Repleta
de reflexões sobre a Bahia, sua arte, história e identidade, a quarta edição da
Revista Virtual Bahia com História será lançada terça-feira (16). A publicação
- de autoria da Biblioteca Virtual Consuelo Pondé – vinculada à Fundação Pedro
Calmon/ SecultBA - traz artigos, entrevistas e homenagens, e poderá ser
acessada diretamente no site da Biblioteca http://www.bvconsueloponde.ba.gov.br/
São
seis artigos produzidos sobre a história da Bahia, entrevista com o doutor em
Antropologia da Religião pela School Of Oriental & African Studies
University Of London, e professor de Antropologia na Universidade Federal da
Bahia (UFBA), Nicolau Parés; além de uma homenagem do mestre em História,
Daniel Rebouças ao historiador e notável contador de histórias e memórias da
Bahia, Cid Teixeira. Na capa da revista está a arte de Miguel Cordeiro, artista
plástico reconhecido como um dos pioneiros do grafite e da arte urbana.
Articulistas
- O doutorando em História na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Marcelo
Siquara, escreveu o artigo “A Independência na Bahia (1823): Algumas reflexões
importantes”, no qual retrata as condições de vida dos baianos no momento
posterior ao 7 de setembro de 1822, e anterior ao 2 de julho de 1823. Já a
historiadora e pós-graduada em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres,
Gênero e Feminista, Claudia Andrade Vieira, escreveu o artigo “Educação e
casamento: uma análise feminista na década de 1930”, no qual analisa a primeira
obra da escritora Edith Mendes da Gama e Abreu – Problemas do Coração – a qual
expõe algumas ideias sobre normas de comportamento, casamento e educação
feminina.
O
artigo que fala da “Baianidade e arquitetura moderna: da integração das artes à
busca por uma arquitetura regionalista”, escrito pelo doutor em Arquitetura e
Urbanismo pela UFBA, Nivaldo Vieira, também está na seção de artigos da Bahia
com História. No texto, Nivaldo, que é professor do Núcleo de Teoria, História,
Projeto e Planejamento; do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
e do Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos
Históricos, ambos da UFBA, demonstra a integração entre as artes de caráter
regionalista e a arquitetura da Bahia, em diálogos sobre tradição, identidade e
modernidade.
Artes -
A partir do romance de Jorge Amado – Jubiabá - a doutora em Cultura e Sociedade
pela UFBA, Juciara Maria Barbosa, escreveu o artigo “A busca pela Lanterna dos
Afogados na cidade da Bahia”, contando como intelectuais e artistas modernos,
como o pintor Carybé e o fotógrafo Pierre Verger, se empenharam na tarefa de
capturar os traços, trejeitos e nuances da Bahia, herdeira do período colonial,
exuberante, tropical, mística e miscigenada, buscando retratar o cenário e seus
mais peculiares tipos.
Já a
jornalista, especializada em Patrimônio Material e Imaterial, Mary Weinstein,
no artigo “Centro da cidade: questões de demolições e construções”, falou sobre
a perda recorrente de casas do século passado, que deixam de compor a memória
urbana da cidade de Vitória da Conquista, ao mesmo tempo em que ocorre a
construção de um novo Shopping Center, que ocupará 67 mil metros quadrados em
uma das avenidas que mais se valorizam na cidade.
A
história dos deslocamentos dos chineses pelo mundo até sua instalação em
Salvador nos dias de hoje foi descrita pela doutora em antropologia pela UFBA,
Ana Claudia Minnaert no artigo “A migração chinesa para Salvador: os novos
rumos da diáspora”. No texto, a autora analisa a vida cotidiana e a
participação desse grupo no centro da cidade, com suas lojas e restaurantes
misturando-se ao comércio local.
Seções
- “Um acervo para se dançar: a arte de Lia Robatto”, que estará na seção
Documento da revista, é o resultado da primeira etapa do projeto de criação do
Fundo Lia Robatto, primeiro acervo digital em Dança produzido na Bahia. No
texto, a pesquisadora, educadora e artista de dança, Suki Guimarães, conta o
desenvolvimento do projeto, coordenado por ela, viabilizado pelo Edital de
Restauração e Digitalização de Acervos Arquivísticos Privados, de 2014, da
FPC/SecultBA.
Na
seção “Singular”, da Revista Bahia com História, a historiadora Maria Fernanda
Marques escreveu “Casarões do Vale: história, memória e patrimônio”, no qual
percorre municípios do Vale do Jiquiriçá, cujos sobrados, casas de fazenda e estações
ferroviárias revelam a história dessas comunidades através do seu patrimônio
histórico e arquitetônico edificado entre a segunda metade do século 19 e a
primeira metade do século 20.