XX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba


A XX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, a ser realizada na cidade de Salvador-Bahia, de 24 a 27 de maio de 2012, tem como temas centrais de seus debates: a integração Latino-Americana e Caribenha, a amizade e a solidariedade entre esses povos; a Luta permanente contra o bloqueio econômico a Cuba; a libertação dos cinco heróis cubanos, presos ilegalmente nos Estados Unidos; e o combate à campanha midiática internacional que divulga, de forma criminosa e deturpada, factoides políticos sobre supostos acontecimentos na ilha caribenha.
Nessa edição, o evento trará também, intervenções e apresentações artístico-culturais brasileiras e cubanas, com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre a importância do intercâmbio cultural entre os dois países em luta permanente pela independência, soberania dos povos e pela paz mundial.
Outro aspecto importante que também norteará as discussões da XX Convenção, é o intercâmbio econômico e científico entre do Brasil e Cuba, já que a cooperação é favorável aos dois países. Havana e Brasília mantêm relações diplomáticas desde 1943 – interrompidas em 1964 e restabelecidas 22 anos depois – com laços que se fortaleceram a partir da chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governo, uma tendência que permanece com a atual gestão da presidente Dilma Roussef. O Brasil é hoje o segundo maior parceiro comercial de Cuba na América Latina, depois apenas da Venezuela.

CONVERSANDO COM SUA HISTÓRIA



A Fundação Pedro Calmon, através do Centro de Memória da Bahia, convida a todos para participar da 10ª edição do Conversando com sua História, que ocorrerá entre abril e outubro de 2012. Nesta segunda, 30 de abril, teremos a palestra intitulada Etnografia, feitiçaria e religiosidade africana e afro-brasileira, que será ministrada pelo prof. Dr.Valdélio Santos Silva (UNEB). Contamos com sua Participação!

Local: Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB)
Data: 30 de abril de 2012
Horário: 17h

O DIA DOS TRABALHADORES



Ricardo Barros Sayeg

No dia 1º de maio comemora-se o Dia do Trabalho em vários países ao redor do mundo. A escolha da data aconteceu em 1886, na cidade norte-americana de Chicago, quando milhares de trabalhadores protestavam contra as péssimas condições de trabalho e a alta carga horária (13 horas) às quais eram submetidos diariamente. Foi, então, que em 1º de maio deste ano os trabalhadores se reuniram e deu-se uma greve que paralisou os Estados Unidos. No dia 3 iniciou-se a repressão e o resultado culminou em diversos trabalhadores assassinados e outros tantos feridos. As manifestações e os protestos ficaram conhecidos como a “Revolta de Haymarket.”
Em 1889, em Paris, a Segunda Internacional instituiu o 1º de maio como a principal data dos trabalhadores organizados, utilizada para celebrar as conquistas e a luta dos trabalhadores ao longo da história. Em 23 de abril de 1919, o congresso francês proclamou o 1º de maio como feriado nacional e sancionou que a jornada de trabalho deveria ser de 8 horas naquele país europeu. Após a França, foi a Rússia que instituiu o Dia do Trabalho como feriado.
No Brasil, entretanto, o trabalho nem sempre foi visto como algo nobre, que gerasse o engrandecimento humano. Durante o período colonial brasileiro, por exemplo, aqueles que trabalhavam eram somente os escravos. De acordo com Antonil, em seu livro Cultura e Opulência do Brasil: “Os Escravos são as mãos e os pés do senhor do engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente” (ANTONIL, 1982, p.89).
Calvino e sua doutrina religiosa também valorizavam o trabalho e a poupança. Para o religioso, somente o trabalho levaria os homens à salvação, a obterem um lugar no reino dos céus.  
E foi a partir da Revolução Industrial e da consolidação do trabalho assalariado que o trabalho passou a ser visto com olhos mais distintos. Isso, associado à cultura puritana, atribuiu ao trabalho muitas das qualidades que vemos hoje.
Aqui no Brasil, o 1º de maio foi instituído como dia do trabalho em 1925, por decreto do então presidente Arthur Bernardes. Desde esse ano a data foi comemorada de diversas formas: em 1940, o presidente Getúlio Vargas utilizou o 1º de maio para anunciar o novo salário mínimo. Em 1941 a data foi usada para marcar a criação da Justiça do Trabalho, que visava resolver os conflitos existentes entre os trabalhadores e seus patrões. Mas na Bahia, durante 55 anos, não se comemorou esta data em virtude da natureza contraditória da ocasião: o dia dedicado ao trabalho era feriado. Só em 1980, Antônio Carlos Magalhães, então governador da Bahia, promulgou a data como feriado em todo estado.

       Hoje, perdeu-se um pouco do caráter reivindicativo do dia e o 1º de maio é utilizado mais para as festas e shows realizados pelas diversas organizações trabalhistas, ocasião em que são sorteados prêmios para os trabalhadores como casas e automóveis. Triste fim para uma data que teve origens tão importantes e nobres.

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Ricardo Barros Sayeg é mestre em Educação pela USP. Formado em História e Pedagogia pela mesma universidade, é diretor de escola e professor de História do Colégio Paulista (COPI).



Conversando com sua História


A Fundação Pedro Calmon, através do Centro de Memória da Bahia, convida a todos para participar da 10ª edição do conversando com sua História, que ocorrerá entre abril e outubro de 2012. Nesta segunda, 23 de abril, teremos a palestra intitulada A alforria nos termos e limites da lei: os encaminhamentos administrativos do Fundo de Emancipação na Bahia (1871-1888), que será ministrada pelo mestrando José Pereira Santana Neto (UFBA).
Contamos com sua Participação!


Resumo: 
A lei de 1871, em seu artigo 3°, criava um Fundo de Emancipação para libertar tantos escravos quanto correspondessem à quota que seria anualmente destinado pelo governo imperial para a emancipação nas Províncias e nos municípios brasileiros. Afirmava também que os recursos para as libertações seriam arrecadados pelo governo de diferentes fontes: da taxa de matrícula dos trabalhadores forçados (obrigatório após a Lei de 1871); impostos gerais sobre transmissão de propriedade dos escravos; pelo produto de seis loterias anuais isenta de impostos e da décima parte de loterias concedidas para correrem na capital do Império; quotas marcadas nos orçamentos geral, municipal e provincial; subscrições, doações e legados com este destino. Os recursos arrecadados seriam distribuídos de forma proporcional entre as Províncias do Império, ou seja, as que possuíssem os maiores números de escravos receberiam os maiores montantes de verbas. O mesmo critério de proporcionalidade orientava o repasse dos Presidentes de Província em relação às cidades e vilas: quem possuísse mais escravos, receberia mais recursos. Na ordem dos que teriam prioridade na libertação, estavam os escravos que fossem casados, em detrimento dos solteiros. No município e na vila uma junta de classificação era formada, composta pelo promotor público, o coletor das rendas e o presidente da câmara de vereadores. Estava sobre a responsabilidade dos membros da junta a tarefa de classificar os escravos que tinham direito à alforria, e de realizar a negociação dos valores com os senhores dos libertados. Caso faltassem em seus trabalhos, deveriam comunicar ao governo, pois poderiam ser multados. Nessa palestra, objetivo mostrar a aplicação do Fundo de Emancipação na Bahia, dando ênfase ao alcance da lei, e de seus limites, como política pública que visava à libertação de escravos, como também as negociações e embates dos libertados, dos senhores e dos abolicionistas com os integrantes das juntas de classificação, os Juízes de órfãos e os Presidentes da Província da Bahia, que eram as autoridades públicas responsáveis pela aplicação e fiscalização dos recursos do Fundo de Emancipação.

Local: sala Kátia Mattoso, 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia
Data: 23 de abril de 2012
Horário: 17h


Centenário Antonio Balbino



A Fundação Pedro Calmon, através do Centro de Memória da Bahia, convida a todos para o seminário Centenário Antonio Balbino, que ocorrerá entre os dias 24 e 25 de abril de 2012.  Esse evento é uma oportunidade de debater o período de redemocratização: seus impactos e avanços no campo político, social e econômico a partir da análise do governo Balbino (1955-1959)

Local: sala Katia Mattoso, no 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris)
Data: 24 e 25 de abril de 2012
Inscrição Gratuita
3117-6067

Programação:

Dia 24 de abril de 2012
10-12h
Mesa de abertura
Palestra: Waldir Pires
Debatedor: Prof. Ubiratan Castro de Araújo
Tsylla Balbino
Cerimônia de assinatura do termo de doação de documentos da família Balbino

14 – 16h
Mesa 1 – Trajetória política  e governo Balbino
Ana Luiza Caribé – Mestre História Política e Bens Culturais pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)

Eduardo Borges – Doutorando em História Social na Universidade Federal da Bahia (UFBA)

16-18h
Mesa 2 – Comissão do Planejamento Econômico e Rômulo Almeida
Marcial Humberto – Mestre História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Joviniano Neto - Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Organizador do livro Rômulo: voltado para o futuro. Fortaleza: BNB, 1986.

Dia 25 de abril de 2012
10-12h
Mesa 3 – Trabalho e Migrações
Franklin Oliveira Jr - Doutor em História social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Charles D’Almeida Santana - Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo( PUC-SP).  

14-16h
Mesa 4 – Educação e Arte
Nivaldo Vieira de Andrade Junior – Doutorando em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Iracy Picanço - Mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) 

LANÇAMENTO: A Bahia no século XVIII


Do pós-escravidão ao sindicalismo – o caso da África Ocidental: Unilever




Do pós-escravidão ao sindicalismo – o caso da África Ocidental: Unilever.

Prof. Dr. Dmitri van den Bersselaar
Department of History
University of Liverpool
(Tradução consecutiva para o português do Prof. Dr. Livio Sansone - UFBA)


DATA: 04/05/2012 (SEXTA-FEIRA)

HORÁRIO: 15 HORAS

LOCAL: TEATRO UNEB – CAMPUS I (CABULA)

DATA E HORA DA SAÍDA DO ÔNIBUS DO DEDC II - ALAGOINHAS: 12:30 H.

DATA E HORA DO RETORNO DO ÔNIBUS PARA O DEDC II - ALAGOINHAS: 17:00 H.

Informações:

A Vida Social das Coisas Africanas: Objetos e Significados nos Museus da Arte e Culturas Africanas.

Mini-Curso de 18 horas, equivalente a 1 crédito de pós-graduação, ministrado pelo Prof. Dr. Dmitri van den Besselaar (Universidade de Liverpool – Reino Unido) em inglês, com tradução consecutiva para o português do Prof. Dr. Livio Sansone (UFBA).

Período: 30/04, 2, 3, 4 e 7/05/2012

Local: Auditório Milton Santos, CEAO/UFBA

Horário: 17:30 - 20:30 horas.

Inscrições gratuitas no posafro@ufba.br e fabricadeideiasufba@gmail.com

Informações: 71-33226813

Conversando com sua História trata do tráfico de escravos e etnicidade



Na próxima segunda-feira, dia 16, às 17h, acontece a 10ª edição do curso Conversando com a sua História, na Sala Katia Mattoso, 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia - Barris. Nesta edição o evento oferece palestra dos professores convidados Cândido Eugênio Domingues de Souza (Ufba) e Carlos Francisco da Silva Júnior (FPC).
Voltado para estudantes, pesquisadores e amantes da História, os professores pesquisadores tratarão sobre o Tráfico de escravos e etnicidade: capitães negreiros e africanos da Bahia do século XVIII (1700-1760).


Durante a primeira metade do século XVIII, capitães negreiros atuaram no tráfico atlântico de africanos escravizados para Salvador. Essa palestra visa compreender as experiências destes sujeitos em busca de riqueza e distinção social na Salvador setecentista, suas condições materiais e os perigos enfrentados na lida no mar. O conhecimento de tais indivíduos lança luz sobre um lado da história da diáspora africana, a saber, conhecer os agentes responsáveis pela condução forçada dos africanos em diversos tipos de embarcações, sob condições higiênicas e sanitárias inapropriadas que atingiam todos os presentes: capitães, tripulantes e, principalmente, os africanos escravizados. Estes últimos eram retirados dos mais diferentes grupos étnicos e organizados em nações, categorias étnicas criadas pelo tráfico negreiro para organizar a variada população trazida da África. Esse processo de nomeação começava ainda no litoral africano, continuava a bordo dos navios negreiros e durante toda a vida no Brasil. No século XVIII, a Bahia estabeleceu relações comerciais com uma importante região da África, a Costa da Mina, que forneceu um grande número de escravizados para o tráfico transatlântico. Entender a experiência de escravização, na África, e o desembarque na América portuguesa, à luz do tráfico de escravos, ajudará a compreender a vida desses africanos na cidade de Salvador no século XVIII.




SERVIÇO
O quê: Curso Conversando com sua História
Palestrantes: Cândido Eugênio Domingues de Souza (Ufba) 
e Carlos Francisco da Silva Júnior (FPC).
Local: Biblioteca Pública do Estado da Bahia / 
Auditório Kátia Mattoso (3º Andar)
Horário: 16h Inscrição: Gratuita

Pelas Ruas de Salvador - Século XIX

Pilar:
Mangueira, Bom Gosto, Jequitaia e Beco do Bambu, Noviciado, Munganga e Fortinho.
Coqueiro, Xixi até o Largo da Igreja do Pilar. Do Pilar a Rua do Julião e Travessas até o
Comércio. Praça do Comércio, Rua do Comércio, Cais até o Beco do Gravatá até a Fonte das Padres.
Conceição:
Corpo Santo, Ladeira da Conceição até o Beco do Peixe, Ladeira da Preguiça até o alto das Pedreiras.
São Pedro:
Ladeira da Jaqueira, Rua do Hospício, Largo do Hospício e Areal de Baixo.
Areal de Cima, Sodré, Santa Tereza, Gameleira e Largo do Acioli.
Cabeça, Rua de Baixo, Barroquinha, Ladeira da Barroquinha, Ladeira das Hortas de São Bento até a Igreja de São Pedro.
Lapa, Rua Nova e suas Travessas, Beco dos Barbeiros, Portão da Piedade, Travessa e Ladeira do Coqueiro até a Fonte, Rua do Duarte, Beco do Limoeiro, Beco dos Sete Pecados.
Coqueiro da Fonte, Barris, Currais, Ladeira da Piedade e Rua da Alegria.
Largo da Piedade, Rua da Piedade, Rua de São Raimundo, Rua de João Pereira até a esquina do Convento das Mercês.
Rua da Forca, Largo do Dois de Julho, Rua do Fogo, Travessa do Rosário e Quebranças.
Santa Ana:
Mouraria, Capio, Castanheda, Largo da Palma, Bangla, Mangueira, Rua do Quartel, Rua do Ferraro, Rua da Independência, Campo da Pólvora, Rua do Tingui, Rua do Carro até o Gravatá, Ladeira da Fonte das Pedras até Pitangueiras.
Largo de Nazaré, Ladeira da Fonte Nova, Ladeira de Nazaré, Rua do Cabral e Ladeira do Rio das Tripas.
Rua do Beco da Bomba, Rua da Jaqueira, Jogo do Carneiro, Rua Direita da Saúde, Rua do Alvo, Ladeira do Alvo, Largo da Saúde e Beco do Pereira Sá.
Jogo do Lourenço, Beco das Hóstias, Ladeira da Garrafeira, Rua do Jenipapeiro e Beco da Agonia.
Ladeira do Desterro, Largo do Desterro, Rua da Gloria, Ladeira da Prata, Ladeira da Fonte de São Miguel.
Trás do Muro, Largo da Cova da Onça, Ladeira da Cova da Onça, Rua e Ladeira da Poeira, Rua do Caquende.
Rua das Mercês, Rua da França.
Vitória:
Travessa das Mercês, Largo dos Aflitos até Quebranças e Travessa dos Aflitos.
Rua do Forte de São Pedro, Largo de São Pedro, Ladeira da Fonte do Campo Grande e Beco dos Ingleses.
Garcia, Canela e suas Travessas, Bom Gosto, Beco de São Pedro até o Campo Santo, Corredor da Vitória, Largo da Vitória, Ladeira da Barra até a casa do Gerente.
Estrada da Graça e Largo da Graça, Ladeira da casa do Gerente ao Largo da Barra, Rua do Porto e da Graça.
Rua do Bom Jardim, Rua da Areia e Rua da Alegria.
Sé:
Largo do Teatro, Portas de São Bento, Rua Direita do Palácio, Praça do Palácio e Pau da Bandeira.
Rua da Ajuda, Largo da Ajuda, Travessa da Ajuda, Beco do Tira Chapéu.
Rua do Pão de Ló, Travessa do Pão de Ló, Beco da Chagas, Ladeira e Rua dos Carvoeiros, Beco do Ximendes.
Rua dos Capitães, Ladeira do Brocó, Ladeira da Praça, Rua Direita da Misericórdia, Rua por de trás da Sé, Ladeira dos Gatos, Ladeira do Aljube, Beco do Arcebispo, Rua Direita do Colégio.
Travessa do Seminário, Rua do Bispo, Passo do Saldanha, Rua da Oração, Rua dos Ossos, Beco das Campelas, Rua de Dom José, Rua do Saldanha, Ladeira do Saldanha e Travessa do Saldanha.
Ladeira do Tijolo, Rua dos Gatos, Ladeira do Saboeiro, Ladeira do Bacalhau, Rua das Verônicas, Rua do Caminho Novo, Baixa da Ladeira da São Francisco e Ladeira de São Francisco.
Terreiro de Jesus, Cruzeiro de São Francisco, Largo de São Francisco, Rua da Laranjeira, Travessa da Laranjeira, e Rua do Cruzeiro.
Travessa da Ordem Terceira, Rua da Ordem Terceira, Ladeira do Amazonas, Ladeira de São Miguel, Rua de São Miguel.
Portas do Carmo, Ladeira do Carmo, Rua do Maciel de Cima, Beco do Mota, Beco do Açougue, Rua do Maciel de Baixo, Largo do Maciel de Baixo, Beco do Ferrão.
Rua do Paço:
Ladeira do Carmo, Rua do Paço e Ladeira do Paço.
Ladeira do Taboão, Largo do Taboão, Caminho Novo do Taboão, Ladeira do Rosário, Baixa dos Sapateiros e Rua das Flores.
Estrada das Boiadas, Largo da Lapinha, Corredor da Lapinha e Largo da Soledade
Rua do Queimado, Rua Nova do Queimado, Ladeira da Soledade,
Santo Antonio:
Ladeira da Água de Meninos, Rua de São José, Ladeira de São José, Largo São José e Ladeira dos Currais Novos.
Rua dos Currais Novos, Rua dos Perdões, Ladeira dos Perdões, Rua da Quitandinha do Capim.
Rua dos Currais Velhos, Rua de João Simões, Rua do Forte do Barbalho, Ladeira do Curral, Rua do Curral.
Ladeira do Barbalho, Campo de Barbalho, Igreja do Carmo até o Boqueirão, Quinze Mistérios e Rua dos Marchantes.
Rua Direita de Santo Antonio, Rua dos Ossos, Rua dos Carvões e Beco do Padre Bento.
Campo de Santo Antonio, Baluarte até Água Brusca.
Rua da Vala:
Barroquinha até a Baixa da Rua da Prata, da Baixa da Rua da Prata até os Açougues.
Dos Açougues até o Arco, do Arco ao Sangradouro.

Secretaria do Governo da Bahia, 24 de maio de 1864.
Fonte: Arquivo Público da Bahia 
Seção Colonial Provincial 
Maço: 6449

Conversando com sua História - 10ª Edição



A Fundação Pedro Calmon, através do Centro de Memória da Bahia, convida todos a participar da 10ª edição do Conversando com sua História, que ocorrerá entre abril e outubro de 2012. No módulo Escravidão e Liberdade, discutido no mês de abril, teremos a palestra intitulada Índios, colonos e autoridades régias na colonização reformista da antiga capitania de Porto Seguro, que será ministrada pelo Prof. Francisco Eduardo Torres Cancela (UNEB).

Resumo

A palestra pretende analisar as experiências vividas por índios, colonos e autoridades régias na antiga Capitania de Porto Seguro, entre a segunda metade do século XVIII e princípios do XIX. Ao mergulhar no contexto de reformas do reinado de d. José I, a exposição discutirá um projeto metropolitano que pretendia fazer do atual extremo sul da Bahia um celeiro de víveres para alimentar as principais cidades da América portuguesa.
Baseado no aproveitamento da população indígena, a realização deste projeto foi delineada através de um intenso embate entre políticas indigenista e políticas indígenas, evidenciando não apenas a importância da questão indígena para a colonização daquela região, como também as diversas estratégias desferidas pelos índios a fim de conquistarem melhores condições de vida naquela sociedade.

Serviço:
Local: sala Kátia Mattoso, 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris)
Data: 09 de abril de 2012
horário: 17h
Inscrições gratuitas.
3117-6067
cmb.fpc@fpc.ba.gov.br
Entrada Franca. Certificado para aqueles que atingirem 75% de participação em todo o curso.
Centro de Memória da Bahia – Fundação Pedro Calmon.

SAMBA DE PROTESTO





Juízo Municipal e de Órfãos do termo do Juazeiro, 6 de novembro de 1873.
                                                                  Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor  
Um acontecimento bem triste, e impróprio de uma Villa como esta, onde há uma população bem numerosa, e alguma civilização, obriga-me a dirigir-me hoje a Vossa Excelência, para pedir providencias, e narrar-lhe o fato, que deu-se pelo modo seguinte: Tendo sido preso pela polícia na noite de 2 do corrente, um indivíduo de nome Arsênio dos Anjos Moreira, sem modo de vida nenhum conhecido nesta vila, alguns homens sem moralidade, despeitados com a prisão, e da laia de Arsênio, reuniram-se e formaram um grande samba para por este meio poderem tomar em desabafo com o Delegado e os guardas policiais; e não realizando-se pensamento tão criminoso na noite seguinte reuniram-se em número maior na margem do rio em frente de uma das ruas mais públicas desta vila e levantaram outro samba muito mais forte ainda, de maneira tal, que atroavam as vozes dos turbulentos por toda esta vila; o que não se importavam eles de fazer não só por estarem animados pela muita aguardente que lhes foi fornecida para tal fim, como por se acharem capitaneados pelo  Dr. Juvêncio Alves de Souza, Tenente Coronel José Tiburcio Pereira e Mello, o Adjunto do Promotor Público desta vila Francisco Luis Ferreira, Capitão Antonio Ribeiro da Silva, e outros; homens sem moralidade alguma, e que procuram por todos os modos desprestigiar as autoridades deste termo; por serem meros instrumentos do Juiz de Direito desta Comarca, Francisco Baptista da Cunha Madureira, que por muitas outras ocasiões tem dado provas de seus mais instintos; e anima desta vez hera quem dirigia, do seu Quartel general, este ato repulsivo, por sua natureza imoral. Em vista de tão escandaloso modo de proceder, o Delegado, 1º suplente em exercício, João Evangelista Pereira e Mello, dirigiu-se a casa do Tenente Francisco Pereira das Neves, Comandante do Destacamento e convidou-o a irem com alguns praças dispersar os perturbadores da ordem, marchando ambos na frente dos guardas para evitarem que houvesse alguma desordem; e com moderação de que sempre costumam usar, chegando ao lugar do samba intimaram aos desordeiros para que se retirassem, ou então que seriam presos; e quando esperavam que eles obedecessem a esta ordem legal, aconteceu exatamente o contrário; porque os capangas animados pelos seus chefes investiram para o Delegado e a polícia armados de cacetes e clavinotes, vendo-se eles na dura necessidade de se defenderem ou de correr vergonhosamente; o que já não lhes hera permitido fazer por estarem cercados, e nem lhes consentia sua dignidade de autoridades; de modo que resultou do conflito saírem feridos três soldados de polícia, sendo deles ferido por uma bala acima do peito e os outros por cacetes; saindo também contuso no braço direito o denodado Tenente Comandante do Destacamento que soube defender-se com sua coragem e intrepidez fora do comum; pois do contrário teria sido vítima de seus agressores; assim como saíram também feridos três dos desordeiros sendo dois pelos sabres dos soldados; e um escravo do Dr. Juvêncio (porque até estes se achavam no samba para aumentar o número) ferido por quatro caroços de chumbo dos próprios companheiros, porque a polícia estava somente com os seus sabres.
Em  vista de tão deplorável acontecimento cumpro o meu dever de autoridade levando ao conhecimento de Vossa Excelência o que ocorreu; e pedindo a Vossa Excelência que faça marchar para esta vila mais algumas praças, visto como é muito pequeno o destacamento que aqui existe, afim de poderem as autoridades obrar com mais energia, e evitar que se reproduzam conflitos desta ordem; e esta providência eu confio que não será embalde solicitada, como já o tem sido em outras ocasiões, como quando se deu o espancamento do Dr. Promotor Público desta Comarca Fenelon da Silva Monte; muito principalmente quando tenho de fazer os processos, e não poderei cumprir exatamente o meu dever sem ter uma força suficiente para garantir os meus atos, mas fico tranquilo, porque tenho toda convicção de que Vossa Excelência em sua alta sabedoria providenciará de modo, que não hão de ficar impunes os criminosos, e zombarem da lei e da justiça.
Deus Guarde a Vossa Excelência
Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor Dr. Venerado. Presidente da Província da Bahia.
 Juiz Municipal, seu suplicante.  
Francisco Pereira das Neves.

Fonte: 
Arquivo Público da Bahia
Seção Colonial Provincial
Governo da província 
Juízes de Juazeiro
Maço: 2451
Ano: 1855-1873
 
              

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