O Ilê
Iyá Omi Axé Iyamassé, localizado na cidade de Salvador e mais conhecido como o
Terreiro do Gantois, é um dos mais antigos candomblés da Bahia, comentado nos
estudos afro-brasileiros desde os tempos de Nina Rodrigues e reconhecido como
patrimônio histórico do Brasil desde 2002. Contudo, pouco se sabe sobre seus
primeiros tempos, além de tradições orais sobre o envolvimento da fundadora no
legendário Candomblé da Barroquinha. Este texto cruza dados das tradições orais
com pesquisa documental e etnográfica, reconstruindo assim as histórias de vida
da fundadora, Maria Júlia da Conceição, e de seu marido, Francisco Nazareth
d’Etra, desde o cativeiro até a liberdade. A fundadora era de nação nagô, mas
seu marido era jeje e as evidências sobre os primeiros tempos da comunidade
religiosa apontam para a importância de influências jejes. O texto ainda traz
novas reflexões sobre a antiga relação entre o Gantois e o Ilê Axé Iyá Nassô
Oká (Casa Branca), sugerindo uma nova cronologia para a cisão entre as duas
comunidades.
ACESSE NA ÍNTEGRA: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/118842