ENTRADA E SAÍDA DE PASSAGEIROS BAHIA

Já encontra-se disponível online os livros de entrada e saída de passageiros custodiados no Arquivo Público do Estado da Bahia. Através da iniciativa do familysearch.org, em convênio com o APEBA, todos os livros foram digitalizados e encontram-se disponíveis para pesquisa, cobrindo o período de 1855 a 1961. Através dessas fontes, é possível acompanhar a trajetória de escravos, libertos, livres e imigrantes de diversas nações. Iniciativas como essas servem para divulgar, democratizar e preservar a documentação histórica, que sofre a cada dia com o descaso por parte da iniciativa pública, e na Bahia com um agravante! O acervo está custodiado em um local inadequado, onde há três anos passa por uma reforma a conta gotas, fazendo da vida de pesquisadores e funcionários um verdadeira odisseia, no verão o calor insuportável, na época das chuvas o acesso é quase impossível! Coleções como os Registros de Testamentos, Registros Eclesiásticos de Terra, Livros de Notas, dentre outras aguardam pelo mesmo tratamento, mas enquanto isso não ocorre, as traças, o calor e a umidade fazem a sua parte!
Aproveitem e boa pesquisa!      

DIVISÃO DE QUARTEIRÕES: RIO VERMELHO E BROTAS - SÉCULO XIX

Bahia e Subdelegacia do Rio Vermelho, 28 de setembro de 1883.
Extensão e limites do distrito do Rio Vermelho subúrbio desta cidade, cujo território foi desmembrado das atuais subdelegacias da Victória e Brotas.
Principia do mar no limite da Fazenda Paciência com a Fazenda Areia Preta do lado da Vitória estrada geral do mesmo nome, até a Baixa da Ladeira do Quebra Bunda na embocadura desta, para a fazenda denominada Garcia e ponto em que está construída a via férrea, ficando o lado do Sul da dita estrada pertencendo ao novo distrito, e daí pelo Caminho do Inferno compreendendo ambos os lados desse caminho, em linha reta até a estrada Dois de Julho, exclusive a fazenda Garcia, margeando a dita estrada Dois de Julho até a ponte da Lucaia, e daí pelo rio até o encontro do Rio Camorogipe, e seguindo por este acima até a ponte de pedra, que fica em caminho de Brotas para as armações, em seguida até a estrada do Curralinho, dividindo com os terrenos do engenho Campinas exclusivamente, daí até o mar onde deságua o rio das Pedras e margem da fazenda Bolandeira. Bahia e Subdelegacia do Rio Vermelho, 28 de setembro de 1883. Subdelegado em exercício, Felix de Valois Garcia.
Demonstrativo dos diversos quarteirões das freguesias da Vitória e Brotas, ficarão pertencendo ao distrito policial e subdelegacia do Rio Vermelho.        
Quarteirão da freguesia da Vitória
Quarteirão Nº 24
Baixa do Quebra Bunda, propriedade de D. Carolina Curry, ladeira para a estrada da Madre Deus, em seguida até a ladeira do Papagaio, propriedade do Dr. Henrique Costa, inclusive.
Quarteirão Nº 25
Lado de terra em frente a Capela da Madre Deus, fazendo contigua a do vigário Dr. Mattos, todo o centro a que chamam Engenho Velho, em continuação até a baixa, estrada Dois de Julho, até a ponte da Lucaia e rua que vai ter a ladeira do Papagaio onde finda.
Quarteirão Nº 26
Ladeira do Papagaio, casa do vigário Dr. Mattos, em seguida até a quina do banco de areia propriedade de Antonia Maria dos Passos, travessa em frente do Forte, rua do Porto, Largo de Santana e rua do Fogo até a travessa que daí vai a ladeira do Papagaio, onde finda.
Quarteirão Nº 27
Rua do Fogo propriedade de José Joaquim Ferreira, e em seguida pela mesma rua até a casa de Manoel da Ascensão e subindo o monte de São Gonçalo, todo o povoado até a mangueira grande na rua que vai ter ao Papagaio.
Quarteirão Nº 28
Rua do Fogo, desde a propriedade do Desembargador Tourinho e todo o lado do mar até a pedra grande ao Canzuarte.
Quarteirão Nº 29
Rua da Paciência, propriedade de Hilário todo o lado de terra até Canzuarte e pelo centro até a baixa do quebra bunda.
Quarteirão Nº 30
Travessa em frente do forte, ruas do banco de areia, tanto a do lado do mar como a de terra até a ponte da Mariquita propriedade do Dr. Reis.
Quarteirões da freguesia de Brotas.
Quarteirão Nº 16
Começa na ponte de pedra do Rio Camorogipe em seguida toda estrada da várzea de Santo Antonio, e finda no Alto o Oiteiro da Areia.
Quarteirão Nº 17
Do Oiteiro da Areia em seguida as armações, inclusive o lado de terra confinando com fazendas pertencentes ao 2º distrito de Santo Antonio, e assim em seguida até a fazenda Bolandeira e margem do rio das pedras, limite do distrito.
Quarteirão Nº 18
Este quarteirão abrange todo o arraial da Pituba e pela estrada que vem para o Rio Vermelho até a casa de Valentim, situada próximo a fazenda Ubaranas.       
Quarteirão Nº 19
Toda a estrada do Pomar, desde a Pituba até a ponte de pedra do rio Camorogipe.
Quarteirão Nº 20
Estrada de Ubaranas e toda a fazenda Santa Cruz até a estrada denominada Chapadinha, casa do rendeiro Manoel Lopes Vilas Boas.
Quarteirão Nº 21
Começa na fazenda Ubaranas, costa do mar da fazenda Lagoa, Grá-Mogól, rua das Pedrinhas, e rua do Arraial até a Gameleira do ponto da Mariquita.
Quarteirão Nº 22
Toda a rua direita da Mariquita até a rocinha de José Alves Fontes, inclusive.
Quarteirão Nº 23
Toda a rua dos Dendezeiros desde a roça de Cardozo inclusive, até o sobrado ao pé da ponte da Mariquita e largo do mesmo nome, onde finda.
Bahia e Subdelegacia do Rio Vermelho, 20 de setembro de 1883.

Subdelegado em exercício, Felix de Valois Garcia.        
Fonte: Arquivo Público do Estado da Bahia 
Seção colonial - Série Polícia 
Correspondência recebida de subdelegados 
Maço: 6248 

Palestra: "As Raízes Angolanas da Capoeira: Apresentação dos resultados de uma pesquisa no sul de Angola"

CONVITE PALESTRA
"As Raízes Angolanas da Capoeira: Apresentação dos resultados de uma pesquisa no sul de Angola"
Dr. Matthias Assunção, professor do Departamento de História, Universidade de Essex, Reino Unido
Dia e horário: Quinta-Feira, 24/04, às 10:00hs no auditório do CRH
Local: Auditório do CRH
FFCH/UFBA (S. Lázaro)
Promoção: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
e Linha de Pesquisa “Escravidão e Invenção da Liberdade” do Programa de Pós-Graduação em História, UFBA
Universidade Federal da Bahia
Estrada de São Lázaro, 197 - Federação

CEP 40210-730 Salvador - Bahia - Brasil

What Can You Do With a Humanities Ph.D., Anyway?

There is a widespread belief that humanities Ph.D.s have limited job prospects. The story goes that since tenure-track professorships are increasingly being replaced by contingent faculty, the vast majority of English and history Ph.D.s now roam the earth as poorly-paid adjuncts or, if they leave academia, as baristas and bookstore cashiers. As English professor William Pannapacker put it in Slate a few years back, “a humanities Ph.D. will place you at a disadvantage competing against 22-year-olds for entry-level jobs that barely require a high-school diploma.” His advice to would-be graduate students was simple: Recognize that a humanities Ph.D is now a worthless degree and avoid getting one at all cost.

Since most doctoral programs have never systematically tracked the employment outcomes of their Ph.D.s, it was hard to argue with Pannapacker when his article came out. Indeed, all anecdotal evidence bade ill for humanities doctorates. In 2012, the Chronicle of Higher Education profiled several humanities Ph.D.s who were subsisting on food stamps. Last year, the Pittsburgh Post-Gazette eulogized Margaret Mary Vojtko, an 83-year-old French adjunct who died in abject poverty after teaching for more than two decades at Dusquesne University, scraping by on $25,000 a year before being unceremoniously fired without severance or retirement pay.

Recent studies suggest that these tragedies do not tell the whole story about humanities Ph.D.s. It is true that the plate tectonics of academia have been shifting since the 1970s, reducing the number of good jobs available in the field: “The profession has been significantly hollowed out by the twin phenomena of delayed retirements of tenure-track faculty and the continued ‘adjunctification’ of the academy,” Andrew Green, associate director at the Career Center at the University of California, Berkeley, told me. In the wake of these changes, there is no question that humanities doctorates have struggled with their employment prospects, but what is less widely known is between a fifth and a quarter of them go on to work in well-paying jobs in media, corporate America, non-profits, and government. Humanities Ph.D.s are all around us— and they are not serving coffee.

The American Historical Association (AHA) and the Modern Language Association (MLA) have staked out the position that the lack of reliable data about employment outcomes is hindering any productive discussion about the future of academia. Both organizations are currently undertaking major studies that will comprehensively document the career trajectories of generations of humanities Ph.D.s. Preliminary reports released in the past few months show that 24.1 percent of history Ph.D.s and 21 percent of English and foreign language Ph.D.s over the last decade took jobs in business, museums, and publishing houses, among other industries.        


ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA RETOMA SUAS ATIVIDADES

Após seu fechamento no dia 19/02, foram retomadas as atividades no Arquivo Público do Estado da Bahia. Como já é do conhecimento de todos; o APEBA vem passando por um longo processo de degradação. Instalado em um belo prédio, mas que em nada contribui para a preservação da documentação ali custodiada, desde 2011, que vem sendo vinculado na mídia os estado precário de suas instalações. Recentemente foram feitos reparos na instalação elétrica, mas ainda existe o problema do forro e telhado que precisa ser sanado. Enquanto isso não é feito, pesquisadores e o público em geral precisam disputar as poucas mesas e cadeiras da atual sala de pesquisa, e quando isso não é possível, o público excedente é direcionado a biblioteca, onde não há iluminação.
Essas e outras histórias de descaso para com esse patrimônio histórico não é exclusividade desse Governo, notícias de décadas passadas relatam como o Arquivo Público vem sendo tratado ao longo dos seus 124 anos de história! Acompanhe esses relatos:

Parafraseando Sigmund Freud, quanto menos alguém sabe sobre o passado e o presente, mais inseguro será o seu juízo sobre o futuro. 

ACOMPANHEM ESSA LONGA HISTÓRIA: