HISTORIADORA NEGRA ASSUME DIREÇÃO-GERAL DO ARQUIVO NACIONAL
Ana Flávia Magalhães Pinto será a primeira mulher negra a ocupar a função em 185 anos
Ana Flávia Magalhães Pinto,
historiadora, professora da Universidade de Brasília e diretora-geral do
Arquivo Nacional
A historiadora e professora da
Universidade de Brasília (UnB) Ana Flávia Magalhães Pinto é a nova
diretora-geral do Arquivo Nacional. O nome será anunciado nesta terça-feira
(23).
No novo governo, o órgão passou a
ter status de secretaria dentro do recém-criado Ministério da Gestão e Inovação
em Serviços Públicos, sob o comando da ministra Esther Dweck.
Primeira mulher negra a ocupar a
função em 185 anos do Arquivo, Ana é doutora pela Unicamp, mestre pela UnB,
licenciada em História pela Universidade Paulista (Unip) e também formada em
Jornalismo pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB).
Ela desenvolve pesquisas nas
áreas de História, Comunicação, Literatura e Educação, com ênfase em atividades
político-culturais de pensadores negros, imprensa negra e luta racial.
O Arquivo Nacional possui um
acervo de valor inestimável para sociedade, reunindo milhões de documentos
textuais tanto em sua sede, no Rio de Janeiro, como em sua Superintendência
Regional em Brasília.
De acordo com o governo, se
fossem empilhados, somariam 55 quilômetros.
Além disso, há cerca de 1,91
milhão de fotografias e negativos, 200 álbuns fotográficos, 15 mil
dispositivos, 4 mil caricaturas e charges, 6 mil cartazes e cartazetes.
Também fazem parte do acervo 1
mil cartões postais, 1,2 mil desenhos, 200 gravuras e 21 mil ilustrações, 44
mil mapas e plantas arquitetônicas, filmes, registros sonoros e uma coleção de
livros que supera 112 mil títulos, sendo 8 mil raros.