estando com um tiro dentro da casa
de José Gomes por estar descobrindo as mortes que fez por mandado dele S. M.
Ele
mandou matar no Tanque Sujo, a um moço casado com sua sobrinha.
Ele tem
tronco em casa donde prende homens forros, tendo carcereiro, que soltando pagam
uma pataca dando-lhes primeiro com palmatoria e entre muitos foi Francisco
Antonio e Thomas [muito].
Ele
finalmente é Senhor de quase todos os bens de ausentes.
Ele
conserva muitos matadores, sendo e cabo deles um Domingos Gomes, cujo tem feito
mais de vinte mortes para com eles acometer e matar nesta comarca, na de
Pernambuco e na da Bahia, sujeitando a cativeiro muitos.
Ele
tributa a si os ouvidores desta comarca com dividas e os intimida com jeito tal
que admira, e ainda a presença do ouvidor Alvarenga mandou um mulato preso correr
as ruas das Laranjeiras com galinha ao pescoço.
Ele
acometeu ao ouvidor interino o Capitão Mor Henrique Luiz com treze homens armados
na Vila de Santo Amaro o Juiz José de Barros, sobrinho do Axiolis, para não
corrigir aquela Vila, o que não conseguiram pela fortaleza daquele Capitão Mor.
Enfim,
para recitar todos os seus maus procedimentos parecera coisas inacreditáveis,
mais é a mesma verdade.
Fonte:
Arquivo Público do Estado da Bahia.
Seção Colonial, maço: 216.