O
objetivo do CE-DOHS, face eletrônica do banco de textos DOHS, é disponibilizar
edições fac-similares em versão semidiplomática para o estudo do português
brasileiro, em diferentes perspectivas teóricas, de acordo com critérios
estabelecidos pelo Projeto Para a História do Português Brasileiro (PHPB).
Embora os acervos, em sua maioria, sejam originados da grande área do semiárido
baiano, há acervos de outras áreas da Bahia e também de diversas regiões do
Brasil.
A maior
parte dos acervos aqui disponibilizados são compostos de cartas particulares
(1808-2000), que integram, em sua maioria, Cartas Brasileiras: coletânea de
fontes para o estudo do português (Fapesb, Processo 1493/2010). Há também, no
Banco, outros manuscritos, como livros de gado e de razão, documentos impressos
e amostras de fala
Há
previsão de inserção de novos acervos por alunos da pós-graduação que estão
editando documentos históricos inéditos, procedentes da grande área do
semiárido, gestada sob forte ambiente de contato linguístico, principalmente
com línguas ameríndias e africanas, durante o processo de multilinguismo que
caracterizou o interior da Bahia no período colonial brasileiro
A exemplo
dos chamados “Livro do Gado” e “Livro de Razão”, parte do que se constituiu o
rico arquivo privado das famílias Almeida, Pinheiro Pinto e Pinheiro Canguçu,
do Sobrado da Fazenda do Campo Seco. A importância de uma edição desses livros
advém do fato de se constituírem em registros raros, feitos de forma
sistemática por três dos seus senhores: o escrivão português Miguel Lourenço,
inicialmente como contador no “Tribunal dos ausentes” (1742-1743), cujos
registros da fazenda se iniciam em 1755 e vão até 1885; o brasileiro, genro de
Miguel Lourenço, Antônio Pinheiro Pinto, com registros a partir de 1794; o seu
filho, Inocêncio Pinheiro Canguçu, neto de Miguel Lourenço, com registros a
partir de 1822. Nesses livros, constam não apenas lançamentos contábeis, mas
também anotações minuciosas do cotidiano da fazenda do Brejo do Campo Seco.
ACESSE A
FONTE: